O sol ia sumindo, os pássaros cantando em um tom baixo, e os olhos das corujas cada segundo sendo mais fáceis de ver. Isso, enquanto o verde das árvores e da grama que eu estava sentada se tornavam de um tom um pouco mais escuro, porém, que a baixo da luz da Lua, conseguia ser tão brilhante quanto antes. Tendo essa mesma ajudando me dar visão do que si tornava presente naquela noite tortuosa, porque sim, isso não é um conto de fadas. Eu não sou uma princesa indefesa, que ao ser atacada por um monstro qualquer, poderei ser salva pelo príncipe encantado. Na verdade o único cara que me salvou na vida por muito tempo me mantinha a ameaça. Entretanto, Jung Kook tem se mostrado ser uma outra pessoa nesses dias que se passaram, dês do incidente com o outro submerso, á uma semana atrás, ele parece tentar me ajudar e me proteger. Como se quisesse se desculpar por algo, eu ainda não compreendia, mas tentava não pensar muito. Estávamos tendo coisas demais nas nossas cabeças no momento. O tal submerso contou que o pessoal da cúpula descobriu que os filhos das cidades de ruínas existem de verdade e estão a nossa procura.
O que nós fez começar a tomar certas providências. Aumentar as barricadas, e os treinos à noite para se caso nos descubram de verdade possamos nos defender de alguma maneira.
Por isso sigo voltando para o nosso acampamento, estava na hora de começarmos os treinamentos.
...
Estou em pé em uma fila para entrarmos no ringue de luta, eles nós colocaram em outro andar do galpão, um salão com um ringue no meio e nós ali em uma fila esperando nossa vez de adentrar o local.
Atrás de mim estava Jimin e Jin, os dois em uma conversa animada, até que o mais velho me puxa para mais perto de si e ajeita os protetores em minha cabeça.
- Por favor Soo tome cuidado, não quero que se machuque.- Sorri acariciando meu queixo de forma protetora e carinhosa, ele sente água muito gentilmente comigo, o adorava por seu jeito e coração doce, estava se tornando um bom amigo, porém, nunca lidei bem com gestos de afeto em público. Por isso me encolhi um pouco envergonhada e olhei em volta para ver se alguém não havia reparo seu toque. Sim, uma pessoa havia notado e nos olhava sério, não demorando muito para vir em nossa direção.
O rapaz de olhos intensos, Kook, afasta seu hyung educadamente, mas sem parecer muito legal com o mesmo.
- Me desculpe hyung, mas a senhora Kim pediu para que eu ajudasse a novata por conta de nossas idades próximas, vai ser mais fácil já que eu passei por dificuldades parecidas com a dela. Mas...- ele me olha nos olhos.- Preciso ajudá-la para me redimir pelo preconceito com o qual à tratei por esses meses que está conosco.- Suspira abaixando os olhos e me olha novamente, agora falando mais baixo para que só eu pudesse ouvir.- Não sou o monstro que fiz parecer ser. Mas as dores me fizeram criar uma desconfiança gigantesca no mundo, não percebendo que nem todos são ruins. Foi inevitável não me proteger de você daquela maneira.
Arregalou meus olhos para suas palavras, até que quando penso em dizer um tudo bem ou consola-lo pela culpa que estava sentido ele passa pelas outras pessoas à nossa frente, já que seu nome havia sido chamado e entra no ringue, tira sua camisa, quase me esgasgo com a saliva ao ver aquela cena. É ele realmente a tira sem pouco se importar em como seus gominhos eram bem formados, ou os braços músculosos. Engulo em seco, para em seguida desviar meus olhos, e em alguns segundos depois os voltar novamente em sua direção, obviamente que só para seu rosto, claro que apenas isso.
Todos nem reparam a cena que eu me forçava a ignorar, que eu ignorava sim e com muito êxito.
Então, Kook coloca suas luvas de box pretas, se aproxima da corda que envolvia o local onde ele estava. Olha para todos nós, analisando cada um, entorta os lábios pensativo, morde o canto deles em dúvida, eu desvio meus olhos.
Eu precisava parar com essa doideira de achar essa criatura sexy, claro, que ele sendo um cara rabugento e que apenas havia sofrido demais e agora parecia arrependido pela forma que havia me tratado, não significa que por conta disso tenho que começar a perceber a beleza dele.
- Kook, me desculpe irmão, mas seria melhor ela treinar com uma garota. Soo e Lim vamos começar com vocês. - Diz um dos professores.
Eu afirmo com a cabeça olhando ainda interrogativa para Kook e quando vejo o tamanho da garota percebo que ele estava tentando me proteger.
- Boa sorte Soo!!! - Jin diz levantando as mãos em punhos, me dando força.
- Você consegue, não deixa ela te colocar para baixo, ela é só tamanho. - Jimin afirma sorrindo. Fazendo a garota o fuzilar com os olhos e o mesmo se esconder engolindo em seco.
- Valeu gente...
- Como é que é cabelo de fogo?- A tal garota diz vindo na direção de Jimin querendo arrumar briga com ele.
Eu logo coloco uma mão em seu ombro, olhando firme em seus olhos.
- Você não vai querer brigar com alguém menor que você, não é? Ou melhor, encontre alguém ainda menor pode ser mais fácil de mostrar toda essa bravura exagerada. - Bato em seu ombro um pouco mais forte que necessário.
- Calminha meninas, vamos deixar toda essa raiva para a luta!!
Suspiro, entro no ringue, pego minhas luvas as colocando sem dar muita atenção para o tal garoto que me fuzilava com os olhos. Não podia me desconcentrar.
- Eu irei acabar com você e com esse rostinho delicado, acha que pode colocar banca em mim?
Mas, que pessoa mais chata!! Ela com certeza iria ser mais uma pedra em meu sapato, agora que Kook parecia este tranquilo sobre mim, vinha outra. Não podiam ser todos como os meus novos amigos? Porém, eu já havia reparado que não, na hora do café da manhã pode ser visto os grupinhos separados. Tinha os mais calados, os mais novinhos, os sem uma definição, que era o meu, os que se achavam melhores.
- Eu não me importo nem um pouco com o que você pensa, e sim, que eu ainda irei quebrar seu nariz empinado!!- bato com meus dois punhos um no outro. Nosso professor revira os olhos, segurando meu ombro para ficar parada no meu lugar, eu já estava querendo ir para cima dela.
- Ei ei ei, acha que é assim não é tão fácil, elas tinham que se aquecer com o seu campeão, não acha professor? - Diz entrando na frente da garota e a empurrando para o canto.- Você sempre me deixou ser o primeiro a lutar, senão não irei ajudá-lo a treina-los nunca mais.- ele pisca para mim e se coloca a minha frente tomando uma posição de luta, tendo uma de suas mãos fechadas na direção do queixo e a outra dos olhos. Eu fico na mesma posição indo com meu corpo para frente e para trás, analisando cada passo que Kook dava. Eu realmente não conseguia o entender, ele queria me proteger ou me bater?
Andando em círculos, observando cada ponto meu. Estreito meus olhos a ele e lhe avanço um chute na direção da cintura, seus talvez um metro e oitenta e cinco, faziam os meus um e sessenta se tornarem uma boa desvantagem.
Meu chute fica apenas no ar, pois, o mesmo pega minha perna, gira meu corpo, segurando pelo joelho com ela ainda no ar. Enquanto sua mão livre prendia um de meus braços atrás de minhas costas, e seus lábios em minha orelha.
- Vamos fingir essa luta e treinar de verdade quando todos forem dormir, ficando apenas nós dois.
Engulo em seco com o toque de seus lábios em minha pele, respiro fundo e tomo força para me afastar, fazendo com que eu caísse no chão quando me soltasse dele. Logo me levanto ficando em posição mais uma vez.
Ele levanta uma sobrancelha, mas então eu concordo com minha cabeça para as palavras que ele havia dito antes. Ainda não sabia se poderia confiar nele, mas alguma coisa em seus olhos me diziam que sim.
Eu solto o ar por meus lábios, correndo em sua direção, o empurrando para a corda do ringue, atrás de suas costas, ele xinga baixo por conta da farda, fazendo uma atuação como se eu tivesse o machucado de verdade.
- Está vendo "campeão", eu também posso ser forte.- Digo conseguindo depositando um falso soco em seu estomago. Isso só faz seu maxilar enrigecer, enquanto segurava uma risada de todo o teatro que estávamos fazendo e as pessoas nervosas acreditando em tudo o que fazíamos. Em seguida ele me da uma rasteira, deixando com que eu caísse de costas no chão. Mas se joga sobre mim colocando disfarçadamente uma mão em minhas costas.
Seu corpo fica sobre o meu, uma perna de cada lado de meu quadril, a mão firme apertando minha blusa tendo seu punho levantado e fechado, apontando na direção de meu rosto. Mas, o soco é depositado ao lado de minha cabeça, formando um som oco na madeira do ringue.
- Coloca uma coisa na sua cabeça, você nunca vai conseguir criar nem um arranhão em mim.- Aproxima seu rosto do meu aenos de um centímetro, me fazendo sentir seu hálito bater em minha pele.- Então, aceita uma trégua?
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