Eles ficou me encarando sem dizer uma única palavra. Aquele silencio estava me perturbando e me deixando irritado.
― Eai, o que vamos fazer quanto a essa situação? ― falei quebrando o silencio. ― a memoria dela vai voltar, ou não?
― bom, pelo jeito que ela detalhou o ultimo acontecimento é bem provável que volte. Mas esse terreno é instável, ela pode demorar anos para lembrar de tudo, como também pode demorar meses ou semanas. Varia de pessoa para pessoa.
―e o que pode ser feito quando a isso?
― você pode ir contando com calma o que aconteceu durante esses anos...
― com calma? ― ri fraco. ― se eu contar as coisas que aconteceram é bem capaz dela se assustar. ― o encarei. ― foram muitas coisas.
― convivendo com certas pessoas e em lugares distintos vai ajuda-la a se lembrar. ― falou.
― isso vai dar merda. ― resmunguei.
― vai dar “merda” se o senhor tentar esconder cinco anos do passado dela. ― olhou serio. ― muitas consequências podem surgir.
Passei as mãos pelos cabelos e o encarei.
― bom, mas faça o que achar melhor.
E essa foi a ultima frase que ele disse antes de sair e me deixar a sois com meus pensamentos.
***
Sai daquele corredor e voltei para a recepção. Quando estava chegando na mesma levei um susto, todos estavam lá: Ryan e Vick, Chaz e Candice, Pattie, Adam, Chris. E até Donna e Kevin.
É agora que eu estou ferrado para contar isso para eles. Respirei fundo e me aproximei.
― como ela está? Podemos visita-la? ― Candice começou a me encher de perguntas.
― sim, ela está bem. E não, você não poderão vê-la.
― e por que não? ― questionaram.
― o medico suspendeu as visitas por hoje. Os testes foram feitos e...
― e o que deu? Ela ficou com alguma sequela? Ela ficou com alguma deficiência motora. ― Candice me interrompeu.
― cala a boca, Candice e me deixe fala! ― respirei fundo. ― não, ela não ficou com nenhuma deficiência motora.
― ainda bem. ― respiram aliviados.
― mas teve sequela. ― falei em um sussurro.
― e qual foi? ― perguntaram e uníssono.
― ela perdeu a memoria.
― O QUE? ― disseram em uníssono novamente.
― foi isso que vocês entenderam. ― bufei. ― ela não se lembra de algumas coisas.
― e qual é a ultima coisa que ela lembra. ― Adam se manifestou.
― ela e eu voltando para Atlanta.
― então não foi grande a perda. Afinal, vocês voltaram no mesmo dia do acidente.
― mas quem disse que estávamos voltando de Miami? ― os encarei. ― na mente dela nós estávamos voltando de Los Angeles. ― me encararam com os olhou cerrados. ― isso aconteceu a praticamente cinco anos atrás.
― Porra! ― Ryan exclamou.
― espera um pouco. ― Victoria chamou nossa atenção. ― então você quer dizer que ela não se lembra de nada que aconteceu nesses cinco anos? ― assenti.
― agora ferro de vez. ― Candice falou. ― então ela não lembra dos J’s, da Vick e o Ryan, do Kevin e da Donna, do Gabriel. Não lembra de ninguém. ― assenti.
― mas a memoria dela vai voltar, não vai? ― Donna questionou.
― sim. O medico falou que varia de anos, a meses. Disse também que contando parte do que aconteceu ajuda a pessoa a lembrar.
― e você vai contar para ela? ― questionaram.
― Não!
― como não? Você tem que contar. ― Pattie falou.
― ah, tá! E vou chegar para ela e dizer. Oi, amor. Você perdeu cinco anos da sua memoria. Mas não se preocupe, não aconteceu nada demais. Nossa vida só se tornou um inferno.
― mas isso é melhor que esconder. ― Kevin falou.
― e se ela me perguntar detalhes, o que eu digo? Que não aconteceu nada de mais. Eu só a trai com a Anastasia, ela descobriu, brigamos feio, ela foi embora, ah, gravida ainda por cima, eu matei o irmão dela, depois de tempos nós voltamos eu a pedi em casamento , nossos filhos nasceram. Sim, por que eram dois. E vivemos felizes para sempre, só que não. ― os encarei.
― mas..
― ah, a Anastasia pegou nosso filhos na vésperas do casamento, depois eles foram encontrados MORTOS. Ela se revoltou, foi embora. Voltou depois de três anos. Brigamos, fizemos as pazes, brigamos de novo e fizemos as pazes outra vez.
― ainda acho que você tem que contar. ―Chris deu de ombros.
― Não! Não irei contar. ― falei.
― engraçado, Justin. O único que vai sair na vantagem com isso tudo é você. ― Candice me encarou. ― ela não lembra que você a traiu, que falou palavras duas a ela, desconfiou da fidelidade dela. ― listou. ― mas se lembra que nós ainda estamos bridas. ― encarou. ― e outra, não lembra que fez novos amigos, como o Kevin, a Donna e o Gabriel. Não lembra que é independente e não precisa de você.
Respirei fundo.
― eu conto, mas será aos poucos. ― falei.
***
Quatro dias depois...
Pov. Lilyan
Estava extremamente entediante ficar nesse hospital. Tudo era monótono demais, eram as mesmas pessoas, as mesmas coisas.
As únicas coisas que me animavam eram as visitas que eu recebia. Os garotos vieram me visitar, falando nisso eles estavam bem diferentes, estavam mais bonitos. E claro, o Justin vinha todos os dias me ver e passava um tempo aqui, mas o chato era que não podíamos fazer nada, todos me tratavam como uma boneca de porcelana.
Perguntei a ele como vim parar aqui. Ele me explicou, mas não detalhou, e isso me deixou com algumas duvidas.
Flashback on
― Pensei que não viria mais. ― falei ao ver Justin entrando pela porta. ― esta atrasado. ― cruzei os braços.
Ele riu e caminhou até perto da cama onde eu estava e deu-me um beijo demorado.
― está perdoado. ― falei quando nos afastamos.
― como você está? Está se sentindo bem? ― perguntou preocupado.
― não, eu não estou nada bem. ― falei indignada. ― eu quero ir embora. Esse hospital é um porre. ― joguei a cabeça para trás. Riu.
― você vai ter que ficar aqui por mais alguns dias.
― não, Justin. ― resmunguei. ― me tira daqui, hein. ― fiz manha.
― não. ― riu. Bufei.
― até quando você vai ficar me evitando?
Olhou-me confuso.
― como assim?
― quando vai me contar como eu vim parar aqui? ― cruzei os braços.
Ele se aproximou da cama novamente e sentou-se na mesma.
― estávamos em um racha, e você teve a brilhante ideia de competir.
― eu tenho um carro? ― falei surpresa.
― não, você pegou um dos meus. Você está louca que eu vou dar um carro em suas mãos? Vai que você foge de mim? ― o encarei.
― hum... e como eu vim parar aqui? ― arqueei a sobrancelha.
― você perdeu o controle do carro, o mesmo acabou capotando.
― que horror! ― levei a mão até a boca.
― eu falei que não queria você correndo, mas como sempre não me ouve. ― olhou serio. ― você ficou em coma. Não sabe a falta e a preocupação que você me fez sentir.
Acariciou meu rosto e roçou a ponta do nosso nariz.
― graças aos céus eu estou bem. ― sussurrei.
― nem tanto. ― falou.
― como assim? O que aconteceu comigo?
― bom...
― desembucha logo, Justin Drew Bieber. ― o encarei seria.
― você perdeu a memoria.
― O QUE? ― gritei. ― eu perdi a memoria?
― sim, mas não foi muito.
― não? ― o olhei confusa.
― não. Você só se esqueceu dos últimos dois meses. Mas relaxa, quase nada mudou.
― quase nada mudou?
O encarei de cima a baixo. Como ele tem a audácia de dizer que nada mudou? Olha para ele, esta ainda mais lindo, com esse novo corte de cabelo, corpo ainda mais definido. Meu Deus, esse homem esta uma perdição dupla.
― olha pra você. ― falei. ― esta diferente, está mais gostoso do que nunca. ― falei e ele riu. ― mas o que mudou nesses meses?
― com calma eu vou te contando.
Flashback off
Bufei e encostei-me à cabeceira. Ouvi a porta sendo aberta e olhei para ver quem era. O Justin, sorri e pedi para que ele se aproxima-se. Quando ele chegou perto da cama não perdi o tempo e o beijei.
Passei os braços pelo seu pescoço e ele segurou minha cintura juntando ainda mais nossos corpos. Fomos aprofundando o beijo a ponto dos nossos pulmões gritarem por oxigênio, mas eu não deixei que ele se afastasse. Fui subindo minhas mão por debaixo da sua blusa enquanto suas mãos desceram para a minha coxa. Gemi de dor.
― desculpa. ― se afastou.
― não tem problema. ―falei. ― agora vem aqui. ― o puxei para mim.
― vai te machucar...
― não vai.
Uni nossos lábios outra vez. Mas tivemos que nos afastar rapidamente ao ouvirmos o barulho da porta se abrindo. O medico entrou.
― Droga! ― bufei.
― como está nossa paciente? ― perguntou alegre.
― entediada. Quero ir embora. ― cruzei os braços.
― daqui a pouco. Daqui a pouco.
Ele se aproximou de mim, fez algumas perguntas, verificou pressão, glicose, enfim essas coisas.
― vejo que daqui a pouco você já pode receber alta.
― graças a Deus. ― resmunguei. Ele riu.
― bom, agora temos que ir embora. ― olhou para o Justin. ― o horário de visita acabou.
― não, o deixa ficar. ― falei manhosa. ― eu estou me sentindo muito sozinha, preciso de alguém para conversar.
― há psicólogas no hospital. Marcarei para a senhorita. ― Justin prendeu o riso.
― eu não quero psicóloga. Eu o quero. ― apontei para o Justin. ― eu preciso desabafar e só ele me entende. ― comecei a forçar o choro. ― eu estou muito sensível. ― por muito custo consegui derramar lagrimas.
― infelizmente...
― por favor. ― falei enxugando as lagrimas. ― só por essa noite.
Ele respirou fundo e nos encarou.
― eu não posso fazer isso, mas já que você esta se sentido muito solitária eu vou abrir uma exceção e deixarei passar a noite aqui como acompanhante.
― Obrigada, obrigada.
― só por essa noite. ― falou. Assenti.
Retirou-se nos deixando a sós. Não perdi tempo e puxei o Justin com força para mim.
― Ué? Você não estava depressiva? ― questionou rindo.
― estou, e minha cura é você. ― tomei sua boca em um beijo urgente.
Não perdi o tempo e o me sentei de lado na ponta da cama o prendendo entre as minhas pernas, as enlaçando em seu quadril. Minhas mãos foram subindo novamente por debaixo da sua blusa sentindo cada gominho do seu abdômen.
― com licença. ― ouvi uma voz diferente no quarto.
Bufei e nos afastamos. Será que não se pode ficar a sós nesse quarto? Revirei os olhos.
― seu jantar. ― a camareira trouxe um carrinho com uma bandeja até perto da cama.
― obrigada. ― agradeci forçando um sorriso.
Ela se retirou do quarto nos deixando a sós novamente.
― Justin, tranca a porta. ― resmunguei.
Ele sorriu e balançou a cabeça. Foi até a porta e a trancou.
― agora você não me escapa. ― falei quando ele chegou perto de mim.
Mordi o seu pescoço e comecei a bagunçar o seu cabelo. Desci para o seu peito, ainda coberto pela blusa, e depositei beijos no mesmo. Mordi sua blusa criando um pequeno furo, enfiei o dedo no mesmo o aumentando e rasquei a blusa por completo.
― quero ver como eu vou sair. ― sorriu.
― foda-se! ― falei arrancando o soro do meu braço.
Não perdi tempo e livrei-me daquela camisola de hospital e voltei a beija-lo com voracidade. Com as pernas enlaçadas em sua cintura fui me curvando para trás o trazendo junto comigo. Enquanto ele roçava os pés, na tentativa de tirar seus sapatos.
Fui apalpando a lateral da cama até achar o painel que controlava a mesma. Puxei uma alavanca para baixo e a cama abaixou um pouco. Abri sua calça, enfiei as mãos dentro da sua boxer e apertei seu membro. Ele soltou um leve gemido.
Aproveitei a oportunidade e inverti a posição fincando por cima dele. Ele já estava somente de boxer, apalpei a mão em seu peito e rocei nossas intimidades. Nós dois arfamos. Inclinei para frente para poder reclinar por completo a cama. Ele se aproveitou que meus seios estavam na direção de sua boca e os sugou com vontade, me fazendo gemer.
A cama ficou totalmente horizontal. Passando as mãos pelas minhas costas ele desabotoou meu sutiã e o tirou enquanto nos beijávamos. Afastei e comecei a tirar sua boxer por completo libertando seu membro totalmente rígido.
Era impressão minha, ou o meu brinquedinho estava maior e mais grosso? Lancei um olhar malicioso para seu membro e umedeci os lábios lentamente. Ele estava muito apetitoso e convidativo. Abaixei para abocanha-lo, mas Justin me impediu. Lancei lhe um olhar manhoso.
― tenho uma ideia melhor. ― falou. O olhei desconfiada.
Ele me fez virar até ficarmos em posição 69 perfeita. Senti a língua sua me tocar, começar a lamber toda a extensão da minha intimidade e chupa-la. Gemi. Segurei a base do seu membro e passei a língua lentamente pela glande e logo o abocanhei por completo. Ele começou a me entocar com dois dedos fazendo movimentos rápidos me fazendo gemer descontroladamente.
As caricias estavam tão boas e intensas que me fizeram parar de estimular seu membro e agarrar sua coxa com força, eu juro que deve ter ficado vermelha. Comecei a pedir para ele ir mais e mais rápido até que tive um orgasmo. Virei para ele e o encarei ainda ofegante. Segurei seu membro pela base e comecei a sentar lentamente até coloca-lo por completo dentro de mim.
Uma dor me atingiu, mas eu me mantive forte e comecei a rebolar lentamente. Ele segurou minha cintura comandando movimentos mais rápidos e intensos me fazendo gemer mais ainda. Comecei a fazer os movimentos por conta própria, ouvia o ranger da cama enquanto eu cavalgava. Apertei meus seios e mordi o dedo do Justin, para abafar o grito que libertei ao sentir o liquido dele me invadir.
Não parei de estimular enquanto não cheguei a meu ápice. Mas quando cheguei soltei um grito alto, que nem o Justin com um beijo urgente conseguiu abafa-lo por completo. Eu estava ofegante, meus pulmões estavam em brasa, e eu posso jurar que se estivesse com o aparelho que controla as batidas do coração o mesmo já teria estourado.
― sai de cima. ― Justin falou me tirando dos meus pensamentos.
― hã? ― respondi confusa.
― sai de cima, amorzinho. ― falou.
O obedeci e sai de cima do seu membro. Fiquei de joelhos ao lado dele o encarando esperando alguma reação da sua parte. Ele se levantou ficando de pé ao lado da cama. Franzi o cenho não entendendo o por que de tal ato.
― fica de quatro e empina para mim. ― falou.
Sorri maliciosa e o obedeci. Posicionei-me do jeito que ele pediu, senti suas mãos quentes segurarem firme meu quadril e seu membro me invadir lentamente. Gemi quando senti todo dentro de mim. Ele começou a fazer movimentos fortes e rápidos criando atritos entre nossos corpos e produzido um barulho. Abaixei, mordi a mão e agarrei o lençol com força, na tentativa de abafar os gemidos.
Ele segurou meus cabelos com força me puxando um pouco para trás. Gemi de dor pelo ato. Entocando cada vez mais rápido estava difícil conter e abafar os gritos, até que uma hora eu não consegui e libertei um grito relativamente alto.
― Shiu! ―puxou meu corpo para trás. ― assim vai acordar o hospital inteiro. ― sussurrou no meu ouvido.
Assenti. Voltei a minha posição anterior. Justin deu um tapa estalado na minha bunda. Gemi.
― assim fica difícil ficar quieta, bebê. ― resmunguei. Sorriu fraco.
Começou a entocar novamente e agora estimulava meu clitóris me levando ao delírio. Ele persistia nos tapas na bunda, me deixando mais excitada ainda. Não demorou muito para que eu chegasse ao ápice novamente, ele entocou mais algumas vezes e gozou também.
Tirei os cabelos da testa e virei para ele. O mesmo me puxou para um beijo para acalmas, mas não estava adiantando, por que escavamos cada vez mais sem folego. Isso não importava naquele momento, o que importava era que ele estava ali, comigo.
***
Pov. Justin
O dia amanheceu e eu tive que voltar para casa. Como passei a noite no hospital, o medico suspendeu as visitas por hoje, ou seja, ninguém poderia visita-la. Como ela reagiu com isso? Nada bem, arrumou um escândalo com argumentos desconcertantes e dramáticos. Mas aquela noite foi mais que satisfatória, deu para matar pelo menos 50% da vontade que eu estava de tê-la em meus braços.
Depois que cheguei em casa tomei um banho, um café rápido e logo em seguida sai para encontrar com o pessoal no QG. O medico já havia me avisado que a Lilyan teria alta em no máximo três dias e com isso eu teria que arrumar tudo.
Estacionei em frente a casa, desci do carro e encontrei lá dentro todos reunidos.
― Fala, Drew. ― me cumprimentaram. Retribui.
― como está a Lilyan? ― Chris perguntou.
― está bem, o medico disse que ela terá alta em no máximo três dias.
― isso te lembra alguma coisa? ― Candice me encarou com a sobrancelha arqueada.
Eu sabia a que ponto ela estava querendo chegar. Mas me fiz de desentendido e fingi ignora-la.
― você já começou a contar a verdade para ela?
Os encarei por alguns segundos e respondi.
― sim. Ela me perguntou sobre como foi parar no hospital. ― falei.
― e qual foi a reação dela quando soube. ― perguntaram.
― normal, eu acho. ― menti. ― só ficou um pouco confusa. Mas eu disse que explicaria as coisa mais devagar.
― ela acreditou?
― logico. Mas em quanto isso alguns de vocês têm que deixar de conviver com ela.
Olhei para Candice, Victoria, Kevin e Donna. Sim, a garota fitness e o Hancock ainda estão em Atlanta.
― como assim? Eu não quero ficar sem conversar com ela. Somos amigas. ― Candice falou indignada.
―É só por algum tempo, depois tudo volta ao normal. Ok? ― assentiu.
― então eu terei que me afastar do Ryan? ― foi a vez de Vick protestar. ― aonde eu vou morar?
― no mesmo lugar, só não precisa sair de casa. É só não manter contato com ela. ― esclareci.
― que barra! ― bufou. ― logo agora que Ryan e eu tínhamos um comunicado importante a fazer.
― que comunicado importante? ― os outros questionaram.
― deixa isso para lá, outra hora nós contamos. ― Ryan falou.
― não, agora que começou fala logo. ― Candice começou a insistir.
― está bem. ― Victoria cedeu. ― conta eu, ou conta você?
Eles ficaram jogando um para o outro quem daria a noticia. Aquilo já estava irritando.
― desembucha logo, porra. ― Chris falou fazendo eles pararem com aquela viadagem.
Ryan tomou a frente e começou a falar.
― queríamos comunicar a vocês que a família de The Bizzle ganhara mais um membro. ― todos encararam confusos. ― Victoria está gravida. ― passou a mão pela barriga dela.
Todos na sala começaram a parabeniza-los enquanto eu permaneci extasiado no mesmo lugar.
“ Victoria está grávida.”
Aquela frase invadiu minha mente a deixando perturbada. Uma ponta de inveja, ou sei lá o que é isso que me atingiu, começou a tomar conta de mim.
Deveria ser eu nessa felicidade, deveria ser eu o que estava recebendo os votos de felicidade. Mas no entanto eu estou aqui, parado com a minha vida praticamente arruinada, sem meus filhos, minha mulher não lembra nem que quase constituímos uma família. Eu sei, eu deveria está feliz pelo Ryan, afinal, ele é meu amigo de longa data. Mas estava quase que impossível
Não consegui ficar nem mais um minuto naquele ambiente e sai rasgando pela porta principal, ignorando todas as perguntas. Entrei no meu carro e antes de dar partida esmurrei o volante. Eu não sabia o motivo de está fazendo tal coisa, eu só queria extravasar minha raiva.
Liguei o carro e sai cantando pneu na direção da minha casa. Tudo o que eu precisava era de um banho bem gelado e tentar colocar as coisas em ordem. Estacionei em frete a minha casa, desci do carro e entrei na casa rasgando. Subi para o meu quarto e fui direto para o banheiro e me enfiei debaixo da agua super gelada do mesmo.
***
Depois de tomar um banho super gelado, vesti uma roupa simples e desci para a sala, quando chego a mesma só encontro com Nora passando de um lado para o outro..
― Nora! ― chamo em alto e bom som.
― Sim, senhor Bieber.
Fiz o sinal para que ela se aproximasse.
― chame a Scarlet e a Lupy. ― falei e ela obedeceu e foi chamar.
Não demorou muito e as três estavam de volta a sala. Na casa não havia só elas de empregadas, havia os seguranças, jardineiro entre outros. Mas eram elas que ficavam dentro da casa e teriam contato com a Lilyan.
― a Lilyan deve voltar para essa casa em dois ou três dias. ― falei sem rodeios.
Lupy e Nora abriram um sorriso de orelha a orelha ao saber da volta da Lilyan para essa casa. Porem Scarlet fez cara de cú. Que ela e a Lilyan não se davam bem era evidente, a vadia acha que só por que eu a comi duas ou três vezes enquanto Lilyan e eu estávamos brigados, que ela é alguma coisa aqui nessa casa.
― mas tem um porem. ― retornei. ― ela perdeu a memoria. Então ela não se lembra de muita coisa.
― Oh meu Deus! ― Lupy exclamou surpresa e assustada. ― coitada da minha menina.
―então tudo o que aconteceu nos últimos cinco anos, praticamente, ela não se lembra. Isso se refere ao Jacker e a Jasmine.
― ela não lembra dos pequenos? ― Nora questionou. Neguei. ― oh céus.
― você, Scarlet. Vai ter que se retirar dessa casa. ― a encarei.
― O QUE? ― perguntou incrédula. ― você não pode está falando a verdade. Esta?
― é claro que estou. ― fui serio. ― e um aviso muito importante é, o quarto do Jacke e da Jasmine ficara trancado, eu não quero que a Lilyan entre lá. Fique sabendo que eles fazem limpeza noturna.
***
Dia da alta.
Cheguei ao hospital na hora marcada, ou se bobear até antes. Hoje seria o dia em que Lilyan teria alta. Eu estava eufórico e ela também, tudo já estava arrumado na casa só faltava ela.
Caminhei até o quarto aonde a mesma estava. Quando entrei deparei com o medico fazendo as ultimas perguntas para libera-la. Ele passou uma lista de recomendações e de remédios que ela teria para comprar. Peguei sua pequena mala e a ajudei caminhar até o lado de fora do hospital.
Ela estava conseguindo andar super bem, mas eu estava fazendo questão de ajuda-la. Só não a peguei no colo por que ela não quis. Chegamos até o carro, abri aporta para que ela entrasse e joguei a mala no banco de trás.
No caminhou de volta para casa foi silencioso entre aspas, não trocamos muitas palavras, mas a musica estava presente.
Pov. Lilyan
Chegamos ao portão da casa do Justin e WOW. O que era aquilo, a casa estava ainda maior, se isso era possível. Entramos na propriedade e eu pude vê o quão mudado estava.
― e você disse que não havia acontecido nada. ― encarei o Justin de braços cruzados.
― vou te contar tudo aos poucos. ― falou saindo do carro.
Abriu a porta do carona e me ajudou a sair. Pegou a mala no banco de trás e rumamos para o interior da casa de mãos dada, mãos dadas? Oh meu Deus, eu não estou acreditando.
Quando entramos na casa não tive uma visão muito agradável.
― quem é essa? ― perguntei seria o encarando .
― essa é... bom, essa é a.... Scarlet. ― gaguejou.
― e o que ela faz aqui?
― veio ajudar a Norma . Mas já está de saída, não é, Scarlet?
Pov. Justin
Se os meus olhos pudessem soltar balas, a Scarlet já estava morta no chão igual uma peneira. Como ela ousou desobedecer a uma ordem vinda diretamente de mim.
Ela acabou de pegar suas coisas e se foi. Graças aos céus.
― não gostei dela. ― Lilyan amarrou a cara e cruzou os braços.
É, alguns coisas nunca mudam. Ela a odiava antes e ainda vai continuar odiando.
― tá com ciúmes é? ― a puxei pela cintura fazendo nossos corpos ficarem coladinhos.
― só estou cuidando do que é meu. ― falou ainda com a expressão fechada.
― eu sou algum objeto para ser seu? ― questionei.
― Justin, você é meu sim. ― falou manhosa. ― só meu. Seu pau é meu, seu corpo é meu, é tudo meu e eu não vou dividir com ninguém.
Segurou a gola da blusa e me beijou.
― vamos subir para você esfriar a cabeça. ― falei.
Subimos as escadas e ela foi para o lado oposto ao meu quarto e tentou abri uma porta, a porta do quarto dos J’s. Antes deles nascerem aquele era o quarto dela.
― não. ― coloque minha mão na frente.
― não o que? Eu tenho que pegar uma roupa. ― falou.
― suas roupas não estão ai, estão todas no meu quarto. ― falei.
― ok. ― levantou as mãos em sinal de rendição.
― eu não quero você nesse quarto, esta ouvindo?
―por que não?
― ai dentro tem coisas minha. Armas, drogas. E eu não quero que você mecha com esse tipo de coisas. ― menti.
Ela assentiu e se afastou da porta.
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