Verônica Iglesias point of view
Escutei o latido de Apollo e ele estava distante, quando percebi seu focinho estava por cima do meu joelho esquerdo e sua bolinha verde jogada aos meus pés. Peguei sua tigela que estava por cima do banco onde estava sentada e despejei a água eu tinha dentro de uma garrafinha e em seguida coloquei sua tigela no chão. Ele bebeu toda a sua água e latiu mais uma vez.
— Já quer ir? — ele se sacudiu e latiu mais uma vez. — Tudo bem. — catei suas coisas e ele me acompanhava com seu olhar atento, assoviei uma única vez e ele me acompanhou quando comecei a andar.
Era uma tarde de terça-feira e eu estava sozinha novamente em Miami, na verdade, eu tenho a companhia de Apollo. Camila havia ido para Londres e Lauren em New Jersey resolvendo as coisas para a faculdade de Dianna, e em seguida, ela iria para Londres morar com Camila.
Eu havia ficado com a casa dela e suas coisas para tomar de conta nesse período de quatro anos em que ela estivesse fora. E pela primeira vez eu nunca havia me sentido sozinha em toda a minha vida.
Desde meu término com Lucy, eu não havia ficado com mais ninguém e também não tinha essa vontade de ficar com outra enquanto tinha meus pensamentos voltado somente nela. Estava sendo difícil de superar aquilo tudo, estava sendo difícil, muito difícil aceitar que a realidade é essa no qual eu estou vivendo.
Sem Lucy.
Sem a mulher que eu amo.
Quando chegamos em casa, Apollo correu para a cozinha e eu fui direto para o andar de cima tomar um banho demorado. Já passava das seis e eu já me sentia cansada de fazer literalmente nada.
Coloquei um short de algodão rosa e uma regata cinza, amarrei meus cabelos em um coque mal feito e desci para comer algo, mas antes fui até a sala e deixei a televisão ligada. Corri novamente para cozinha e encontrei Apollo dormindo ao lado da geladeira, estava tão cansado que nem sentiu a minha entrada no local.
Preparei um sanduíche enorme e cheio de porcarias dentro, peguei uma lata de Coca-Cola e fui para a sala, me sentei no sofá e passei a assistir a um filme que passava. Abri a lata do refrigerante e dei a primeira mordida no sanduíche.
A som da campainha soou no cômodo e mesmo a contragosto larguei o meu sanduíche sobre o prato e fui até a porta.
Meu coração errou a batida ao ver a pessoa que estava ali. Honestamente, meus olhos travaram e eu não pisquei por longos segundos até me dar conta de que era ela mesmo ali. Limpei minha garganta e ela desviou o olhar.
— A Lauren não está. — minha voz saiu um pouco vacilante.
— Eu não vim pela Lauren, eu...
— Lucy, o que foi?
— Eu queria falar com a Camila.
— A Camila não está em Miami já faz uns meses, não se falam mais?
— Não. Ela foi embora?
— Ela entrou em Oxford.
— Nossa. Isso é ótimo!
— É... — ela alternava seu olhar em mim e em um ponto morto atrás de mim. — Quer entrar?
Ela me olhou um pouco desconfiada.
— Eu não quero incomodar.
— Está frio aí fora, entre. — ela meio sem jeito passou pelo espaço que dei a ela, fechei meus olhos ao sentir seu cheiro adocicado, ela não havia mudado em nada. — Quer alguma coisa? — por fim fechei a porta e me virei para olhá-la e lá estava ela me olhando.
— Acho melhor eu ir. — ela passou por mim.
Senti meu peito doer com aquilo e então assoviei alto já escutando o barulho de quatro patas correndo até a sala. Apollo parou bem no meio da sala e observou Lucy que estava de frente para a porta, ela se virou e sorriu quando viu o nosso bebê. Apollo assim que a reconheceu, correu até ela fazendo-a bater com força suas costas na madeira da porta atrás de si.
Golpe baixo, eu sei, mas precisava de no mínimo mais cinco minutos com ela. Para olha-la, sentir seu cheiro e ter a sua presença.
Eu era tão fodidamente apaixonada por ela, que mesmo depois de tudo chegava a ser vergonhoso.
Me sentei no sofá e fiquei observando eles dois, Apollo latia todo feliz enquanto ela fazia carinho na barriga dele. Quando aquela euforia cessou, ela se levantou e ele também, porém Apollo encostava seu focinho na mão dela que sorria para ele.
— Ele sente a sua falta. — falei e ela me observou.
— Nunca imaginei que Hailee entregaria ele a você.
— Na verdade, ela o entregou a Camila que deu a Lauren e como eu estou morando aqui, consequentemente, é meu.
— Eu deixei a casa a você. — disse.
— Eu não conseguiria viver em uma casa que dividimos por nove anos sem você lá. — confessei.
— Foi por isso que eu fui embora também. — disse baixinho.
Fiz um sinal para Apollo que se retirou da sala.
— Porque você foi embora? Você não tem noção do que me fez passar...
— Eu sinto muito. — disse. — Pensei que você não se importasse.
— Porque eu não me importaria? Eu amava você e eu sofri muito.
— Desculpe, mas eu achei que fosse o melhor a se fazer naquela época. — disse. — Eu já tinha feito muita burrada nessa vida e...
— Por favor, não vamos falar do passado, já não importa mais.
— Eu preciso que você saiba.
— Lucy...
— A gente só vivia brigando quando éramos mais novas e a Lauren sempre estava lá sendo ela com aquele jeito meigo. — disse. — Ela era incrível comigo e no fim eu comecei a me sentir diferente quando estava com ela, eu me apaixonei por ela.
— Então porque não deu um fim em nós?
— Com que motivo? Apesar das nossas brigas a gente dava muito certo e eu jamais iria trocar o certo pelo duvidoso.
— Mas você nunca me amou, eu não entendo isso.
— Eu jamais iria encontrar outro alguém no mundo que me amasse como você me amou um dia. Você fazia tudo por mim, trabalhava dobrado para me dar as coisas e mesmo assim era uma esposa presente. Eu não tinha do que reclamar.
— Você me usou para ter o que queria, nunca me amou, mas mesmo assim insistiu.
— Eu tentava, Verônica. Eu juro que eu tentava, mas você...
— Eu não sou a Lauren. É, eu entendi.
Abaixei a cabeça me sentindo incomodado com isso. Lucy se moveu e andou até mim sentando-se ao meu lado.
— Eu sei que dizer que eu sinto muito não vale a pena, mas eu sinto. — ela disse. Não ousei olhá-la. — Eu senti a sua falta o tempo todo desde que foi embora. Eu me senti vazia, solitária. Eu chorei por dias porque eu perdi uma mulher incrível, a mulher que fazia de tudo para me fazer sorrir. Você era a minha luz quando eu estava no escuro.
— Lucy...
— Eu sinto muito. — repetiu.
Fiquei em silêncio por segundos, até minutos. Só era possível escutar o barulho das vozes do filme que passava na TV. Minha respiração estava precária e a vontade de chorar era muita.
Eu não sabia o que fazer. Estava tão desesperada que fiquei sem rumo. Eu a queria tanto de volta, mas a minha cabeça me dizia para não cair nessa armadilha novamente.
— O que você anda fazendo da vida? — voltei a olhá-la e mudando drasticamente de assunto.
— Eu estou trabalhando, não é nada muito grande por enquanto, mas eu estou de olho em uma vaga em Chicago.
— Chicago? Isso é tão longe...
— Eu sei. — ela disse. — Mas é meu sonho sair daqui, sabe?
— Entendo. — falei baixo.
— Eu posso te contar uma coisa? — fiz que sim com a cabeça. — Eu estou em processo para adotar uma criança.
Sorri.
— Jura? — ela fez que sim com a cabeça. — Isso é incrível, eu... Parabéns!
— Estou ficando independente e preciso de mais alguém comigo, quero um filho ou uma filha...
— Fico feliz que você esteja bem. Digo isso de coração.
— Eu sei que sim. — ela colocou a mão por cima da minha que estava repousada no sofá. — Você é uma mulher incrível, tem uma alma linda. Quero te desejar toda a felicidade que o mundo possa te oferecer e que encontre uma mulher a sua altura que te ame e te respeite sempre.
— Obrigada... — falei bem baixo, mas creio que ela escutou.
— Eu realmente preciso ir. — ela se levantou e eu imitei seu ato.
Andamos em silêncio até a porta e quando eu abri, ficamos nos olhando e era como se ela lesse meus pensamentos, pois no mesmo momento em que avancei para abraçá-la, ela fez o mesmo.
Nossos corpos se apertaram um contra o outro e aquilo aqueceu meu coração. O contato com ela, o cheiro de seus cabelos, o cheiro da sua pele e na sua roupa.
Quando nos afastamos, voltamos a nos encarar. Olho no olho. Soltei um longo suspiro e não resistindo aos meus instintos, a puxei pela cintura e beijei seus lábios. Um beijo calmo, lento e sem pressa alguma. Uma de suas mãos repousou sobre meu ombro a outra agarrou minha nuca puxando-me mais para perto dela. Senti uma lágrima entre o beijo e ao perceber que não era minha parei o beijo e a observei.
Admirei seu rosto e limpei suas lágrimas que agora banhavam o mesmo. Ela balançou a cabeça em negação e se afastou de mim. Segurei sua mão por instinto e ela foi puxando me obrigando ao soltá-la aos poucos.
— Adeus, Verônica! — disse.
Meu coração bateu forte no peito ao perceber que aquilo era mesmo real. Seu carro saiu cantando pneus dali e finalmente fechei a porta voltando a minha triste realidade.
Sem ela novamente.
...
Um mês depois...
Estava na fase se superação, após aquela tarde, nunca mais nos falamos, nunca mais soube uma notícia dela. Nada! Deixei de lado e segui em frente, esquece-la era um desafio, mas eu estava conseguindo isso a cada dia que se passava.
E no fim, estava tudo dando certo.
Bom, agora cá estou novamente no banco da praça observando meu cachorro correndo no parque com várias crianças ao se redor. Coisa que Apollo gostava era de muita atenção e sempre se divertia quando eu o levava para passear e via as crianças no parque.
E eu como sempre sozinha.
Mas agora ficar sozinha não era um problema para mim, eu não via isso como problema, o grande problema era eu não conseguir alguém, na verdade, quase ninguém me interessava, pois as maiorias das mulheres eram superficiais e isso não era bem o que eu queria.
Eu estava vivendo uma vida diferente da que imaginei um dia, solteira chegando aos quarenta e isso não era nada normal e estava fora dos meus planos para o futuro.
— Hey você!
Olhei para o lado e revirei os olhos ao reconhecer a voz.
— O que faz aqui encosto? — Demi se sentou bem ao meu lado. — Está me seguindo?
Ela revirou os olhos e por fim sorriu.
— Eu ainda não tenho um parafuso faltando.
— O que faz aqui então?
— Não estava a fim de ficar em casa, vim passear e acabei encontrando quem eu menos queria.
— Como você é adorável. — sorri sem mostrar os dentes. — Esta morando em Miami?
— Bom, eu realmente vim para passar o tempo, mas talvez eu fique. — respondeu. — E você? Me parece um pouco abatida...
— Estou tentando lidar com a minha vida, ainda. — ela riu.
— Sabe que já se passou um ano, certo?
— Eu fui...
— Ai que sono! — revirei os olhos e soltei uma risada. — Eu sei que foram anos com a Vives, mas supera. Isso está ficando chato! Sério, eu fiquei um ano fora e volto, e você ainda esta na mesma, me poupe!
— Se fosse você no meu lugar estaria da mesma forma.
— Eu não sou pra casar e muito menos paro com uma única pessoa por mais de uma semana. Eu rodo pelo mundo...
— É uma vadia mesmo. — comentei, rimos. — Então quer dizer que a Lauren...
— Eu só queria que a Lauren fizesse alguma coisa comigo, mas ela não é do tipo que fica com uma e com outra. — Lauren era realmente assim. — Ai eu paro e penso e me pergunto o porque eu sofri tanto assim por ela.
— Ai me pergunto o que aquela vadia tem de tão especial.
— Estamos falando de Lauren Jauregui, minha cara.
— Grandes merda. — Demi tocou em meu ombro e então voltei a olhá-la.
— Tá, até que você não é de se jogar fora. — ergui a sobrancelha e ela riu. — Ok, você é gostosa e muito linda.
— Você também não é de se jogar fora. — pisquei um olho pra ela.
— Eu realmente não estou a fim de flertar com você, é nojento.
— Na verdade, seria interessante você na minha cama. — ela me olhou bem nos olhos e me fitou incrédula.
— Isso também seria nojento.
— Por quê?
— Sei lá, a gente não combina. — franzi o cenho.
— A gente se conhece a tanto tempo e nunca rolou nada. — pensei alto. — Seria realmente bastante estranho se ficássemos assim do nada.
— Você pensa? Que magnífico!
— Talvez até bem mais que você, mas veja pelo lado bom, prazer em troca de prazer.
— Você realmente deve estar desesperadamente querendo comer alguém, esta atrás de mim.
— Primeiro, foi você quem apareceu. Segundo, esta realmente se rebaixando a tal ponto? Não se acha o suficiente pra mim?
— Na verdade, eu já passei da fase de amizade colorida.
Me aproximei bem de seu ouvido e sussurrei bem baixinho:
— Uma foda é só uma foda.
Senti seus pelinhos se arrepiarem e então um sorriso brincou em meus lábios.
— Esse é o meu lema, sabia? — ela tentou se recompor e se afastou de mim.
— Você é do tipo que come ou gosta de dá?
— Gosto de relatividade. — ri baixinho.
— Você tem cara de quem geme igual a uma puta implorando para que te fodam.
— Tá se achando com cara de alfa? Me poupe, Iglesias. Consegue ser mais passiva que eu.
— Bom, se você diz... Não vou discutir. — dei de ombros.
...
A boca de Demi tinha com certeza o melhor gosto do mundo, sua língua habilidosa brincando com a minha tentando tomar o controle do beijo estava me levando a loucura. Parei o beijo e fui deslizando minha boca até parar em seu pescoço onde distribuir vários beijos e chupões. Ela me empurrou pelos ombros me fazendo quase cair para trás.
— Não acredito que estamos fazendo isso. — ela murmurou enquanto puxava a minha camisa para fora do meu corpo. — Isso é loucura. — observei o movimentos de suas mãos agora no botão e em seguida no zíper do meu jeans. — Porra Iglesias, você é tão gostosa... Olha isso! — murmurou após tirar a calça de meu corpo. — Eu vou te comer todinha. — disse enquanto passava suas unhas sobre a minha barriga.
Soltei uma risada.
— Uma passiva querendo comer uma ativa? — fiz um barulho com a minha língua. — Não mesmo. — deslizei o zíper que tinha na lateral de seu vestido e o tirei de seu corpo.
Salivei ao ver aquele corpo dos deuses com sua pele bronzeada. Senti minha respiração começar a ficar pesada e uma vibração passeou por todo o meu corpo até parar em meu centro.
Segurei-a pela cintura e puxei novamente para um beijo. Deslizei minhas mãos por suas costas e abri o fecho se seu sutiã fazendo-a se livrar desta peça inútil. Demi riu contra meus lábios e prendeu seus dentes em meu lábio inferior e foi soltando aos poucos. Suas mãos tocaram em meu peito e com certa brutalidade empurraram meu corpo fazendo-me cair por cima da cama. Arrastei meu corpo para cima e tirei meu sutiã jogando o mesmo para qualquer lugar daquele quarto e recebendo um olhar de malícia dela. Me deitei sobre a cama e coloquei meus dois braços abaixo da minha cabeça usando-as como apoio. Demi subiu na cama e engatinhou sobre mim e me roubou um beijo antes de iniciar os beijos sobre a pele do meu pescoço.
Sua língua hora ou outra ia de encontro com a minha pele sensível e meu corpo delirava apenas com esse contato. Um gemido rouco de prazer escapou quando sua boca abocanhou meu seio esquerdo com fome enquanto sua mão massageava o direito. Gemi em deleite quase gritando para que ela não parasse com aquelas carícias em meu ponto sensível. E já não aguentando mais aquela tortura, inverti nossas posições de um jeito totalmente desajeitado tomando sua boca em um beijo feroz cheio de desejo e minhas mãos por todo seu corpo.
Aquela morena que estava ali era um inferno e eu estava louca para me queimar com ela. Sua pele suave, seu cheiro... Imagino seu cheiro em outros lugares e seu gosto que deve ser um espetáculo. Varri minha mão por todo aquele corpo sensual apertando cada pedacinho me perguntando se era realmente real. Após brincar com seus seios passei minha língua entre o os mesmos até chegar em seu ventre, segurei a barra de sua fina calcinha de renda e a puxei para baixo. Tendo a sua ajuda ao retirá-la.
Abri suas pernas e levantei um pouco seus joelhos tendo a imagem do paraíso ali, gemi com gosto ao ver seu sexo pulsante e molhado, pronta para me receber. Demi me observava, eu senti seu olhar sobre mim. Me aproximei de sua intimidade e fechei os olhos ao sentir seu cheiro forte. Soltei o ar pela boca causando uma tortura nela.
— Verônica... — ela disse meu nome arrastado e aquilo foi como a voz de anjos em meus ouvidos. — Por favor...
— Você tem um cheiro maravilhoso. Não vejo a hora de chupar você. — provoquei tentando manter o controle já que ela havia me deixado fraca e completamente louca.
Passei a ponta da minha língua entre sua fenda quente e encharcada arrancando um longo gemido da mulher sob mim. Encontrei sua entrada e endureci a minha língua forçando-a ali... mais um gemido. Chupei seu nervo pulsante fazendo-a gemer mais, mais e mais para a minha alegria. Eu chupava com tanta força que um barulho de sucção acompanhou os gemidos dela dentro daquele quarto que se tornou quente e apertado. Eu já não tinha mais o controle, pois minha língua trabalhava por si só louca para dar prazer a ela.
Não existia nada melhor que fazer uma mulher gemer para você, fazê-la se entregar a você. Fazê-la gritar seu nome e por fim proporcionar a ela um orgasmo maravilhoso. Era algo que se tornava minha prioridade em momentos assim.
Demi segurou meus cabelos com uma de suas mãos e forçou mais ainda meu rosto em sua boceta. O gosto era mil vezes melhor que o cheiro e eu não poderia estar mais satisfeita com isso. Ela gemida feito uma louca, completamente alucinada causando um tremor delicioso em todo o meu corpo. Endureci a minha língua em sua entrada quente e a penetrei novamente, a sensação era deliciosa com aquela boceta se contraindo ao redor da minha carne que estava sedenta por ela. Meu corpo tremia igual louco e um formigamento conhecido bateu em meu ventre.
Ela soltou um gemido animalesco quando forcei mais a minha língua para dentro de si. Senti meu orgasmo chegando assim como o dela, ela tremia e gemia, forçava seu sexo mais contra a minha boca em busca de mais prazer, estávamos na borda e chegaríamos lá juntas se desse. Desci uma de minhas mãos até a minha boceta que ainda estava coberta pela calcinha e esfreguei apenas para aliviar o prazer que sentia. Demi gemeu manhoso e se derramou em minha boca, gemi desesperada quando gozei em meus dedos. Limpei todos ao resquícios de seu gozo de meu queixo e levei até a boca sobre seu olhar a atento.
Deixei um beijo na parte interna de sua coxa esquerda e deitei minha cabeça ali. Repousei minha mão direita sobre sua barriga e iniciei uma leve carícia com a ponta de meus dedos em sua pele quente e suada. Nossas respirações estavam precárias e a satisfação exalava ali.
Me levantei e me sentei na cama e a puxei pela cintura fazendo com que ela ficasse entre as minhas pernas. Sua respiração estava um pouco regularizada assim como a minha. Observei cada traço em seu rosto, admirando cada mínimo detalhe daquela pele bronzeada, ela me olhava com um ponto de interrogação bem no meio da cara.
Deslizei meu dedo indicador sobre sua bochecha e me aproximei para deixar um beijo rápido em seus lábios.
— Se eu soubesse que você era tão boa eu teria te dado a muito tempo. — soltei uma risada nasal.
— Você é gostosa. — falei com sinceridade. — Pena que você só vai ser minha essa noite. — fui deslizando meu dedo entre o vale dos seus seios até parar em sua intimidade. — O lado bom é que você vai dá pra mim bem gostoso de novo.
Ela passou a língua entre os lábios e focou seus olhos na minha boca.
— Eu comeria você todos os dias. — esfreguei seus clitóris com os dedos. Ela gemeu. — Eu posso fazer loucuras com você. — enfiei um dedo em sua intimidade e senti seu corpo ficar rígido. — Que delícia. — seu canal era quente e estreito, apertava meu dedo de uma forma deliciosa. — Eu quero escutar você gemendo bem gostoso o meu nome.
Depois daquele dia que seria apenas uma noite qualquer passou a existir um linha tênue entre nós duas e foi impossível conter o que eu imaginava que aconteceria futuramente. Eu me apaixonei perdidamente por ela e para a minha sorte foi recíproco.
Iniciamos um relacionamento conturbado por causa de Lucy, ela tinha um pé atrás comigo por conta disso, mas tudo foi se resolvendo com um tempo. Nos casamos e temos um filho maravilhoso e a nossa família é perfeita. Somos felizes juntas, eu sou feliz com ela e completamente realizada por ter um filho. Meu maior sonho ela conseguiu realizar. E minha maior realização foi conseguir domar essa leoa.
Demi me jogou um feitiço, um feitiço que foi impossível evitar. E eu a amo como nunca amei um alguém em toda a minha vida.
...
Dias atuais...
Senti a mão de Demi fazendo carinho na minha nuca e confesso que aquilo estava me dando preguiça e, principalmente sono. Busquei seus olhos e assim que ela percebeu olhou para mim e me ofereceu um sorriso lindo, me curvei para perto dela e deixei um beijo demorado em seus lábios.
Ela voltou a sua atenção novamente para o filme que passava na TV e soltou um longo suspiro.
— Será que você não percebe que a gente aqui nunca vai dar certo como casal? Você nunca vai me amar da mesma forma que a amou um dia... Nunca vai me olhar da mesma forma que a olha, nunca vai pensar em mim da mesma forma, me tocar, me beijar, me abraçar... Será que você não percebe que isso aqui não funciona?
— Mas que droga, Demi. Você não é ela!
— Esse é o ponto. Eu não sou Lucy Vives e nunca serei Lucy Vives e é por isso que acabo por aqui, já deu pra mim ser apenas a pessoa que te leva para um mundo paralelo apenas para se esquecer dela por algumas horas e depois voltar para o mesmo sofrimento. Eu cansei de ser apenas mais uma com quem você transa pensando nela, eu...
— Não! Eu nunca fiz isso, nunca te usei, nem a primeira vez eu pensei nela, eu... Eu te amo, Demi. Eu me entreguei a você quando já pensava que não existia mais um final feliz pra mim. Você foi paciente, me entendeu e me amou como nunca alguém amou antes na vida, você... Você mudou a minha vida, curou as minhas feridas e me ensinou a viver e me mostrou que a dor era suportável sem eu mesma pedir. Você me ensinou o que é amar novamente porque eu te amo. Droga... Eu te amo tanto!
— Eu sinto muito. — argumentou.
— Pensa em mim. Pensa em nós. Pensa na família linda que podemos formar, é só acreditar em mim. — me aproximei dela e deixei um beijo em seu rosto. — E mesmo se você não quiser, acredite que um dia você me fez te amar verdadeiramente.
— Vero? — escutei a voz de Demi e voltei a realidade. — A Lucy te mandou uma mensagem. — ela praticamente jogou o celular em cima de mim e se levantou. — Vocês...
— Não! Eu não tenho nada com ela. — me levantei também e segurei suas duas mãos. — A gente começou a se ver e...
— Faz quanto tempo?
— Quase um ano, mas não é nada. — ela se afastou mais uma vez e se virou de costas. — O pai dela tem câncer. — ela se virou novamente e me fitou. — Os dias dele estão contados, faz pouco tempo que ele descobriu que não tem cura e não passa desse mês, no mínimo.
— Amor, eu... Eu sinto muito!
— Eu também. Mas me escute, eu só a ajudo com algumas coisas, eu não fico com ela, quando ela me chama é para ficar com ele quando esta fora. — expliquei. — Ela não tem ninguém além de mim e a filha.
— A Lauren sabe?
— Soube a pouco tempo porque eu contei. Mas ela não pode fazer nada porque tem uma mulher grávida em casa, um filho pequeno e mais dois que estão a caminho...
— Eu sinto muito. Ela deve estar passando por uma barra.
— Ninguém pode fazer nada, o que resta é esperar.
— Você pode ir vê-la se quiser, eu acho que agora ela está precisando de você. — fez uma breve pausa. — Eu fui ridícula. Desculpe, meu amor. É que ela é sua ex e...
— Eu te amo! — fui rápida em falar. — Eu te amo muito e me desculpe se escondi isso de você, eu fiquei com medo da sua reação, você é muito esquentadinha. — puxei Demi pela cintura e colei nossos corpos. — Eu amo muito você minha esquentadinha.
Ela riu e me roubou um beijo.
— Eu também te amo amor.
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