~ Dia 23 de setembro de 2019, segunda-feira ~
Depois desse final de semana cheio de problemas e novidades, chega finalmente a segunda para me levar até a universidade novamente. Vou admitir, é estranho estar aqui, não pelo local, mas pelo medo de encontrar o Dongyul pelos corredores e nas aulas.
Enquanto andava pelo compus percebia as pessoas cochichando e olhando em minha direção, não estava entendendo o porquê, até encontrar Jae.
— Bom dia S/N, preciso te contar algo.
— Bom dia Jae, o que houve? Tem a ver com fofocas?
— Infelizmente ou felizmente, as notícias correm rápido.
— Como assim?
— Parece que tinham outras pessoas da nossa universidade na balada sexta e eles viram o que aconteceu e espalharam pela faculdade.
— Não acredito que fui exposta dessa forma.
Meus olhos começaram a encher de lágrimas.
— Calma S/N, pelo que andei ouvindo a maioria das pessoas acreditam que foi assédio e estão morrendo de ódio do Você sabe quem.
— Menos mal, mas tenho tanto medo disso acabar chegando nos ouvidos da diretoria e coordenação.
— Aqui eles costumam serem bem justos, vão buscar evidências e tratar da melhor forma possível, inclusive com punições.
— Espero não ser prejudicada.
Ouvimos o sinal tocar e fomos em direção a sala de aula, para minha infeliz surpresa Dongyul estava na porta me esperando.
— S/N vai entrando que nele eu dou jeito — Jae.
— Tá bom Jae — digo tentando ignorar e entrar de pressa na sala.
— Ei S/N, espera, preciso falar com você — Dongyul.
— Mas ela não tem nada para falar com você — Jae.
— Por que você não cuida da sua vida? — Dongyul.
— Porque se eu não estivesse cuidando da S/N você tinha abusado mais dela — Jae diz com raiva e alto fazendo todos olharem em sua direção, inclusive a professora.
— Senhores, minha aula está prestes a começar, poderiam me dar licença? E você Dongyul, essa nem é sua sala, não cansou de causar problemas? Mais tarde a concelho vai se reunir com você — Professora.
Dongyul ficou espantado com as palavras da professora e saiu imediatamente da porta seguindo pelo corredor.
As aulas seguiram normalmente, fique sempre perto dos meus amigos. Na hora do intervalo fomos até a cantina tomar um café, pelo caminho não teve um sinal do Dongyul, ainda bem.
Yoongi me mandava mensagem de uma em uma hora para saber como estavam as coisas, se eu estava bem e segura.
Chegamos para comer e aproveitamos para conversar.
— O que acham que o concelho vai fazer com Dongyul? — Mi Cha.
— Espero que expulse ele — Jae.
— Amém — Myung.
— Não sei se seria legal expulsar ele, tirar ele da organização já estava bom — S/N.
— Você é muito boazinha S/N, ele não ia ter piedade de você — Myung.
— Eu sei, mas ele não conseguiu fazer o que queria — S/N.
— Por causa do Jae, se não ele iria fazer sim — Mi Cha.
— É... — S/N.
— Vamos suavizar o assunto, Myung como está seu coração? — Jae.
— Tá ótimo graças a Deus, me livrei de um sentimento por um lixo de ser humano — Myung.
— Isso ela fala agora, no sábado ela chorou inconformada — Mi Cha.
— Eita — S/N e Jae.
— Para de me expor irmã! Foi só um instante de aceitação — Myung.
Começamos a rir para quebrar o clima.
— O Dongyul já me mandou centenas de mensagens — S/N.
— Falando o que? — Mi Cha.
— Não sei, não li praticamente nada, nem visualizei — S/N.
— Não fica curiosa? — Myung.
— Um pouco, mas quero distancia — S/N.
— Le e bloqueia ele logo em seguida — Jae.
— Vamos ler juntos então — S/N.
~ Chat On ~
21 de setembro.
~ 05:28 a.m. ~
Dongyul: S/N sua vagabunda.
Dongyul: Não acredito que fez isso comigo.
Dongyul: Fui humilhado na frente de todos.
Dongyul: Meu melhor amigo me bateu.
Dongyul: Tudo por sua causa desgraçada.
Dongyul: Saiba que isso não vai ficar assim, vou acabar o que comecei e acabar com você.
~ 4:52 p.m. ~
Dongyul: S/N ignora as mensagens anteriores, eu estava bêbado de mais, não sabia o que estava fazendo.
Dongyul: Isso vale também pelo que tentei fazer com você.
Dongyul: Me perdoa.
Dongyul: Desculpa por te tocar daquela forma, eu não sou assim, você sabe disso, todos sabem, nunca fiz algo assim.
Dongyul: A bebida fez eu me descontrolar, tudo porque eu gosto de você, sou apaixonado por você desde a primeira vez que te vi.
Dongyul: Espero que possamos recomeçar, tentar ser amigos novamente.
22 de setembro.
~ 03:11 a.m. ~
Dongyul: Estou aqui na porta do dormitório estudantil, pode vir me ver?
Dongyul: Trouxe vinho para nós.
~ 03:25 a.m. ~
Dongyul: S/N? Fala comigo.
Dongyul: Ta meio perigoso aqui.
Dongyul: Se não quer descer autoriza para eu entrar.
~ 03:47 a.m. ~
Dongyul: Me responde vadia.
Dongyul: E vou invadir se não abrir a porra da porta.
Dongyul: Já bebi metade da merda desse vinho sozinho.
~ 04:02 a.m. ~
Dongyul: Você não passa de uma putinha S/N, deve estar dando para aquele otario que me deu um soco.
Dongyul: Já disse que isso não vai ficar assim.
23 de setembro.
~ 09:20 a.m. ~
Dongyul: Estamos sendo chamados para comparecer na diretoria as 14h.
Dongyul: Vamos ver quem vai vencer.
~ Chat Off ~
— Estou traumatizada — Mi Cha.
— Esse cara é definitivamente louco — Jae.
— Precisa mostrar essas conversas para a diretora — Myung.
— Estou com medo — S/N.
— Não precisa ter, vamos te ajudar — Jae.
As garotas concordam. Mi Cha me abraça de lado para me acalmar.
— Vai ficar tudo bem — Mi Cha.
— Acho que o mais seguro é ir na delegacia — Myung.
— Sim, mas primeiro resolve aqui na universidade, eles podem te aconselhar bem — Jae.
Tomamos nosso café e continuamos conversando, logo depois voltamos para sala de aula. Durante a última aula antes do almoço mandei mensagens para Yoongi dizendo que queria conversar com ele, combinamos de ir almoçar juntos.
Chegou então o fim das aulas, sai da universidade para encontrar Yoongi, ele estava me esperando no carro, fui em sua direção e entrei.
— Oi, meu bem — Yoongi me cumprimentou e me deu um selinho.
— Oi Oppa.
— O que precisava conversar? — ele diz enquanto liga o carro.
— Primeiro vamos achar um lugar para comer, que quero te mostrar umas mensagens.
— Na verdade já pedi comida, apenas vamos passar para buscar, não posso entrar para comer...
— Verdade me esqueci disso, desculpa, Suga.
— Não tem problema, comemos aqui no carro mesmo — ele riu.
— Certo.
— Me diz que essas mensagens não são do cara da balada.
— São...
— Eu vou matar ele.
— Calma, por favor.
Chegamos no restaurante, era de comida japonesa, desci do carro para pegar o pedido. Voltei para o carro, paramos perto de uma praça que estava sem movimento e começamos a comer.
— Ainda bem que o vidro do carro é fumê oppa.
— Sim, temos mais privacidade.
Contei para Yoongi o que estava acontecendo, que todos já sabiam do acontecido, que a diretoria queria falar comigo e com Dongyul e mostrei as mensagens. Yoongi ficou extremamente furioso após ler, queria de toda forma ir atrás dele. Tentei acalma-lo, dizendo que iria dar um jeito e até ir na delegacia se necessário. Ele ficava repetindo que iria me proteger, que não iria deixar nada de ruim acontecer comigo, isso enquanto me abraçava.
Terminamos de comer e Suga me levou de volta para a universidade, me despedi e fui em direção da diretoria.
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