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História Tão Frágil quanto o vidro. - Sobrecarregado - História escrita por Tobizini - Spirit Fanfics e Histórias
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História Tão Frágil quanto o vidro. - Sobrecarregado


Escrita por: Tobizini

Capítulo 11 - Sobrecarregado


Fanfic / Fanfiction Tão Frágil quanto o vidro. - Sobrecarregado

Patrick Blanco.

Já havia se passado exatamente três semanas que havia rolado a festa no Isadora House, e desde aquele dia eu não consegui respirar direito com tanta coisa para organizar, a faculdade estava me entupido de relatórios, trabalho estava me entupido de slides, a emissora sempre estava precisando da minha ajuda e os bolsistas ficaram por minha conta, e por falar nisso, alunos muito habilidosos haviam conseguido a bolsa, e foi um sucesso de marketing, comentário em todo tipo de plataforma possível isso com certeza fez um bônus para os meus relatórios, e graças a isso, não precisarei me preocupar em coisas tão grandiosas por enquanto.

Quanto aos bolsistas, três alunos foram selecionados, o primeiro se chama Joel, tirou nota máxima, mas teve uma redação muito mediana, ele é um garoto simpático, mas por algum motivo, está sempre no pé do Ivan, a segunda é uma aluna, Janine ela é uma garota muito legal e super inteligente errou apenas uma questão, mas arrasou na redação e por último e o mais peculiar de todos, Erick, tem uma cara de arranjar problemas, sem falar que ele errou a metade da prova de seleção, como ele conseguiu ganhar a bolsa dele então? A redação dele foi coisa de gênio, os professores falaram que nunca tinha visto um aluno com ideias tão peculiares e interessantes, tanto que falaram dessa redação por uma semana inteira e o mais intrigante é que quem olha para ele nunca imagina o quão inteligente ele pode ser.

Já tinha acabado o horário e era hora de eu ir para casa, minha cabeça estava explodindo por causa da rotina apertada, estava doido pra chegar em casa tanto que eu estava passando pelo corredor que nem um foguete, o que talvez fosse uma péssima ideia pois minha cabeça começou a girar.

– Caramba… – Apoiei minha mão na parede para não cair. Ai! se não fosse essa parede…

– Patrick! Tá tudo bem mano? 

Olha para trás e vejo o Ivan que estava passando bem na hora, ele se aproximou rapidamente e tocou nos meus ombros.

– Estou sim, é só um pequeno mal estar.

Digo passando a mão no meu pescoço.

–  Olha cara, não é que me intrometer não, mas acho que você está se sobrecarregando muito, já faz três semanas que você não para de trabalhar e estudar sem parar, vai acabar adoecendo.

– Tá tudo bem Ivan, eu vou ficar bem – Eu sei que ele tinha razão, mas eu não tenho o direito de perturbá-lo com isso – Olha, eu estou melhor sério! Bom, eu vou indo para casa que eu tenho que…

Tentei até fingir normalidade, mas senti a tontura de novo.

– Ei! Pode parar aí! – Ele me impede de cair segurando meu braço – Não acha melhor irmos a um médico?

– Não precisa mano, é só um pequeno mal estar misturado com cansaço, um bom descanso vai me deixar novinho.

– Tudo bem então, mas como é que eu vou saber que você vai para casa descansar e não enfiar a cara num monte de gráficos e códigos de ética? Nem pensar, vamos tomar um ar fresco antes e você vai me dizer o que está acontecendo.

– Mas…

– Sem zuada macho!

Eu nem pude contestá-lo, ele me puxou até chegamos no gramado da escola, onde deitamos para conversar.

– Qual foi Patrick? nunca te vi assim – Perguntou preocupado.

– Sabe o que é… Eu acho que eu estou tentando não pensar muito nas coisas que estão acontecendo.

De jeito nenhum eu ia falar que o meu pai era um homofóbico do caralho, mas parando para pensar ele deve saber, a Ari é uma grande boca aberta. Mesmo assim, eu não posso sair contando já que podem ser gatilhos para o Ivan, pois o pai dele tem muitas polêmicas envolvendo homofobia, que inclusive, torço muito para ser mentira, o Cruz é tão gente boa comigo.

– Olha mano, eu sei que deve ter muita coisa que esteja te chateado, mas se entupir de tarefas e trabalho não vai fazer as coisas melhorarem, é como se você tivesse fugindo dos seus problemas.

Ele tinha razão, o pior é que esse hiper foco não melhorou em nada na relação com meu pai, ele fala muito pouco comigo, é como se eu fosse um desconhecido em minha própria casa, queria poder sair de lá, mas sem dinheiro é impossível, eu e minhas irmãs estávamos apostando toda a nossa herança da mamãe na nossa emissora.

– Sabe Patrick? – Olho para ele quase de imediato – Meu pai me falou algo que eu não tinha percebido, mas que é a pura verdade.

– Seu pai falou de mim? – Perguntei bastante surpreso.

Ivan sorri de forma muito maliciosa para o meu gosto.

– O que foi?

– Nada, eu só lembrei de uma coisa aqui, mas é sem importância – Duvido que era sem importância já que ele sorria de orelha a orelha – Quer saber o que ele falou?

Na verdade, só de pensar que era pode ser alguma crítica me dava bastante medo, no entanto, estou bastante curioso e agora mais do que nunca meu olhar e minha audição estava totalmente focada nisso.

– Ele comentou o quanto você é um garoto forte e o quanto você é dedicado e comprometido com tudo o que faz. E não é só isso, ele também falou o quanto você é incrível, sempre tão gentil e atencioso com todo mundo. 

– Ele falou isso? Nossa Ivan, fico até sem palavras... 

– Sabe e ele tem razão, o mundo precisa de mais gente como você cara.

Nunca pensei que o Cruz pensasse algo do tipo em relação a minha pessoa, inclusive achei que ele ia me achar problemático por causa da confusão que teve com o Luka, nossa! Quero tanto abraçá-lo agora.

– Ivan, obrigado mesmo por essas palavras, seu pai é muito gentil, queria pode vê-lo agora para agradecer.

– Ué, mas você pode, amanhã…

– IVAN!!! 

Olhamos ao mesmo tempo para a pessoa que estava chamando-o, mas eu já sabia quem era mesmo antes de olhar, de longe eu reconheceria aquela voz irritante, e bem na hora que estamos falando do Cruz.

– Amor! – Ivan se levanta rapidamente para dar um abraço na Ari – O que você está fazendo aqui em Las Encinas?

– Eu vim aqui buscar uns documentos para o meu pai – O olhar dela para mim era penetrante – Já que o Patrick não atende o celular.

Me levanto do gramado e pego a mochila do Ivan que estava ali do lado.

– Oi pra você também irmãzinha, meu celular descarregou e eu não trouxe carregador.

Ari sorriu para mim, ela parecia um pouco nervosa com algo.

– O que está fazendo até esse horário aqui em Las Encinas amor?

– Eu tive que fazer reposição de algumas aulas, lembra? Aí quando eu estava indo embora vi seu irmão ficando mais branco que um papel e quase se esborrachando no chão.

– Você está bem, Patrick? Não acha que devia ir ao hospital?

– Eu já estou bem Ari, eu juro.

Ela me encara por um momento e solta um ok, então volta a falar do horário com o Ivan, já estou vendo que se fosse ela no lugar do Ivan mais cedo, ela nem ia ligar de ver eu passando mal, capaz dela passar por cima ainda, vou te contar viu, ainda bem que eu tenho a Mencia.

– É umas das consequências de viajar com o meu pai quando ele vai jogar fora de Madri.

Eu nem sei como eles chegaram nesse assunto, mas super me animei em imaginar o pai dele todo suado em campo.

– Nossa, deve ser muito legal ver o Cruz jogar ao vivo – Falei. 

– Pronto! Está convidado para ir com a gente no próximo jogo, ele com certeza vai adorar te levar – Ari olhava para mim e para o Ivan com uma cara de cachorro sem dono, provavelmente a idéia do Ivan não agradava nem um pouco – Inclusive amanhã…

– MINHA NOSSA! – Ari gritou ari enquanto olhava desesperadamente suas coisas – Eu não acredito, eu deixei meu relatório embaixo da mesa da faculdade…

– E agora meu amor?

– Não tem jeito, eu preciso ir lá buscar, eu preciso finalizar tudo hoje – Ari olha seu celular – Eu preciso me apressar antes que eles fechem, ai Patrick você veio de carro?

– Vim…

– Tem como você me emprestar? – Ela nem me deixa responder a pergunta, ela veio até mim e pega as minhas chaves do meu bolso – Você vem comigo amor?

– Tá, mas você não está esquecendo nada? – Ivan perguntou.

– Os documentos do meu pai… – Ari olha para mim com uma cara de cachorro pidão, ela bem que podia para de fazer essas caras, é um saco porque com essas caretas eu só consigo ver dogs carentes. Bem poderia deixá-la se virar nos trinta, já que ela nunca me ajuda em nada quando preciso, mas é isso que me diferencia da Ari, a minha capacidade de ser trouxa é bem maior.

– Tá! Tá! Tá! mulher, vai lá antes que eu mude de idéia, eu pego os documentos para o papai.

– Obrigada irmãozinho, te devo uma!

Ela  me dá um beijo na bochecha e sai correndo puxando o Ivan junto a ela, como ela tem uma cara de pau hein, me deve uma? Provavelmente ela esqueceu da quantidade de vezes que tirei ela de encrencas.

Eu não estou nada  contente em ter que voltar lá dentro, ir na diretoria e procurar os papéis, por sorte meu pai deixou apenas uma pasta sobre a mesa, já que a Ari não teve a decência de me dizer qual era os documentos que ele havia esquecido. Peguei e guardei em minha maleta, tranquei a sala da diretoria, deixei a chaves com a mãe da Caye e fui para a entrada da escola para pegar um carro de aplicativo, foi aí que eu percebi a cagada que eu fiz.

– Que merda Ari…

Com a porra do desespero da Ari, eu tinha esquecido completamente que o meu celular estava descarregado e não tinha como eu pedir o carro, para melhorar a situação, não tinha mais ninguém na escola além dos velhos arrogantes  do conselho.

– Que beleza Ariadna, sua dívida acabou de triplicar.

Nem morto que eu ia pedir ajuda para alguém do conselho, era a mesma coisa de eu está vendendo a minha alma, e eu não tinha como ir de busão, já que a última vez que eu havia tocado em dinheiro físico eu tinha apenas cinco anos. Por sorte as empresas nunca se desapegaram ao telefone fixo, eu iria utilizar o da minha sala para ligar para a Mencia que provavelmente já estava em casa, o que me fez pensar um pouco, por que diabos meu pai não ligou para o meu escritório para me pedir esse favor? Tinha caroço nesse angu, mas não quero fazer um mínimo esforço pra pensar nisso, já que de qualquer jeito teria que voltar lá dentro.

– Patrick!


Notas Finais


Nos veremos em breve OwO...

(NÃO REVISADO)


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