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História Stalemate. - III. Promessas em meio aos pesadelos. - História escrita por Ciel-Lawliet - Spirit Fanfics e Histórias
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História Stalemate. - III. Promessas em meio aos pesadelos.


Escrita por: Ciel-Lawliet

Notas do Autor


Um dos meus capítulos favoritos... >.< Pena que ficou tão pequeno.
Os próximos serão maiores...





Eu acho.

Capítulo 3 - III. Promessas em meio aos pesadelos.


 

Preciso... chegar... rápido...

O menino de cabelos ruivos, pijama listrado, tênis vermelhos e olhos esmeralda corria pelo terceiro andar da Wammy’s House. A visão turva e embaçada por conta das lágrimas que caiam incessantemente lhe atrapalhavam. Observava, ou, pelo menos, tentava, as pequenas placas douradas pregadas às portas dos quartos masculinos.

Demorou um pouco, mas encontrou a que estava procurando. Bateu com todas as forças na porta, soluçando.

Do outro lado da porta branca, um menino loiro de oito anos de idade acordava irritado. Abriu os olhos azuis celestes com dificuldade, piscando rapidamente.

Quem será o maldito?... – Pensava.

Afastou as cobertas e levantou-se lentamente, as mechas loiras em chanel bagunçadas e o pijama negro amassado.

Dirigiu-se até a porta de seu quarto, que era esmurrada em plena madrugada.

- Mas o que... – Parou de falar abruptamente.

No momento em que virou a chave na fechadura e girou a maçaneta, o menino ruivo lhe abraçara com todas as forças pela cintura, escondendo o rosto choroso entre as vestes negras do loiro e quase derrubando-o.

- Matt...

O ruivo não lhe respondeu, apenas chorava e agarrava-se ao loiro como se disso dependesse sua vida.

- C-calma...

 Mello rapidamente fechou a porta e a trancou, usando apenas uma mão. Abraçou os ombros e as costas do ruivo, sem saber muito bem porque o fazia, já que raramente abraçava alguém.

Não foi preciso que Mello dissesse nada. Lentamente Mail sentia-se quente, envolto e protegido pelos braços do outro, que abraçava-o tão afetuosamente. Parecia-lhe que o mundo ao redor havia silenciado, permitindo que aquele pequeno ruivo aproveitasse o momento.

Tum tum... Tum tum...

As batidas, lentas e melodiosas do coração de Mello pareciam lhe acalmar mais do que qualquer outra coisa. Eram calmas e, ao mesmo tempo, firmes, enraizando-se de um modo estranho e permanente na memória de Matt.

Seu choro transformou-se em pequenos soluços, os quais silenciaram pouco depois. Gostaria de ficar ali, em silêncio, ouvindo os batimentos do loiro, mas este quebrara o silêncio.

- Matt...

O ruivo ergueu, relutante, os olhos esmeraldas.

- O que houve?

Mail engoliu em seco e desviou o olhar. Tinha obrigação de lhe dizer porquê estava ali, mas não queria parar de abraça-lo.

- Vem aqui. – Mello fizera menção de interromper o abraço, mas Mail fizera um muxoxo de desaprovação, agarrando-o com ainda mais força. O loiro suspirou. – Calma, confia em mim.

O ruivo soltou-o, relutante. Mello guiou-o pela mão até a cama, onde afastou as cobertas e deitou-se no canto, dando espaço para Mail, que obedeceu, um pouco corado. Mello apoiara o cotovelo em um dos travesseiros, ficando mais acima. Abraçou o ruivo pelos ombros, que uniu as mãozinhas fechadas junto ao corpo.

Tum tum... Tum tum...

O coração do loiro batia com mais velocidade, invadindo os ouvidos de Mail. Suas pálpebras pesavam, e ele se aconchegou ainda mais nos braços de Mello, unindo seu corpo ao dele.

Há quanto tempo não sentia-se tão quente?

 

 

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                                         // Stalemate //

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Fazia uma semana desde que chegara na Wammy’s House.

Mail sofria diariamente com pesadelos horríveis, que o obrigavam a reviver o assassinato de seus pais.

Mantivera-se em silêncio, chorando em seu quarto durante as madrugadas, perguntando-se porquê esses pesadelos não desapareciam, mas, pelo contrário, pareciam ser mais vívidos a cada dia que passava.

Depois de sete dias dormindo terrivelmente mal, não suportara.

Precisava de ajuda.

Acordara assustado, aos prantos, e correra para o quarto do único amigo que fizera no instituto.

Mello.

 

 

 

-Matt...

Mail acordava, depois de uma boa noite de sono. Sentia-se assustadoramente feliz, como se nunca dormira tão bem em sua vida.

Duas órbitas azuis celestes observavam-no sentar-se e esfregar os olhos com as mãozinhas, abrindo lentamente as pálpebras e revelando as belas esmeraldas.

- Dormiu bem? – Mello bagunçou os cabelos ruivos do outro.

Mail corou violentamente, mas, diante do sorriso do outro, sorriu também.

- Se... – Mello relutava. – Se quiser... Sabe... Me contar... – Ergueu os olhos timidamente para o ruivo.

O sorriso de Mail se desfez e ele desviou o olhar.

- Mas se não quiser, tudo bem! Não tem problema! – Mello se apressou em acrescentar.

- Eu... – Mail falava baixinho. – T-tive um pesadelo.

Mello aguardou, os olhos azuis fixados no outro.

- M-meus pais... – O ruivo engoliu em seco. – Foram assassinados. Assaltaram nossa casa e... – Lágrimas solitárias escorriam por suas bochechas. – A porta... Estava aberta e... eu vi.

Mail começou a soluçar e o loiro rapidamente sentou-se ao seu lado, abraçando-o.

- Como... Como você conseguiu fugir?

- E-eu me escondi... – Sua voz estava abafada pelas roupas de Mello. – N-no porão.

Mello suspirou e abraçou-o com mais força. Ficaram assim durante algum tempo, em silêncio, sentindo um ao outro, até o loiro se pronunciar, de modo protetor.

- Nada nem ninguém vai te machucar aqui.

E acrescentou, baixinho, as duas palavras que ficariam gravadas para sempre na mente do ruivo:

 

‘’Eu prometo.’’



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