Zayn Malik
– Ariana, Demi – eu disse, ainda atordoado – Me deixem a sós com o Justin por um instante.
– Tem certeza disso? – Demi me perguntou, colocando a mão em meu ombro esquerdo – Não queremos que você faça nenhuma besteira.
– Eu quero… conversar.
– Podem ir – Justin disse se virando para mim – Não se preocupem que eu cuido pra ele não fazer nada que se arrependa depois.
Ariana saiu sem nem olhar, mas Demi olhou para nós dois, com uma preocupação estampada em seu rosto e então saiu, relutante. Justin me encarou como se preparasse para impedir que eu o espancasse mais uma vez, mas nenhum deles parecia entender. Eu já tinha sofrido tudo o que eu tinha pra sofrer, e Justin não podia tirar a única coisa que ainda me importava, porque era Demi, e ela importava para ele também. Eu entendia que Justin tinha errado, mas, assim como ele, eu me deixei levar pelo fim do mundo e, se, no começo, me visse assim, eu não me reconheceria. Todos tínhamos mudado junto com o mundo e a nossa tolerância para algumas coisas também tinha. Matar já não era errado como antes. Não quando se tratava de sobrevivência.
– E então? – ele perguntou, como se esperasse que eu fosse avançar nele – O que quer conversar?
– Eu te perdoo.
– O que?
– Eu te perdoo – eu repeti – Pelo que aconteceu alguns anos atrás.
– Zayn, eu matei a sua namorada e o seu filho. Você teve todos os motivos para fazer o que fez – ele disse, se aproximando devagar – Eu não quero o seu perdão. Eu não mereço o seu perdão.
– E porquê?
– Porque eu não sou ninguém… Ninguém que valha a pena.
– Justin, você não é um ninguém. Você é alguém importante – eu disse, pronto para perdoá-lo de verdade, pronto para que voltássemos, realmente, ao que um dia fomos – Você é meu irmão, Justin.
Justin me olhou do mesmo que jeito que me olhara quando eu acordei no hospital. Havia um alívio e um brilho fraternal no olhar dele e eu sabia que ele queria o meu perdão e que ele se arrependera do que fizera. Ele se aproximou e me abraçou do jeito que um irmão abraça o outro e eu sabia que tudo tinha voltado ao jeito que devia ser.
***
– Então? – Demi me perguntou quando eu entrei na casa – O que aconteceu?
– Foi bom conversar com ele – falei – Só isso, nada importante.
– Sabe, todo mundo ficou tenso na hora que vocês foram conversar, você me entende, né? – ela perguntou.
– Sim, entendo.
– Eu só me pergunto, por que você nunca me contou aquilo antes? – ela estava começando a me fazer perguntas demais – Eu podia ter te ajudado.
– Eu só quero que você entenda que é muito estranho pra mim, foi imprevisível, e eu como é de se esperar não gosto de falar disso – acabei falando – Vamos só ficar com a frase: “Passado é passado, viva o agora, se prepare para o futuro”.
– Eu só estou preocupada com você – Demi falou chegando perto de mim – Nós passamos por tanta coisa… Eu não suportaria te perder.
– Demi, posso te fazer uma pergunta? – perguntei, tentado a agarrá-la naquele instante.
– Claro.
– Você me ama? – perguntei, nunca tinha ficado tão nervoso na minha vida – Me ama de verdade?
– Mas que tudo nessa vida. – ela disse colando seus lábios sedosos e quentes aos meus.
Minha língua pediu para entrar em sua boca, com o pedido concedido, logo elas estavam dançando em sincronia, foi lento, os melhores segundos daqueles dias. Ela distanciou a boca, o estalo ecoou pela sala vazia da minha casa, todos os problemas evaporaram, eu estava inteiramente concentrado e deliciando aqueles lábios que pertenciam a Demi Lovato, aquela língua com gosto de brigadeiro com morango, e mais algum gosto que era inexplicável, o melhor de todos.
– Eu também. Saiba que que te amo mais que tudo. – falei, a beijei novamente, poderia beijar aqueles lábios o dia inteiro, novamente, o beijo era lento, sensual, gostoso, doce, húmido, cada milésimo de segundo era melhor que o outro.
Sem ao menos perceber eu já tinha encostado Demi delicadamente na parede, ela parecia tão frágil em minhas mãos, mesmo sendo aquela garota forte e guerreira desde que eu a conhecera. Simplesmente fantástico, finalmente podia tê-la só pra mim, a garota que eu amava, a garota que eu realmente amava. Separei-me do beijo, e ela me olhava, sorri, e peguei ela em estilo de noiva, ela soltou uma gargalhada enquanto eu subia as escadas em direção ao meu quarto, ao abrir a porta, a cama de casal estava lá, limpa branca, esperando por nós dois.
– Você é o melhor namorado do mundo, você me fez sentir coisas que ninguém nunca fez – ela disse, se deitando na cama, e me puxando pela gola da camisa, em sincronia com ela, para poder beijá-la, enquanto descia até a cama. – Eu te amo – ela sussurrou.
Puxei a camisa dela lentamente até livrá-la do corpo espetacular da garota, logo estávamos totalmente nus nos beijando e finalmente, minha parte estava dentro dela. Ficamos ali na cama, sentindo nosso amor tomar conta de tudo, até resolvermos parar.
Depois de tanto tempo eu finalmente tivera Demi. Ela fora minha pela primeira de muitas vezes e eu sabia que, independentemente do que acontecesse, meu amor por ela nunca acabaria.
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