História Star Wars: O Retorno da Luz (Interativa) - Capítulo 5: Os Planetas de Gelo e Areia

Hoth. Um planeta de gelo. Coberto de montanhas e vales congelados, o planeta de Hoth é um dos planetas mais remotos da Orla Exterior.

A nave de Jesse pousou numa enorme caverna conectada a um vale. Sinais indicavam que aquele lugar teria sido uma base rebelde de séculos atrás, mas não se sabia qual.

A nave de Rayzu pousou logo depois, os tripulantes de cada uma saindo com casacos e roupas de frio.

—Parece que despistamos a Gangue da Morte!—Jesse exclamou, notando uma tempestade do lado de fora, o vento rugindo alto.—Vamos ter que esperar essa tempestade passar pra tentar sair.

—Claro, como se um planeta de gelo não tivesse tempestades muito longas.—Rayzu comentou, olhando pra o lado de fora, ajeitando um cachecol e um gorro.—Se vamos ficar aqui, temos que fazer uma fogueira e arranjar comida. Hoth é cheia de tauntauns e a carne é boa.

—Já comeu Tauntaun antes?—Joey perguntou, o enorme casaco o fazendo parecer uma bola.—Onde?

—Um dia lhe levo pra comer os melhores filés da galáxia.

Rayzu ajeitou os Sabres na cintura, pegando uma pistola blaster num coldre. De repente, Smokey rugiu, todos focando sua atenção do lado de fora. Havia uma figura encapuzada na entrada da caverna, um tauntaun morto num trenó. Jesse sacou seus blasters, Smokey sacando seu rifle e Rayzu levando um dos Sabres a mão. A figura encapuzada ergueu as mãos, retirando o capuz. Era uma garota de pele clara e cabelos negros presos em 2 Maria-Chiquinhas, suas orelhas sendo pontudas e cobertas de escamas pretas. Ela era baixinha, e seus olhos eram da cor laranja, faiscantes e intensos.

—Meu nome é Salph Gunsbert.—A garota falou, exibindo o Tauntaun morto.—Cacei esse Tauntaun. Querem dividir?

—Isso depende, Jedi.—Rayzu respondeu, sentindo a Força ao redor da garota.—Está tentando ser gentil ou Envenenar a gente?

—Se sentiu a Força em mim, deve ser um Jedi também.—A garota abriu os braços, revelando a cintura, um sabre visível num cinto.—Se não confia em mim, pegue meu sabre. Eu não vou morder.

Rayzu olhou pra Salph, a garota estando bem relaxada. De repente, Rayzu atirou pra trás da caverna, derrubando um Droide Sonda redondo que flutuava na direção de sua nave. Na hora que o Droide caiu, vários pontos vermelhos se acenderam no fim da caverna. Rayzu acionou o sabre.

—É UMA ARMADILHA!

Os Droides Sonda voaram na direção do grupo, Jesse derrubando vários com tiros certeiros, Smokey lançando uma bola na direção deles. A bola explodiu então numa onda de raios, acertando e desligando uma alta quantidade de Droides, mas eram muitos. Os Droides subiram nas naves de Jesse e Rayzu, começando a arrancar peças das mesmas. Rayzu avançou contra Salph, atirando na mesma com seu Blaster. De repente, a capa da jovem voou, assim como a mesma. A garota tinha um par de asas vermelhas nas costas, com traços de morcego, além de uma cauda pontuda. Rayzu guardou o blaster e sacou o segundo sabre, o acionando.

—Então você é uma Lurius de Gaurok. Regiões Desconhecidas?—Rayzu perguntou, rodeando a garota que voava.—É tem de tudo lá mesmo.

—E vocês também são o tudo do momento. Os Ladrões de Droide que desafiaram o Império.—A Jedi puxou o sabre com a Força, o acionando. A lâmina de plasma dele era escura, num formato semelhante a uma lâmina de Katana.—Se não fosse uma cópia de Firkann, eu seria Rainha de Mandalore, não é?

—Você não chega nos pés do atual Rei!

Rayzu saltou com a Força, uma mochila a jato em suas costas se ativando e o fazendo avançar na voadora, os Sabres se chocando ao mesmo tempo no dela, a empurrando pra trás. Enquanto os dois lutavam no ar, Joey entrou dentro da Mantis, pegando um martelo de amassar carne da cozinha e usando pra acertar um Droide que tentava atacar seu Gato-Loth, quebrando o Droide. De repente, um dos Droides pulou no garoto, apontando uma ponta eletrificada pro garoto.

—E-eu não sabia que ele era seu amigo!—Joey falou ao Droide, que fazia barulhos altos.—Podemos resolver na conversa? Jedis são bons nisso!

ENQUANTO ISSO...

GEONOSIS

A lua de Geonosis já foi um planeta com vida. Nos tempos antigos, Geonosis era o lar dos Geonosianos, uma raça de seres semelhantes a insetos, que viviam em colônias ao redor do planeta. Na época de Darth Vader, a espécie inteira foi dizimada.

Entretanto, pouco tempo depois da fundação do Império Sith, ovos de Rainhas Geonosianas foram descobertos em vários lugares da galáxia, e um programa pra restaurar a espécie começou. Agora, Geonosis vive em seu isolamento.

O Destróier de Heartbreaker se posicionou sobre a órbita do planeta, enquanto o Lorde Sith meditava em uma sala reservada pra ele na nave. Enquanto se envolvia no Lado Sombrio, ele sentia o Planeta abaixo dele. Cheio de vida, vida nojenta mas vida. Os Seres Insetos de Geonosis observavam o Destróier em sua órbita, sentindo um misto de sentimentos. Curiosidade. Fascínio. Medo. Sentimentos comuns, devido a natureza da presença de um Sith ou um Jedi da Ordem Negra num planeta. Sempre podia acabar em derramamento de sangue. Heartbreaker focou seus pensamentos porém em algo que todos os Geonosianos escondiam do Império: Seu ódio. Um ódio latente, armazenado em seu amago. Um ódio contra os Sith. Heartbreaker sentiu esse ódio, aumentando ainda mais o seu próprio. Logo que meditou, o mesmo saiu, se dirigindo a uma nave que o aguardava, Shinji o esperando.

—Está tudo bem, Mestre?—Shinji perguntou, olhando pro Sith que permanecia de pé.—Sentiu nossos inimigos nesse planeta?

—Talvez eu tenha descoberto algo.—Heartbreaker respondeu, olhando pra um oficial fora da nave.—Preparem os Walkers. Vamos abordar o planeta.

Os Walkers são os tanques de guerra do Império Sith. Reciclados de um passado antigo, os mesmos foram carregados pelas naves, pousando no desértico planeta com estrondos grandes. Os quadrúpedes gigantes com traços de camelos eram chamados AT-ATs, e os bípedes menores de AT-STs. A nave de Heartbreaker pousou na frente do palácio, os Guardas Geonosianos se aproximando com blasters e lanças. Logo, um clique e um grunhido se ouviu, os guardas baixando as armas.

Geonosianos se assemelham muito a insetos, com corpos com exoesqueletos marrons e asas finas nas costas, além de braços e pernas longos com 3 dedos nas mãos e pés. Diante de Heartbreaker estava um Geonosiano idoso, com uma longa barba que na verdade era seu próprio queixo alongado, um bigode de pele se formando também acima de sua boca e se estendendo junto da barba. Sua cabeça era alongada e tinha pontas semelhantes a uma coroa, e seus olhos eram pequenos e desfocados como os de sua espécie. O Geonosiano se apoiava numa bengala de ossos afiados e mancava de uma das pernas, além de estar vestindo roupas mais suntuosas, com um brasão de uma rainha Geonosiana no peito.

—Grrr Gak.—O Geonosiano falou, um Droide de protocolo se aproximando. O Droide era uma unidade C3PO verde.—Grarr click grarr. Guuh arr track?

—O Arquiduque deseja saber o que os Sith desejam em Geonosis.—O Droide traduziu, olhando pra Heartbreaker.—Ele deseja saber também se vieram pra fazer negócios.

—Que eu saiba, os Sith destruíram os Sistemas Corporativos.—Shinji respondeu sarcástico, se calando quando Heartbreaker o olhou.—Desculpa.

—Nós viemos aqui porque acreditamos que uma célula rebelde se encontra nesse planeta.—Heartbreaker respondeu, olhando pra o Arquiduque.—Grande Traggle, temos permissão pra fazer uma... Checagem em seu território?

Um Walker pisou no chão com força, os Geonosianos voando pra terrenos mais altos em fuga. Traggle olhou para os enormes tanques de guerra, suspirando antes de abrir espaço para Heartbreaker entrar no túnel que levava a uma parte mais subterrânea do planeta. Quando Heartbreaker e Shinji iam descendo o túnel, Traggle sussurrou algo pra um Geonosiano soldado, que assentiu antes de sair voando. Eles não iam deixar os Sith tão a vontade no planeta...

HOTH

Rayzu empurrou Salph com a Força, a jogando com tudo no chão, enquanto a mesma defendia o ataque dele com o sabre. Dentro da nave, Joey estava prestes a ser eletrocutado pelo Droide quando Smokey chegou, esmagando o Droide com as mãos e o jogando pra fora da nave, rugindo. BD-340 pulou em outro Droide, o desligando com um choque antes de pousar em Smokey.

—Valeu, Smokey.—Joey falou, se levantando. Os Droides ainda corriam soltos, causando estragos.—Acho que consigo hackear um deles se estiver em bom estado.

Smokey saltou, pegando e jogando um Droide com tudo no chão, o mesmo afundando na neve e ficando imóvel, mesmo que ativado ainda. Joey correu até o Droide, abrindo uma placa do mesmo.

—Só preciso usar a antena dele pra desligar os outros!—Joey começou a digitar no Droide, BD-340 pousando no mesmo.—Me ajuda com isso, BD! Temos que nos apressar!

—E TÊM MESMO!—Jesse exclamou enquanto se escondia atrás do casco da nave de Rayzu, os Droides começando a contra atacar com tiros.—ESSES DROIDES NÃO PARAM!

Salph olhou para baixo, vendo Joey e BD-340 tentando hackear o Droide Sonda. A garota então mirou sua mão no Droide, o esmagando antes de Joey terminar de Hackear.

—Não!

De repente, a garota estava atrás de Joey, prestes a o cortar em 2, mas Rayzu parou a lâmina da mesma com o próprio sabre, a empurrando. Os 2 então começaram a sumir e desaparecer repetidas vezes, seus Sabres se chocando todas as vezes.

—Que técnica é essa?—Jesse perguntou, olhando pro fundo da caverna. Havia um enorme Droide de formato cilíndrico, soltando mais e mais sondas.—Joey! Achei o Droide Mãe!

—Atira nela, mas não destrói!—Joey respondeu, correndo com BD no ombro.—Destruir ela não vai parar esses Droides! Preciso desligar ela manualmente!

—Então deixa comigo!

Jesse começou a atirar no Droide Mãe, destruindo um painel do mesmo, mas ainda o deixando funcional. Joey agarrou o Droide, BD se prendendo ao painel. Os Droides Sonda começaram a avançar em Joey, o cercando prestes a atirar...

Quando de repente todos os Droides ganharam uma luz verde no lugar da vermelha. Joey olhou para eles, sorrindo satisfeito, BD dando um assovio.

—Mandamos bem agora, BD.—Joey murmurou, se levantando.—Droides, ajudem o Rayzu contra aquela Jedi Sombria!

Os Droides Sonda avançaram sobre a dupla que lutava, cercando Salph. A jedi tentou levantar vôo, mas foi atingida por um pulso elétrico emitido pelos Droides, caindo desacordada no chão. Rayzu guardou os Sabres, respirando cansado antes de fazer um joinha para Joey.

—Mandou bem garoto. Quem diria que ser um nerd ajudaria numa hora dessas?

Joey sorriu, enquanto Smokey pegou uma corda da nave, amarrando a desacordada Salph numa estalagmite da caverna. Joey então olhou para os Droides Sonda.

—Agora, consertem nossas naves!

GEONOSIS

—Consertem nossa narinas, isso sim.

Heartbreaker acertou um tapa na cabeça de Shinji, que tapava o nariz devido o fedor nos túneis subterrâneos de Geonosis. Como formigas, muitos Geonosianos usam feromônios pra se comunicar, mas o cheiro não é nada agradável pra outras raças. Traggle guiava o Lorde Sith e seu aprendiz pelos túneis, os Troopers se espalhando pelos caminhos que eles não iam.

Enquanto os dois Sith seguiam, um Geonosiano os observava. Ele era um Geonosiano de casta baixa, um operário. Mas o olhar dele era de alguém buscando informações.

—Precisava me bater, mestre?—Shinji reclamou, olhando pra o Lorde Sith.—Eu só disse que aqui fede.

—Não busque ofender os nossos hóspedes, aprendiz. Somos convidados, afinal.—Heartbreaker respondeu, olhando pra o corredor. Outros Geonosianos os observavam.—Ainda não é a hora.

—A Hora? Hora de que?

Heartbreaker olhou para Traggle, olhando pra um corredor. Havia algo a mais naquele lugar. Algo escondido. Ele sentia a ansiedade de Traggle escondida em sua face de tédio. De repente, Traggle sentiu um aperto no pescoço, começando a sufocar enquanto levitava no ar. Heartbreaker se aproximou do Arquiduque, o olhando de canto.

—Está nos atraindo pra uma armadilha, Arquiduque Traggle?—Heartbreaker perguntou, sacando seu sabre de luz. Era um modelo Crossguard vermelho, o sabre sendo muito maior do que o esperado.—Eu estudei as plantas de túneis como esse em Naboo. Está nos levando não pra um local público, mas pra um Túnel de Guardas da Colmeia. Geralmente... É aí que vocês guardam seus soldados, não é mesmo?

Traggle pareceu tentar falar, Heartbreaker colocando o sabre próximo de seu rosto. O Geonosiano olhou apavorado para o Lorde Sith, antes de dar um sorriso.

Na língua dos Soldados Geonosianos, Cliques são utilizados com suas mandíbulas, que são 2 modelos interno e externo. Clicar com as 2 mandíbulas ao mesmo tempo se traduzia numa única palavra:

MORRA.

De repente, o túnel explodiu em Soldados Geonosianos vindos de diversas direções, agarrando Heartbreaker e Shinji e libertando Traggle. Os Geonosianos batiam e mordiam os 2 usuários da Força, os prendendo contra uma parede como abelhas fazem com uma vespa. Traggle tentou correr, virando um túnel.

De repente, ele sentiu uma dor muito forte no peito, como se ele estivesse em chamas. O sabre de Heartbreaker empalava seu peito, flutuando no ar completamente Sozinho. Traggle mal teve tempo de virar pra trás e ver o que estava pra acontecer.

Com um grito enfurecido, Heartbreaker usou a Força pra arremessar os Guardas Geonosianos pra fora de seu corpo e de Shinji fechando as mãos e explodindo suas caixas torácicas de dentro pra fora, matando centenas deles na hora. Ele puxou seu sabre de volta, pegando um comunicador.

—Almirante, destrua essa colônia inteira. São todos traidores.—Heartbreaker falou, pegando Shinji pelo braço e o ajudando a se levantar. O ruivo estava tremendo em choque, afinal quase tinha morrido a pouco tempo.—Oh. Você tá bem?

—Ainda sinto eles na minha pele...—Shinji murmurou, olhando pro corredor.—Tem mais deles?!

—Sabe como animar-se depois de uma dessa?

Heartbreaker partiu um Geonosiano ao meio antes que ele pudesse o atacar com a lança, Shinji entendendo e cortando outro com seu sabre.

—A gente mata todos eles.—Shinji respondeu, sorrindo sádico.

—Gostei de você.

Do lado de fora, a batalha já começara. Troopers e Walkers avançavam pela colônia, matando Geonosiano atrás de Geonosiano, destruindo setores inteiros da colônia com granadas e mísseis vindos dos Walkers. Na órbita, o Destróier de Heartbreaker iniciava um bombardeio, derrubando caças Geonosianos que tentavam inutilmente derrubar o poderoso exército.

De repente, um tiro de tanque acertou um AT-AT com força suficiente pra o fazer chacoalhar. Havia um tanque se aproximando, um alto som de marcha se ouvindo atrás dele. Era um Tanque AAT, um modelo extremamente antigo de tanque das Guerras Clônicas, usado pelos separatistas. Vários tanques marchavam em direção as tropas Sith, Droides de batalha B1 e B2 marchando logo atrás, atirando uma saraivada de tiros que logo foi respondida. Os tiros dos AATs não eram fortes pra perfurar os Walkers AT-ATS, mas quando lançavam todos ao mesmo tempo na região da cabeça, era possível os derrubar. As armaduras dos Troopers do Império Sith aguentavam os tiros dos Droides até certo ponto, o que fazia as tropas caírem muito rápido. Os Geonosianos estavam conseguindo seu Contra Ataque...

Até que um feromônio de estresse os atingiu, mobilizando toda a colmeia até um único lugar. Todos estavam nervosos, assustados. Só havia um ser em todo o planeta que conseguia produzir um feromônio daquela potência.

A sua Rainha.

CONTINUA...

NO PRÓXIMO EPISÓDIO

O CASTIGO DO IMPÉRIO

Heartbreaker e Shinji confrontam a Rainha Geonosiana e decidem eliminar de vez a célula rebelde do planeta. Enquanto isso, Salph é interrogada.