- Ai, meu tão sonhado dia! - A Sarah disse sorrindente. - Moço! Siga aquele carro! - Ela disse apontado pro carro "do Stee", que já estava um pouco longe, e eu me senti em um filme. Tive que rir e o taxista começou a seguir o carro.
O carro do Steven parou e o taxista parou a um certa distância, nos pagamos a ele e descemos do carro.
Quando olhei bem, estavamos em frente a um... Puteiro... Bordel... Casa da luz vermelha... Sei lá como chamar isso.
Tinham umas coisas escritas com luzes vermelhas e ao lado uma bonequinha que dançava. Não queria prestar muita atenção. Eu não estava me sentindo bem ali.
- Hmm, então é aqui que o Steven trabalha? Que danadinho!
- Sarah... Vamos embora!
- Chegamos tão longe pra desistir agora? - Ela fez biquinho. Suspirei e dei mais uma olhada no local. Era até bonito, mas ainda assim não conseguia me sentir bem ali!
Olhei na direção do Steven, que conversava e ria com uma garota que parecia ser uma das prostitutas do local.
Ela puxou o Steven e meu coração acelerou. Falou algo no ouvido dele, meu coração foi a mil, parecia que meu mundo ia desabar ali. Mas por que eu estava me sentindo assim? O Steven sorriu para ela como se estivesse concordando com qualquer coisa que ela disse e eu quis chorar.
Ah para Ally, deixa de ser tão idiota!
Eu abaixei a cabeça e a Sarah me abraçou.
- Deve ser muito ruim ver isso né? - Eu respirei fundo e me soltei dos braços da Sarah.
- Vem, vamos entrar!
- O QUE? - Não olhei pra ela mas ela deveria estar com a maior cara de surpresa do mundo. Mas como ela mesma disse: Já viemos até aqui, não rola desistir agora.
Fui andando até a porta do local onde a prostituta me parou.
- Me desculpe mas... Nunca vi você aqui antes, você é nova? - Do que ela tava falando? - Aah, claro, o Axl me falou de você, é a nova stripper né? Eu sou a Stephanie. O axl me falou que tu era meio... Sem sal. Mas não achei que fosse tanto!
- Sem sal?
- É. Branquela, magrinha, sem muito corpo. Sem sal. - Eu não era a nova stripper mas resolvi entrar no jogo.
- E por que me contrataram então? - Que vadia... Literalmente. Tive vontade de partir pra cima dela. Apesar de ser magrelinha, eu ganhava bastante força na hora da raiva.
- Oras, por que cada homem gosta de um tipo de mulher, uns tem bom gosto... Outros não! - Ela me olhou com uma cara irônica, quando eu já tava quase indo pra cima dela, um cara branco, ruivo, um pouco alto, sem camisa e de calça de couro apareceu. - Ah, Axl. A nova stripper chegou amorzinho! - Ela abraçou ele e ele se afastou.
- Stephanie, já disse pra não me chamar assim na frente dos outros e... - O tal do Axl me olhou de cima a baixo, ele estava com um cigarro entre os dedos e colocou-o na boca. - Como é seu nome querida?
- Meu nome é Ally. Ally Vedder. - A Sarah finalmente apareceu atrás de mim percebendo que eu estava numa possível encrenca.
- Ally... Querida... Vamos embora! - O Axl olhou do mesmo modo para Sarah.
- E você, como é seu nome?
- Sarah. Sarah Coletti. - Ele deu uma tragada longa no cigarro. Senti que estavamos mais ferradas ainda.
- São as novas strippers certo? Então entrem e façam o trabalho de vocês. Eu vou mostrar a "roupa" que vocês tem que usar e o lugar onde vão se trocar!
Isso me deixou surpresa mas não com menos medo. A Sarah agarrou meu braço como se dissesse pra irmos embora dali, olhei pra ela e respirei fundo. O Axl entrou e esperou que fizessemos o mesmo.
- Anda, vamos! O que estão esperando? - Axl falou com uma voz meio impaciente. Eu e a Sarah entramos de cabeça baixa e seguimos ele junto com a tal da Stephanie. Em uma certa parte do caminho ele parou e olhou para Stephanie.
- O Steven foi falar com a Evelyn sobre ontem, vá dizer a ele que assim que terminar vá para a minha sala.
- Sim amor! - Ela tentou beijar ele mas Axl colocou a mão na frente do rosto dela e afastou, quase como um tapa na cara.
- Eu já disse que na frente dos outros NÃO! - Ele aumentou o tom de voz e segurou o braço dela. - Agora vá e espere o Steven lá até que ele venha! - Ela abaixou a cabeça e concordou. Não sei por que, mas tive pena dela. - Ally, Sarah, vamos!
Eu comecei a suar frio e a Sarah também não parecia estar das melhores. Então voltamos a seguir ele e ele nos levou para uma sala da qual ele trancou a porta, se dirigiu para uma cadeira enorme que tinha aqui, sentou, colocou os pés em cima da mesa e cruzou os braços.
- Ok, agora a verdade. O que vocês querem aqui? Não lembro de ter contratado vocês e vocês não parecem estar por que querem! - Olhei para a Sarah e me olhou como se dissesse: Eu coloquei a gente aqui, pode deixar que eu explico.
- Bom... Na verdade... Tudo começou com uma brincadeira! - Axl olhou sério para ela.
- Uma brincadeira?
- É... Sabe... Resolvemos seguir um amigo nosso... E... Acabamos aqui... Nos desculpe... Já estamos indo embora! - Sarah disse e antes que pudessemos pensar em qualquer coisa o Axl falou:
- Não, quero saber quem é o amigo de vocês!
- O... O nome dele é Steven! - Eu respondi gaguejando.
- Steven? Steven Adler? - Axl sorriu dessa vez.
- Eu não sei o sobrenome dele... Conhecemos ele a pouco tempo! - Eu me sentia tensa e me incomodava o jeito que o Axl nos olhava.
- Loiro, cabelo bagunçado, alto, olhos azuis, atrapalhado, esse Steven?
- Si... Sim... - Será que iriamos prejudicar o Steven falando que era ele? Espero que não.
Do nada o Axl começou a rir.
- Bom, aquele poodle até que tem amigas bem interessantes! - Ele estava secando a Sarah. Olhando pra ela de modo bastante malicioso.
- Então podemos ir? - Sarah disse meio receosa.
- Oras meninas. Fiquem! aqui não é só um local com strippers e prostitutas. Tem bebidas e coisas legais aqui! Fiquem e aproveitem, bebam e se divirtam, é por conta da casa! - Sarah e eu nos olhamos meio sem jeito.
- Ah... Por que não? Pode ser interessante! - Sarah disse e antes que eu pudesse responder ou me mexer Axl levantou e disse:
- Ótimo! E eu acompanharei vocês! - Nesse momento ouvimos batidas na porta. O Axl foi até lá e abriu. - Steven! Você tem a chave, por que não abriu?
- Stephanie disse que você estava com as novas strippers... Sabe... Eu não quis atrapalhar! - Steven disse entrando.
Quando ele percebeu que estavamos ali ele fez cara de surpresa e eu senti minhas bochechas queimarem.
- Ally! O que está fazendo aqui? - Ele me olhou confuso.
- Relaxa Stee, elas só vieram fazer uma surpresa pra você! Não é meninas? - o Axl veio pra atrás de nós e passou os braços dele em volta dos nossos ombros.
- Como assim?
- Eu te vi saindo de casa e resolvi te seguir e fazer uma surpresa... Está surpreso? - Falei sem jeito e me assustei ao ver o Steven sorrir.
- Claro que estou! Mas... - Ele fez uma pausa. - Precisamos conversar Ally! - Eu olhei pra Sarah e ela entendeu o recado.
- Pode ir amiga! - Balancei a cabeça em positivo e me soltei do braço do Axl meio sem jeito. O steven pegou minha mão e caminhamos até o lado de fora.
Ficamos em silêncio um tempo até que o Steven resolveu falar.
- Então... Não foi um sonho?
- O que? - Não entendi muito no início. Mas lembrei de quando estava na casa do Stee e ele falou como se estivesse sonhando. - Ah, eu estar na sua casa? Não. Foi real! - Steven ficou me analisando por um tempo.
- Essas roupas são minhas? - Nós rimos.
- É... É que eu tive que tomar banho hoje antes de ir pro trabalho... Se importa?
- Claro que não! Você ficou linda nessa roupa! - Sorri com vergonha.
- Obrigada! - Steven me abraçou forte e eu retribui.
- Falou sério quando disse que não ia me deixar sozinho? - Eu dei um sorriso meigo e sincero.
- Nunca falei tão sério em toda a minha vida! - Steven me olhou e colocou uma de suas mãos em meu rosto, acariciou-me, se aproximou e me beijou. A boca do Steven era macia e o beijo dele era lento e carinhoso.
Steven POV on.
- Nunca falei tão sério em toda a minha vida! - Naquele momento nada mais importava e ninguém mais existia. Apenas nós dois. Então coloquei a minha mão no rosto da Ally, acariciei seu delicado rosto e beijei ela como se nada mais na vida importasse. Só aquele beijo.
Quando o beijo deixou de ser lento e se tornou cheio de fogo e desejo a Ally parou. Eu não entendi nada.
- Ally o que...
- Estamos em um lugar público Stee. - Eu comecei a ri e logo depois a Ally me acompanhou.
- Me desculpe... Eu esqueci completamente! - Ela mordeu o lábio e sorriu, como se tivesse disposta a continuar... Se eu levasse ela pra outro lugar, claro! - Bom... Eu nao quero te levar lá pra dentro... Sabe... Então podemos ir pra outro lugar, o que você acha?
- Eu... Preciso avisar a Sarah primeiro!
- Tudo bem. Eu... Espero aqui! - Ela me deu um selinho demorado e saiu correndo.
Demorou alguns minutos e aquilo estava me deixando impaciente e ansioso.
Depois de mais algum tempo Ally voltou correndo.
- Desculpa, esse lugar é grande e eu não sabia onde a Sarah estava e... Sabe... É difícil achar alguém aqui!
- É, eu sei, eu trabalho aqui! - Rimos, eu peguei a mão da Ally e eu levei ela até o carro.
Fui pra um lugar deserto com ela, onde eu sabia que ninguém ia. Mas não o mesmo lugar que eu tinha levado aquela garota que conheci no mesmo dia que conheci a Ally... Era um lugar diferente, mais bonito.
- ... Achei que a gente fosse pra tua casa! - Eu ri e puxei ela pra um selinho.
- Não achei que fosse romântico o suficiente lá. - Sorrimos e começamos a nos beijar. Não vou mentir, eu adorava sexo no carro, em um lugar afastado de tudo. Onde eu pudesse me concentrar apenas na pessoa com que eu estava.
Quando o beijo começou a esquentar de novo, eu puxei a Ally pra sentar no meu colo e abaixei o banco pra ficamos meio deitados.
Coloquei as mãos por dentro da blusa dela e fiquei alisando suas costas e ela fez o mesmo comigo, mas ficou alisando minha barriga.
Tirei o colete dela e em seguida a blusa.
***
Acordei com um sorriso enorme no rosto e com a Ally dormindo em cima de mim.
Fiz carinho no rosto dela e ela acordou.
- Bom dia princesa! - Não sei por que chamei ela assim, eu nunca chamava nenhuma garota assim.
- Bom dia lindo! - Ela me abraçou e me deu um selinho demorado.
- Você é perfeita sabia? - Ela sorriu com vergonha.
- Você que é! Nunca achei nenhum cara como você! - Sorrimos um pro outro, ela deitou a cabeça no meu peito e ficamos curtindo ali aquele momento.
E de novo eu estava com aquela preguiça boa, que fazia eu me sentir bem.
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