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História Sun and the Moon - Indecisão e Culpa. - História escrita por dbskstan - Spirit Fanfics e Histórias
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História Sun and the Moon - Indecisão e Culpa.


Escrita por: dbskstan

Notas do Autor


OLá meninas, peço desculpas... Eu sei que disse que postaria mais rápido... Mas a semana foi um pouco dificil... e sexta feira acabei viajando para são paulo *-* para poder ir no sábado no evento Coreia para todos! ~alguem foi no Bom retiro?? XD
Em fim... Foi bem tumultuado meu final de semana, fiquei na cada de uma amiga minha em São Caetano do Sul ~ela é daqui do AS, a TiaDae *-* amei amei amei XD
Em fim! Espero que gostem desse capítulo! Eu dei uma caprichada nele... Por causa do atrasado '3'
Escrevi esse capítulo hoje e quase tive um treco quando quase o perdi, mas consegui recupera-lo ~graças a mariactive sua linda!!

Capítulo 31 - Indecisão e Culpa.


Fanfic / Fanfiction Sun and the Moon - Indecisão e Culpa.

P.O.V Zelo

Encaminhei-me derrotado para minha casa, por mais que eu corresse quilômetros e quilômetros eu não conseguiria acha-la. A minha única esperança era que por algum milagre ela surgisse.

O silencio era um amigo naquele momento e encaminhei-me sentando no sofá e antes que eu percebesse as lagrimas apenas surgiam. Enquanto eu corria pelas ruas chamando por seu nome eu não tinha condições de chorar, talvez adrenalina no meu corpo me impedisse para tal ato. Mas agora, estando parado obrigando-me a pensar em várias coisas, era o momento para que elas aparecessem.

Deitei-me no sofá daquele cômodo convicto para espera-la aparecer a qualquer momento. E minhas esperanças foram renovadas quando ouvi um barulho de carro entrando na garagem. Coloque-me em pé a fim de vê-la passar por aquela porta, mas minha expressão se fechou ao constatar que se tratava de minha mãe.

-Junhong! Que surpresa, normalmente meu garotinho não me espera mais. –Mas é claro que não espero... Você nunca mais voltou para mim.

-Boa noite mãe. –Disse querendo passar indiferença e para que ela não notasse meu rosto vermelho por causa do choro, mas fora em vão. Vi seu rosto se retrair, observando-me mais de perto.

-O que houve? Por que está chorando? Aconteceu alguma coisa? –Ela perguntou se aproximando de mim querendo me abraçar.

Há muito tempo que eu não sou mais próximo dela... Tínhamos criado uma barreira... Ou o tempo se incomodou de criar. Há quanto tempo eu e ela não passávamos um tempo juntos? Conversávamos como mãe e filho? Eu realmente não lembrava... E aquilo já não me fazia mais falta. Eu já havia me acostumado com aquilo tudo.

-Não é nada. –Me desvencilhei de seus braços para que pudesse subir ao meu quarto.

-Filho, fale comigo... Você está tão distante de mim, apenas quero que a gente seja uma família. Eu, seu pai e sua irmã. –Meu pai? Minha irmã? Que piada.

Eu já estava carregando toda aquela amargura, tentando me controlar para que não descarregasse em ninguém. Mas por que ela tinha que tocar naqueles nomes? Fazer-me pensar naquilo tudo... Afinal, o que minha mãe havia feito para que eu fosse realmente filho de Shim HongKi? Eu antes achava que minha mãe estava se transformando numa verdadeira desconhecida, mas pelo jeito ela sempre fora alguém que eu nunca conheci.

-Eu preferiria que não fôssemos uma família. –Virei-me em sua direção dizendo de forma simplista.

 

Vi os olhos dela se arregalarem, com certeza minhas palavras haviam pegado ela de surpresa. Achava que eu gostava daquela vida, daquela brincadeira de casinha. Mal sabia ela o que acontecia de baixo do seu próprio teto.

-Não fale isso. Somos uma família! –É eu sei, e uma família muito torta mãe...

Soltei uma risada sarcástica, beirando a uma gargalhada. Querendo falar sobre família? Não estava em um bom momento para aquilo. Definitivamente, não.

-Eu vou falar como somos uma família mãe... Eu não quero ser filho de HongKi, nunca quis! Não quero ter o mesmo sangue que o dele. Sabe por quê? Por que isso me impossibilita de ser feliz!  –Antes que pensasse em qualquer outra coisa, despejei aquelas palavras como se fossem a coisa mais banal e fácil do mundo.

Aquela mulher a minha frente, não parecia mais minha mãe que eu amava e que me acolhia toda a noite. Que me viu crescer, compartilhando os momentos do dia-a-dia. Agora era uma empresária bem sucedida que nunca tinha hora para voltar, apenas hora para fortalecer um império que nem ao menos era dela. Vivendo na sombra de um homem.

-O que você quer dizer com isso...? –Sua voz era tremula. Dei um pequeno sorriso, eu havia dado o maior deslize.

-Eu? Nada mãe, apenas nada. –E antes que ela pudesse falar alguma coisa, eu saia daquele lugar subindo as escadas.

Assim que passei pela porta do meu quarto eu o tranquei, não queria ser importunado. Ela poderia querer aprofundar o assunto e eu estava assustado demais com a minha sinceridade. Não poderia deixar escapar mais nada, isso acabaria com a minha vida e de Sunhee. Eu não podia deixa-la mais encrencada do que estávamos.

Desencostei-me da porta e fui em direção do banheiro, precisava relaxar até que pudesse falar com Sunhee e tentar me resolver com ela, eu não desistiria. Não dela, jamais. Assim que tirei a roupa me joguei em direção da agua que havia aberto antes, senti uma ardência tremenda nas costas, passei minhas mãos nela e pude perceber que havia me machucado. Provavelmente quando fui empurrado por Bang que tentava me tirar de cima de HimChan, foi ai em que eu devo ter esfolado minhas costas na parede. Ri da minha falta de atenção, se não fosse por esse banho não teria percebido. 

 

 

 

P.O.V Sunhee       

Sentia uma dor muito forte nas minhas pernas, abri meus olhos e percebi que estava muito escuro havia adormecido sentada no canto do parque. Nenhum sinal de crianças ou outra pessoa isso era péssimo. Tentei me lembrar do caminho que eu havia feito recordar do local em que estacionei meu carro para poder andar não era algo que eu conseguiria. Decidi ir para casa e no dia seguinte procuraria pelo automóvel, eu não tinha condições de dirigir, um dos motivos de tê-lo deixado e ir caminhar sozinha.

Eu olhava para os lados procurando algum sinal de que eu conhecia aquele local, mas afinal onde eu fui parar? Não sabia onde estava e a rua em que me encontrava não colaborava, pois parecia que não era muito frequentada pelas pessoas. A iluminação era pouca e não sei se agradeço ou se fico com medo por não ter ninguém andando na mesma rua que eu. Pedia mentalmente para que aparecesse um táxi na rua para que eu pudesse voltar para minha casa... Mas só de pensar em pisar nela já remete a encarar tudo aquilo novamente. O que eu posso fazer? Sei que é errado fugir, isso nunca é o certo, mas eu sempre fujo sempre corro longe dos meus traumas e agora estou tentando ignorar e esquecer esses problemas. Eu o amava isso era um fato que eu obviamente não tinha condições de negar... Mas tudo aquilo que estava acontecendo, como lidaria? Estava assustada... Irmãos... Isso me assombrava. 

Ouvi um barulho de carro se aproximando, era um táxi, mas estava sendo ocupado... Já estava perdendo as esperanças, mas felizmente parou não muito longe de mim deixando a pessoa que ocupava o veiculo. Corri acenando sem parar em direção do homem que dirigia. Logo estava indo em direção da minha casa e eu não queria encara-lo, não agora. O que eu faria? Ouviria ele falar seus motivos, seus medos? E os meus? Só de pensar que dormi com meu próprio irmão já me deixava apavorada, como pude? Deixar-me levar por tudo isso, afinal se somos irmãos realmente, como fui me apaixonar por ele, isso não é normal, isso não pode ser normal.

-Moça? É esse o endereço que você passou? –Fui desperta pelo cara que dirigia o táxi. Olhei em volta e realmente havíamos chegado à minha casa.

-Sim. –Peguei rapidamente o dinheiro no meu bolso e sai apressada do carro.

Não sei por que, mas olhando o longo portão da minha casa eu lembrei-me do dia em que vi Junhong entrando. Ele era um menininho muito assustado na época, papai era acompanhado por SoRa que tinha em suas mãos ele, tão pequeno e tão adorável eu era uma criança um pouco sozinha e estava louca para ter um irmão alguém para cuidar e ficar perto de mim e me surge ele que preencheu todo a solidão que eu tinha. Nossa infância foi normal, eu pelo menos acho, mas pensando por outro lado ele sempre foi muito grudado a mim demonstrando muito afeto e eu apenas recebendo e o tratando como um irmão mais novo e a adolescência e continuamos mais unidos ainda ele sempre me tratando com carinho e os ciúmes que ele demonstrava eu achava aquilo tudo muito fofo afinal ele só deveria estar preocupado em perder a irmã mais velha para outro garoto. Depois do que aconteceu na trilha em que fui encontrada com o corpo de ChinHoon, ele se tornou mais super protetor. E foi nessa época em que ficamos mais unidos, mas surgiu uma oportunidade alguns anos depois para que eu fosse fazer um intercambio e eu vi naquela oportunidade para me afastar do que ainda me atormentava das sensações e lembranças que me faziam mal. Ignorei seu lamento pensando apenas em mim e fugi, voltando dois anos depois o reencontrando mudado, indiferente comigo e aquilo me atingiu de uma maneira totalmente sufocante. Eu gritava internamente pedindo pelo meu irmão de volta, queria ele para mim novamente, mas fui surpreendida não por um irmão e sim por um alguém que me queria além disse e isso me assustou, realmente fiquei perdida, mas quando ele me tomou nos braços naquela casa de campo eu não consegui dizer não e tudo ficou claro para mim. Eu o amava, fiquei a pensar seriamente se aquilo era o certo, afinal crescemos como irmãos, mas pelo fato do sangue não ser igual me deu a segurança de poder ficar com ele... Mas essa segurança me foi tirada, arrancada e no final ele sabia disso tudo. E era isso que eu não conseguia perdoá-la... Sua mentira. 

Senti algo gelado atingir minha testa e olhei para cima por puro reflexo e me deparo com uma chuva começando, corro rapidamente para entrar, mas a intensidade da água era imensa que molhando por completo em questões de segundos. Rapidamente entrei em casa tentando não fazer barulho o que era quase impossível por que eu estava ensopada e com isso escorreguei deslizando pelo chão. Junto ouvi um trovão muito forte lá fora.

-Droga... Não acredito nisso... –Praguejei de forma baixada. Levantava-me devagar embora doesse muito minha bunda.

-Sunhee é você? –Virei rapidamente para ver quem me chamava e levei um susto quando vi a figura de SoRa parada do meu lado.

A sala não estava das mais iluminadas e com a chuva e os relâmpagos iluminando algumas partes da casa eu me assustei com ela ali parada olhando fixamente para mim. Parecia uma típica cena de terror e eu não estava no meu melhor momento para esse tipo de coisa.

-Oi... Eu me assustei. –Cumprimentei, tentando me recuperar.

-Por favor, me acompanhe até o escritório. –Ela deu as costas para mim e entrou pela porta atrás de si. No escritório de meu pai.

Ela estava um pouco estranha. O que ela queria conversar comigo? Algo haver com a universidade fora do país? Lembro que ela mencionou que tentaria me ajudar a convencer meu pai, mas achei que ela havia esquecido afinal nunca mais tocou no assunto.

Mesmo molhada a segui e entrei, fechando a porta logo em seguida, fazia um tempo em que eu não entrava naquele cômodo desde a briga com meu pai em que ele havia batido no meu rosto. E ele havia me defendido...

-Quero que se sente. Vejo que está molhada onde esteve? E por que está nesse estado? –Ela não estava com uma expressão muito boa. A menor possibilidade de ela saber o que houve comigo e com Junhong já gelava minha espinha, mas isso era impossível. Pois se ele não falou para mim quando soube como ela saberia?

-Er... Eu deixei o carro em um local e acabei vindo andando e peguei a chuva. Não aconteceu nada demais. –Tentava passar segurança na minha fala.

-Sunhee são três da manhã e você quer que eu não me preocupe com você? –Quando ela me falou aquilo não pude deixar de arregalar os olhos. Eu havia dormido aquilo tudo? Já era de madrugada.

-Desculpe, eu perdi o tempo... Junhong, ele está em casa? –Minha curiosidade foi maior do que minha culpa.

Vi SoRa estreitar os olhos e suspirar pesadamente com seus olhos fechados massageando sua testa com uma de suas mãos. Voltando para a posição inicial ela me encarava fixamente, parecia ler minha mente e isso me assustada.

-Ele está dormindo, se trancou no quarto, mas eu possuo uma chave extra. Pude perceber que ele chorava antes de adormecer... O que aconteceu entre vocês? –Seu tom era sério e acusador como se soubesse de alguma coisa.

-Nada. –Respondi direta.

-Nada? Não é o que parece, eu chego em casa e ele transtornado falando alto, coisas sem sentindo. Dizendo que não queria ser dessa família... Algo deve ter acontecido e eu suspeito de algo. Espero que não seja isso que estou pensando... Por que se for Sunhee... Vocês cometeram um erro muito grande.

Fiquei sem respirar por um momento deixando-me sem ar eu não sabia o que fazer. Apenas observei fitando o vazio esperando que ela falasse alguma coisa que não fosse o que eu estava esperando. Pisquei algumas vezes tentando me concentrar, minhas mãos estavam úmidas, não era por causa da chuva que me pegou, elas estavam quentes e suavam e o tremor delas podia ser visto por SoRa que me encarava naquele estado.

-Eu e seu pai já havíamos pensando em falar com vocês sobre serem irmãos de verdade. Mas acho que terei que comunicar sozinha isso. Junhong é filho ilegítimo de seu pai o que torna vocês dois irmãos, Sunhee você tem consciência disso? –Meus olhos me traíram, eu não queria chorar, mas ouvi-la dizendo aquilo tudo com tanta certeza me fez desabar em sua frente.

As lagrimas já rolavam pelo meu rosto, tentavam limpa-las de forma desesperada escondendo meu rosto diante da minha madrasta. O que eu sentia era vergonha? Frustração? Um misto disso tudo... Indignação, por que agora, ouvindo da boca dela eu tinha total certeza daquilo tudo.

-Então é verdade... –A ouvi sussurrando. –Olhe para mim Sunhee... Olhe para mim!

Levantei meu olhar, eu ainda chorava, mas precisava encara-la e sua expressão não era das melhores. Estava assustada, revoltada e eu podia jurar que vi nojo em seu rosto ela não me olhava mais como antes e isso doeu muito em meu coração.

-SoRa... –Tentei começar falar alguma coisa, mas assim que ela me olhou eu fiquei muda.

-Quando Junhong subiu para o quarto eu fui conversar com Jung querendo saber se ela havia percebido algo de errado com ele... E para minha surpresa e espanto ela me fala que encontrou vocês dois dormindo na mesma cama. O que você quer que eu pense disso tudo? –SoRa estava prestes a chorar vi transtorno em seus olhos lacrimejados.

-E-eu e Junhong, a gente só... –Eu precisava arranjar alguma desculpa... Será que ela não intende que aquilo tudo também era difícil para mim?

-Por favor, Sunhee, me diga... Vocês passaram dos limites? Foram mais além? –Ela se aproximou de mim se apoiando em meus olhos.

-Não. –Aquela resposta foi tão baixa que se ela acreditasse na veracidade das minhas palavras era por que ela queria acreditar numa doce mentira. Por que eu jamais acreditaria em minhas palavras.

-Se você diz isso, irei acreditar em você. –Ela se distanciou crente na realidade daquilo. Assim como eu, ela apenas tentava se agarrar a uma realidade que ela queria.

-Você está ciente do que fez? Como irmã mais velha nunca deveria ter levado isso adiante, dado corda para um garoto jovem... Eu não esperava isso de você Sunhee. –Aquilo tudo me magoou, pois eu também não esperava aquilo de mim. Apaixonar-me pelo meu irmão, mas quem esperava?

-Eu não pensei no que aconteceria... Eu não sabia que somos irmãos, nenhum de nós sabia. –Falei chorando.

Ela me olhou séria, parecia me avaliando àqueles olhos pareciam os mesmo que eu tanto tentava esquecer. Junhong possuiu os mesmo olhos e tudo nela me lembrava dele.

-Mas agora sabem certo? –Ela perguntou e eu assenti com a cabeça abaixando minha face. –Isso só serviu para que eu agiliza-se para que você fosse para os Estados Unidos o quanto antes, mas enquanto eu articulo com seu pai você precisa sair de casa.

Olhei assustada para ela, o que estava insinuando? Para onde eu iria afinal de contas? Expulsar-me na minha própria casa...

-Para onde eu vou? –Perguntei assustada.

-Você pode ficar com Haneul, ou até mesmo em um hotel isso é o de menos. Mas não posso deixar você perto de Junhong e sabe muito bem por que, seu temperamento não é dos melhores. Sunhee estou fazendo isso pelo bem da nossa família, se Hongki souber o que houve aqui o que acha que acontecerá? Nossa família iria se desmoronar, não quero imaginar o que ele faria com meu filho e você. Estou tentando proteger vocês dois.

Não conseguia imaginar o que aconteceria se meu pai soubesse disso tudo, eu ainda estava surpresa com a frieza com que SoRa lidava com a situação. Eu não tinha muitas opções... Por que se isso fosse adiante e meu pai soubesse disso tudo Junhong sofreria as consequências eu e ele. Negava-me a imaginar o que poderia nos acontecer, principalmente a ele.

-Papai não precisa saber disso. –Falei baixo concordando com ela.

-Ótimo, por favor, esteja fora de casa logo pela a manhã e não tente nenhum contato com seu irmão. Eu irei apressar para que você prossiga com seus estudos fora do país. Estamos resolvidas?

Apenas meneei a cabeça como um sinal positivo e me apressei para sair daquele lugar, mas antes que eu saísse por aquela porta o sentimento da duvida tomou conta de mim.

-SoRa... Se Junhong é meu irmão... Você e meu pai tiveram um... –Eu já sabia a resposta, mas tinha ouvir de sua boca.

-Sim, eu tive um caso com seu pai enquanto ele estava casado. –Eu não olhei para ela apenas sai correndo em direção ao meu quarto. Minha família era ridícula, uma mentira, pura ilusão. Apenas era uma distorção camuflada.

Assim que bati a porta do meu cômodo eu deslizei pela madeira fria chegando ao chão. Eu chorava novamente, não aguentava mais aquilo tudo por que eu não estava satisfeita com tudo que ela resolvera por mim? Era tudo perfeito... Para que aquela situação se resolvesse, eu indo embora, papai não saberia de nada e uma bomba não atingiria aquela família que eu não mais reconhecia. Minha vida tinha virado de cabeça para baixo desde que cheguei aqui, isso me fazia pensar se realmente Seul era meu lar, se minha presença era o certo aqui... Meus avós estavam certos minha vida não era nesse país assim como minha mãe que apenas sofreu vivendo aqui.

-Sunhee?? –Eu acabei levando um susto e me distanciei da porta. Era Junhong eu reconheceria de longe.

Ele bateu algumas vezes na porta tentando chamar minha atenção, mas me mantive calada eu não poderia vê-lo, prometi a SoRa que não teria mais nenhum contato com ele. Isso era o certo, o certo... Então por que eu não queria o certo? Por mais que eu tenha ficado com raiva dele por ter escondido aquilo de mim eu pensava no quanto ele sofreu guardando aquilo tudo.

Levantei-me devagar e segurei o trinto da porta... Eu tinha que dar um basta naquilo tudo. Abri a porta e notei que ele se assustou, já que se distanciou, não esperava que eu aparecesse em sua frente.

-Sunhee... –Ele tinha seus olhos arregalados. Minha aparência não deveria estar das melhores. Com passos lentos ele entrou no meu quarto e fechou a porta, me encarando logo em seguida.

-Eu apenas abri a porta para que eu pudesse falar na sua frente... Não quero vê-lo, não quero ter mais nada com você. Isso não é certo, é errado... –Eu precisava dar um basta como eu prometi para SoRa.

Minha voz saia tremula e abafada sentia que iria chorar a qualquer momento ele ali na minha frente vendo sua expressão se desesperar. Eu estava magoada com ele, por todas as suas mentiras, mas não queria dizer realmente aquilo, eu o amava, mas isso realmente era o certo a se fazer, eu não poderia acabar com o que restava daquela família. Acabar com o futuro do meu irmão, irmão... Isso era o que ele deveria significar para mim. Nada mais.

-Sunhee... Eu te amo, mesmo sendo seu irmão eu quero continuar com você isso é tão repugnante ao ponto de não querer mais me ver? Eu sei que menti para você, fui fraco... Escondi uma coisa extremamente importante! E devo confessar que faria de novo. Não quero ti ver sofrer, nunca! –Ele falava aquilo tudo com uma segurança na voz que eu nunca havia sentido antes.

Minha garganta dava um nó apenas olhando para ele que esperava alguma resposta para o que ele dizia. Eu ainda tentava me acostumar com o que havíamos feito, ainda não achava normal, achava um absurdo. Conviver com aquilo beirava ao insano... Apenas pensando no que meu pai acharia, no que SoRa havia me falado. Por que eu tinha pensar neles numa hora como essa? Por que esse sentimento que me prendia a minha família era tão avassalador? O futuro dele dependia de mim agora, ele era apenas um garoto e eu tinha minha outra família num país exterior.

-Sai daqui. O que tivemos foi um erro e nada mais Junhong. –O esforço que fiz para falar aquilo foi imenso. As palavras quase ficaram entaladas na minha garganta.

O vi se distanciar e virar de costas, meu coração deu um pulo por aquela atitude. Eu estava assustada com tudo aquilo, mas mesmo assim o queria para mim? Eu não fazia ideia do que estava me acontecendo. Fechei meus olhos, pois não queria vê-lo se distanciar e subitamente senti uma vertigem me dominando, achei que cairia, mas senti-me abraçada.

Abri meus olhos e me deparei com ele me segurando, ele me encarava como se tentasse ler minhas ações e saber o que eu estava pensando. Não poderia deixar transparecer toda a minha confusão, não poderia deixar a duvida estampada no meu rosto. Mas antes que pudesse falar alguma coisa, ele me beijou e senti sendo pressionada pelas suas mãos nas minhas costas e seu peito colado ao meu. Tentei resisti de imediato, mas aos poucos minha boca foi domada por ele.

Ele se afastou quando o ar nos faltou.

-Eu sei que você ainda me ama. –Ele sorriu ao dizer aquilo. Aquele era o momento certo. Não poderia ser seduzida por aquele sorriso.

Eu o empurrei, mas percebendo que ele mantinha seu braço segurando no meu num movimento rápido eu levei minha mão ao seu rosto desferindo um tapa. Era necessário, para que ele se afastasse de mim eu precisaria deixar-lhe marcas.

-Mas eu não quero mais, isso tudo... Você me faz mal. Eu não quero isso para a minha vida.

Senti que a qualquer momento as lágrimas escorreriam dos meus olhos e eu apenas pedia para que ele saísse dali rapidamente. E como se ele lê-se minha mente, o fez, fechou a porta lentamente, sem olhar para trás deixando apenas um “eu te amo” como se fosse a ultima vez que pronunciaria aquilo. Eu desabei no chão, chorando silenciosamente para que ele não ouvisse tudo aquilo.  


Notas Finais


obrigada pelo coments do capítulo anterior!


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