Irene — Três dias fechados, como vou sobreviver?
K – Se quiser peço pra Winter fazer uma bebida pra você, só precisamos comprar os ingredientes. Ontem no casamento eu vi ela fazendo vários drinks.
Irene sente um arrepio e segura o braço de Karina a fazendo parar bem no momento que um carro passou praticamente raspando a calçada.
Irene – Deve ter aprendido com a tia.
K – Meu deus que Maluco. Obrigado por me parar a tempo Sunbae.
Irene — Eu passei a ser mais cuidadosa após um acidente que tive.
O Taxi para frente as duas e ao perceber que o motorista era um homem Irene ficou nervosa.
Irene – Achei que tinha ligado pra Seulgi.
Karina — Ela estava ocupada e este rapaz estava bem perto.
Irene – Nada contra o rapaz, mas também nada a favor. Eu só ando com a Seulgi ou de ônibus, ou em taxi autônomo.
Karina suspira frustrada e quando pensa em dispensar o rapaz ver um dos colegas de trabalho ali.
K — Doutor Lee precisa de um taxi? Este está livre.
— Não vão nele?
K – Não senhor, vamos esperar uma amiga.
— Ah sim, obrigado senhorita Yoo... Doutora Bae. Boa noite.
K/I — Boa noite.
O homem entra no taxi e ele segue, Karina puxa o celular e liga pra Seulgi novamente e desta vez ela estava livre.
Irene — Desculpa por isso.
K – Tudo bem.
Elas foram sentar pois Seulgi ia demorar. Assim que ela estava perto avisa Karina e as duas vão para a frente do fórum esperar a mesma que logo surgiu.
Irene por conta própria abriu a porta ao lado de Seulgi e sentou ali. Suas mãos estavam trêmulas e a motorista percebeu isso quando a morena pegou o cinto para colocar.
Sg — Boa noite doutoras.
K – Ah quem dera, ainda faltam 2 anos pra mim. Boa noite.
Irene — E eu dispenso formalidades profissionais Kang... boa noite.
Sg – Ok, para onde?
K — Vai querer o drink?
Irene — Não.
K — Bem, então vamos pra casa. Pra minha já que fica no caminho da casa Irene unnie.
Sg — Okay.
Seulgi respeitou a velocidade e deixou Karina na casa dela recebendo seu pagamento, depois zerou o taxímetro e seguiu caminho até a casa de Irene.
Sg — Quer segurar minha mão?
Seulgi perguntou já estendendo a mão para Irene e a pequena respondeu pegando na mão dela.
Sg — Você está indo bem, queria ter sua força.
Irene — Eu tô em pânico aqui.
Seulgi leva a mão de Irene até o câmbio e faz ela segurar, mudando a marcha sem soltar o contato. Depois tirou a mão dela dali e entrelaçou os dedos delas.
Irene sorriu com aquilo, E também, Todas as vezes que Seulgi repetiu o ato até chegarem em sua casa, só aí, Seulgi soltou a mão dela.
Sg – Prontinho, sã e salva.
Irene sente um arrepio novamente e finge ter esquecido a carteira no escritório.
Irene — Droga esqueci a carteira. Pode entrar enquanto procuro se tenho algo lá dentro?
Sg – Você pode me pagar depois sem problemas.
Desta vez não foi qualquer arrepio, ela sentiu uma enorme angústia no peito e sabia que ia acontecer algo com Seulgi.
Ela não poderia deixar isso acontecer pois na última vez ela não deu importância para seus instintos, sua cliente infelizmente foi assassinada.
Irene — É que... - Ela suspira, Seulgi não iria acreditar nela-... eu insisto, por favor.
Seulgi – Porque quer que eu entre? Eu vi sua carteira na bolsa quando abriu.
A pequena suspira.
Irene – Eu preciso te falar algo.
Um carro vermelho com um adesivo de Cadeirante, queria passar e como a rua de Irene era de mão única, Seulgi teve que entrar estacionando frente a garagem dela.
Seulgi – Okay vamos lá.
Seulgi desce e entra junto com a pequena, a angústia no peito dela começava a passar enquanto elas seguiam pra dentro.
Ali na sala mesmo ela pagou Seulgi e pediu pra ela sentar na sala enquanto ia até a cozinha tomar uma água com açúcar e Seulgi ficou preocupada.
Sg — Você está realmente pálida, se está passando mal podemos ir ao hospital.
Irene – Não! Você não pode sair daqui agora... não agora.
Ela foi até a cozinha e tomou sua água com açúcar, Seulgi a seguiu e sentou frente ao balcão olhando pra ela ainda preocupada.
Sg — Você está bem mesmo?
Irene – Sim, por enquanto.
Irene senta ao lado da mais nova e suspira tentando se acalmar mas aquela sensação ainda estava ali.
Sg – Okay... o que queria me falar?
Irene — Só queria que ficasse um pouco mais comigo, apenas isso.
Seulgi sorrir e seu celular vibra, ela olha e atende a ligação de Tiffany.
Sg – Ah, oi senhora Hwang... ah sim, mas o bar está fechado não?.... ah entendi, eu mando mensagem quando estiver chegando......
Seulgi é pega de surpresa por um beijo calmo vindo da mais velha, ela sente seu coração bater forte em seu peito pelo pânico de estar sendo tocada novamente, e fecha os olhos lentamente correspondendo a mais velha.
Irene – Não vai por favor. - Irene pede sussurrando encerrando o beijo.
Sg – Senhora Hwang pode ser em uma hora, eu tenho um compromisso de última hora aqui.... ah okay, tenha uma boa noite então.
Seulgi desliga e olha nos olhos da mais velha.
Sg — Porque fez isso?
O coração da ursinha ainda batia forte, tanto que ela sentia cada palpitação, pois estava beirando uma crise de ansiedade.
Irene — Não sei. Mas por favor não sai daqui enquanto eu não melhorar.
Sg – Tudo bem, vejo que está com medo, eu fico pra te fazer companhia.
Irene – Obrigada... você... - Ela pensa um pouco- ...você quer jantar?
.....
Após o jantar Irene subiu pra tomar banho e Seulgi foi pra sala. Ela prometeu que quando Irene descesse ainda estaria ali, mas quando se viu sozinha suas paranoias se fizeram presente.
Era difícil após ter passado pelo que ela passou e ela se sentia tão mal por ter entrado em pânico com um beijo tão calmo e cheio de sentimentos.
Não! Irene merecia coisa melhor que ela, merecia alguém que não tivesse medo de tocar ou ser tocada por ela.
Dando mais atenção as suas paranoias, Seulgi foi covarde e saiu escondido da casa de Irene antes que ela descesse.
Assim que a baixinha saiu do banheiro, se arrumou rapidamente e desceu para não deixar Seulgi alimentar suas paranoias por muito tempo, porém era tarde demais, Seulgi não estava ali e Irene lembrou daquela angústia que viveu à algumas horas atrás.
Irene — Não, você não fez isso.
Irene já ia subir para pegar seu celular, ela ia ligar para Seulgi e tentar convence-la, porém sua campainha tocou e logo alguém bateu na porta, parecia com pressa.
Irene paralisou, mas voltou a si quando bateram novamente e a campainha tocou.
Sg — Joohyun.
Irene sorriu e correu até a porta, abriu ela e logo abraçou a mais nova que estava gelada.
Seulgi suava frio pois estava com medo. Assim que chegou na porta do condomínio se deparou com um congestionamento e desceu do carro pois haviam outros veículos ali a impedindo de sair.
Curiosa ela foi olha e no Asfalto frente ao portão tinha peças de carro, um pedaço de lataria vermelha, oléo diesel e um cheiro forte de gasolina. Mais a frente Ela avistou o caminhão com o carro vermelho esmagado por ele e identificou o adesivo azul, era o mesmo carro que passou por elas enquanto Irene suplicava para Seulgi ficar.
— Foi horrível e tudo muito rápido, o carro mal saiu e foi acertado e arrastado pelo caminhão, tomara que a morte do motorista tenha sido instantânea, pois se não foi ele sofreu muita dor antes de partir.
Esse era o porteiro que conversava com alguns moradores do condomínio.
Seulgi voltou pro carro e depois pra casa de Irene, estava tremendo, nervosa, poderia ter sido ela, poderia não, ia ser ela pois ela só parou porque Irene ficou pedindo pra ela.
Irene – Graças a Deus está segura.
Irene pela primeira vez sentiu o abraço da outra em seu corpo. Era cuidadoso, mas confortável e cheio de carinho.
Sg – Graças a você.
Irene— Vem, entra!
Irene ia soltar Seulgi mas não conseguiu pois a outra não a soltou e andou com ela até o sofá ainda abraçada a ela, sentou e puxou a pequena para si, e isso sim era estranho.
Irene — Você está bem?
Sg – Não. Só me abraça por favor, e não me solta.... nunca mais.
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