História Subitamente, meu daddy (Hiatus) - Oi daddy

Kim Taehyung

Acordei tarde esta manhã por passar a noite assistindo o drama que estou acompanhando – a culpa não é minha tá! Eu viciei –, me arrumei o mais rápido que conseguia, peguei minhas coisas e saí correndo até a escola.  

Cheguei ofegante na sala, todo suado e grudento. Pelo menos Jimin guardou meu lugar – assim não precisaria ficar no fundão sozinho – fui até a cadeira atrás de Jimin e me sentei na mesma. Minha respiração estava pesada, fazia tempo que não corria tanto.   

— Você está bem? Tá pálido! — disse Jimin, preocupado.   

— 'T-to ó-ótimo... — respondi, com dificuldade por conta do fôlego. Entreguei seu caderno, objeto que guardava meu lugar, e o mesmo o segurou.  

— Você nunca se atrasa, o que aconteceu?   

— Passei a noite assistindo "Hwarang". — revelei, ele apenas respondeu com "Ah, tá explicado"   

Em seguida, o professor começou a explicar o assunto e passar mil e uma atividades para casa.    

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— Jiminie...     

— Hm? — questionou com a boca cheia de comida, do sanduíche que comia no intervalo.   

— Como você se aproxima de alguém que não quer falar por ser tímido ao extremo? — perguntei, balançando os pés, estávamos sentados em baixo da sombra de uma das árvores do pátio da escola.   

— 'Tá falando de quem? — perguntou confuso, ainda de boca. cheia.    

— Você sabe sobre aquele menino que fica isolado no final da sala?    

— Jung Joogi? — perguntou, questionando a si mesmo.   

— Jeon Jungkook. — corrigi seu erro.  

— Esse mesmo... No início do ano ouvi dizer que ele sempre fica sozinho. Ninguém nunca tentou falar com ele. — Jimin me encarou de forma estranha e logo depois tirando mais um pedaço do seu sanduíche. — Por que está falando dele?    

— Eu falei com ele ontem.   

— Falou? Quando? Eu não vi, o que você falou?  — perguntou, jogando várias perguntas sobre mim.   

— Calma, seu fofoqueiro!   

— Já disse que não sou fofoqueiro, eu apenas quero aumentar meu conhecimento. — Cruzou os braços. Sorri de sua ação, logo continuando.   

— Eu quis me enturmar, mas ele praticamente me deu um fora. E quando estava voltando pra casa, descobri que ele é meu vizinho.   

— Sério? Eu nunca vi ele por lá. 

— Essa foi minha reação. — Jimin não disse mais nada por alguns minutos. Mas como sempre, seus ataques de curiosidade se tornaram presentes. 

— Por que quer falar com ele?   

— Não sei, só me sinto mal por ele ficar sozinho.   

— Você está afim dele. — afirmou, com um sorriso cínico.   

— Não estou! Como alguém pode gostar de outra, apenas por conversar com ela uma vez?   

— Não sei, faça essa pergunta a si mesmo, não sou eu que quero falar com o esquisitão da sala. — Jimin se levantou do chão, limpando a calça, em seguida, me puxou pelo braço, para que eu também levanta-se. — Vou te ajudar! 

( ... ) 

Voltamos para a sala, a mesma estava barulhenta e havia papéis jogados por todos os lados. Sentamos em nossos lugares, tentando evitar as bolinhas de papel molhadas que voavam pela sala.   

— O que você acha de mandar mensagens anônimas igual aquela fanfic que eu escrevi? — sugere Jimin, me fazendo rir. 

— Jimin, já disse que eu só quero conversar com ele, não ter um daddy, me casar e ter três filhos gêmeos. — Jimin me encarou com os olhos brilhantes. — E eu, óbvio, seria o ativo. Então eu seria o daddy. 

— Ah, sei, você diz isso agora... Mas mudando de assunto, você realmente leu minha fanfic? — questionou, esperançoso, apenas sorri, o fazendo sorrir de volta. — Essa sala não tem jeito. — reclamou, ao ouvir os gritos dos outros. Jimin foi acertado por um papel enorme e todo ensopado (vai saber de quê) na cara. — Quem foi!? — berrou de maneira ameaçadora. Todos apontaram para Hoseok, Jimin fez uma cara tão indecifrável que mal pude entende-la.   

— Desculpe, Jimin. — pediu Hoseok sorrindo, logo voltando a brincar com os amigos.   

— Você vai mesmo jogar isso de volta, logo no rostinho lindo do seu amado crush? — sussurrei para provoca-lo. Jimin me olhou com uma cara totalmente revoltada.   

— Cala boca, Taehyung! — mandou, trincando os dentes. Ele sempre se irritava tão fácil, chega a ser engraçado. 

— TAEHYUNG, ABAIXA AÍ! — gritaram, o que me fez olhar para trás, sem entender nada, só tive tempo de analisar a situação, tinha um caderno voando em direção ao meu rosto, porém, por sorte minha, ele acertou meu peito. O peguei, com ódio.    

Levantei-me da cadeira trincando os dentes e joguei o caderno sem pensar em quem havia jogado o caderno antes. A vítima se abaixou e o caderno acabou batendo na pessoa que estava entrando pela porta. Todos o encararam sem dizer nenhuma palavras.   

— De-desculpe, J-eon... — pedi nervosamente. Jungkook não me respondeu, só pegou o caderno do chão e se aproximou de mim devagar me entregando o mesmo com certa força.   

— Kim Taehyung e Jeon Jungkook na sala do diretor agora!    

— Mas eu... — Tentei argumentar.   

— Não diga nada! — mandou, mexendo as mãos. — Apenas saiam da minha frente. E vocês — Apontou para o resto da sala —, quero silêncio. Abram seus livros e respondam todas as questões da página setenta e dois. — Todas na sala reclamaram, sentando cada um em suas caderias. 

Jungkook saiu da sala de cabeça baixa, eu acho que o irritei. Corri para alcança-lo, nós estávamos andando em direção a sala do diretor, nesse momento. 

— Jeon... — chamei, ele parou de andar e virou-se para me encarar. O moreno parecia nervoso, respirou fundo e falou:   

— Tae...Kim, não quero falar com você, então pare de tentar falar comigo.    

— Mas, eu juro que não era em você que eu queria jogar aquele caderno, ele nem era meu. — Jungkook continuou andando até a sala do diretor, sem dizer uma só palavra. Em um movimento rápido, segurei sua mão e o puxei, dando meia volta para as escadarias, o mesmo tentou se soltar a todo custo, mas não o permiti.   

— Kim, me solta, o que você está fazendo? — Não respondi, continuando a puxa-lo, o fazendo desistir de tentar se livrar. Subimos todas as encadas, chegando na porta do terraço, a abri, entrando no local junto ao Jungkook, este que resmungava baixo. — O que vai fazer?   

— Nada, só não quero ganhar advertência. — Dei de ombros, sentando-me no chão, em frente a porta.   

— Quem disse que eu quero ficar aqui?    

— Para alguém tímido, até que você fala demais.   

— Não sou tímido... — sussurrou, não consegui entende-lo muito bem. 

— O que disse? — Ele negou com a cabeça, desviando do assunto. — Vamos ficar aqui até o sinal bater. — O mesmo aceitou a proposta, e se sentou ao meu lado, um pouco afastado.   

Tentei puxar assunto várias vezes, mas ele sempre me deixava no vácuo, então decidi ficar calado. Ele talvez só não goste de mim, por isso não quer falar, ele nem deve ser tímido. Esse emo mal agradecido. Isso é o que acontece quando você se preocupa com alguém que nem conhece. 

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— O diretor te deu uma bronca daquelas? — perguntou Jimin em tom brincalhão.   

— Não! — disse vitorioso.   

— Como não?    

— Eu puxei o Jeon até o terraço e ficamos lá.   

— Deram alguns beijinhos? — Empurrei seu ombro, incrédulo.    

— Óbvio que não! — Cruzei os braços irritado. — Me faz um favor?    

— Manda!   

— Ainda temos o último horário, então, quero que você pegue um papel e finja que foi o professor que pediu e pede para o Jungkook... — Jimin tapou minha boca, negando com a cabeça.    

— Você quer o número dele, não é? — assenti envergonhado, Jimin começou a rir igual uma hiena louca, meu amigo é uma peste. — Vou fazer isso é agora! — O menor saiu do corredor, onde estávamos, e entrou na sala.   

Park Jimin

Voltei para a sala e fui direto pegar uma folha em branco em meu caderno. Taehyung entrou também e sentou-se no seu lugar. Comecei a por o plano "pega número do 'crush' do amigo" em prática,  colocando meu nome e número celular no papel.   

— Assina aqui. — Joguei o papel para Taehyung, este que o segurou, fazendo cara de idiota. 

— O que é isso? — questionou, entrando na brincadeira. Sorri de lado com sua ação. Isso mesmo, Tae, está ficando imteligente, agiu sem eu dar idéia. 

— O professor pediu, e coloca o seu número. — Taehyung fez e me entregou. Havia uma menina sentada na nossa frente, pedi a mesma também, foi fácil. Agora é a vez da vítima. — Jeon, assina esse papel.   

— O que é? — perguntou baixo, olhando para a folha. Hm... Ele é bonitinho. Deixei um sorriso simpático no rosto e coloquei o papel em sua mesa.   

— O professor quem pediu, coloca seu nome e número de celular.   

— Por que ele quer meu número?    

— E eu vou saber? Apenas coloca, por favor. — pedi docemente, ele pegou o papel e assinou. Ninguém resiste ao meu charme.  

Saí andando pela sala com o papel e pedi para todos que estavam presentes para assinarem, muitos estavam andando pelos corredores, então não teve problemas, eram poucos, e de brinde ganhei o número do 'crush'. Saí de dentro da sala, guardei o papel no bolso e voltei outra vez.   

O diretor entrou logo depois de mim.    

— O professor Kang não virá hoje, então podem ir para casa mais cedo... — Antes do mesmo terminar de dar o aviso, todos começaram a gritar e a correr para fora da sala. Bando de animais. 

Kim Taehyung

Depois que saí da escola, fui direto em alguma lojinha de conveniências, preciso comprar um novo número urgente. Não quero usar o meu número atual, vai que ele me bloqueia. 

Voltei para casa e passou-se horas, já era noite e eu ainda nem tinha mandado nenhuma mensagem. O que eu mando? Oi? Iai? Hello? Hi? Annyong? Hola? Yo?   

— Unf! — suspirei irritado, soltando o celular na cama. Por que é tão complicado saber o que mandar? 

Pensei um pouco mais, estou decidido a mandar mensagem, nem que seja um emoji. Escrevi e apaguei algumas vezes, mas acabei mandando a mensagem, e talvez me arrependendo amargamente depois. Juro que foi culpa do Jimin! Ele quem colocou isso na minha cabeça! 

{Taehyung}    

~ Oi daddy