Acordei por livre e espontânea vontade, não teve nada que se interrompe meu sono. Sentei-me na cama e olhei para o lado, Justin ainda estava dormindo, o encarei por alguns segundos, depositei um beijo em suas costas e levantei-me. Fui até o banheiro, fiz minha higiene matinal, troquei de roupa e voltei para o quarto, Justin ainda estava dormindo.
Desci até a cozinha para preparar o café, como Justin estava dormindo, nada iria sair errado. Preparei algo rápido, fiz torrada, wafflles e minhas panquecas. Arrumei a mesa e coloquei: suco, leite, café, cereal, geleia, pastas, além das coisas que eu havia preparado. Quando eu acabei de arrumar tudo ouvi o barulho dele descendo as escadas.
Ele chegou à cozinha colocando a blusa e ajeitando os cabelos, me cumprimentou com um beijo e foi a caminho da sala.
―aonde você vai? ― perguntei.
―Vou voltar para casa. ―falou colocando o celular no bolso.
―Não, é claro que você não vai embora sem tomar o café da manhã comigo.
O puxei de volta e fiz com que ele se sentasse na cadeira.
― eu preparei isso tudo, você não vai me deixar sozinha. ― o encarei.
― então, quer dizer que você preparou tudo isso para mim? ― arqueou a sobrancelha.
Dei de ombros e me sentei a mesa. Ele arrumou uma tigela de cereal com leite e começou a comer, eu arrumei uma torrada com geleia e café pingado. O café da manhã foi breve, não conversamos muito. Quando ele acabou se levantou e colocou sua louça na pia, quando eu terminei tirei a mesa.
― tenho que voltar para casa. ―Falou arrumando a gola da blusa. ―Afinal, você deveria voltar comigo?
Aproximou-se de mim e me abraçou por trás, enquanto eu lavava a louça.
―Não sei se tenho emocional para isso. ― deixei a louça e me virei.
― e precisa disso para voltar para a minha casa? Você já morou lá por mais de um ano, ou se esqueceu?
― É, mas as coisas mudaram, principalmente por lá. ― enxuguei as mãos.
―discordo, só porque mudou a decoração você não vai voltar?
― Não é sobre isso que eu estou falando, e você sabe muito bem. ―o encarei.
― Fica tranquila, eu tenho tudo sobre o controle. ―encarou de volta. ― pode confiar.
― mas também tem aquela ninfetinha impertinente. ― cruzei os braços.
―você está falando da Scarlet? ―riu.
―esse é o nome dela? ―falei em um tom esnobe. ―Não gostei.
― você está com ciúmes da Scar? ―riu.
― Scar? É assim que você a chama? Quanta intimidade, é por isso que ela de chama de Justin. ―dei ênfase no "Justin" imitando a voz dela.
― você está com ciúmes. ―começou a rir.
―eu não estou com ciúmes. ―neguei. ―sou muito melhor que ela.
― não precisa se preocupar, ela é inofensiva. ―falou me puxando para si.
― Ela pode ser, mas aquelas roupas não. Ela poderia vesti algo maior, coitada da Lupy, tendo que ver esse tipo de coisa.
― A Lupy não se importa. E eu gosto de deixa-la bem a vontade. ―sorriu.
― A vontade até demais. ―Sai de seus braços.
―Nós temos que ir para a reunião no QG. ― falou.
―e que horas será?
―Meio dia.
― daqui a uma hora. ―falei olhando para o relógio. Assentiu.
― Tenho que me arrumar. Espera-me, eu vou com você. ―falei. Assentiu e eu subi para me trocar.
***
Desci depois de alguns minutos já arrumada. Coloquei um short Jeans rasgado, uma regata com um desenho legal, all star preto e cabelos solto.
―vamos? ―perguntei.
― você vai assim? ― ele me olhou de cima a baixo.
― vou. Por quê? ― perguntei olhando para a roupa.
― esse short está muito curto. Não quero que aqueles dois fiquem te comendo com os olhos. ―olhou serio.
― Os dois já me comeram, então não faz diferença. ― sussurrei para mim mesma.
―O que?
― Nada. ― respondi. ― vamos parar com essa bobeira e vamos antes que nos atrasemos.
***
― você disse que iriamos para o QG. ― falei ao perceber que estávamos indo no sentido oposto ao QG.
― vou passar em casa primeiro. Preciso tomar um banho e trocar essa roupa. - assenti.
Não demorou muito para estarmos em sua casa. Ele estacionou bem perto das escadas da porta principal e descemos. Adentramos a casa e ele logo subiu para o quarto, eu fiquei na sala sentada no sofá esperando por ele.
―quem permitiu sua entrada? ― aquela voz irritante de puta chamou minha atenção.
―eu não preciso de permissão, eu sou namorada do dono da casa, venho aqui à hora que eu quiser. ―me virei e falei com ironia.
― Namorada? Oh, faça-me um favor. ―cruzou o braço e riu.
Não rebati, somente dei de ombros e subi para o quarto dele. Chegando ao quarto Justin estava saindo do banheiro, com uma toalha a cintura e tirando o excesso de agua nos cabelos.
―Vamos nos atrasar. ―me joguei na cama. ―É meio dia.
―o encontro é ao meio dia e meio. ― entrou no closet.
―então por que você me disse que seria meia hora antes? ― gritei da onde eu estava para ele escutar.
―para você não se atrasar. ―apareceu na porta do closet arrumando a calça.
― isso não teve graça. ―encarei o teto.
― e não era para ter. ―voltou para o quarto.
Ele acabou de se arrumar e descemos.
― vamos, eu quero ver a Lupy. ― o puxei para a cozinha.
― se nos atrasarmos a culpa vai ser sua. ― resmungou.
―LUPY! ― exclamei quando chegamos a cozinha.
― Que susto, menina Lilyan. ―Colocou a mão no peito. ―assim você vai me matar. ― riu.
―Desculpa, essa não era a minha intensão. ― fui até ela e lhe dei um beijo estalado na bochecha.
― Você e meu menino voltaram? ―nos olhou.
―podemos dizer que sim, não é Justin? ― o olhei. assentiu.
―Oh, que felicidade. ―me abraçou. ―então você vai voltar a morar conosco?
―Ela não quer voltar, Lupy. Ela disse que não está preparada psicologicamente para isso. ― Justin falou.
Lupy me olhou seria.
― você precisa voltar para cá. ―apertou minhas bochechas. ― essa casa não é a mesma sem você, ou melhor, sem vocês.
Ela se referiu aos J's.
― fica tranquila. - sorri fraco. ― Quando eles voltarem, eu também voltarei.
Tentei demostrar um sorriso mais convincente e disfarçar a minha dor ao tocar nesse assunto.
―Mas enquanto isso você pode ir me visitar na minha casa, senhora Lupy.
― eu irei. ― riu.
― e pode deixar que eu cozinho. ― falei.
―Lupy, prepare o estomago. ―Justin falou. Eu o olhei seria. ― Estou brincando. ― sorriu fraco. ― Agora, vamos. Já passou da hora.
― Tchau, Lupy. ― lhe dei outro beijo estalado em suas bochechas.
― Tchau, menina Lilyan. ― retribuiu o beijo.
***
Não demoramos a chegarmos ao QG, ele desceu do carro e eu fiz o mesmo. Antes de caminhar na direção do portão ele me prensou contra o carro.
― O que ha de errado? ― perguntei.
Ele se afastou um pouco e tirou a jaqueta.
―toma. ― me entregou.
― para que isso? ―pequei a jaqueta.
― amarra na cintura. ―mandou. ―esse seu short esta muito curto.
―esta em um bom tamanho. ―analisei o short o ajeitando e subi mais um pouco.
― esta vendo isso. ―apontou para o short. ― o meu celular é maior. ―comparou.
― para de exagero, Justin. E vamos entrar, por que estamos atrasados. ―joguei a jaqueta de volta para ele.
Caminhamos ate a porta e entramos logo em seguida, Justin estava atrás de mim com a mão na minha cintura.
― Pelo visto o casal mais perigoso dos USA esta junto novamente. ― Ryan falou assim que entramos.
― Agora é junto pra valer. ― dei um selinho rápido no Justin.
Justin e eu caminhamos até uma das extremidades da sala, perto da mesa, ele se apoiou na mesma e eu fiquei em sua frente com suas mãos enlaçadas em minha cintura.
―Vamos ao que interessa. ―Adam cortou o assunto.
Ele me lançou um olhar de desapontamento ao meu ver nos braços do Justin. Eu me senti um pouco mal com o seu olhar, ele me trata tão bem, mas eu não posso e não consigo lhe oferecer um sentimento de homem e mulher, isso eu só consigo com Justin. Eu tentei me libertar, mas é mais forte que eu, é uma necessidade, me sinto incompleta quando estou sem ele. Ele já se tornou parte de mim.
― Vamos ao plano. ― Chis falou.
Durante toda a explicação Justin ficou abraçado comigo, suas mãos em minha cintura, seu corpo no meu, seu cheiro bem pertinho de mim. Isso me causava nostalgia.
O esquema era: a carreta passaria em Atlanta daqui a dois dias, durante uma madrugada. Dois carro com aproximadamente quatro homens cada fariam a escolta da carga. Aquilo não estava me cheirando bem.
O nosso esquema era: nós nos dividiríamos em sete carros. Cada um no seu, enxerto eu, que ficaria junto com o Justin. Cada dois carros encurralaria um carro, enquanto o carro do Justin avançava para a carreta, tendo dois carros de escolta - para que nada acontecesse comigo. A minha parte era: eu teria que assumir a carreta, eu que tiraria o motorista do volante e assumiria.
Depois disso era só rumar para o galpão, descarregar a carreta, tá um fim na mesma e fatura com o dinheiro das armas.
― quem vai para o racha amanha? ― Chaz perguntou antes de ir embora.
― eu tô dentro. ― falei.
Todos concordaram também.
― esse é uma boa maneira de aquecer os motores. ― Chris falou.
―eu vou nessa. ― Ryan se despediu de nós.
Todos se despediram com a famosa batida seguida de aperto de mão e foram. Justin e eu ficamos por ultimo, como sempre.
― Justin, onde está o Mad? ―sentei na mesa.
―O que? Quem? ― perguntou confuso.
― Mad, o ursinho que você me deu no dia do parque. No mesmo dia do casamento do Ryan e da Vick. ― expliquei.
Ele se aproximou ficando em minha frente.
― Eu não sei. ―deu de ombro. ―Deve está dentro do porta-malas, ou sei lá.
― Você o deixou dentro do porta-malas? ― o olhei seria. ― Assim ele vai morrer.
― Menos. ― riu. ― o máximo que pode acontecer é ele está todo amaçado.
Aproximou-se mais ficando entre minhas pernas.
―e você me diz isso com a maior naturalidade? ―arqueei a sobrancelha.
Deu de ombros e me puxou para que nossos corpos ficassem bem próximos, passei meus braços pelo seu pescoço e fiquei encarando-o. O beijei com calma e ele correspondeu. Meu celular começa a tocar bem na hora, me afasto e pego o celular.
" Temos ação, precisamos da sua ajuda. Posso contar com você? - Donna "
―que tal irmos para Miami? ― o olhei.
―Miami? Por quê? ― perguntou.
― Donna e Kevin precisão da minha ajuda em uma missão. ― o olhei. ―E eu não posso recusar. ― lhe dei um selinho. ― eu sou membra do T.W. ―falei em seus lábios.
―então vá sozinha. ― respondeu. ― o que eu vou fazer lá?
―me ver em ação. ―me afastei. ― ver como executamos nossos esquemas, sei lá.
―e o que eu vou ganhar com isso? ―me encarou.
―aprendizado. Você vai ter a honra de ser nosso aluno por um dia. ― gabei.
Ele me encarou e começou a ir.
―o que foi?
― Gatinha, nessa arte eu sou professor. Já sou velho de guerra nessa vida. ― riu de lado.
― então, eu lhe ofereço uma noite muito louca em Magic City. ―sorri torto. ―com direito a festa, bebida e...
―agora eu estou começando a me interessar. ― apertou minhas coxas. ― quando será?
―Hoje, temos que sair agora de Atlanta para chegarmos lá antes do por do sol. ―assentiu.
***
― Lilyan, podemos ir? Ou você vai demorar mais um século? ― Justin gritou impaciente.
―Sim. ― respondi ofegante descendo as escadas. ―Está tudo aí? ― perguntei quando me pus de frente a ele.
―Você é que tem que saber, a missão é sua não minha.
Bufei e fui conferir as coisas da mala, estava tudo Ok.
―Está tudo aí? ― perguntou.
―Não, espere um pouco.
Fui até o armário debaixo da escada e peguei a mochila, a que eu trouxe no dia a que vim impedir a invasão na casa do Justin, a mesma ainda estava com as armas. A coloquei nas costas e voltei para a sala.
― Agora vamos. ― falei.
Justin levou a mala até o carro para mim e a colocou no porta― malas, repeti o ato com a mochila. Entramos no carro, Justin ficou no volante, e fomos para onde o jatinho estava nos esperando.
― temos que chegar antes do pôr-do-sol. ― falei enquanto verificava algumas coisas no Ipad.
―fica tranquila, chegaremos lá antes do esperado. ― Justin falou acelerando.
―Se você está dizendo, eu vou confiar. ―o olhei e lhe dei um selinho rápido.
Não demorou muito e chegamos. O jatinho já estava preparado, o piloto já estava a nossa espera somente esperando para decolar. Saímos do carro, pegamos a mala e a mochila e caminhamos até o jatinho. Acomodamo-nos e não demorou em levantar voo.
―Qual é a missão? ― Justin perguntou.
―honra. ― respondi.
―como assim?
―o nome da missão é honra. ― falei. ― pelo que o Kevin me enviou um marido encomendou a morte da mulher e do amante. ―o olhei. ―Por isso o titulo, Honra.
Ele me encarou e riu.
― o que foi? ― perguntei.
― eu não estou acreditando. O homem encomendou a morte da mulher só porque outro fez o trabalho que ele deveria ter feito? ― assenti. ― isso é ridículo.
― para você ver. ― dei de ombro. ― tem louco para tudo nessa vida. ― voltei minha atenção para o Ipad. ― Bom, mas eu não tenho nada haver com os motivos, eu tenho haver com o dinheiro que ele vai pagar, que por sinal é uma grande quantia.
― você tá virando uma mercenária. ― falou.
― tenho que alimentar minha conta bancaria, meu amor. ― pisquei.
― falando em conta bancaria. ― começou. ― eu ainda não esqueci o que você fez. ― arqueou a sobrancelha.
― só paguei na mesma moeda. ― dei de ombro e sorri.
― garota, você está fugindo do meu controle. ― se levantou e veio até onde eu estava. ― e você sabe que eu não gosto de ficar por baixo. ― se sentou me prendendo entre a suas pernas.
― você quer que eu te deixe no comendo? ― sussurrei.
― eu não preciso da sua permissão. Sabe por quê?
― por quê?
― Pois basta um toque meu sobre seu corpo e eu já te domino por completo.
***
Chegamos a Miami antes do pôr-do-sol. Justin ordenou que um dos seus homens em Miami deixasse um carro a nossa disposição assim que chegássemos a cidade. E assim foi feito, o fomos com o carro já preparado até o difícil aonde nós morávamos ― Donna, Kevin e eu. ― subimos de elevador até a cobertura, caminhamos até a porta da mesma, passei o cartão e a porta se abriu.
―Família, cheguei. ― falei quando entrei. ― e olha quem eu trouxe.
― Oh meu Deus, que honra ter Justin Bieber em nossa humilde residência. ― Donna fingiu emoção.
― humilde é modéstia sua. ― Justin falou.
― Eai, quando vamos entrar em ação? ― perguntei.
― daqui a uma hora. ― Donna respondeu. ― já pode ficar no seu posto. ― apontou para o Notebook. ― você vai dar as coordenadas.
― Ok. ― concordei. ― onde está o Kevin?
― serve aquele ali. ― Donna apontou para a escada bem na hora que ele começou a descer.
― Olha quem se lembrou da gente. ― falou quando acabou de descer as escadas.
Kevin estava sem camisa, deixando suas tatuagens a mostra e seus músculos também.
― Minha pequena lembrou-se de mim. ― veio até mim, me abraçou forte e deu um beijo lento em meu pescoço.
Olhei por cima dos ombros dele e vi um Justin com a cara fechada. Mas podia ser pior, ele podia ter me cumprimentado como nos velhos tempos, com um beijo na boca.
― pensei que não voltaria mais. ― me olhou.
― você acha que eu deixaria vocês sozinho, sem mim? ― arqueei a sobrancelha. ― Nunca. ― ri.
― você não sabe a falta que eu estou sentindo de você. ― falou com voz roca bem próximo do meu ouvido.
Eu tentei não demonstrar o arrepio que subiu quando ele falou isso assim tão perto de mim. Também não pude deixar de lembrar rapidamente de momentos no qual ele se referiu. Balancei a cabeça para que aqueles pensamentos fugissem na minha mente. Lancei um olhar de reprovação.
― podemos prosseguir? ― Donna chamou nossa atenção.
― é claro. ― fui para perto do Justin.
Encostei-me nele, mas ele se manteve imóvel.
― bom, Kevin e eu vamos terminar de nos arrumar. Você já sabe como funciona nosso sistema, então você passar todas as coordenadas. ― assenti. ― Kevin será nosso piloto de fuga.
― Ok. ― confirmei.
― então vamos, Kevin. Temos que terminar de nos arrumar. ― Donna falou.
Ele assentiu e os dois deixaram a sala. Virei-me para Justin e passei meus braços em volta do seu pescoço, fui beija-lo, mas ele recusou.
―o que houve? ― perguntei.
― pergunta para ele. ― falou se referindo ao Kevin.
― Justin, não fica assim, meu amor. ― tentei beija-lo novamente.
― o que ele falou com você? ― me olhou serio.
― uma coisa sem importância. ― falei.
― então, se não tem importância você pode dizer. ― arqueou a sobrancelha.
―ele disse que estava sentindo minha falta. Satisfeito? ― bufei.
― saudades de quando você se dava para ele? ― perguntou já começando a ficar nervoso.
― Justin, não vamos brigar por uma coisa boba. ― o olhei. ― É com você que eu estou, e é só isso que importa.
Aproximei-me dele novamente para lhe beijar, dessa vez ele não me rejeitou e correspondeu rapidamente. Suas mãos foram para minha cintura, enquanto a minha acariciava sua nuca.
―eu sei que o clima de romance esta no ar, mas vamos deixar isso para depois e focar em nossa missão. ―Donna adentrou a sala falando.
Justin e eu finalizamos o beijo com vários selinhos.
―foco, mocinha, foco. ―Donna falou.
― eu sou profissional, meu amor. ―pisquei.
―mas perto do Bieber, você perde o seu profissionalismo. ―Kevin falou.
―Nossa, que mentira. ― ri e olhei para Justin.
Donna pegou a mala e Kevin as chaves do carro. Ambos saíram do apartamento.
― Bom, agora é hora da ação. ― respirei fundo.
Peguei o notebook, o coloquei em cima da mesa. Ativeis os pontos e coloquei o fone para manter a conexão com eles.
―Donna, Kevin. Vocês estão me ouvindo? ―perguntei.
―Sim. ―ambos responderam.
―ótimo. O dono da casa a já liberou as câmeras. Estão todas sobre o nosso controle.
―Ok. Estamos saindo do elevador agora. ― Donna respondeu.
Comecei a vasculhar as câmeras da casa. O encomendado disse que sua mulher chaga por volta das sete da noite. Já são seis e meia, não temos tempo para esbanjar.
―são seis e meia, ela chega a casa as sete horas em ponto. ―falei pelo ponto. ― vocês tem meia hora para chegar a casa.
―entendido. ― Donna falou.
―Kevin, para encurtar o caminho não entra na próxima rua, entra duas ruas depois.
― ok.
Comecei a monitorar tudo pelo computador.
―Justin, pega aquele outro notebook, por favor. ― pedi.
Ele assentiu e se levantou para pegar. Entregou-me.
― obrigada. ―agradeci.
Liguei o mesmo e fui monitorar o amante. Ele trabalha em uma boate de striper e mora em um sobrado em um baixo de classe media baixa de Miami. A rua do mesmo já é da criminalidade, então, um morto a mais e outro a menos não faria o povo se espantar. Já havia virado rotina.
―Ly, estamos aproximando-nos da casa. ―Donna falou.
―Ótimo. Você vai ter que descer na esquina, e vai seguir ate a casa andando.
―ok.
―quando você sair do carro, me avise. Vou desligar as câmeras do condomínio.
―ok.
Comecei a vasculhar o sistema ate conseguir o acesso a câmera do condomínio e das outras casas. Não foi muito difícil, Kevin é um bom hacker e já havia deixado tudo nos esquemas.
―já estou saindo do carro. ― avisou.
― as câmeras serão desativadas. Mas lembre-se, eu só posso deixa-las assim por no máximo dez minutos.
―ok.
― você tem dez minutos para entrar na casa. ― avisei.
Comecei a desligar todas as câmeras. Passaram-se dez minutos e ela entrou em contato. Religuei as câmeras.
― Consegui.
Respirei mais aliviada.
―ótimo. Dentro de dois minutos eu desligarei as câmeras da casa.
― ok.
―a vitima esta no banho. O banheiro é o da suíte, segundo andar, segunda porta a direita.
― ok
Olhei para o relógio esperando dar os dois minutos, quando deu, avisei.
― agora.
Desliguei as câmeras.
― você esta me saindo uma profissional. ― Justin se aproximou da cadeira na qual eu estava sentada.
―sempre fui uma profissional em tudo que fiz. ―deitei a cabeça para trás e pisquei.
Ele se abaixou ate sua boca entra em contato com a minha e iniciarmos um beijo calmo. Passei a mão pelo seu rosto e intensifiquei ainda mais o beijo. Aquela posição era desconfortável para um beijo, mas sendo com ele tudo compensa.
Suas mãos desceram ate encontrar com o acento da cadeira. O beijo estava cada vez mais intenso.
― Lilyan. LILYAN, LILYAN. ― Donna gritou. Resmunguei. ― desliga as câmeras.
― ok, ok, ok.
Afastei-me e ajeitei na cadeira.
― você estava se atracando com o Justin. ― perguntou.
―eu? É claro que não. ―prendi o riso.
―aham sei. ― falou. ―eu já executei minha parte. ― falou.
― aonde você a deixou? ― perguntei.
―no box do banheiro. ―respondeu simples.
―cena se cinema.
―agora eu preciso que você desative as câmeras para que eu possa sair daqui.
―ok. Sai da casa primeiro.
― já estou no jardim.
Comecei a religar as câmeras externas da casa e ligo em seguida desliguei as externas das casas e do condomínio.
― dez minutos. -alertei. - Kevin, esteja pronto.
―ok ― confirmou.
Passaram-se os minutos e ela fez contato novamente.
―esta tudo ok? ― perguntei.
―sim, já estamos a caminho do próximo palco. ― Kevin respondeu.
―ótimo. ― falei. ―o outro será mais fácil. Quando vocês estiveram próximo da rua me avisem para desligar as câmeras da rua.
―entendido. ― Donna falou.
―Kevin, agora é sua vez, você que cuidara dele. ―avisei.
―pode deixar. ― falou.
Religuei as câmeras do condomínio e das casas, desconectei o computador ao sistema de segurança do mesmo.
Se passou alguns minutos e eles já estavam no outro bairro.
― pode desligar as câmeras quando quiser. ―Kevin falou.
―vou desligar agora. Quando terminar me avisa e eu religo.
―ok.
Desliguei as câmeras e fiquei sentada esperando. Quando se passou cerca de vinte de cinco minutos eles voltaram a fazer contato.
― Pode religar as câmeras. A missão foi cumprida, estamos voltando para casa.
― Ok! ― sorri. ― Bom trabalho. ― os elogiei.
― Missão dada é missão cumprida. ― falaram.
Virei-me para Justin e falei:
― deu tudo certo. Missão cumprida. ― sorri.
***
― Essa vai para o sucesso na missão. ― Kevin disse levantando o copo de whisky em sinal de brinde.
― a missão. ― Donna, Justin e eu levantamos o copo e brindamos.
― Devemos comemorar. ― Donna deu um gole e falou. ― Afinal, ter os membros todos reunidos mais um ilustre convidado não é toda noite. ― sorriu.
― que tal uma noite no estilo Magic City? ― Kevin sugeriu dando um gole na bebida.
― eu só topo se tiver loucuras nessa noite. ― Donna falou rindo.
― da ultima vez que saímos juntos para comemorar eu acordei no dia seguinte ao lado do Justin e assustada sem saber como fui parar ali. ― ri.
― e essa noite não será muito diferente. ―Justin sorriu de lado. ― Só que no dia seguinte eu acordarei na sua cama e não você na minha. ― mordeu o lábio.
― e saberemos o que fizemos na noite anterior? ― perguntei.
― isso só depende de você. – sorriu safado.
― Meu Deus, essa noite promete. ― Donna riu.
― Essa cobertura vai tremer. ― Kevin riu. ― que tal irmos para a boate mais próxima, assim será mais fácil chegar em casa. ― sugeriu.
― eu tô dentro. ― confirmamos.
***
― já está pronta, Lilyan? ― Justin perguntou impaciente.
― estou quase pronta. ― falei retocando o rímel. ― Agora sim.
Voltei para o quarto e encontrei Justin sentado na cama. Aproximei-me para pegar minha bolsa que estava em cima da mesma.
― Lilyan, Lilyan, desse jeito você me deixa louco. ― ele se pôs de pé e me puxou causando um atrito gostoso entre nossos corpos.
Eu estava vestida com uma saia preta com branco, a mesma era curta, um pouco mais de um palmo acima do joelho, a mesma era feita de um pano leve, então ventos não eram recomendados, a mesma era com a cintura um pouco alta e tinha um cinto da cor preta. Estava com uma blusa branca de botões, os dois últimos botões não estavam abotoados, deixando um decote não tão generoso, mas o suficiente para chamar a atenção. Salto alto, preto e fechado nos pés. Meus cabelos estavam soltos, os mesmos estavam cacheados nas pontas e recaia sobre o busto e costas. Minha maquiagem tinha como destaque a boca, e as joias que eu portava eram simples, a medalhinha dos meus pais e os pingentes do J’s e a pulseira do T.B.
― você também está uma perdição. ― mordi os lábios e sorri de lado.
Ele estava vestindo uma calça jeans clara, quase branca, a mesma não era larga e nem apertava se ajustava perfeitamente em seu corpo. Estava com um moletom preto de uma marca na qual eu não reparei direito, as mangas estavam suspensas e paravam no cotovelo. Estava calçado com um coturno escuro, os cabelos penteados para trás, deixando a mostra o real sentido do corte, e suas joias eram as duas pulseiras na qual sempre usava e sua corrente de ouro. Apesar de simples ele estava magnifico.
― Vou fazer questão de te manter bem perto de mim, para que todos vejam que isso tudo é meu, somente meu. ― se aproximou mais e me beijou.
― Justin, cuidado com a minha maquiagem. ― falei em seus lábios.
***
Encostamo-nos a frente a boate e não demoramos em entrar. A musica alta varria todo o ambiente, as pessoas dançavam de uma forma provocante e como não houvesse amanhã. Justin foi me puxando na direção do camarote, mas eu me recusei.
― Vamos ficar aqui embaixo. ― Falei próximo ao seu ouvido, pois o barulho era muito.
Ele torceu os lábios olhando para a pista de dança. Justin estava acostumado com o camarote, e não gostava de ficar na pista junto com os outros.
― hein? Por favor. ― insisti.
―Ok. ― cedeu.
Eu gostava de ficar na pista, pois lá tudo acontecia com mais intensidade.
Pegamos um copo de bebida e fomos para o meio da multidão que estava na pista de dança, estava tocando um eletrônico sinistro que dava corda para todos dançarem sem ritmo, dando a oportunidade para as pessoas se esfregarem.
As horas foram se passando e nós estávamos cada vez mais embriagados dançando entra a multidão. As mãos dele em minha cintura, enquanto eu dançava de costas roçando nossos corpos.
― vamos embora daqui. ― sussurrou em meu ouvido.
Eu apenas assenti. Ele foi me puxando para fora da pista e logo em seguida já estávamos do lado de fora da boate. Fomos andando até o carro com dificuldade. Entramos no mesmo, ele forçou a vista e deu partida.
***
Ele me prensou contra o vidro da grande janela que havia em meu quarto, da mesma dava para ter uma bela visão de Miami. Mas o único belo que víamos nesse momento era um ao outro. Com o corpo colado ao meu e sua boca na minha ele começou a desabotoar os botões da minha blusa até deixa-la totalmente aberta. O ajudei a tira-la por completo, ele começou a se abaixar na minha frente, ficando com a cabeça na altura do cós da saia.
Mantendo um contado visual gostoso ele começou a abrir o cinto da mesma até tira-lo por completo. Passando as mãos pela parte de trás ele começou a abrir o zíper e a mesma caiu automaticamente aos meus pés. Ele me olhou e sorriu. Desci do salto e sua cabeça agora ficou na direção do meu umbigo, ele depositou um beijo no mesmo e começou a descer até chegar a minha calcinha na qual foi tirando-a enquanto beijava a lateral do meu corpo.
Levantou-se e me olhou nos olhos. Ele desabou meu sutiã, o mesmo abria pela parte da frente, e me deixou completamente nua. Suas mãos prensaram meus braços contra o vidro acima da minha cabeça, sua boca foi primeiro para meu pescoço depositando lá um beijo feroz, mordendo a pele e a sugando me fazendo gemer. Subindo uma trilha até a minha boca aonde depositou um beijo urgente. Eu queria toca-lo, mas ele me impedia, tendo o total controle da situação. Se afastou um pouco de mim, me olhou nos olhos e deu um leve sorriso, sorriso esse que era maravilhoso em todos os sentidos.
Suas caricias desceram para meus seios e com sua língua circundou cada um dos mamilos os sugando logo em seguida, me deixando mais perdida no prazer. Minhas mãos conseguiram se livrar e começaram a passear por debaixo do seu moletom, no qual eu sentia sua pele desnuda. Fui subindo o mesmo até tira-lo por completo revelando as tatuagens e o corpo definido. Joguei o cabelo para o lado e dei uma atenção especial para o seu pescoço primeiramente e logo depois desci para seu peito aonde eu fiz a mesma coisa que ele fez com os meus, e por consequência o resultado foi o mesmo, gemidos.
Comecei a empurra-lo para a cama e o joguei na mesma. Virei de costas e fui até um pequeno par que havia em meu quarto, lá peguei um copo e coloquei uma dose de Jack Daniel’s , peguei um e-cig que estava ali e caminhei novamente para a cama com os dois itens nas mãos. Sentei em suas pernas, ele já tinha se livrado da calça e dos sapatos, estava somente de boxer. Dei um gole na bebida e joguei um pouco do conteúdo do copo em seu abdômen, me abaixei e lambi a trilha. O olhei e sorri sapeca, ele correspondeu da mesma forma.
Traguei o vapor do e-cig e o mantive por um curto espaço de tempo na minha boca, o puxei para perto e soltei o vapor perto da sua boca. Ele tomou das minhas mãos e repetiu o ato mais duas vezes e logo depois deu um gole na bebida que restou no copo.
― você quer vir isso ficar mais divertido? ― sussurrei em seu ouvido.
O olhei e ele sorriu de lado. Levantei-me da cama novamente e procurei pelo Iphone, que estava na mesa de perto do bar e peguei o amplificador do mesmo, que estava na mesinha ao lado da cama. Sentei em cima dele novamente e procurei na galeria de musica algum rock metal, e achei. Dei play e coloquei o celular na mesinha de cabeceira.
Passei as mãos pelo se peito o arranhando de leve, rocei nossas intimidades e me inclinei ficando com os lábios bem próximos do seu ouvido e sussurrei com voz sensual.
― eu e você, trepando a noite toda ao som de um rock metal.
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