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História Tentando aturar vocês - Season 2 - Dias melhores - História escrita por CoronatusLeo - Spirit Fanfics e Histórias
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História Tentando aturar vocês - Season 2 - Dias melhores


Escrita por: CoronatusLeo

Capítulo 8 - Dias melhores


Fanfic / Fanfiction Tentando aturar vocês - Season 2 - Dias melhores

_Vamos brincar Hope? – Archie, de quatro anos, pulava no sofá e chamava pela prima com sua dicção infantil que tornava quase todas as palavras erradas.

_Não! – declarou a loba.

   Hope apreciava muito a sua família, mas as crianças estavam se saindo, cada dia, mais irritantes, elas falavam demais agora que sabiam e batia uma saudade da época que ficavam quietinhas no colo dos pais. Somente Josie levava jeito com as pestes, ela gostava da companhia e da pureza que tinham:

_Jô-jô! – uma menininha de três anos, usando um vestido florido com casaco rosa, pulou no colo da bruxa, era claro que era sua predileta – Tava com saudades – declarou meigamente.

_Oi Cassie – Josie sorriu retribuindo o abraço surpresa – Não achei que teria uma recepção tão gostosa hoje

   Klaus e Hayley vinham com as malas das meninas enquanto Hope permanecia desconfortável e Rebekah se aproximava com Marcel e o filho:

_Santo Deus! – exclamou a híbrida – Outra convenção Mikaelson! – caçoou.

_Você não viu nada irmãzinha – sorriu Marcel – O resto está na cozinha...

_A troco de quê? – questionou ela, não que não fosse legal, mas sua cabeça ia explodir, e ela estava tão, mas tão cansada.

_Vamos fazer uma tarde de cinema logo após o almoço – o mais elegante dos Mikaelsons apareceu subitamente na divisa entre a cozinha e a sala, estava impecável em seu terno e tinha as mãos nos bolsos da calça – Ethan desce daí! – pediu ao sobrinho.

_Eu não sou o Ethan! – exclamou Archie sem parar de pular nem por um segundo naquele sofá.

_Eu sou o Ethan... – disse o menino tímido de dois anos que estava praticamente grudado na mãe.

_Eu sou a Cassie – murmurou a menininha que ainda estava no colo da prima, crianças tinham mesmo aquela mania de sentir ciúmes de tudo.

_Claro que você é a Cassie – Elijah se aproximou com o seu jeito elegante, mas tinha uma suavidade na voz que geralmente usava para tratar seus sobrinhos, em especial a garotinha que era sem dúvidas a sua predileta – Vem comigo... vamos ver o que o tio Klaus andou aprontando no jardim.

   Ela não demorou a se entregar aos braços do vampiro que logo se retirou para fora da casa. Hope quase sorriu com a familiaridade daquela cena, pois o grande Elijah Mikaleson, fundador da Strix, cheio de inimigos, vampiro original, estava se saindo um ursinho fofo na nova etapa da família:

_Sabe... seria agradável se me comunicassem antes de vir aos bandos para a minha casa – Klaus reclamou ao descer as escadas, no fundo estava brincando, mas sempre fora carrancudo.

_Ah Niklaus! Não finja que não está feliz em nos ver – disse Rebekah no mesmo tom zombeteiro.

_Tio Klaus não está feliz com a gente? – questionou Ethan, numa dicção horrorosa e quase que chorando.

_Não filhinho, não foi o que a mamãe quis dizer – ela inutilmente tentou explicar, um menino de dois anos não estendia sarcasmo e Ethan era muito sensível.

    Tarde demais, ele abriu um berreiro sem fim. Marcel se dispôs a pegá-lo e se direcionou até a área exterior onde estavam Elijah e Cassie, talvez assim pudesse distrair o filho. Rebekah os viu se distanciar e se recriminou, mas ela não tinha como saber de tudo. De qualquer forma valia a nota de tomar mais cuidado com o que diziam perto das crianças:

_Ouvi um choro – Davina veio com a blusa abaixada e a própria filha agarrada em seu peito, sugando-o firmemente em sua atividade predileta.

_Ethan puxou o temperamento da mãe – informou Klaus – Nada com o que devemos nos preocupar.

_Shiii! – Hayley exclamou lhe dando um tapa no braço.

   Outra adaptação da família Mikaelson. Os famigerados “Cale a boca” rapidamente de transformaram em “Shiii” quando Archie ouviu o palavrão e o repetiu em casa, pior, na presença de Vincent que tinha propensão de exigir o melhor dos filhos:

_Gente eu vou buscar alguma sobremesa no Rousseau – informou Vincent passando brevemente pela sala – Desce daí Archibald! – repreendeu a hiper-atividade do filho num tom muito paternal e se retirou.

   A ordem outrora ignorada pelo menino quando mencionada por Elijah foi atendida na voz do seu pai. Archie não era muito de brincar com a paciência de Vincent, já que ele sabia que não poderia esticar demais sem acabar levando uns tapas... o bruxo era bastante conservador na educação das crianças. Podia-se dizer que todos na família eram.

   Hope percebeu que nem havia se movido desde que pusera os pés na casa, ver quem ela amava em perfeita sintonia era tão gostoso que por breves instantes acabou esquecendo tudo que lhe assolava. Cada um ali se reerguia ao seu modo, a vida de Lydia era uma prova disso, mas a bruxa parecia parada no tempo enquanto o mundo girava.

   O almoço se deu na mesma familiaridade deles. Os irmãos Mikaelson conversavam coisas que só eles viveram e entendiam, Marcel também comentava certas coisas. Keelin ajudava seus filhos a comer. Rebekah nem comia, pois era preocupada com Ethan mesmo que o menino devorasse tudo que pudessem oferecer. Davina almoçava com Lydia mamando incansavelmente em seu peito. Josie ria de tudo, meio aleatória aos assuntos e Hope apenas observava.

   Era tão quente e confortável, mas era incompleto e a tri-híbrida sentia por todos eles a ausência de Lizzie. O almoço acabou com uma pilha de louças que seriam lavadas por alguém hipnotizado. Como o proposto, eles se reunirão na sala de estar que era enorme, cheia de poltronas, e mesmo assim não houve espaço para todos, alguns acabaram se acomodando no chão:

_A Disney não é mais a mesma... – comentou Elijah, desapontado com a animação em 2d.

_Dê uma chance meu bem... eu vi esse na semana passada e até que é legal – disse Hayley se encostando no marido, ambos sentados no tapete.

_Ah... as minhas crianças só assistem isso há mais de dois meses – Vincent suspirou e Cassie lhe encarou emburrada e com raiva – O que foi filha? Assiste aí vai... “Operação Big Hero” seu predileto.

_Papai não gosta desse – informou a menina.

_O papai gosta, mas o papai já assistiu trinta e seis vezes... o papai cansou! – Freya falou para a menina em seu colo que não dava impressão de gostar muito de Vincent desde que formara sua personalidade.

_A minha filha está mais interessada num cachorro de pelúcia – Kol sorriu para a neném que gargalhava com um brinquedo – Pelo menos deixou a mãe dela um pouco de lado.

_Por falar em mãe dela... – Marcel puxou uma manta que havia ali a jogou sobre o corpo desacordado de Davina, beijou-lhe a cabeça e voltou para sua posição – Bem que ela merece uma pausa!

   Pelo menos cinco filmes foram assistidos entre conversas paralelas e sonecas das crianças. Certo momento, quando já se passavam das seis, Josie cochilou no ombro de Hope. A tri-híbrida refletiu horrores sobre tudo, pensou melhor no seu pleno e precisava muito de um grimório específico da sua avó. Quase nove na noite, todos cochilando, até os vampiros. Hope levantou e foi sorrateiramente até o sótão.

   Klaus era do tipo precavido, ela até se espantou por ter encontrado a porta aberta. Haviam mil coisas ali que seu pai conhecia perfeitamente, por isso não podia mexer muito, mas só queria o grimório mesmo. Era muito mais claro trabalhar com anotações da sua avó do que com aqueles livros incompletos do memorial da escola, ela bem sabia, não demorou para encontrar o que procurava:

_O que está fazendo aí garota? – a voz empoada de Elijah saiu como uma repreensão. Hope se viu perdendo toda a coloração das bochechas quando virou-se e o viu ali com as mãos nos bolsos como sempre. Não parecia bravo, apenas curioso, mesmo assim ela se assustou.

_T-tio Elijah... – chegou a gaguejar, engoliu o nó da garganta e o coração acelerou dentro dela – Eu só estava... bem... é meio claro o que eu estava fazendo – confessou num lamento, seu olhar foi para o chão e manteve o grimório preso entre os dedos.

_Acho que seu pai lhe disse que não queria você aqui... – comentou como se examinasse a consciência da sobrinha, era bem do seu feitio.

_Possivelmente... – ela suspirou, não era o tipo de pessoa que vacilava – Eu só pensei que talvez fosse o momento perfeito pra pegar isso... – mostrou o grimório, confiava tanto no tio que revelou seu plano.

_Eu entendo o que está tentando fazer – ele disse casualmente de uma maneira mais calma que a fez relaxar um pouco – Mas deve saber que é perigoso.

_Se houver um preço tio Elijah... eu pago esse preço, eu faço qualquer coisa pra ter ela de volta – afirmou.

    Aí está... pesou o vampiro. A dor pura, a mágoa, o sofrimento. Hope já havia sido uma criança pura que o universo corrompeu por culpa da família, não podia deixar que ela fosse mais fundo na sua própria perdição:

_Ouça... – tentou argumentar naquele sótão gelado e escuro – Eu sei que você colocou a sua mão no peito dela, sei que tocou o coração, sei que o esmagou e tenho uma noção muito grande do que sentiu ao fazê-lo...

   Lágrimas solitárias riscaram o rosto da menina que quase nunca chorava, havia muita coisa ali, coisas guardadas que ela prendeu com mil barreiras em torno da alma. Não era bom reviver a amargura daquelas lembranças, ela teve que interromper:

_Essa não foi à pior parte... – murmurou sofregamente.

_Não mesmo... – afirmou o tio – A pior parte foi que você não morreu... continuou viva e foi obrigada á lidar com tudo que ficou... eu sei Hope! Já me senti assim!

_Isso acaba? – foi uma pergunta muito inocente vindo dela, Elijah viu seu coração se partir com o desespero da alma da sobrinha.

_Não! – teve que ser sincero, uma lágrima mais grossa escapou dos olhos de Hope e ela limpou brutalmente – Eu lamento! Mas chega um momento que... diminui... de vez em quando volta, te assombra... depois adormece... você aprende a viver com isso.

_Tá... – ela engoliu todas as lágrimas tomando seu orgulho de volta – Não vai contar pro meu pai vai?

_Deveria, mas não vou – ele sorriu e ela suspirou aliviada – Só não faça de novo ou eu mesmo em encarrego de cumprir a promessa que ele te fez! – era em tom de brincadeira, mas havia certa seriedade, vali um cuidado, nada seria tão humilhante quanto apanhar de Elijah.

_Ok... bom... eu vou indo... – ela tentou passar por ele, mas foi impedida por uma mão firma que lhe puxou a orelha – Aí! Tio Elijah! – exclamou dolorida, mas ele não a soltou.

_Devolve o livro, espertinha! – disse calmamente como se não estivesse quase arrancando a orelha da sobrinha fora.

_Prontinho... ai... pode soltar agora – pediu quando colocou o grimório sobre uma mesa do acervo.

_Perfeito – Elijah soltou-a e voltou a colocar as mãos nos bolsos, encarando-a – Você na frente, não tente bancar o 007 outra vez.

   Hope passou na frente ainda acariciando a orelha dolorida e tentando conter um sorriso. Elijah não era muito doas adventos da tecnologia, por isso não desconfiou. Não deu tempo de tudo, mas sim, Hope conseguiu fotografar exatamente a parte do grimório que precisava. E fotos... eram eternas.


Notas Finais


Bom conhecer um pouco das crianças já que vão ter contato com elas crescidas na terceira temporada. Terceira temporada tá top inclusive, tem uma personagem muito sofrida coitada... sei que gostam disso.
Comentem pra dar um gás aí! Estamos quase chegando nas conclusões da nossa estimada Hope <3


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