P A R K J I M I N
Era uma manhã ensolarada de sexta-feira e todos os nossos familiares e amigos estavam reunidos no ginásio olímpico para a competição de natação do Chenle.
A sua última competição antes de sair do clube de natação.
Eu não conseguia explicar o quão orgulhoso e feliz eu estava pelo meu irmão, sabia que a decisão de sair do clube era muito difícil para ele, mas vê-lo enfrentando isso com tanta coragem era simplesmente incrível.
Ele estava muito motivado, principalmente por ter eu e Jungkook o apoiando tanto.
Encontramos um lugar onde dava para ver bem a piscina e esperamos ansiosos pelo início da competição.
Eu e Jungkook sentamos lado a lado, e ele trouxe até a sua câmera polaroid para registrar alguns momentos da competição.
Em algum momento, me distraí observando o time feminino do clube de natação da nossa escola e Jungkook aproveitou o momento para tirar uma foto minha.
Me inclinei para ver e fiz uma careta.
— Não sei se gostei.
— Você ficou perfeito, hyung.
— Aham.
Jungkook riu.
— Vou colocar na minha escrivaninha pra olhar todos os dias.
— Nem se atreva a fazer isso.
Ele continuou sorrindo e eu acabei rindo junto, então voltamos a prestar a nossa atenção no ambiente.
O locutor começou cumprimentando o público e em seguida falou sobre a competição começar em dez minutos, ele citou o nome de cada uma das modalidades, suas regras e disse o nome dos nadadores e de que time faziam parte.
Nós gritamos ao ouvir o nome do Chenle.
Aqueles dez minutos estavam passando tão devagar que pareciam até horas, realmente parecia que a competição nunca iria começar, mas eu e Jungkook estávamos super animados. Vimos os treinos do Chenle de perto e sabíamos que ele tinha um grande potencial para ganhar.
Quando o locutor finalmente deu início a competição, a plateia ficou super animada, ele explicou como seria a competição, explicou sobre pontos, sobre os tempos e todas as outras coisas sobre natação que eu não entendia muito bem.
O início da competição foi bem legal, os atletas estavam bem focados nas provas em suas respectivas modalidades. Eu estava bem ansioso para ver o Chenle, e fui ficando cada vez mais à medida em que o tempo passava.
Eu e Taehyung saímos por alguns minutinhos para comprarmos um refrigerante, e voltamos bem a tempo da modalidade de Chenle, que era nado borboleta.
O nado borboleta é um estilo que se nada de peito, com ambos os braços se movendo ao mesmo tempo. Durante os treinos do meu irmão, eu e Jungkook ficávamos impressionados e ficávamos nos perguntando "como ele conseguia fazer isso?", Chenle realmente mandava super bem no que fazia.
Ao ouvirem o som do apito, os nadadores subiram no bloco de partida e ficaram posicionados ali até ouvirem o juiz dizendo “às suas marcas”.
Quando foi dado o sinal para o início da partida, todos saltaram na água em suas respectivas raias. Então a última competição de Chenle havia finalmente começado.
Meu irmão já começou indo super bem, nadando perfeitamente e já completando a primeira volta na frente dos outros.
Foi realmente incrível, todos nós estávamos torcendo muito por ele.
O nado borboleta era uma das modalidades mais complexas, mas Chenle fazia parecer ser tão fácil. Ele era rápido, ágil e fazia tudo com uma suavidade incrível.
Chenle realmente nos fazia ficar hipnotizados com o seu jeito de nadar.
Era maravilhoso.
E ele estava indo super bem.
Porém, na sua última volta, ficamos embasbacados com o que havia acontecido.
Chenle estava quase chegando, ele estava quase tocando a borda, quando em questão de segundos, outro nadador acabou o ultrapassando.
Foi tão surpreendente que eu e Jungkook nos encaramos no mesmo instante.
O garoto o ultrapassou em segundos.
Nós realmente não esperávamos que Chenle ia ser ultrapassado nos segundos finais.
Meu irmão acabou ficando em segundo lugar, então o locutor deu início a última competição.
Eu não consegui nem prestar atenção pois estava pensando em Chenle.
No final de tudo, os nadadores receberam as suas medalhas. Chenle exibia a sua medalha de prata com um sorriso no rosto.
Eu estava orgulhoso dele por ter chegado ali e por ter completado com sucesso a sua carreira de atleta.
Quando todos nós já estávamos do lado de fora do ginásio olímpico, percebemos que Chenle ainda não havia aparecido, então eu e Jungkook decidimos entrar novamente para procurar por ele.
Não demoraramos muito para achá-lo, Chenle estava no vestiário sentado em um dos bancos.
Nós nos sentamos ao seu lado.
— O que você está fazendo aqui, pirralho? — Perguntei.
— Só pensando. — Chenle deu um sorriso. — Essa foi realmente a minha última competição.
— E como você está se sentindo? — Jungkook perguntou.
— Eu estou feliz, é uma sensação de dever cumprido.
— Você foi muito bem. — Falei. — Eu estou muito orgulhoso de você.
— Muito obrigado, hyung. Gostaria de te agradecer por sempre estar presente em minhas competições, por ter me dado força e sempre ter torcido por mim. — Em seguida, ele olhou para o Jungkook. — E você, sei que viu muito pouco, mas estar aqui comigo no final de tudo é algo muito importante pra mim. Obrigado também, Jungkook hyung.
É óbvio que eu e Jungkook o abraçamos ao mesmo tempo depois disso.
Chenle deu um gritinho e tentou se esquivar do nosso abraço, mas ele não resistiu por muito tempo e acabou se deixando ser abraçado por nós dois.
Quando nos afastamos, percebi que Chenle estava chorando, e é claro, eu comecei a chorar também.
— Seu pirralho. — Falei. — Para de chorar, esse seu choro é contagioso.
— É choro de felicidade, seu loiro oxigenado.
Eu gargalhei e o empurrei.
— Cala essa boca, eu sou o seu hyung.
Jungkook apenas nos observava com um sorriso no rosto, Chenle limpou as suas lágrimas com a manga do casaco e eu fiz o mesmo.
— Que tal irmos na lanchonete de sempre? — Perguntei. — Só nós três?
— Claro. — Os dois responderam ao mesmo tempo.
Depois que saímos do ginásio olímpico, conversamos com os nossos pais e com nossos amigos antes de irmos para o meu carro, onde eu fiz o caminho conhecido até a lanchonete.
Nós três nos divertimos bastante, pedimos hambúrgueres, batatas fritas e refrigerante. Conversamos sobre diversos assuntos, tiramos fotos com a câmera polaroid de Jungkook e então tomamos milk-shake.
Assim que saímos da lanchonete, decidimos dar uma passadinha no fliperama onde jogamos os nossos jogos favoritos.
Foi realmente incrível passar esse tempo com Chenle e Jungkook.
Nós resolvemos ir embora depois que Chenle disse que estava cansado. Eu deixei Jungkook em casa e dirigi até a minha ouvindo Chenle cantando as músicas que estavam tocando na rádio.
Assim que chegamos em casa, a minha mãe nos chamou para conversar na cozinha.
— Garotos, o que acham de passarmos o final de semana na casa da vovó? — Ela perguntou. — Minha mãe ligou dizendo que poderíamos ir para lá se quiséssemos.
— Eu quero! — Chenle respondeu.
— Acho que vou ficar em casa. — Falei. — Tenho que estudar pras provas finais e pro vestibular.
— Tudo bem, meu filho. — Ela acariciou os meus cabelos. — Vá arrumar as suas coisas, Chenle. Sairemos daqui as três da tarde.
— Tá bom. — Ele subiu as escadas correndo.
Yusheng logo apareceu ali na cozinha.
— Como foi sair com o Chenle e com o Jungkook? — Ele perguntou.
— Foi de boa.
— Obrigado por cuidar tão bem do Chenle, Jimin.
— É o meu dever como irmão mais velho. — Respondi, com um sorriso no rosto.
Chenle podia não ser o meu irmão de sangue mas era o meu irmão de coração, e desde o começo eu prometi que sempre iria cuidar dele.
E está sendo assim até os dias de hoje.
Todos se apressaram para arrumar as suas coisas para irem pra casa da vovó, eu ajudei o Chenle a arrumar a sua mochila com o que ele iria precisar, depois ajudei o Yusheng a preparar o carro para que eles pudessem sair.
Assim como a minha mãe disse, eles saíram às três horas da tarde.
Já que eu estava sozinho, tranquei todas as portas e janelas da casa, depois fui tomar um banho relaxante e fui para o meu quarto, onde eu iria passar o final de semana inteiro estudando.
♡
Eu sempre perdia a noção do tempo enquanto estava estudando, por isso fiquei supreso ao olhar para o relógio na minha escrivaninha quando ouvi o meu telefone tocando.
Eram quase sete horas da noite.
Me levantei e sentei na cama, logo tirando o telefone do gancho e o colocando na minha orelha.
— Alô? — Atendi.
— Oi, hyung.
Sorri ao ouvir a voz de Jungkook.
— Oi, Jungkookie.
— Como você está?
— Bem e você?
— Estou bem. — Ele respondeu. — E como o Chenle está?
— Ele estava bem desde a última hora em que eu o vi.
— Última hora em que o viu? — Jungkook perguntou.
— Ele e os nossos pais foram passar o final de semana com a minha avó.
— E você está bem sozinho, hyung?
— Sim, passei a maior parte do tempo estudando. — Respondi, então perguntei: — E o que você está fazendo?
— Estou deitado com o Tony tomando de conta do meu travesseiro.
Eu ri e então ficamos em silêncio.
Comecei a ouvir um barulho de pingos de chuva batendo contra o telhado e rapidamente esses pingos se transformam em uma chuva forte.
— Coloquei aquela sua foto que eu tirei hoje na minha escrivaninha. — Jungkook disse, depois de um tempinho.
— Não acredito.
— Acabei de me levantar e estou olhando pra ela agora.
— Putz grila!
Jungkook gargalhou.
Acabei sorrindo também, já que a risada de Jungkook era contagiosa.
Eu amava o som da risada dele.
— Estou com saudades. — Ele sussurrou.
— Você me viu hoje.
— Não foi o suficiente.
Suspirei, afinal eu também estava com saudades dele.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, eu ouvi a voz da mãe de Jungkook do outro lado da linha falando que estava indo abrir o restaurante, Jungkook respondeu que logo iria ajudar, então voltou a falar comigo.
— Hyung, estou indo ajudar eles com o restaurante.
— Ok. — Respondi. — Eu vou estudar mais um pouco e depois fazer algo para comer.
— Tá bom, se cuida, hyung. — Ele disse. — Qualquer coisa me liga.
— Ok. — Eu respondi e então desligamos.
Fui até o meu armário e vesti uma camisa de manga comprida pois já estava começando a fazer frio, então voltei a me sentar para estudar.
♡
Mais uma vez perdi a noção do tempo enquanto estudava e quando vi já eram quase dez horas da noite.
A chuva parecia bem mais forte e eu estava morrendo de fome.
Desci as escadas com a gatinha Olivia em meu encalço e fui até a cozinha, onde abri a geladeira e fiquei pensando o que deveria fazer para comer.
Enquanto eu me decidia, ouvi a campainha tocando.
Estranhei, afinal a minha família não estava acostumada a receber ninguém naquele horário.
Parecia até um plot de filme de terror, onde uma pessoa que está sozinha em casa de repente ouve o som da campainha. Porém, ao contrário dos personagens de filmes de terror, eu não tinha intenção nenhuma de atender a porta, mas fui até lá em completo silêncio para ver quem era através do olho mágico.
Assim que vi que na verdade quem estava ali era Jungkook, eu levei um susto.
Ele estava todo molhado por causa da chuva, seus braços estavam cruzados e ele olhava para a rua enquanto esperava a porta ser atendida.
Eu imediatamente corri até o meu quarto para buscar as chaves e uma toalha, então voltei rapidamente para destrancar a porta.
— Putz grila, o que você está fazendo aqui? — Perguntei assim que abri para ele. — Você é doido de vir à essa hora e numa chuva dessas?
— Desculpa hyung, mas eu não consegui tirar da minha cabeça que precisava vir te ver e conversar com você.
— Você poderia ter ligado.
— Tinha que ser pessoalmente.
— Então que deixasse pro dia seguinte. — Eu o puxei para dentro de casa e tranquei a porta novamente. — Tira os sapatos e essa roupa molhada.
Jungkook obedeceu.
Eu o ajudei a tirar as roupas molhadas e lhe entreguei a toalha, em seguida apontando para escada assim que ele ficou só de cueca.
— Vai pro banheiro.
— Tá bom. — Ele caminhou pela sala em direção à escada.
Mas, eu estava um pouco curioso…
— Espera! Sobre o que você quer conversar? — Perguntei.
Jungkook se virou para me encarar.
— Você sabe… nosso namoro, dar um fim nesse tempo que estamos dando.
Putz grila, então por isso ele queria conversar logo comigo?
Era meio fofo.
— Vamos falar sobre isso depois, agora você vai tomar um banho e depois vestir algumas roupas quentinhas. — Peguei as suas roupas molhadas que estavam no chão. — Vai pro banheiro, eu vou colocar as suas roupas pra lavar
— Obrigado, hyung.
— Vai logo! — Toquei as costas dele, o guiando até a escada. — E lava esse cabelo.
— Você quem manda. — Ele disse, então eu observei enquanto ele subia as escadas.
Que saudades que eu estava de ver esse corpinho.
Suspirei, pois mesmo estando com saudades, eu estava puto.
— Putz grila, que idiota, como esse garoto pôde vir até aqui numa chuva dessas? Que boboca, não se preocupou se iria pegar uma gripe, não se preocupou caso tivesse algum doido na rua, garoto idiota, inconsequente.
Fui até a lavanderia enquanto praguejava, mas ao mesmo tempo pensando no quanto eu queria beijá-lo assim que abri aquela porta para ele.
E fiquei com vontade de beijá-lo ainda mais assim que soube o motivo da sua vinda até a minha casa.
Coloquei a roupa molhada para lavar e depois fui até o meu quarto, onde separei algumas das roupas de Jungkook que estavam ali e em seguida abri outra porta do armário para pegar uma segunda toalha.
Bati na porta do banheiro.
— Eu deixei suas roupas e mais uma toalha em cima da cama, vou estar lá embaixo.
— Tá bom. — Ele respondeu.
Saí do quarto e desci as escadas em direção à cozinha.
Putz grila, eu estava com muita fome. Não sabia o que cozinhar e nem estava com vontade de mexer com fogão, então abri o armário e peguei uma caixa de cereal de chocolate, duas tigelas e duas colheres.
Suspirei mais uma vez, a minha mente voando para o cara que estava no cômodo do andar de cima.
Eu só pensava no quanto eu queria abraçá-lo com força assim que ele saísse daquele banheiro, também pensava em como eu queria beijá-lo como se a minha vida dependesse disso.
Jungkook estava ali e eu obviamente não iria perder a chance de tê-lo em meus braços aquela noite.
Eu já não conseguia mais repreender os meus pensamentos, pois Jungkook obviamente havia tomado de conta de todos eles.
Nós iríamos conversar e nos resolver, iríamos matar a saudade que sentimos durante todos aqueles dias e iríamos dormir agarradinhos e acordar no dia seguinte muito amorosos.
Putz grila, era isso que eu queria.
Suspirei.
Eu simplesmente já havia perdido as contas de quantas vezes eu havia suspirado desde que Jungkook havia colocado os pés na minha casa.
Fui para a sala e me sentei no sofá, ligando a TV e começando a comer o cereal enquanto me perdia em meus pensamentos sem nem conseguir prestar a atenção no programa que estava passando ali. Eu estava tão concentrado nas coisas que estavam na minha mente que nem cheguei a perceber a presença de Jungkook.
Foi apenas quando ouvi ele chamando o meu nome que eu voltei à mim.
— Hyung?
— Hm?
— Eu perguntei se está tudo bem eu ter vindo.
— Tá sim. — Respondi. — Não sei se você já comeu, mas coloquei cereal pra você também, tá lá na cozinha.
— Obrigado. — Ele sorriu, indo em direção à cozinha e voltando logo depois com a tigela em mãos, em seguida se sentando ao meu lado no sofá.
Eu o observei.
Ele estava vestido com as roupas quentinhas que eu havia separado, os seus cabelos estavam úmidos e havia uma toalha ao redor de seu pescoço.
Putz grila, tão lindo.
Jungkook sorriu para mim assim que percebeu o meu olhar sobre ele.
— Tudo bem, hyung?
— Tudo. Eu só estava com saudades… — Desviei o olhar para a minha tigela. — De estar assim com você e… Putz grila… Acho que você entendeu.
— Eu entendi. — Ele disse. — Eu sinto a sua falta todos os dias.
Nós ficamos em silêncio.
Terminei de comer o meu cereal e coloquei a tigela na mesinha de centro, continuava sentado ali enquanto esperava Jungkook terminar de comer ou falar alguma coisa.
Eu estava um pouco acanhado, mas não sabia muito bem o motivo disso.
Surpreendentemente ele parecia estar assim também.
Meus olhos voltaram a encontrar os seus assim que eu senti o seu olhar em mim.
— Você… acha que foi bom a gente ter dado um tempo? — Perguntei.
— Acho que sim. — Ele respondeu. — E você?
Observei Jungkook colocando a sua tigela vazia ao lado da minha, então ele sentou-se no sofá de modo em que ficasse totalmente virado para mim.
Também me sentei virado para ele.
— Sim. — Respondi. — Tivemos bastante tempo pra pensar sobre tudo o que aconteceu.
Jungkook assentiu.
Suas mãos vieram em direção às minhas, então ele as segurou.
— Então acho que já não temos mais motivos para continuarmos dando um tempo, não é?
Eu o encarei.
Era óbvio que não tínhamos mais motivos para continuar com isso, Jungkook era tudo o que eu precisava naquele momento e eu já não conseguia mais lidar com a saudade que eu estava sentindo dele.
Então foi por isso que eu assenti.
Assenti com veemência e me joguei em seus braços, o apertando com força em um abraço. Jungkook obviamente retribuiu, suspirando quando sentiu os meus dedos tocarem os seus cabelos.
— Eu te amo, Jimin. — Ele sussurrou. — Porra, como eu te amo.
— Eu também te amo. — Respondi. — Tudo o que eu mais quero agora é estar perto de você, meu amor.
Ficamos abraçadinhos daquele jeito por bastante tempo, eu não queria soltá-lo de jeito nenhum e ele também não parecia querer me soltar. Eu me sentia acolhido em seus braços e não conseguia segurar o sorriso bobo que insistia em aparecer em meus lábios.
Jungkook beijou o topo da minha cabeça e em seguida beijou a minha bochecha, enquanto eu deixava alguns beijinhos suaves em seu pescoço.
Nós estávamos em silêncio e estava extremamente confortável, pois apenas não precisávamos de palavras naquele momento. Para mim, estar ali com Jungkook era o que mais importava.
Ele segurou o meu rosto bem pertinho do seu, nossos narizes se tocavam levemente, nossas respirações se misturavam e eu já sentia o meu lábio formigando em expectativa.
Mas eu não consegui esperar por mais nem um segundo, então dei o próximo passo começando com um selinho demorado em seus lábios.
Me afastei por um breve momento apenas para sorrir para ele, então voltei a beijá-lo calmamente.
O beijo foi ficando mais intenso conforme movíamos os nossos lábios. A sua boca estava quente e macia, como sempre. Não demorou para que eu sentisse a sua língua tocando a minha devagarinho.
Putz grila, como eu estava com saudades dos seus lábios.
Eu logo amoleci em seus braços, tocando os cabelos macios de sua nuca e de vez em quando puxando os fios. Jungkook apertou os seus braços ao redor da minha cintura com firmeza, nossos lábios se movendo em uma sincronia perfeita.
Naquele momento estávamos com um pouco mais de urgência para sentir um ao outro, mas, apesar de tudo, Jungkook ainda parecia meio hesitante, por isso acho que o peguei de surpresa quando me sentei em seu colo.
Me afastei apenas para encará-lo.
Seus lábios estavam vermelhos, e sua respiração ofegante, os seus cabelos úmidos caiam desajeitadamente sobre a sua testa e o deixavam ainda mais bonito.
— Tudo bem? — Perguntei.
— T-Tudo.
— Isso é ótimo. — Imediatamente senti falta dos seus lábios nos meus. — Putz grila, só… me beija.
Seus lábios macios pressionaram contra os meus e eu senti um calor elétrico suave queimando dentro de mim.
Jungkook era perfeito.
Merda, eu só queria beijá-lo e beijá-lo.
Queria que aquele momento durasse para sempre.
Meu corpo parecia estar pegando fogo e eu me derreti novamente em seus braços quando senti a sua língua tocando mais uma vez a minha.
A sensação era incrível.
Eu estava com tanta saudade.
Não consegui segurar o suspiro satisfeito enquanto o beijava profundamente e com urgência. Jungkook tinha um gosto tão bom e eu estava ficando louco.
Ele mordeu e chupou o meu lábio inferior e eu puxei o seu corpo contra o meu, sentindo aquela conhecida sensação de borboletas no estômago.
Eu o queria tanto.
Jungkook puxou a minha camisa e beijou o meu ombro e pescoço. Suas mãos me seguravam firmemente, e eu fechei os meus olhos para sentir ainda mais a sensação boa de seus beijos.
— Tão cheiroso. — Disse baixinho. — Você é lindo pra caralho.
— Você está me deixando louco!
— Você está fazendo o mesmo comigo. — Ele sussurrou contra o meu pescoço.
Céus, eu fiquei arrepiado.
— Amor… — Segurei o seu rosto, para que ele pudesse me encarar. — Eu quero que você me toque, e eu quero te tocar também.
Jungkook repousou as suas mãos em ambas as minhas bochechas e deixou alguns beijinhos em meus lábios, eu fechei os meus olhos, recebendo todos, mas ao mesmo tempo ficando frustrado por ele ter me deixado sem uma resposta.
Ele beijou a minha bochecha, então apoiou a sua testa em meu ombro, tentando recuperar a sua respiração ofegante.
Eu toquei os seus cabelos, acariciando os fios macios e cheirosos, ainda frustrado.
— Jungkook. — Eu o chamei, decidindo ser um pouco mais direto. — Vamos transar.
Ele suspirou.
— Você tem certeza?
— Tenho.
— Eu também queria fazer isso com você, mas é que eu não queria ser precipitado. — Ele me encarou.
— Não vai.
— Você tem certeza? — Repetiu.
— Absoluta.
— Então… Você não acha melhor irmos para o seu quarto?
— Sim, por favor, só… vamos logo.
Ele assentiu.
Jungkook me segurou firmemente em seus braços e então se levantou, subindo as escadas enquanto me carregava em seu colo.
Quando entramos em meu quarto, ele fechou a porta e me colocou no chão, me empurrando contra a madeira fria e voltando a abraçar a minha cintura. Eu abracei o seu pescoço e fechei os meus olhos, automaticamente juntando os nossos lábios com a mesma urgência de antes.
Beijar Jeon Jungkook era muito mais do que um simples beijo, incluía a maneira em que nos abraçávamos, os toques e os suspiros, envolvia a maneira como ele mexia comigo e como sempre parecíamos estar necessitados um do outro.
Envolvia principalmente o amor que sentíamos um pelo outro.
Eu adentrei as minhas mãos por baixo da camisa de Jungkook antes de tirá-la. Ele pareceu aliviado por isso, pressionando-me contra seu peito com força, suas mãos esfregando as minhas costas enquanto ele me beijava de forma frenética e apaixonada.
Naquele momento eu só tinha certeza de uma coisa: eu queria que aquela noite durasse para sempre.
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