(...) Alice fica pensativa enquanto desvia seu olhar para longe, então Théo solta um suspiro preocupado e se direciona à saída do quarto, onde a mesma, estava.
Théo - Temos que dar um jeito de sair daqui!
(...) A garota não diz nada, simplismente encara o chão.
Théo - Alice!
(...) Exclama olhando para a garota, mas a mesma permanece pensativa.
Théo - Alice!!!
Alice - A gente dá conta...!!
(...) Fala saindo de seus pensamentos.
Théo - O quê?
Alice - São apenas três Théo, a gente dá conta.
Théo - Peraí, você tá brincando né?
Alice - Não!
(...) Responde enquanto ergue uma sobrancelha.
Théo - Garota, você perdeu a cabeça?! A gente vai morrer aqui...
Alice - Reaken, só me escuta por um momento...Por favor!
(...) O loiro à encara indignado por breves segundos, logo depois desvia o olhar.
Alice - Olha, se você se concentrar em sua audição e prestar bastante atenção, vai perceber que os batimentos cardíacos de uma dessas pessoas que estão aqui, está mais fraco que os demais...Na verdade é como se essa pessoa estivesse distante.
Théo - Tá, e daí? Não muda o fato da gente ter caído numa armadilha, por sua culpa.
Alice - Vai me crucificar por isso agora?
Théo - Você colocou a gente numa situação complicada Alice, nem sabemos se vamos conseguir sair daqui, então como quer que eu reaja!?
(...) Alice desvia o olhar e encara o nada por um instante, logo depois sai completamente do quarto, voltando para os corredores; Então Reaken também sai do quarto e agarra seu braço ao alcançá-la.
Alice - Me solta!
Théo - O que você tá fazendo?
Alice - Eu tenho que concertar isso né?!
Théo - E eu posso saber como pretende fazer isso?!
Alice - Do meu jeito, agora será que dá pra soltar o meu braço?!!
Théo - A gente não pode ir sem um plano.
Alice - Eu sei...
(...) Alice se aproxima um pouco mais e sussurra.
Alice - Mas a gente ainda tem que pegar a Malia, lembra?
Théo - Éh, mas ela não está aqui!
Alice - Lembra que eu te falei sobre os batimentos cardíacos?!
Théo - O quê?!
Alice - Os batimentos cardíacos, quase não dá pra ouvir.
Théo - Peraí Alice, eu consigo ouvir os três perfeitamente.
Alice - Espera, como assim? Há um deles que não dá pra...
(...) Reaken solta o braço da garota enquanto se concentra na audição, a garota faz o mesmo, logo depois se entreolham tensos.
Théo - São quatro!
Alice - Mas que droga!
(...) Exclama enquanto passa uma mão em seus cabelos.
Théo - Isso não pode estar acontecendo.
Alice - Tá, a gente precisa manter a calma.
Théo - Manter a calma? Fala sério Alice, à cada minuto que se passa tudo só piora, nós vamos morrer aqui!
Alice - Hey, nós vamos sair daqui vivos, e com a Malia, ok?
Théo - Como? Se ela não está aqui!
Alice - É claro que está, não consegue sentir?
Théo - Sentir o quê? Do que está falando?!!
Alice - Vem comigo!
(...) Alice começa à caminhar.
Théo - Aonde está indo?!
(...) Reaken se aproxima rápido e atravessa na frente da mesma que para de caminhar.
Théo - Para, tá? Você vai me dizer para onde está indo, agora, por favor.
Alice - Será que dá pra confiar em mim!?
Théo - Confiar em você? Jura? Eu confiei em você à alguns minutos atrás, e olha como estamos!
(...) Alice morde o lábio inferior e desvia o olhar enquanto cruza os braços.
Théo - Não faz isso...Me diz para onde está me levando, e depois a gente faz o que você quiser.
(...) A garota solta um suspiro e volta seu olhar à Reaken.
Alice - Eu acho que sei onde encontrá-la.
Théo - Sabe??
Alice - Ela está logo abaixo da gente...No porão!
(...) Theodore assente com a cabeça enquanto pensa por um instante, logo depois olha para a garota à sua frente.
Théo - Essa casa tem um porão?
Alice - Vem!
(...) A garota responde passando pelo mesmo, então começa à caminhar novamente pelos corredores, sendo seguida por Théo que vem logo à sua trás; ambos caminham de volta para a sala...Por outro lado, na pousada;
Kira - O que a gente faz agora?!
Isaac - Eu não faço ideia; mas seja lá qual for a solução, a gente tem que encontrar o mais rápido possível, a minha mão está começando à doer.
Kira - Tá, só fiquei calmo e tente relaxar.
Isaac - Kira, eu estou com a mão sobre um fio de uma bomba que possivelmente pode explodir com apenas um movimento, agora eu não posso tirar a droga da minha mão da corda e tenho que ficar aqui parado feito uma estátua, ou eu faço isso explodir, e se explodir, a gente morre, então por favor, não me peça pra relaxar, por quê não Kira...não dá pra relaxar.
(...) Isaac fala aflito, num único fôlego, enquanto ainda segurava o nó da corda; seu corpo suava como nunca e seus batimentos estavam mais acelerados que o normal, enquanto o mesmo olhava para Noah que também tentava manter a calma. Então de repente, Brett aparece na porta;
Brett - Galera, vocês não...
(...) O loiro para de falar e os encara com estranheza.
Brett - Qual foi gente? Por quê ainda não soltaram o Xerife??
Isaac - Estamos com um problema Brett!
Brett - Que problema?
(...) Isaac e Kira se entreolham, logo depois se viram para Brett.
Isaac - Tem uma bomba aqui!
Brett - Peraí, uma bomba??
Kira - Éh.
Brett - Aonde!?
Isaac - Na cadeira.
Brett - Ai caramba! Isso não é nada bom.
(...) Brett passa a mão em seus cabelos.
Brett - Tá, mas por quê o Isaac tá parado aí?
Kira - Ele não percebeu quando tocou na corda para soltar o Xerife, agora tem um fio abaixo da mão dele.
Brett - Ué, e daí? É só ele tirar a mão, né? Problema resolvido.
Isaac - Acontece que não dá seu idiota, eu não poderia tirar a mão sem comprometer o fio à um movimento, e o problema aqui é esse, a bomba pode ser ativada com um mero movimento.
Brett - Então essa belezinha vai explodir a gente, se você se afastar daí?
Isaac - Especialmente o Xerife!
Brett - Maravilha!
(...) Brett solta um suspiro preocupado enquanto passa a mão em seus cabelos.
Brett - Tá, mas o que a gente faz agora?
(...) Brett e Kira se entreolham, logo depois se viram para Isaac.
Isaac - O quê? Não me olhem com essas caras, eu não sei o que fazer, tá? Eu nem sei se tem como todos nós sairmos vivos daqui.
Brett - Ah, qual é cara, não diga isso nem brincando.
Isaac - Eu não sei mais no que pensar, só sei que a minha mão já está começando à ficar suada, e eu não acho que molhar isso aqui seja uma boa ideia, então se tiverem algum plano para salvar as nossas vidas, é melhor serem rápidos.
(...) Kira pensa por um tempo e solta um suspiro pressionada com a situação.
Kira - Gente, e o Xerife?!
Brett - O que tem ele?
(...) Pergunta confuso.
Kira - E se ele puder nos ajudar?!
Brett - Ah, pode ter razão; aí Xerife, você provavelmente sabe o que fazer, então será que você pode murmurar pra gente o passo a passo de como tirar essa bomba sem explodir à gente?
(...) Fala irônico enquanto olha para Noah que o encara com o cenho franzido; então Kira se vira para o mesmo com repreensão.
Kira - Sem brincadeira Brett, isso é sério, há vidas em jogo aqui.
(...) O loiro ergue os braços em redenção.
Kira - A gente vai tirar esse pano da boca dele.
Brett - O quê? Tá falando sério?
(...) Kira dá um passo em direção ao Xerife, mas Brett segura seu braço.
Kira - Ei, o que tá fazendo?
Brett - Sou eu quem te pergunto; ficou maluca?
Kira - A gente não sabe o que fazer Brett, talvez o Xerife saiba, talvez ele possa nos ajudar.
Brett - Tá, mas ele e o Isaac já estão comprometidos à essa bomba, eu não quero que se arrisque.
Kira - A gente tá meio sem opção aqui, não acha?
Brett - Kira, me escuta; se você também se comprometer à isso, eu não vou saber agir sozinho, eu não vou conseguir...Por favor me escuta.
Kira - Solta o meu braço!
Brett - Kira, por favor...
Kira - Eu sei o que eu tô fazendo Brett, relaxa.
(...) Fala puxando seu braço de volta; então logo depois se aproxima de Noah que a encara com o olhar preocupado enquanto uma grande quantidade de suor escorria em seu rosto.
Kira - Xerife, eu preciso que fique calmo e não se mexa...Por favor.
(...) Noah tenta acalmar a respiração, então Kira aproxima lentamente suas mãos do nó daquele pano.
Noah - Hmm...Hmmm!
Kira - Calma..!!
(...) Brett cruza os braços e os encara de longe.
Brett - Kira, com cuidado!
Kira - Tá, eu sei.
(...) A garota segura o nó delicadamente e começa à desfazê-lo rapidamente.
Isaac - Devagar Kira...!
Kira - Tá bem apertado.
(...) Fala concentrada forçando o nó.
Isaac - Calma, tenta ir mais devagar!
Kira - Eu tô tentando!
Brett - Eu posso ajudar se quiser!
(...) O loiro fala tirando as garras de sua mão direita.
Kira - Não, não precisa; deixa comigo.
(...) Noah começa à suar ainda mais, seu peito subia e descia um pouco mais rápido, com toda aquela tensão.
Noah - Hmmm...!
Isaac - Xerife, calma!
Kira - Quase lá.
(...) A garota fala puxando o último nó do pano, e finalmente o arrancando de sua boca.
Kira - Pronto!
(...) A japa fala se afastando, com o pano em mãos, então Noah respira rapidamente e olha para cada um dos três, antes de dizer;
Noah - Vocês três...
(...) Fala dando uma pequena pausa enquanto respira ofegante.
Noah - Vocês são loucos!
(...) Fala ainda ofegante enquanto encara os três que respiram aliviados.
Brett - Ótimo, agora você pode nos ajudar.
Kira - Como se sente?
(...) Questiona olhando para Noah.
Noah - Minha cabeça ainda dói um pouco, mas nada grave, foi apenas uma pancada.
Brett - Se lembra de como veio parar aqui?
Noah - Eu fui atacado em casa e depois acordei aqui, nesse quarto.
Isaac - Tá, mas a Laura te disse alguma coisa? Ou ela simplismente te trouxe pra cá e te abandonou aqui com uma bomba?!
Noah - Laura??
Brett - A mãe psicopata da Alice!
(...) Brett responde cruzando os braços, então Noah os encara confuso.
Noah - Mas o que a Laura tem a ver com isso?!
Kira - Foi ela quem te atacou e te trouxe pra cá.
Noah - O quê?? Não, não foi ela.
(...) Noah os encara com estranheza.
Brett - Peraí, como assim?
Noah - Não foi a Laura quem me atacou, eu não à vi.
(...) Kira, Isaac e Brett se entreolham confusos, então logo em seguida se viram interrogativos para Noah, que permanece os encarando.
Kira - Ué, não??
Noah - Não!
Isaac - Tá, mas se não foi a Laura que te atacou e te trouxe pra cá...
(...) O loiro dá uma pequena pausa, logo depois continua;
Isaac - Então quem foi?
(...) Noah solta um suspiro e desvia o olhar para longe.
Noah - Tinha uma menina...
Isaac - Onde?!!
Noah - Na porta da minha casa.
Brett - Uma menina, tipo, uma criança?
Noah - Não, não...Ela devia ter uns quinze anos.
Kira - Você disse quinze?
(...) Questiona o olhando com os olhos cerrados.
Noah - Éh, foi o que eu disse.
(...) Kira fica pensativa por um instante.
Brett - Kira, tudo bem?
(...) Pergunta enquanto olha para a garota, que sai de seus pensamentos e levanta o olhar.
Kira - Xerife, essa menina...Como ela era?
Noah - Ah, eu não sei bem, ela tinha a pele morena, cabelos cumpridos e lisos, eu acho, e tem olhos grandes....eu não reparei muito.
(...) Isaac e Brett se viram para Kira que permanece pensativa.
Noah - E tem uma coisa sobre ela que vocês precisam saber.
Isaac - O quê!?!
Noah - Ela não é uma adolescente qualquer.
(...) Os três o encaram confusos.
Brett - Ué, como assim?
(...) O homem olha para cada um, logo depois continua;
Noah - Ela é uma lobisomem...Como vocês.
(...) Kira levanta o olhar surpresa.
Kira - O quê??
Noah - E tem mais!
(...) Noah dá uma pequena pausa enquanto os encara.
Noah - Ela é novata nisso.
Brett - Novata em sequestrar pessoas?!
Noah - Não, novata no sobrenatural!
(...) Isaac, Brett e Kira se entreolham.
Isaac - Tá, mas por quê diz isso Xerife?!
Noah - Por que essa garota, ela não me atacou usando super força, ou me machucando com suas garras e presas, assim como um lobisomem realmente faria.
(...) Noah dá uma pausa e olha para os três, que o encarava com estranheza no olhar, olhares curiosos e sedentos de respostas, então logo em seguida o homem continua;
Noah - Ela me acertou com um jarro na cabeça, então eu apaguei...Um lobisomem não faria isso tendo seus próprios recursos.
Brett - Vai ver ela não queria se revelar.
Noah - Ou ela não tinha autocontrole o suficiente para conseguir se transformar.
Isaac - Éh, faz sentido...Mas quem é essa garota!?!
Noah - Eu não faço ideia.
Brett - Peraí Xerife, você deixou uma desconhecida entrar na sua casa?!
Noah - Ela dizia ser amiga do Stiles, e parecia estar precisando de ajuda, então eu à deixei entrar.
Brett - Com todo respeito Xerife, isso foi bem ingênuo da sua parte.
Noah - Ah, o que queria que eu fizesse Brett?? Tinha uma adolescente na minha porta me pedindo ajuda; é óbvio que eu não iria fechar a porta na cara dela.
Brett - Mesmo sendo uma desconhecida?!
Noah - Eu sou um policial Brett, eu ajudo desconhecidos o tempo todo, aliás, vocês também...é o que fazemos! Vai me criticar por ajudar uma garota de quinze anos que na verdade é uma criminosa, fique à vontade, mas não me venha com lições de moral.
(...) Fala alterado.
Isaac - Tá legal gente, vamos nos acalmar!
(...) Noah respira fundo e desvia seu olhar.
Isaac - Xerife, Me fala; essa garota te atacou, te apagou, te trouxe pra cá, te amarrou nessa cadeira, colocou uma bomba aqui, e não disse uma palavra sequer?!
Noah - Não, ela falou comigo...
(...) Responde voltando à encará-los.
Noah - Quando eu acordei, ela estava sentada ali.
(...) Aponta para uma cadeira logo mais à frente, no canto da parede.
Noah - Então ela se aproximou e me disse algo.
Kira - O que ela disse?
Noah - Eu não me lembro muito bem, eu estava meio zonzo.
Kira - Faça um esforço Xerife, por favor.
(...) Noah pensa por um tempo.
Noah - Não me lembro de muito, mas consigo me lembrar claramente de uma coisa que ela disse...
Brett - Que coisa?!
Noah - Ela falou um nome...!!
(...) Brett, Kira e Isaac se entreolham novamente.
Isaac - Um nome?
Noah - Éh.
Brett - Tá, mas que nome era esse?
(...) Quando Noah está prestes à responder, Kira responde pensativa.
Kira - Karen...!!
(...) A garota fala por alto, enquanto chama a atenção dos três que à encaram surpresos.
Noah - Éh, foi isso mesmo que ela disse.
(...) O homem à encara com estranheza.
Isaac - Peraí Kira, como você sabia?!
Noah - Por que ela sabe exatamente de quem eu estou falando!...Não é?
(...) Kira levanta o olhar.
Kira - Sim...O nome dela é Ingrid!
Brett - Como é que é?? Não, não pode ser Kira.
(...) Os três se viram para Brett.
Brett - Isaac!
Isaac - Ela tem razão Brett, a Ingrid tem um motivo pra fazer isso, faz todo o sentido.
Brett - Então está dizendo que essa garota...
Kira - Ingrid!
Brett - A Ingrid, está com a Laura nisso tudo?!
Kira - Tudo indica que sim!
Brett - Maravilha!
Noah - Peraí gente, eu não entendi uma coisa; o que essa garota, a Ingrid, tem a ver com a Karen?
Isaac - Exatamente tudo...
Noah - Como assim?
(...) Noah os encara confuso.
Brett - São irmãs!!
Noah - O quê?? Isso é sério?
(...) Kira assente para Noah.
Noah - Que loucura, eu nem sabia que a Karen tinha uma irmã...Meu Deus!!
Brett - E até o momento não sabíamos que a diabinha é uma cópia exata da irmã, ou pode ser até pior.
Kira - Não exagera Brett, a Ingrid não é assim.
Brett - Ah, não? E como pode dizer isso com tanta certeza?
Kira - Eu à conheço muito bem.
Brett - Me desculpe, mas eu vou ter que discordar; Kira, Você conhece a Ingrid deprimida e vulnerável que você acompanhava nas sessões, mas agora não estamos falando dessa Ingrid, estamos falando da Ingrid que atacou o Xerife, o trouxe até aqui, o amarrou à essa cadeira e ainda armou uma bomba para matá-lo, estamos falando de uma lobisomem Kira, uma lobisomem descontrolada e perigosa, então querendo ou não, a Ingrid não é mais a mesma garotinha das sessões de terapia, só aceite que ela é como a irmã, ou até mesmo pior.
Kira - Não compare ela ao monstro que a Karen foi, a Ingrid é diferente Brett, ela só está perdida, precisando de ajuda.
Brett - Foi justamente o que o Xerife também disse, que ela parecia precisar de ajuda, mas quando ele à ajudou, olha o que aconteceu.
Kira - Não é culpa dela, ela não sabe o que exatamente está fazendo, a Laura é a culpada de tudo, e está manipulando ela.
Brett - Ah, então agora vai me dizer que a Laura fez lavagem cerebral nela também!
Isaac - Gente, chega...já deu!
(...) Isaac fala os interrompendo, então ambos param de falar e desviam seus olhares.
Isaac - Ainda estamos comprometidos à essa bomba aqui, então será que dá pra deixarem essa discussão pra depois?? Por quê uma hora essa bomba vai ter que explodir, e eu juro que não quero estar aqui quando isso acontecer, então por favor...parem!
Noah - O Isaac tem razão, temos que encontrar uma solução rápido, não podemos ficar aqui perdendo tempo, esperando isso explodir.
(...) Kira solta um suspiro e passa as mãos em seus cabelos, já Brett cruza os braços e se vira para Noah e Isaac.
Brett - Ótimo, o que a gente faz então?!
(...) Isaac e Noah se entreolham, em seguida Noah desvia seu olhar e pensa por um instante.
Noah - Pra ser sincero...Eu não sei!
Brett - Como assim não sabe?
(...) Brett ri de nervoso.
Isaac - Xerife, você sempre sabe o que fazer em momentos como esse.
(...) Isaac fala sereno, enquanto o encara confiante.
Noah - Não agora, eu não consigo pensar em nada, a minha cabeça ainda dói, eu ainda estou um pouco zonzo.
Isaac - Xerife, respira, tá? Fica calmo...não precisa forçar muito, já que não está muito bem, a gente pensa em outra coisa.
Brett - Tá brincando né cara? A gente não consegue encontrar uma solução, nunca lidamos com isso antes.
Isaac - Mas já lidamos com coisas muito piores Brett.
Brett - Xerife, você consegue! Pensa em alguma coisa, você consegue cara.
Noah - Eu não consigo pensar em nada...a minha cabeça está girando...!
(...) O homem começa à suar frio.
Brett - Pelo amor de Deus, você é policial cara, já deve ter passado por uma situação parecida.
Noah - Éh Brett, várias vezes, mas em nenhuma delas eu era a vítima presa à uma bomba prestes à explodir!
(...) Fala meio alterado.
Kira - Gente, calma!
Brett - Tá, mas você sabe como se desativa isso, então você pode nos explicar, talvez a gente possa...
Noah - Não Brett, eu não sei como se faz, caso não saiba, eu sou o Xerife, e isso aqui é trabalho para o esquadrão anti-bombas seu idiota.
Brett - Só pode ser brincadeira!
(...) O loiro resmunga enquanto passa uma mão em seus cabelos e se afasta.
Isaac - Xerife...
Noah - Eu estou cansado...eu não...não consigo mais.
(...) Noah fala quase num sussurro, abaixando sua cabeça e fechando seus olhos logo em seguida, já exausto daquela situação.
Isaac - Xerife...Fique acordado...A gente vai encontrar um jeito de sair daqui.
(...) Noah não responde, permanece com os olhos fechados, e respiração fraca.
Isaac - Xerife...!!
(...) Isaac exclama olhando atentamente para o mesmo.
Isaac - Xerife, responde...fique com a gente, vamos encontrar uma forma de sair disso...Hey! Responde!
(...) O loiro o encara assustado, logo depois se vira com a mesma expressão para Kira e Brett.
Isaac - Gente, ele desmaiou.
Kira - Como assim?!...Xerife!
(...) Kira se aproxima rápido da cadeira e se agacha de frente para Noah.
Isaac - Ele não responde!
Kira - Muito estresse para uma única noite...ninguém aguenta tanta pressão.
(...) Kira fala olhando indignada para Brett.
Brett - O quê foi!? Não me olha com essa cara, eu só queria ajudar.
Kira - Não precisava colocar tanta pressão, ele está preso à uma bomba caramba!
Brett - Ah, não me venha com sermão, eu só estava tentando procurar uma solução.
Isaac - Ei, Vocês dois, não comecem com isso de novo, deixam essa discussão pra depois, pelo amor de Deus gente.
(...) Brett se vira para a saída, enquanto tenta se acalmar, então Kira volta a sua atenção ao Xerife.
Kira - Seus batimentos cardíacos estão fracos...
(...) A garota fala colocando delicadamente dois dedos na artéria do pescoço do mesmo.
Kira - Ele vai ficar bem...só temos que tirar vocês dois o mais rápido possível daí, eu não estou com um bom pressentimento.
(...) Kira se levanta pensativa e cruza os braços enquanto bate a ponta do pé repetidas e repetidas vezes no chão, concentrada em encontrar uma solução, até que Isaac levanta o olhar conclusivo para a mesma.
Isaac - Kira...
(...) Chama a atenção da mesma, que o encara.
Isaac - Liga para o Stiles!
Kira - O quê?
Isaac - Ele provavelmente teve esse tipo de treinamento no FBI, ele vai saber o que fazer; Liga!
Kira - Tá, tá bom, você tem razão...Eu vou ligar!
(...) Kira pega o celular.
Kira - Só pode ser brincadeira!
(...) Exclama ao perceber que o celular estava desligado.
Isaac - O que foi?!
Kira - Sem bateria!
Brett - Espera..Eu te empresto o meu!
(...) O loiro fala se virando para Kira e a entregando o celular.
Kira - Já volto!
(...) Kira pega o celular e sai do quarto. Por outro lado; Olívia chega à casa dos Darkbloom e toca a campainha...Mas ninguém abre.
Liv - Cadê você seu imbecil!?!
(...) A loira toca a campainha várias e várias vezes; até que de repente ouve passos descendo as escadas e se aproximar da porta; logo depois à porta se abre, era Jorge, o mesmo estava sem camisa, todo suado e com seus cabelos bagunçados.
Jorge - Olívia?!...Oi!
(...) Fala surpreso, enquanto arruma seus cabelos.
Liv - Nossa...
(...) Liv o olha de baixo à cima, congelando seu olhar nos olhos do mesmo.
Liv - Que cheiro de suor...!!
Jorge - Ah, éh, foi mal, eu estava malhando.
(...) Ficam na porta se encarando por um tempo.
Liv - E então?!
Jorge - Não sabia que vinha.
Liv - Você me mandou mensagem, né?
Jorge - Mas você não me respondeu.
Liv - Mas estou aqui!
(...) Os dois ficam em silêncio por alguns segundos enquanto se encaram.
Liv - Ah, me desculpe, é que a sua mensagem me deu à entender que eu deveria vir, mas se quiser eu posso ir embora.
(...) Liv fala se virando para sair, mas Jorge agarra seu braço, à parando.
Jorge - Espera...
(...) A loira se vira para o mesmo com uma sobrancelha erguida.
Jorge - Você não vai embora enquanto não resolver o meu problema...!!
(...) Olívia sorri fraco e puxa seu braço de volta, logo depois entra na casa, passando por Jorge que à encara indignado.
Jorge - Nossa, pode entrar Olívia, fique à vontade, não se importe em me pedir permissão antes.
Liv - Vamos logo com isso, aonde está o seu computador!
Jorge - Lá em cima...no meu quarto.
(...) Fala enquanto se direciona às escadas, então Olívia cruza os braços e olha em volta.
Liv - Tá sozinho...?!
Jorge - Sim...por quê?
(...) Questiona se virando para a mesma com um sorriso malicioso nos lábios.
Liv - Vamos lá!
(...) Olívia começa à subir as escadas, Jorge vem logo à sua trás.
Jorge - O que acha da gente beber alguma coisa antes...?!
Liv - Eu não quero beber nada, obrigado.
Jorge - Tá, então eu não insisto.
(...) Ambos sobem as escadas rapidamente e se direcionam ao quarto de Jorge, quase no fim do corredor;
Liv - Aonde estão os seus pais?
Jorge - Acredite, jantar de investidores é muito demorado.
Liv - Com que tipo de negócios a sua família costuma mexer?!
Jorge - Por quê ao invés de se interessar pelos negócios da minha família, você não se interessa por esse cara gato aqui?!
Liv - Como é que é!?
(...) Ambos chegam em frente à porta do quarto de Jorge que olha para Olívia e sorri debochado.
Jorge - Relaxa, eu tô brincando.
(...) O moreno abre a porta do quarto.
Jorge - E respondendo a sua pergunta minha linda, a mamãe tem uma empresa de cosméticos na Itália, e uma filial em Nova Iorque, então ela vive fazendo essas reuniões com os investidores e sócios, além do Café Express que também ocupa bastante o tempo dela; já o papai, é um pesquisador, ele ama a ciência, é a vida dele, ele tem um laboratório em Nova Iorque, onde ele tem uma equipe de pesquisas intensas, tudo muito tedioso.
Liv - Então o seu pai é um tipo de cientista?
Jorge - Digamos que sim.
Liv - E por quê ele vai aos jantares de investidores?
Jorge - Eu me esqueci de mencionar, mas ele também é dono de metade das ações da filial da mamãe em Nova Iorque, tecnicamente ele e a mamãe são sócios, ou seja, ele tem que participar das reuniões chatas, além disso, a mamãe não gosta nem um pouco de aparecer desacompanhada nesse tipo de reunião, ela preza muito a imagem pública, não gosta de escândalos.
Liv - Uau, que pressão.
Jorge - Eu que o diga.
Liv - Mas e aí, você e o Damon pretendem entrar para os negócios da família?!
Jorge - O Damon eu não sei, mas eu, particularmente não curto muito esse lance de ter que ficar à frente de empresas e ainda zelar a minha imagem publicamente, é muita pressão, eu só quero paz para fazer o que gosto.
Liv - Ué, o playboyzinho dizendo que não quer toda a atenção do mundo voltada à ele? Eu tô chocada.
Jorge - Eu não disse isso, eu sou o centro das atenções meu amor, não gosto se ficar para o escanteio.
Liv - Ok, mas o que pretende fazer quando terminar o ensino médio?
Jorge - Normalmente o segundo passo seria faculdade, mas sinceramente eu não sei.
Liv - Não sabe?!
(...) Ambos entram no quarto, então Jorge fecha a porta e se aproximam da mesa, onde estava o seu computador, no canto da parede, então o moreno puxa a cadeira para Liv, que se aproxima.
Jorge - Podemos focar no problema aqui e ter essa conversa depois?!
Liv - Talvez depois eu não esteja tão empenhada em te ouvir, como agora.
Jorge - Posso pagar pra ver!
Liv - Ok, você quem sabe, mas talvez depois eu já tenha ido embora de Beacon Hills.
Jorge - Talvez sim, talvez não, mas mesmo assim eu vou pagar pra ver.
Liv - Se não tá à fim de falar do seu futuro, é só dizer.
(...) Jorge sorri.
Jorge - Olívia...só desbloqueia o meu vídeo, por favor.
(...) Olívia ergue as mãos em redenção e se senta na cadeira, se concentrando no computador à sua frente...Enquanto isso, na casa de campo de Laura; Théo e Alice caminham discretamente de volta nos corredores, então quando estavam prestes à finalmente chegarem na sala, avistam de longe, dois homens parados em volta de uma mesa redonda no centro da sala, sobre a mesa haviam várias armas, de variedades diferentes, e no chão, ao lado da mesa, uma caixa, parecia estar cheia de munição, e mais armas...Os dois estavam concentrados, enquanto analisavam as armas, uma por uma.
Alice - Tá de sacanagem!
Théo - Como é que vamos sair vivos daqui!?
(...) Falam em sussurros enquanto encaram os homens de longe.
Alice - Ah, mas veja o lado bom, são apenas dois deles, eu acho que a gente...
(...) De repente Alice é interrompida por Théo que à puxa para o canto, após um dos homens fazer menção de se virar em direção aos dois; o loiro à deixa presa entre ele e uma parede, seus corpos estavam à minúsculos centímetros de distância.
Alice - Reaken, o que você tá...
Théo - Shiiiiiiiiiiiiii...!!
(...) Sussurra enquanto coloca o dedo indicador nos lábios de Alice que para de falar no mesmo instante, enquanto ambos se encaram tensos.
1°??? - Aí Gilbert, o que houve?
(...) Pergunta enquanto olha para seu parceiro que olhava em direção aos corredores com insistência, então logo em seguida o mesmo se vira para frente, voltando sua atenção para o que fazia.
Gilbert - Nada, eu só...pensei ter visto algo.
1°??? - Peraí, você pensou ou viu?
Gilbert - Eu não sei, eu acho que...
1°??? - Você acha??
(...) O homem solta um grande suspiro e responde.
Gilbert - Não Sebastian, eu não vi nada, foi só uma impressão minha.
Sebastian - Ótimo, agora vamos focar no que realmente importa, o que a Laura nos pediu.
(...) Fala voltando sua atenção às armas sobre a mesa, então de repente a porta se abre, e entra um terceiro homem; alto, magro, cabeça raspada, seu corpo era coberto por tatuagens, e entre dois dedos de sua mão direita, ele carregava um cigarro que enche a sala com sua fumaça. Então ao entrar e fechar a porta, o mesmo se aproxima de seus parceiros na mesa.
3°??? - E aí senhores...Tô atrasado?
Sebastian - Aonde é que você estava Franklin? Poxa cara, a gente tá te ligando à horas!
Gilbert - Éh cara, eu acho que você está sim.
Franklin - Ah, não me venha com sermão Sebastian, eu tive meus motivos.
Sebastian - Ah, é?! que motivos?
Franklin - Tive um imprevisto!
Sebastian - Um imprevisto?
Franklin - Éh cara, um imprevisto, coisas que te atrasam à compromissos importantes como esse, quer a Wikipédia?
(...) O homem fala colocando o cigarro na boca, então Gilbert começa à rir, mas ao se deparar com o olhar cerrado de Sebastian, o mesmo volta à ficar sério.
Sebastian - O que houve Franklin?
(...) Franklin tira o cigarro da boca e solta lentamente a fumaça enquanto olha para seus parceiros.
Franklin - Eu estava em alta velocidade, então fui parado pela polícia, foi isso.
Sebastian - O quê?? Não suspeitaram de nada, né?
Franklin - Calma aí seu imbecil, eles não suspeitaram de nada, só me enrolaram com a droga do teste de bafômetro e checaram os documentos do carro, nada mais.
Gilbert - Não te seguiram?!
Franklin - Estão vendo alguma viatura lá fora? Conseguem ver luzes vermelhas e azuis? Não, né?!
(...) Sebastian solta um suspiro.
Franklin - Relaxem crianças, eu fui cuidadoso.
Sebastian - É bom mesmo, a Laura nos deixou instruções bem claras Franklin, inclusive chegar no horário marcado, a gente tem um simples trabalho à fazer...
Franklin - Um trabalho às cegas você quis dizer né? Me diz cara, que tipo de pessoa contrata três homens para vigiar uma casa vazia, não deixar ninguém entrar, e ainda seguir essas instruções patéticas como ligar a droga da música naquele toca fitas patético?? Estamos fazendo papéis de imbecis aqui cara, essa é a verdade!
(...) Sebastian fica em silêncio o encarando.
Gilbert - Mas na boa cara, eu também não entendi qual foi a daquela música...Aquilo foi bizarro.
Sebastian - Éh, eu também não; mas ela não nos pagou para fazer perguntas, e sim para fazer o trabalho que nos foi dado, mesmo que seja estranho, então será que dá pra...
(...) De repente o homem para de falar e encara o nada, enquanto se concentra no silêncio da casa, ouvindo apenas os sons de suas respirações e o vento forte lá fora.
Sebastian - Espera...
Gilbert - Aí Sebastian, o que...
Sebastian - Shiii...Silêncio!
(...) Franklin e Gilbert se entreolham confusos, então logo em seguida Sebastian se vira conclusivo para Gilbert.
Sebastian - Gilbert...Talvez você tenha razão!
Gilbert - Razão?? sobre quê?
Sebastian - Sobre ter visto algo...ou melhor, alguém.
Gilbert - O quê??
Franklin - Peraí, eu não estou entendendo nada do que vocês dois...
Sebastian - Ainda conseguem ouvir a música?!
(...) O homem fala interrompendo os dois que se viram atentos para o mesmo.
Gilbert - Tem razão...Não está mais tocando.
Franklin - À quanto tempo ligaram?
Sebastian - Desde que chegamos, à meia hora mais ou menos.
Franklin - Ótimo, então senhores...Temos compainha!
(...) O homem fala jogando seu cigarro no chão e o massacrado com seu sapato, logo depois se vira para os dois e pega uma das armas.
Gilbert - Ou vai ver a música parou sozinha, né?!
(...) Franklin e Sebastian se viram indignados para o mesmo.
Sebastian - É imbecil o suficiente para acreditar nisso?
(...) Gilbert fica em silêncio por breves segundos, depois solta um suspiro e responde.
Gilbert - Não.
Sebastian - Ótimo, vamos dar uma olhada pela casa, só por precaução.
Franklin - Vamos lá! Essa belezinha está carregada?!
(...) O homem questiona verificando a arma.
Gilbert - Sebastian...!?!
(...) Sebastian os encara em silêncio.
Franklin - Só pode ser brincadeira, vocês são dois idiotas inúteis!
(...) Franklin fala indignado enquanto coloca a arma sobre a mesa e pega munição. Enquanto isso; Alice e Théo ainda estão no canto da parede, com seus corpos à poucos centímetros de distância; ambos se encaram atentamente, em silêncio...Até que Reaken percebe ainda estar pressionando os lábios de Alice com seu dedo indicador, então no mesmo instante, o loiro lentamente tira sua mão dali, e à coloca na parede, ao lado do rosto da garota, enquanto olha insistentemente para os lábios da mesma, em seguida, volta à encará-la nos olhos enquanto ambos respiram ofegantes com a tensão.
Théo - A gente tem que sair daqui...!!
(...) Sussurra para a garota que sussurra de volta.
Alice - Não sem a Malia!
Théo - Éh, mas para encontrá-la temos que estar vivos, e isso não vai acontecer se ficarmos aqui.
Alice - Tá, então para onde vamos?! Por que eu acho que não vamos sair pela frente, né?
Théo - A gente tem que....
(...) De repente ouvem um dos homens destravar sua arma, então no susto, Reaken prensa Alice contra a parede, pressionando seu corpo contra o da mesma, enquanto segura firmemente sua cintura com a mão esquerda e deixa a outra mão na parede, onde estava antes, ao lado do rosto da garota.
Théo - ...A gente tem que pensar em algo!
Alice - Éh, mas não temos tempo pra isso.
(...) Ambos voltam à se encarar severos, até perceberem que seus corpos estavam colados um no outro feito ímã, e seus rostos estavam tão próximos, que sentiam suas respirações se misturarem.
Alice - Eu acho que...
(...) Fala se perdendo em suas palavras enquanto ambos respiram ofegantes, então em um exato momento, Alice morde o lábio inferior e desvia o olhar, constrangida.
Théo - Você acha o quê?!
Alice - Eu acho que devemos lutar!
Théo - Ficou maluca? Eles vão atirar na gente na primeira oportunidade que tiverem, vamos morrer.
Alice - A gente tem que fazer alguma coisa!
Théo - Se suicidar não está na lista!
Alice - Se não quiser lutar, eu posso lutar sozinha, agora você pode ser inteligente e fugir enquanto eles estão distraídos comigo, ou pode buscar a Malia, a decisão é sua, mas eu não vou morrer sem lutar, isso eu te garanto.
Théo - Você é louca!
Alice - Você ainda não me viu louca!
(...) Responde se virando neutra para o mesmo que sorri fraco.
Alice - Vai, me solta!
Théo - Alice, nós não viemos aqui brigar, só queremos levar a Malia de volta, nada mais.
Alice - A gente não tem tempo, só me solta logo!
Théo - Espera, eu tenho um plano...
(...) Os homens preparam suas armas, então Sebastian olha para os dois parceiros.
Sebastian - Vamos lá...Se espalhem!
(...) Franklin entra no segundo corredor da sala, segurando firmemente sua arma; enquanto Gibert vai para a cozinha; por outro lado, Sebastian segura sua arma e caminha em direção ao corredor à esquerda, onde ficam os quartos; então ao ouvirem os passos do homem se aproximar, Théo solta lentamente a cintura de Alice e se afasta lentamente do seu corpo enquanto ainda se encaravam.
Théo - Só ouço um deles se aproximar, dá pra gente fazer isso sem machucá-lo.
Alice - Então qual é o plano Senhor inofensivo?!
Théo - Trabalhamos pra Laura, viemos por quê ela nos pediu para encontrá-la aqui, quando chegamos nós tocamos a campainha, mas ninguém abriu, então entramos e acabamos nos perdendo entre tantos corredores.
Alice - E depois?
Théo - A gente torce para ele acreditar e nos liberar.
Alice - Tá, é piada né?
Théo - Não era pra ser.
Alice - Reaken, esse plano é horrível!
Théo - Ah, então você tem algo melhor?!
Alice - Quebrar a cara deles, tomar suas armas e descer para o porão para procurar a Malia.
Théo - Não, sem violência.
Alice - Fala isso pra eles que estão com inúmeras armas e com certeza vão matar a gente quando nos encontrar.
Théo - Alice!
(...) Alice suspira.
Alice - Ok, sem violência!
Théo - Ótimo...Vem!
(...) Fala se afastando da parede, então ambos saem detrás da parede, forçando pequenos sorrisos em seus rostos, sorrisos esses que se desfazem ao se virarem e darem de cara com o homem que aponta a arma para os dois no mesmo instante.
Sebastian - Vocês dois...Paradinhos aí!!
(...) Théo e Alice se entreolham e erguem os braços para o alto em redenção.
Sebastian - Olha só que maravilha, dois ratinhos perdidos.
Théo - Calma aí cara, abaixa isso...
Sebastian - Não está em posição de exigir nada aqui cara, à propósito...Quem são vocês e o que fazem aqui?!
(...) Encaram o homem em silêncio por breves segundos, então Alice limpa a garganta e diz;
Alice - Ah, mais que falta de educação à nossa, eu sou a Alice...
(...) Lice fala esticando a mão direita, então o homem ergue uma sobrancelha e a encara de baixo à cima, sem corresponder à seu cumprimento.
Alice - Ok, sem aperto de mãos!
(...) A garota fala forçando um pequeno sorriso, voltando à erguer sua mão para o alto.
Sebastian - Alice...?!
Alice - Alice Darkbloom! E esse aqui é o Theodore, o meu...
(...) Se entreolham.
Théo - Parceiro!
Alice - Éh, o meu parceiro.
Sebastian - Eu deveria conhecer vocês?
Théo - Não, claro que não...não somos nenhuma figura pública.
Sebastian - E o que os dois estão fazendo aqui?!
Alice - A Laura nos mandou!
Sebastian - Mandou??
Théo - Éh, ela mandou!
Sebastian - E por quê ela não me disse nada?
Alice - Ah, ela deve ter se esquecido, ou sei lá, isso já não é problema nosso.
Sebastian - Como é que vocês entraram aqui?!
Alice - Pela porta da frente...?!
(...) O homem olha com o maxilar cerrado para Alice.
Théo - Tocamos a campainha, mas ninguém abriu, então entramos, foi mal, a gente estava com pressa.
Sebastian - Com pressa...pra quê?!
Théo - Olha cara, a gente não veio aqui pra responder à esse interrogatório todo, então acho que já chega de perguntas né?
Sebastian - Estão de brincadeira né?
Alice - Olha, a gente não...
Sebastian - Vocês entram aqui sem permissão e ainda tem a audácia de dizer que eu não devo fazer perguntas? Vocês são os penetras aqui, então a menos que queiram morrer, eu sugiro que façam tudo que eu disser.
Alice - Tá, mas em primeiro lugar, calma...ninguém aqui quer confusão.
(...) Fala serena enquanto se aproxima devagar, ainda com seus braços erguidos.
Sebastian - Fique aonde está garota...Não se aproxime!
Alice - Calma...Você já pode abaixar a arma.
Sebastian - Eu mandei você parar!!
(...) O homem fala alterado enquanto coloca o dedo no gatilho.
Théo - Alice...
Alice - Tá tudo bem...abaixa a arma!
Sebastian - Fique onde está, ou eu atiro!!
(...) Apenas à três passos do homem, Alice para, enquanto respira profundamente ao ver o mesmo apontar a arma em sua direção.
Théo - Tem algum motivo pra ainda estar apontando isso pra gente?
Sebastian - Ah, eu tenho sim, por quê eu quero muito atirar em vocês dois!
Théo - Eu te garanto que não há necessidade disso cara.
Sebastian - Ah, não sei não, mas acho que ficariam muito bem com uma bala em seus crânios.
Alice - Acho que você vai gostar muito disso né?!
Sebastian - Matar vocês?! É claro que sim.
Alice - Mas e a Laura?! O que ela vai achar disso?
Sebastian - Como assim?
Théo - Acho que ela não vai gostar nem um pouco disso cara.
Sebastian - E por quê a Laura se importaria? Vocês são apenas dois idiotas substituíveis.
Alice - É aí que você se engana; não sei se sabe, mas nós somos meio que os dois queridinhos da Laura, trabalhamos juntos à muito tempo, já fizemos coisas absurdas juntos, ela nos considera parte da família, não sei se ela ficaria muito feliz com você por nos matar.
Sebastian - Tá blefando!
Alice - Quer tentar a sorte? Pelo tempo que conheço a Laura, posso te dizer com certeza que ela não vai deixar barato.
(...) Sebastian pensa por um instante, enquanto os encara; logo depois abaixa a arma.
Sebastian - Ok...Sem violência!
(...) Fala soltando um suspiro.
Théo - Ótimo.
(...) Théo e Alice se entreolham aliviados.
Sebastian - Mas e então...De onde estão vindo?
Théo - Do Centro!
Sebastian - Mas vieram fazer o quê aqui?? Digo, por quê a Laura os chamou até aqui e não me disse nada?
(...) Pensam por um instante, então Alice se vira para Théo, logo depois volta sua atenção novamente à Sebastian.
Alice - Por que ela não disse nada, eu não sei, isso não é problema nosso.
Sebastian - Então o que os queridinhos dela vieram fazer tão longe de casa?!!
Alice - Nós...
Théo - Viemos pela garota!
(...) Fala à interrompendo.
Sebastian - Garota??
Alice - Éh...a Laura nos pediu para levá-la.
Sebastian - Que garota?!
(...) O homem os encara confuso.
Théo - A garota que estão mantendo sequestrada aqui.
(...) Sebastian franze o cenho.
Sebastian - Do que estão falando idiotas, não tem garota nenhuma aqui!!
Alice - Ah...Não??
(...) A garota engole em seco.
Alice - Ai Droga!
(...) Resmunga para si mesma, então Sebastian cerra o maxilar e aponta a arma para os dois, novamente.
Sebastian - Eu vou perguntar de novo...Quem são vocês, e o que querem aqui??!
(...) Continua no próximo capítulo...
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