Sasuke
Termino meu banho e ainda continuo sentindo meu corpo quente e não é da febre, Sakura falar que já viu um homem nu me fez ferver de raiva, eu não tenho direito sob ela e se ela tivesse tido um homem na sua vida, não tenho direito a sentir o que senti só de imaginar mas foi tão instantâneo, minha mente e meu corpo reagiram tão rápido, até me imaginar matando o cara bem lenta e dolorosamente imaginei e se não bastasse não consegui me conter e deixei transparecer, desde cedo eu aprendi a camufla meus sentimentos, eu era ótimo nisso, meu corpo agia sem eu precisar comandar mas dessa vez veio tão forte e inesperadamente que me pegou de surpresa e me senti um idiota por não lembrar do seu trabalho, odeio me sentir um idiota, ainda mais com ela.
“ Ciúmes, que sentimento besta mas tão implacável”
Pego minhas roupas e não deixo em cima da cama como ela pediu, resolvo levar até aonde quer que seja lavado aqui, caminho pela casa e por ser sem paredes separando os cômodos vejo que ela não se encontra aqui, a mesa esta posta para o café e sinto o cheiro de chá.
- Aah você já acabou o banho ! – Escuto Sakura atrás de mim. – Deve estar com fome não é mesmo? – Ela diz passando na minha frente e indo em direção a mesa. – Porque você não senta que eu vou por o seu chá. - Ela para e me olha. – O que foi, porque esta com essa cara?
“Sakura estava diferente ou eu que a estava olhando diferente?”
Ela estava com o seu cabelo longo preso em um coque no alto da cabeça e estava usando um avental com a símbolo dos Uchiha, ela parecia dominar a casa, como se tudo aqui fosse dela, me lembrava a minha mãe cuidando da nossa casa, ela estava linda ou talvez....
- Sasuke ? Você esta bem? – Diz e coloca a mão na minha testa, “como ela chegou aqui tão rápido?” . – Ainda esta com febre, vamos comer e depois tomar o remédio.
- Seu cabelo cresceu. – Digo a primeira coisa que me vem a cabeça com ela tão perto fazendo meu corpo querer ganhar vida própria.
- OH!! Sim. – Ela diz ficando vermelha abaixando a cabeça envergonhada, tão irresistível.
- Não precisa fazer isso tudo por mim, você sabe né? – Digo segurando seu rosto e levantando pra olhar em seus olhos. – Posso me virar sozinho, já me sinto melhor.
- Não é nenhum incomodo pra mim, mas posso ir se você quer. – Ela fala virando as costas e indo em direção ao quarto.
- Não é isso Sakura. – Digo tentando segurar seu braço, eu realmente não sei lidar com o que sinto. – Não precisa sair assim.
- Tudo bem Sasuke. – Ela tenta me da um sorriso mas é nítido a sua tristeza. – Vou só arrumar minha bagunça na sua mesa, pegar o seu remédio e já saio.
Seguro sua mão e a puxo segurando sua cintura e a aperto contra mim, ela realmente estava mais linda do que me lembrava, com o puxão seu cabelo desprendeu do coque e agora caia pelos ombros, não resisto e passo a mão neles, são sedosos como aparentam ser e a cor rosa que sempre me espantava por combinar tão bem com seus olhos verdes que estavam arregalados de surpresa e sua pequena boca desenhada e em um tom mais claros que os cabelos estavam abertos e pareciam me chamar, desejo, a única mulher que realmente já despertou isso em mim estava em meus braços e eu não resisto a esse sentimento.
Mordo seu lábio inferior e sinto um tremor percorrer seu corpo, a olho nos olhos e vejo tanto desejo quanto o que sinto, passo minha língua pelo seus lábios e inicio um beijo lento, Sakura parece estática até que sinto sua mão subir e segurar meus cabelos o que me faz soltar um suspiro de prazer, enlaço seus cabelos na nuca e o puxo para poder aprofundar o nosso beijo, peço passagem com minha língua e ela abre a boca de boa vontade, seu gosto é doce, reconfortante e combina com ela perfeitamente, exploro cada canto dos seus lábios macios e sou retribuído com ânimo, Sakura gruda seu corpo mais ao meu e coloca uma mão em meu peito, sinto seu calor atravessar o tecido, solto um ruído baixo e a coloco contra a parede e o nosso beijo vira necessidade, ela me beija com saudades com amor.... Paro na hora, afasto meu rosto do seu e a olho nos olhos, sim, o amor é tão nítido em seus olhos que um choque de realidade me atinge, eu não a mereço, eu não mereço tudo isso, eu nã...
- Só continue a me beijar Sasuke. – Ela diz sem folego e me tira dos meus devaneios. – Eu só quero que me beije mais uma vez.
Olho pra sua boca, ela esta inchada e vermelha, ela fica tão sexy assim, levanto o rosto e vejo seus olhos marejados, passo a mão os limpando, sou um fraco, não resisto e a beijo mais uma vez, só que agora a beijo devagar, quero gravar cada sentimento que me consome quando estou assim com ela.
- Prometi a mim mesma que falaria isso quando você voltasse. – Sakura diz nos separando e me olhando. – Bem vindo de volta. – Seu sorriso toma seu rosto e me faz sorrir de volta. – Eu quero que saiba que ainda o amo Sasuke-kun.
- Eu sei. – É a única coisa que sai da minha boca e fico parado sem saber o que fazer, sendo mais idiota que o Naruto.
- Bom... – Ela desvia o olhar parecendo sem graça. – Você precisa se alimentar, consegue fazer isso, certo? – Apenas aceno positivamente. – Já irei levar seu medicamento. – Diz se virando, entrando no quarto e fechando a porta.
“Certo, eu mereci isso.”
Preparo o chá e me sento a mesa, ela havia preparado de tudo, arroz, omelete, legumes, peixe grelhado, sopa... um típico café da manha japonês e pela quantidade vejo que estava arrumado para nós dois comermos juntos, me xingo mentalmente e me levanto e vou até o quarto.
- Sakura.- Bato na porta e a abro e a vejo da um pulo da cama. – Estava dormindo?
- Nã... sim. – Diz sem graça. – Não é bem dormir, as vezes minha mente desliga sem autorização.
- Você tem muito trabalho. – Falo apontando pra mesa.
- O hospital e a clinica estão indo muito bem. – ela sorri.
- A especializada em crianças órfãs ?
- Exatamente. – Seu sorriso aumenta. – Como sabe?
- Porque não tomamos café e você me fala mais sobre a clinica?
O tempo é preenchido com a Sakura contando como foi criar a clinica e como no começo seu trabalho foi difícil por não ter verba o suficiente é nítido o seu amor por seu trabalho em como ela se esforça pra dar o seu melhor.
- Mas agora estamos indo muito bem, terminamos de implantar o sistema em Suna também, Kankuro-kun mostrou o meu projeto ao Kazekage que o recebeu de braços abertos e prometeu me ajudar a levar para as demais aldeias.
-hm. – “Kankuro-kun que intimidade!”
- Você continua monossilábico Sasuke. – “Antes eu era Sasuke-kun”.
- Eu preciso ver o Hokage. – Digo apenas pra mudar de assunto.
- Falando nisso, enquanto você esteve com febre mandei um recado ao Kakashi informando a situação e pedindo uma semana de repouso como sua médica. – Ela se levanta e recolhe a louça. – E disse pra não avisar ao Naruto, então só o Kakashi sabe.
- Então vou na casa do Naruto, preciso conversar com ele. – Me levanto. – Pode deixar que eu lavo.
- Eu lavo. – Ela diz e me da as costas. – Porque não se apronta pra sair eu te mostro aonde é a casa dele.
- Tudo bem.
- Eu deixei o seu remédio na mesa, tome um.
Caminhamos pelas ruas de Konoha e vejo que poucas pessoas me reconhecem o que me deixa mais confortável, Sakura andava ao meu lado tranquilamente e as vezes acenava pra um ou outro era nítido o prazer de todos quando a viam.
- Depois que se casou Naruto e Hinata compraram uma casa adorável, você vai ver como ele amadureceu. – Diz e da um sorriso antes de continuar. – Mas não mudou em tudo o que é ótimo.
- Acho difícil ele deixar de ser o Naruto.
- Ele esta mais feliz que antes, é tão nítido que você sente lá no fundo do peito.
- Vocês continuam próximos não é mesmo?
- Sim. – Ela me olha sorrindo. – Ele é muito querido por mim.
- Sakuraaaaaaa !!!!! – Somos interrompidos por uma escandalosa Ino vindo em nossa direção junto com o Sai. – Oohh!! Sasuke-Kun. – Ela grita e pula no meu pescoço.
“Continua a mesma irritante de sempre.”
- Ino você vai sufoca-lo. – Sakura diz entre os dentes e eu agradeço mentalmente.
- Finalmente você voltou. – Ela diz se soltando de mim. – Vai ficar dessa vez?
- Sim.
- Sasuke. – Sai me cumprimenta e eu aceno em resposta, ele me olha desconfiado, provavelmente ainda não confia em mim mas não o culpo por pensar isso.
- Estávamos indo na casa do Naruto. – Sakura diz. – Aconteceu alguma coisa na Clinica ?
- Não, esta tudo certo lá, só chegou mais uma carta pra você. – Ino diz a entregando e Sakura fica vermelha na hora.
- Você sabe que eu as devolvo Ino.
- Sim, mas essa não é uma carta de um que você salvou na guerra. – Sakura olha mais atentamente e levanto uma sobrancelha não entendendo nada.
- Sakura sempre recebe cartas de pretendentes, principalmente depois da guerra. – Sai fala e recebe uma cara feia de Sakura. – E ela devolve todas sem dar uma resposta.
- Mas esta é de Suna, tem até o selo. – Ino diz com um sorriso travesso no rosto.
- Deve ser sobre a nova clinica.
- Não é não. – Ino fala visivelmente empolgada. – É do Kankuro e como você o conhece achei que iria querer ler e responder.
- Ooh !! Claro, deve ser alguma coisa sobre os venenos que estávamos criando juntos quando estive em Suna. – “Criando juntos?”.
- É isso, eu e o Sai vamos comer algo, manda um beijo pra Hinata por mim. – Ino diz saindo empurrando o Sai.
- Vamos então, a casa do Naruto é logo ali. – Sakura diz sem me olhar e andando na minha frente.
- Não vai ler a carta ? – Pergunto chegando ao seu lado.
- Sim...sim, vou ler quando chegar em casa. – Agora ela esta mais vermelha que antes. – Não deve ser nada demais.
E aquele sentimento arrebatador me pega outra vez, ciúmes, não sei o que o Kankuro quer com a Sakura, mas aquela marionete ambulante não encostaria um dedo nela.
Ela era minha.
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