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História Summer In Love - (JIKOOK) - 54: we want equality, respect and freedom - História escrita por jigguklgbt - Spirit Fanfics e Histórias
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História Summer In Love - (JIKOOK) - 54: we want equality, respect and freedom


Escrita por: jigguklgbt

Capítulo 56 - 54: we want equality, respect and freedom


Fanfic / Fanfiction Summer In Love - (JIKOOK) - 54: we want equality, respect and freedom

J E O N  J U N G K O O K

Como combinado, eu e o Jimin hyung passamos a assistir os últimos treinos do Chenle.

Nós nos sentávamos lado a lado na arquibancada e ficávamos assistindo em silêncio o pirralho dando as suas voltas perfeitas na piscina em um número de tempo que eu nem conseguia contar.

Não preciso nem dizer que o garoto era um excelente nadador.

Ele estava super focado em seus treinos, pois queria se sair bem em sua última competição.

Eu e o Jimin estávamos muito orgulhosos, principalmente o hyung que era o irmão dele. Jimin o assistia com um brilho no olhar, e sempre comemorava quando Chenle conseguia bater um recorde diferente.

Era nítido o orgulho que ele sentia pelo seu irmão.

Aquele era um momento muito importante na vida de Chenle, e sabíamos o quão importante era a nossa presença ali em seus treinos.

Passei até a levar a minha câmera polaroid para registrar todos os momentos, Jimin adorou a ideia e passou a me auxiliar enquanto eu tirava as fotos.

Depois dos treinos, nós passávamos um tempo passeando, então eles me deixavam em casa e passavam um tempinho conversando com a minha mãe e com o Junseok antes de irem embora.

Aqueles momentos eram muito bons.

— Está entregue. — Disse o Jimin hyung, assim que parou o seu carro em frente à minha casa.

— Querem entrar? — Fiz a mesma pergunta de sempre. — Minha mãe e o Junseok devem estar no restaurante.

— Por que não? — Jimin sorriu. — Vamos lá.

Nós saímos do carro, então caminhamos em direção ao restaurante. Por ser uma segunda-feira, o movimento estava bem fraquinho, por isso encontramos uma boa mesa vazia e sentamos ali.

Junseok logo apareceu trazendo refrigerante de limão e se sentou ali conosco, iniciando um assunto sobre a competição de natação que já estava chegando.

Todos estavam animados e ansiosos para vermos o Chenle vencendo.

Minha mãe logo apareceu ali e se juntou a nós, logo pedindo uma porção de batata frita para o garçom que estava próximo a nossa mesa.

O foco da conversa continuou sendo os treinos do Chenle, mostrei as fotos que eu havia tirado e falávamos com animação sobre os recordes que ele estava batendo em seus treinos.

O pirralho ficou tímido por causa dos elogios que estava recebendo de mim e do seu irmão, ele nos agradeceu com um sorriso no rosto e disse que iria se esforçar para ganhar aquela competição.

Nós tínhamos muita fé que ele iria ganhar e a sua animação por querer dar o seu melhor na sua última competição só fez com que ficássemos ainda mais animados para vê-lo vencer.

Chenle já era campeão!

Eu estava estudando para o vestibular, e ao olhar para o relógio na minha mesa de estudos, vi que já se passavam das três horas da manhã. Ou seja, eu simplesmente havia perdido a noção do tempo enquanto estudava.

Me levantei, sentindo a minha garganta seca e fui até a cozinha para tomar um copo de água. Mas ao chegar lá, vi que a luz estava acesa.

Curioso para saber quem estava acordado aquela hora da noite, apressei os meus passos e dei de cara com a minha mãe ali.

A sua linda barriguinha de seis meses de gravidez estava aparente, ela estava muito fofa e eu tinha vontade de abraçá-la o tempo todo. O engraçado era que a minha mãe não negava os meus carinhos, até dizia ser muito feliz por ter um filho mais velho tão carinhoso.

— Ainda está acordado? — Ela perguntou.

— Estava estudando. — Abri a geladeira e peguei uma garrafa de água, logo servindo em um copo com desenhos aleatórios que eu costumava usar. — E você?

— Sua irmã resolveu que é uma boa hora pra ficar se mexendo na minha barriga, então eu estou caminhando um pouco pela casa pra ver se ela se acalma.

— Deve ser difícil.

— É, mas é algo inexplicável de tão incrível. — Minha mãe sorriu, enquanto acariciava a sua barriga. — Ah, Jungkook, posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— É que você e o Jimin parecem estar bem próximos... o tempo que estavam dando finalmente acabou? — Ela perguntou.

— Não. — Respondi, guardando a garrafa de água de volta na geladeira. — O Chenle pediu para assistirmos os seus últimos treinos, então por isso estamos juntos.

— Você não está mais triste, não é?

— No começo eu estava me sentindo bem sozinho, mas isso já passou. — Eu sorri. — Estou bem, mãe. De verdade.

— Já que não conseguimos dormir, que tal irmos conversar lá na sala?

— É uma ótima ideia, é sempre bom conversar com você.

Eu e a minha mãe fomos para a sala, sentamos no sofá e então ela ligou a TV, deixando o volume bem baixinho enquanto perguntava sobre os estudos para o vestibular. Falei para ela sobre a minha rotina de estudos, e falei sobre alguns conteúdos que eu estava estudando, ela me deu algumas dicas que iriam me ajudar na hora de estudar e eu fiz uma nota mental para tentar fazer o que ela havia me ensinado.

Mudamos de assunto, então eu lhe contei sobre o protesto do clube LBG. Minha mãe adorou o objetivo do nosso clube, e super apoiou a nossa ideia de ir protestar na porta da sala do diretor.

Ela disse que havia guardado rancor da cara dele por causa do dia em que eu fui obrigado a mudar de sala por causa do meu namoro com o Jimin.

E sinceramente, até eu tinha pegado rancor da cara do velho e estava doido para que o dia do protesto chegasse logo. Eu queria mesmo era que ele soubesse que o que havia acontecido no dia da mudança de sala foi o que deu início ao nosso clube.

Eu mal podia esperar para ver a cara dele.

Como sempre, foi muito bom conversar com a minha mãe e ouvir os seus conselhos, ela sempre sabia o que dizer e muitas vezes eram sempre coisas que eu precisava ouvir.

Fiquei sozinho na sala quando ela se levantou para ir dormir, pois já estava quase pegando no sono ali no sofá. Eu não queria ficar ali só, então desliguei a TV e fui para o meu quarto, desliguei o abajur da minha escrivaninha, peguei o meu walkman e coloquei uma fita aleatória, logo me deitei na minha cama.

Como sempre, Tony começou a tomar de conta do meu travesseiro mesmo que eu estivesse ali. Deixei que ele ficasse com o travesseiro e repousei a minha cabeça em uma almofadinha mesmo, fechando os meus olhos e pensando em coisas aleatórias enquanto ouvia "Go Your Own Way" do Fleetwood Mac.

Comecei a pensar no Jimin hyung.

Eu estava com tanta saudades dele.

Eu queria estar com o Jimin naquele momento, ouvindo nossas músicas favoritas enquanto nos abraçávamos.

Seria incrível se ele estivesse ali comigo.

Depois do festival musical, eu e os hyungs da banda não estávamos tocando tanto como antes. Primeiro porque estávamos todos ocupados com os estudos para o vestibular e com as coisas da escola, e segundo porque eles queriam que eu tivesse um tempo pra mim depois de tudo o que rolou com o bosta do Moon Jiwoon.

Quando eu apareci na casa do Namjoon hyung dizendo que estava bem o suficiente para tocar, eles continuaram a insistir falando que eu deveria ir para casa, mas eu dei o meu jeitinho e consegui convencê-los.

Decidimos tocar quando estivéssemos entediados dos estudos ou quando tivéssemos algum tempo livre.

E durante uma tarde de tédio, todos nós decidimos ir para a casa do Namjoon hyung. Onde tocamos umas músicas de rock n' roll bem pesado, onde as letras criticavam a escola e o sistema.

Estávamos fingindo estar num palco grande na frente de milhares de pessoas - tipo o Rock in Rio -, e cantávamos aquelas músicas como se fossem nossas.

Era engraçado e até um pouco estranho quando fingíamos algo assim, mas ao mesmo tempo era legal pois nos fazia sair do tédio constante da nossa realidade monótona.

— Ok, eu acho que a gente realmente deveria parar de fingir agora. — Disse Namjoon, guardando o seu baixo e indo se sentar no sofá que havia ali na garagem. — Eu estou super cansado.

— Tocar para milhares de pessoas não é fácil. — Falei, me sentando ao seu lado.

— Sim.

Gargalhamos.

Os outros também guardaram os seus instrumentos e juntaram-se à nós no sofá.

Era incrível como um sofá de três lugares coube cinco pessoas.

— Eu escrevi duas músicas recentemente. — Disse Yoongi. — Queria que a gente começasse a tocar elas.

— Vamos tocar da próxima vez. — Sugeri e todos concordaram.

— Duas músicas para o nosso novo álbum. — Yoongi continuou com a zoeira. — Nossos fãs vão amar.

— Com certeza vão!

Todos nós rimos.

— Acabei de pensar em algo. — Disse Taehyung. — Temos cinco músicas autorais, e com essas duas do Yoon teremos sete. Daria pra gente gravar um EP.

— Nós poderíamos fazer isso se tivéssemos um equipamento de gravação. — Hoseok disse, pensativo. -— E ainda se tivéssemos, não seria de muita qualidade.

— Hm... e se juntassemos um dinheiro para alugar um estúdio de gravação por um dia? Aí nós poderíamos gravar algumas músicas e gravar algumas cópias em fita para guardarmos de recordação. — Namjoon sugeriu.

— Olha, eu acho isso uma boa ideia. — Eu disse. — Nós tocamos muito bem, então eu realmente acho que deveríamos fazer isso.

De repente todos começaram a ficar animados com a ideia de gravarmos um EP. Seria algo feito só por diversão, afinal nenhum de nós tínhamos pretensão de seguir em frente com a banda por já termos planos para o nosso futuro.

Gravar um EP seria como uma boa lembrança da nossa pequena banda de garagem.

Cada um deu a sua ideia sobre o que queríamos fazer na gravação do nosso EP e decidimos um dia para irmos em algum estúdio de gravação, para pesquisar os preços para podermos juntar o dinheiro o mais rápido possível.

Aquela era a coisa mais legal que estávamos planejando fazer e eu realmente estava ansioso para fazer isso com os meus amigos.

Eu queria muito estar em um estúdio com eles pela primeira vez, gravando as nossas músicas enquanto nos divertíamos.

Realmente queríamos fazer isso.

Assim que ouvi o som do despertador indicando que já era hora de eu acordar para ir pra escola, me sentei na minha cama e me espreguicei antes de abrir os olhos. Mas assim que eu o fiz, levei um susto ao ver uma pessoa incomum de estar em meu quarto aquela hora da manhã.

— Bom dia flor do dia. — Disse o Seokjin hyung.

Franzi o cenho.

— O que está fazendo aqui? — Perguntei. — E por que você está mexendo no meu armário?

— A tia deixou eu entrar. — Ele sorriu. — Você não tem nenhuma roupa que não seja preta não?

— Pra quê?

— Esqueceu que hoje é o dia do protesto?

Então eu me lembrei que aquele era o dia do protesto do clube LBG e que deveríamos usar roupas coloridas. O problema era que eu não tinha nenhuma que não fosse feia.

— Não posso usar o uniforme?

— Claro que não. — Ele respondeu. — Não vou deixar todos usarem roupas diferentes e só você usando o uniforme.

— Pra mim tanto faz. — Eu me levantei. — Você não vai achar nada legal aí.

— Não se preocupe, eu sabia que seria assim e trouxe algo pra você. — Ele sorriu. — Vai tomar um banho, seu fedido. Vou te esperar na sala com a tia.

— Fedido é você. — Falei, mas o hyung apenas me mostrou o dedo do meio antes de sair do quarto e fechar a porta.

Assim que eu entrei no banheiro, tomei um banho rápido e escovei os dentes, logo correndo para vestir o meu uniforme pois não queria deixar o hyung esperando por muito tempo. Quando terminei de me arrumar, peguei a minha mochila e fui até a cozinha, vendo Seokjin tomando café da manhã com a minha mãe e Junseok enquanto conversavam animadamente.

Eu não estava com muita fome, então apenas comi uns pãezinhos e tomei um suco de laranja. Então fui pra escola com o Jin assim que nós nos consideramos devidamente alimentados.

O caminho para o colégio foi um caos.

A cada cinco minutos, eu e o hyung discutíamos sobre alguma coisa. Nunca ficávamos com raiva um do outro, era apenas natural atentarmos um ao outro.

Como estávamos em seu carro, não demoramos para chegar na escola. Entramos juntos e apenas nos despedimos quando cada um foi para a sua sala. Ao entrar na minha, já vi que os meus amigos já haviam chegado.

A primeira aula foi de biologia, e eu tive que prestar muita atenção pois estava tendo certa dificuldade no conteúdo que estava sendo aplicado, felizmente tive uma ajuda do Namjoon hyung, então aos poucos eu fui entendendo e conseguindo fazer as atividades. Já a segunda aula foi de inglês, e foi muito chato pois o professor havia passado um texto enorme para que pudéssemos traduzir, eu consegui traduzir algumas coisas, mas logo tive que recorrer ao Namjoon hyung novamente, ele riu e ajudou não só a mim como ajudou Yoongi e Hoseok também.

Quando ouvimos o sinal tocar para a terceira aula, que seria a que teríamos antes do intervalo, eu e os hyungs nos levantamos para darmos início ao "plano do protesto". Mostramos para a professora de química um bilhete da professora Lee nos chamando para uma reunião e ela facilmente nos liberou, então fomos para a sala onde aconteciam as reuniões do grêmio estudantil para nos arrumarmos para o protesto.

Todo mundo já estava lá quando chegamos, peguei o moletom colorido que o Seokjin hyung havia levado para mim e o vesti por cima da camisa do uniforme mesmo. Vi Seulgi e Jimin em um cantinho da sala, ela estava fazendo um desenho da bandeira do arco-íris com aquelas tintas corporais no rosto dele enquanto conversavam sobre alguma coisa.

Fui até eles.

— E aí, Jungkook? — Disse a noona. — Quer que eu faça em você também? Já terminei aqui.

— Quero sim. — Sorri.

— Ela não vai fazer nada em você. — Disse o Jimin hyung. — Por que sou eu quem vou fazer.

— Hm... então é bem melhor que o Jimin faça mesmo. — Ela sorriu. — Aproveitem o seu tempinho juntos.

Observei Seulgi indo até uma outra pessoa do clube para também pintar a bandeira em seu rosto, em seguida levei o meu olhar até o Jimin, que deu um sorrisinho antes de se levantar da cadeira onde estava.

— Senta aí.

Fiz o que ele disse.

Fiquei olhando enquanto Jimin pegava uma das tintas e um pincel.

Ele estava muito bonito usando um moletom com listras coloridas, sua franja estava arrumadinha sobre os seus olhos e o desenho da bandeira em sua bochecha o deixava ainda mais fofo.

— Hyung? — Eu o chamei, assim que ele se aproximou para começar a pintar a bandeira na minha bochecha.

— Hm?

— Você está lindo.

— Obrigado! Você também está, Jungkookie. — Sorriu. — E você fica bem usando isso. — Ele disse se referindo ao moletom que o Seokjin hyung havia me emprestado, era rosa e tinha um mini desenho de um arco-íris.

— Obrigado, não é bem o que eu gosto de usar.

— Eu sei. — Ele aproximou o pincel do meu rosto, começando a pintar. — Mas te deixa adorável.

Jimin se concentrou na pintura que estava fazendo enquanto eu me mantinha quietinho apenas o observando.

Ele estava tão perto.

E estava tão beijável.

Minha nossa, como eu queria enchê-lo de beijinhos. Tê-lo tão perto daquele jeito era como se fosse algum tipo de tortura.

Aaaaaaaaaa.

Vi um sorrisinho se formando em seus lábios.

— O que foi? — Perguntei.

— Eu é quem devo te fazer essa pergunta, você está tão vermelhinho.

Suspirei.

— Eu queria te beijar.

— Hm... é mesmo?

O sorriso dele aumentou.

Ele claramente sabia o que causava em mim, por isso estava me provocando.

— Sim, estou com saudades.

— Também estou, Jungkook.

— Hyung, teve uma noite que eu queria tanto estar com você, daquele jeitinho quando ficamos abraçados enquanto ouvimos música.

— Eu tenho saudades disso. — Ele sussurrou. — Eu penso em você todas as noites, Jungkook.

O sinal para o intervalo tocou antes que eu pudesse sequer pensar em dizer qualquer coisa.

Então começou uma movimentação na sala, as pessoas começaram a pegar os seus cartazes e já estavam até começando a se organizar na porta para sairmos. Jimin já havia terminado de fazer a pintura em meu rosto, então nós apenas fomos pegar os nossos cartazes e nos juntamos aos outros.

Estava na hora do protesto.

— Ok, não fiquem nervosos, vamos começar isso logo. — Disse o Seokjin hyung. — Nossa caminhada vai ser até a sala do diretor, eu vou ir na frente com Hoseok, Seulgi e com a Bae Joohyun.

— E não se esqueçam, nosso bordão é "queremos igualdade, respeito e liberdade". — Disse a Bae Joohyun.

Então saímos da sala de reunião do grêmio assim que confirmamos que todos estavam prontos.

Já chamamos atenção o suficiente assim que colocamos os pés pra fora da sala apenas por estarmos segurando os cartazes e por estarmos usando roupas coloridas. Ficamos todos paralisados ali na porta enquanto os outros alunos olhavam para nós e diziam coisas.

Seulgi suspirou, sussurrou um foda-se e ergueu o seu cartaz, começando a caminhar e enquanto gritava "queremos igualdade, respeito e liberdade", Hoseok e Seokjin logo se juntaram à ela, então logo todos nós já estávamos os seguindo com os nossos cartazes erguidos enquanto repetíamos aquela frase.

Estávamos atraindo atenção de todos os alunos, mas naquele momento nós já nem ligavámos mais pra nada e pra ninguém.

Fizemos a nossa caminhada por um corredor até chegarmos ao pátio, onde o atravessamos gritando o nosso bordão. Para a nossa surpresa, alguns poucos alunos se juntaram a nós pelo caminho até a sala do diretor.

Isso nos deixou muito felizes.

Alguns orientadores apareceram, tentando nos parar, mas foi tarde demais porque assim que chegamos na porta da sala do diretor Cho, intensificamos ainda mais o nosso protesto e as vozes dos orientadores já nem eram mais ouvidas.

"Queremos igualdade, respeito e liberdade!"

"Queremos igualdade, respeito e liberdade!"

"Queremos igualdade, respeito e liberdade!"

Quanto mais repetíamos aquela frase, mais o diretor Cho demorava para aparecer. Sabíamos que ele estava ali, só não conseguíamos entender porque ele estava demorando tanto para dar as caras.

Aquela altura já havíamos chamado a atenção de toda a escola, os orientadores ainda tentavam inútilmente fazer com que parássemos com aquilo e alguns professores se juntaram à eles.

Ouvimos o sinal para o fim do intervalo, e nada do diretor aparecer.

Passamos mais uns trinta minutos gritando e erguendo os nossos cartazes, sem nenhuma pretensão de pararmos até que tivéssemos alguma resposta.

Quando o diretor Cho finalmente apareceu, ele fez um gesto como se estivesse pedindo para que nós nos acalmássemos.

Ele parecia estar sem saber o que fazer.

— Vocês podem me dizer o que é isso?

— Um protesto? — Disse Seulgi, como se fosse óbvio.

Cho massageou as têmporas.

— Para quê?

— Esse é o nosso clube LGB, e estamos aqui hoje com um objetivo. — Seokjin hyung respondeu. — Queremos que o baile seja inclusivo para alunos como nós, e que o tema seja "todas as formas de amor". O que queremos é simplesmente igualdade, diretor Cho.

Assim que o hyung terminou de falar, alguns alunos começaram a vaiar. Ele manteve a sua pose, segurando o seu cartaz enquanto encarava o diretor.

— Parem com isso! Parem com essas vaias se não quiserem que eu deixe todos de castigo. — O diretor disse usando um tom de voz mais firme. — E vocês... — Ele estava se referindo ao nosso clube.— Vamos para o auditório ter uma conversa.

O diretor começou a caminhar na frente e então nós o seguimos, os orientadores e professores já começaram a brigar para que os demais alunos fossem para as suas salas e quando chegamos ao auditório, percebemos que a professora Lee havia se juntado à nós.

Sentamos nas cadeiras da frente, então o diretor já foi logo falando:

— Vocês tem ideia da confusão que causaram? Eu vou ter que punir vocês por causa disso.

Obviamente iniciou-se uma discussão entre todos nós do clube.

A primeira coisa que ele conseguiu pensar foi em punição?

E a causa do nosso protesto?

Imediatamente entendi o que o Jimin hyung quis dizer naquela conversa em que ele me disse que "sempre seremos invalidados".

A professora Lee interrompeu a nossa discussão.

— Você não pode puni-los sem sequer ouvi-los. — Disse. — Eu não vou permitir que isso aconteça.

— O que você quer dizer com isso, senhorita Lee?

— Diretor Cho, eles estão lutando pelos seus direitos e eu acredito que todos os alunos deveriam fazer isso. — A professora Lee respondeu. — A escola deveria ser um lugar de acolhimento para os alunos, mas ao invés disso, vejo muitas condutas erradas e pessoas importantes dentro do ambiente escolar fechando os olhos para as necessidades de alguns alunos. Sinceramente, não deveria ser assim. O bordão deles diz "queremos igualdade, respeito e liberdade", mas me diz uma coisa, diretor... em que momento a escola lhes proporcionou alguma dessas coisas?



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