Sentada na cama Daiane observava a própria mão, não conseguia crer que estava casada com seu melhor amigo. E ainda por um motivo tão inesperado como aquele, ela tinha tanto o que agradecer a ele mas o Kim não estava aguentando mais tantos agradecimentos.
Ele se aproximou da cama já de pijama após passar bons minutos fazendo skin care e senta ao lado da mulher.
— Você gostou do anel? – Ele perguntou e retirou os óculos apoiando na cômoda perto da cama.
— Ele é lindo. Mas estou chocada, estamos realmente casados! – Ela tampou o rosto com a mão e balançou a cabeça, Doyoung riu.
— Estamos, sou seu maridinho. – Ele abraçou o corpo da garota, Doyoung era mais alto, mas forte, os dois caíram na cama rindo cúmplices. Ele deitou ao lado dela e ergueu a mão exibindo o dorso com o anel.
— Essa aliança fica gigante no seu dedo, da pra ver de longe. – Daiane segurou o pulso dele e deslizou as mãos sobre a dele.
— Né? Ninguém vai ousar dar em cima de mim quando olhar pra minha mão esquerda. – Eles dois riram e a brasileira negou com a cabeça.
— Mas é sério, como vamos contar pra sua família? – Ela indagou se virando para olhá- lo.
— É só dizer que você está grávida. – Respondeu simplista.
— Kim Doyoung! – Ela resmungou e ele riu. — Mas eu não estou grávida.
— É só dizer que perdeu. – Daiane arregalou os olhos com o quão natural o amigo conseguia soar dizendo aquelas coisas.
— Kim Doyoung! – Chamou atenção dele mais uma vez e ele fechou os olhos por alguns segundos na tentativa de organizar seus pensamentos.
— O que você quer que eu faça? Quer que eu te engravide? – Perguntou de maneira desdenhosa virando para deitar de lado de frente pra ela até mesmo apoiou uma mão em sua cintura de forma brincalhona.
Daiane não estava esperando por algo como aquilo saindo da boca do coreano estava chocada e quando viu a mão dele sobre ela não conseguiu aguentar riu, o homem acompanhou.
— Eu te dou um filho. – Ele disse novamente tentando conter a risada e ela negou com a cabeça.
— Idiota! Olha no que eu me meti? – Ela parecia um pouco brava desta vez, acertou um tapa no ombro dele. Agora não tinha mais pra onde correr.
[...]
Era realmente difícil acordarem e ficarem na cama juntos por conta de rotina que tinham, na Coréia o trabalho era de domingo a domingo não havia folga ou fim de semana mas Doyoung havia conseguido uns três dias para resolver assuntos pessoais e a Daiane também havia dado uma pausa com a tutoria, decidindo isso para parecerem realistas.
Estavam abraçadinhos despertaram devagar ao mesmo tempo, quando os olhos se encontraram se observaram por um tempo.
— Good Morning. – Ele disse de forma preguiçosa.
— Bom dia! – Ela respondeu baixo, até que se assustaram com o barulho em outro cômodo. — O que foi isso?
— Eu não sei, eu… – Doyoung rapidamente sentou na cama, lembrou que sua mãe costumava visitar sem avisar, teve uma brilhante idéia, tirou a camisa e jogou num canto qualquer. — Tira a blusa!
— Como é? Tá maluco? – Indagou incrédula com a ordem do rapaz.
— É a minha mãe. Tira essa blusa logo! – Ele disse com um pouco de pressa descendo a própria calça de modo desajeitado e jogando no canto do cômodo.
— Eu tô sem sutiã! Não! – Ela negou rapidamente e Doyoung revirou os olhos.
— Tá de calcinha pelo menos? – Indagou de joelho na cama e ela lhe acertou um tapa mas consentiu. – Doyoung puxou o short do pijama dela pra baixo, não deixou de admirar as coxas e pernas bonitas expostas, a virilha, o quadril mas não fez por muito tempo, deitou seu corpo sobre o dela, apoiando uma do lado do seu corpo escondendo o rosto na curvatura de seu pescoço.
Aquilo era estranho, estranho mesmo num nível bem grande, Doyoung e Daiane nunca ficaram tão expostos assim um com outro e para dois solteirões que a tanto tempo não sentiam o calor de outra pessoa de uma maneira sexual.
— Doyoung você… — Minju não disse uma palavra após aquela cena Doyoung e Daiane viraram o rosto para porta, obviamente a brasileira entendeu o que o amigo queria fazer e fingiu uma grande surpresa.
— MÃE! – Doyoung fingiu estar chocado e saiu de cima da esposa, Daiane fez se escondeu atrás do homem fingindo ter se assustado também, ela sabia que mesmo que não estivesse pelada como Doyoung, para uma mulher coreana como Minju ela estava sim completamente desnuda.
— Porquê a demora queri… – O pai de Doyoung surgiu na porta e arregalou os olhos ao presenciar aquela cena, seu filho praticamente pelado com Daiane logo atrás dele não muito diferente.
— EI! Por favor! Saiam rápido! – O homem pareceu se tocar e abraçou a esposa, a levando pra longe da porta a qual tratou de fechar enquanto virava o rosto.
Finalmente a sós respiraram fundo pensaram em rir mas Doyoung posicionou o dedo frente a boca pedindo silêncio e apontou pra porta, os dois poderiam facilmente ficar ali detrás.
— Sinto muito por isso querida! – Ele disse um pouco alto para que os pais pudessem escutar do lado de fora.
— Eu tô cheia de vergonha! Como vou olhar pra sra. Minju e o sr. Cheol assim? – Ela também disse no mesmo tom enquanto procurava o short no quarto para vestir.
— Vamos conversar, mas primeiro vamos nos vestir. – Doyoung vestia a calça e sua camisa.
Após os dois terminarem seguiram para a sala onde encontraram os dois visitantes sentados juntos no sofá, Doyoung e Daiane também se sentaram.
— Mãe… – Doyoung se preparava para dizer mas a mulher ergueu a mão o pedindo para parar.
— Não precisa, jovens fazem isso mas, você havia bem dito que tinha uma namorada. – A senhora se inclinou um pouco pra frente, Doyoung entralaçou os dedos com os da mão da mulher.
— É sobre isso, na verdade, Dandara e eu temos namorado por um longo tempo em segredo. – Disse calmo acariciando as mãos dela.
— Desde quando? – Minju aparentou nervosismo e foi contida pelo esposo.
— Ah um longo tempo. – Ele repetiu. — Mantivemos em segredo porquê eu estava me preparando para virar juiz, passamos menos tempo juntos e tivemos desentendimentos.
— Claro Claro! – Dessa vez quem disse foi o pai do Kim. — Casais se desentendem.
— Após tudo isso, nós queremos nos casar. – Soltou a bomba deixando os pais totalmente surpresos, tanto que encararam um ao outro nervosos.
— Como assim casar? Vocês mal namoraram publicamente. – Minju negou com cabeça. — Namorem ao menos um ano e depois casem.
— Senhora MinJu receio que devemos casar o mais rápido possível. – Daiane disse pela primeira vez de maneira hesitante.
— Não mesmo. – Ela respondeu irredutível.
— Mãe, Pai, Daiáné está grávida. – Após aquela revelação ninguém disse uma palavra sequer por longos segundos o sr. e a sra. Kim tentavam digerir a informação. — Vocês estão bem?
Minju se levantou e depositou vários tapas seguidos no filho, Daiane obviamente se afastou pra não apanhar junto.
— Eu te criei pra ser um homem digno! E você engravida Daiáné fora do casamento?! – Minju bate nas costas do filho, uma cena um tanto cômica para um homem com mais de 1,80 apanhando da mãe que era menor que a própria esposa.
— Mãe! Eu sou homem! – Daiáné queria muito ter rido com aquela frase mas se conteve.
— É claro que você é homem, eu sei o que meu filho é seu sem vergonha! – A mais velha continuou dando mais tapas no Kim. — Não permitirei esse casamento acontecer!
— Como? – Daiane e Doyoung disseram em coro nervosos.
— Isso mesmo. – Ela deixou de dar tapas no juiz e se recompôs. — Pode até ser uma cultura nossa casar assim que engravide, mas Daiáné não é assim, não vou deixar que ela case com um idiota como você!
— Mãe? – Minju fez um carão para o filho e se aproximou da estrangeira, segurou uma de suas mãos e sorriu.
— Meu bem, você não precisa casar com esse idiota, ele teve tempo demais pra te assumir. – Por aquela Doyoung não estava esperando, sua mãe realmente achava que ele estava querendo se casar com Daiane no extremo ja que não fez nada antes.
— Mãe. – Daiane arriscou ao chamá- la assim. — Eu realmente amo Doyoung e não foi uma questão de assumir realmente, estavamos bastantes confuso antes e queremos nos casar.
— Você pode esperar até a criança nascer. – Dessa vez o pai de Doyoung quem disse isso.
— Mas não iremos esperar. – O juiz disse chamando atenção dos pais. — Nós já nos casamos.
— Como é? – Minju encarou o filho nervosa.
— Já estamos casados pela justiça. – Foram exatos três segundos para Minju desmaiasse no colo do filho.
— Minju! – O marido da mulher ficou de pé e Doyoung ficou de pé com a mãe no colo e a colocou calmamente sobre o sofá.
— Ela tá bem pai. – Doyoung checkou o pulso da progenitora.
— O que você estava pensando? – Ele indagou ao próprio filho.
— Bem, já está feito. – Daiane acertou a cabeça dele com um tapa. — Ei!
— Dá pra ser menos frio? – Ela bateu o pé e olhar intimidador que recebeu da esposa foi impossível não recuar.
— Sr. Cheol, pai, Doyoung é um idiota! – Ela segurou a mão do sogro pedindo por sua compaixão, já o esposo abriu a boca completamente chocado. — Mas eu gosto dele assim ainda, por favor, ajude a mãe a deixar nos casarmos publicamente.
— Vocês realmente casaram no civil? – O velho Kim indagou e ela consentiu com a cabeça. — Acho que teremos um trabalho um pouco difícil pela frente. Mas vamos iniciar as preparações logo já que você está grávida.
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