História Talk! Talk! - One-shot (3-1)

- não se preocupe, maninho! papai já cuidou de tudo! você não precisa ter medo! Hana, a irmã mais velha de Tenko, respondeu enquanto falava ao telefone. 

- o que vocês estão fazendo? Perguntou Tenko, sendo esmagado no canto da janela. 

- papai chamou a polícia. ele já sabia que esse cara viria hoje. ele tem acesso ao seu whatsapp, esqueceu? você é bem burrinho! 

- oh.. 

Kotaro encarava Touya com desprezo, enquanto Hana se divertia com um olhar de satisfação ao ver o ruivo na calçada sem entender o que se passava. O pobre Tenko até tentou avisar o amado, mas era muito baixo pra tentar passar o pai e irmã. 

[ imagem do capítulo ]

Naquele momento, Touya já estava decidido a dar meia volta e ir embora correndo. Mas não queria deixar Tenko sozinho naquela situação. Era tão claro que depois daquela discussão eles iriam brigar mais dentro de casa. Mesmo que estivesse desrespeitando a autoridade de Kotaro, o ruivo não deixaria que o responsável do menino fizesse algum mal contra ele em sua frente. 

A casa de Tenko era próxima a uma delegacia, mas mesmo assim, ele vivia sofrendo maus-tratos, e sequer tinha coragem para denunciar. 

Não foi preciso viatura, pois já que a delegacia era próxima, não seria necessário o uso de transporte. Logo, dois policiais chegaram e assustaram Touya. 

- você é o baderneiro que está implicando com os moradores dessa casa as 12h da madrugada? Perguntou um dos policiais, cruzando os braços impaciente. 

- não.. bem.. eu só vim falar com o meu nam.. amigo! sabe.. Ele não costumava falar com tantos intervalos. Mas sua ficha na polícia estava cheia de atos de rebeldia. Além de seu pai ser amigo de muitos policias, que o conheciam perfeitamente ao ponto de levá-lo preso sem nem ele ter feito nada. 

- o homem disse que você tem 18 anos e está tentando molestar uma criança de 13. isso é verdade? se seu pai souber disso.. garoto, você ficará um bom tempo de castigo na delegacia. Declarou o outro policial, vendo que não há mas ninguém na janela. Apenas uma criança, que encarava o rapaz com os olhos marejados. 

- o quê?! eu jamais faria isso! eu só vim falar com ele.. e eu não tenho 18 anos ainda! tenho 17.

- isso não muda nada. está tentando justificar seu erro? isso comprova que sua conversa não foi decente! vamos levar ele. Depois o pai dele vem buscar.