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História Texas (Maloley) - 23. Becca - História escrita por web_00 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Texas (Maloley) - 23. Becca


Escrita por: web_00

Capítulo 23 - 23. Becca


Fanfic / Fanfiction Texas (Maloley) - 23. Becca

Quarta-feira: 67 dias

67 dias. Pouco mais do que dois meses. Esse primeiro mês havia sido cheio de surpresas e revelações. Apesar do Nate não ser 100% aquilo que eu procurava, ele se mostrava próximo de algo bom. Eu não podia reclamar. As vezes ele chegava até a me surpreender.

Como todos esses últimos dias, eu acordei mais cedo e fui direto para a recepção, pegando apenas uma xícara de café. Nate não estava mais tão próximo da minha mãe, mas eles ainda tinham um carinho enorme um pelo outro. Ele era quase o filho que ela sempre quis ter.

Depois de quase quarenta minutos ele apareceu. Da mesma forma como todos os outros dias. Não sei como ele ainda não se cansou da rotina que é aqui. Não se tem muitas coisas para fazer e, ele ainda teria que passar mais dois meses aqui. A única vantagem era que ele não conseguiria as drogas de maneira tão fácil.

Eu até me surpreendi, achei que ele fosse surtar ou algo do tipo. Mas ainda tinha muito tempo para eu cantar Vitória antes da hora. Não poderia bobear, ou a minha fuga seria comprometida.

- Bom dia. - ele disse ao se sentar na cadeira de sempre.

- Bom dia, Nate. - respondi, fazendo o assunto morrer.

Eu não me importei em continuar e nem ele. Ficamos apenas em silêncio. Diferente das outras vezes, Nate pegou uma das revistas e estava folheando. Eu observei por alguns minutos, antes de voltar a atenção para a minha. Não que eu fosse viciada nelas, mas eu sempre buscava alguma informação do meu pai ali. Ele me disse que na hora certa me mandaria um recado.

Desde então, ele nunca mandou nada. Mas eu continuava procurando. Provavelmente ele nem se lembrava dessa "promessa". Promessas foram feitas para serem quebradas, foi isso que a vida me ensinou.

A manhã passou assim, em completo silêncio. Eu não achei ruim e, pelo jeito, ele também não. Nathan era alguem que gostava muito de falar. Vê-lo assim era novidade para mim. Fomos almoçar e naquele momento foi quando ouvi mais da sua voz rouca. Ele e minha mãe conversavam animadamente. Nate estava prometendo que voltaria quando "recebesse alta". Outra promessa que seria quebrada.

Caleb não apareceu durante o almoço e eu agradeci por isso. Cada dia era mais difícil suportar tudo que vinha dele. Até a sua voz me enojava de uma forma que não deveria nem existir. Ele era a repulsa em forma de gente.

Depois voltei para a recepção. Nate ficou com minha mãe e só apareceu no meio da tarde, com uma tigela com bolinhos dentro. Ele colocou ela ao meu lado e eu peguei um. 

- Ela vai sentir sua falta... - Disse antes de dar a primeira mordida.

- Eu gosto dela. - ele disse de forma natural, como se nem tivesse percebido o que falou.

- E ela de você... - dei uma pausa - Sua relação com a sua mãe deve ser boa...

- Minha mãe me expulsou de casa há uns anos. - Ele disse com um riso debochado - Acho que não é tão boa assim...

- Acontece nas melhores famílias. - Falei dando outra mordida no meu bolinho.

Ele tirou o celular do bolso e começou a mexer, como se não estivesse dando a mínima para o que rolava fora daquela tela. Não entendia como as pessoas se prendiam tanto a um aparelho minúsculo. Não que eu fosse contra a internet, só não era a coisa mais importante para mim. 

Tirei um livro de palavras cruzadas e comecei a fazer para passar o tempo. O resto da tarde foi assim e aquilo pareceu não incomodar ninguém. Era bom ter uma paz de vez em quando.

Durante o jantar senti alguns olhares do Nate e eu tinha entendido o que ele queria. Só não entendi porque ele não perguntou enquanto estávamos sozinhos. Eu concordei com a cabeça discretamente e ele abriu um sorriso de canto, quase imperceptível. Iríamos nos encontrar mais tarde.

(...)

Sábado: 57 dias

Os 10 dias que se passaram foram praticamente da mesma forma. Eu e Nathan nos encontrávamos todas as noites. O sexo estava melhorando e estávamos nos adaptando. Era uma mistura dos dois gostos. No final aquilo não era nada ruim, porém ainda estávamos nos conectando.

A nossa evolução era notória e isso me deixava mais empolgada. Aquele lance que eu havia pedido de separação era quase inevitável. Tinha momentos que eu percebia o seu lado dominador, quase que como impulso. Aquilo me aquecia por dentro de uma forma surreal. Mas eu tinha que ter cuidado. Por mais que gostasse da adrenalina, eu tinha muito a perder.

Nossa relação havia melhorado bastante, nada que eu pudesse chamar de amizade, mas poderia falar que estava perto disso. Já tinha completado um mês e três dias que ele estava aqui, já tínhamos uma boa intimidade, principalmente sem roupa. Eu sabia um pouco da sua história e ele sabia um pouco da minha. Lógico que somente o que eu achava bom ele saber.

Nesses últimos dois dias eu notei ele mais estressado. Nate tinha umas crises aleatórias e seu humor era afetado com isso. Provavelmente um efeito colateral pela falta da maconha em seu organismo. Eu tinha medo dele fazer alguma loucura por causa disso. Aqui seria difícil ele conseguir algo, mas não impossível.

Com dinheiro tudo é possível.

A vida não era tão justa. Eu, se precisasse de algo, teria que batalhar muito para alcançar. Ou abrir as pernas. Ele só precisava tirar a carteira do bolso.

Não estava menosprezando seu esforço para conseguir isso porque, pelo que ele havia dito, ele nem sempre teve essa vida boa. Não que ele fosse pobre, mas não tinha o padrão que tem agora. Sua vida hoje basicamente é queimar dinheiro e soltar em forma de fumaça. Já a minha é aguentar um padrasto que não faz nada e só abusa da minha mãe.

Ela estava cada dia mais distante. Era até estranho pensar na mulher de uns anos atrás para a mulher de agora. Minha mãe hoje vivia para agradar o Caleb, de uma forma que ela nunca fez nem para si própria. Por sorte eu não veria isso por muito mais tempo.

57 dias. Era somente isso que precisaria aguentar. Confesso que com as minhas noites agitadas era mais fácil suportar tudo. Não era o ideal, mas estávamos no caminho certo. Um passo de cada vez. Um degrau por dia, o topo estava cada vez mais perto. O vento da minha liberdade soprava em meu rosto e me dava uma sensação ótima.

Nova York seria pequena para todas as minhas expectativas. Mas eu tinha que encontrá-lo. Ele não iria sumir do mapa assim, não sem me levar com ele. Ele prometeu me proteger pelo resto de sua vida. Mas promessas foram feitas para serem quebradas.


Notas Finais


Nos próximos capítulos vou explicar um pouco mais sobre a Becca e o porque dela odiar o Caleb...

Espero que estejam gostando ❤


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