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História That Tomboy - Seulrene - 27. Princesa. - História escrita por _joobaechu_ - Spirit Fanfics e Histórias
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História That Tomboy - Seulrene - 27. Princesa.


Escrita por: _joobaechu_

Notas do Autor


Como vão meus amores lindos? Bom, eu vou bem! Aqui está mais um capítulo, hehe

Tenham uma ótima leitura!

Capítulo 27 - 27. Princesa.


Já era sábado. O Sol ardia no extremo da Ilha de Jeju, fortalecendo todo o verde da vegetação que rodeava o acampamento. Seulgi sentia seu corpo doer por ter ido dormir tarde naquela sexta feira, quando ficou conversando com suas colegas de dormitório.

Custou-lhe abrir os olhos completamente. Mas antes mesmo de enxergar o mundo exterior, ela sentia que havia algo cobrindo seu leito, como se algumas respirações pudessem ser ouvidas.

No minuto em que seus acastanhados brilharam, um coro cantou em seus ouvidos, deixando-a levemente assustada.

— Parabéns pra você nesta data querida! Muitas felicidades, muitos anos de vida!

A Kang sorriu ainda sonolenta. Demorou para enfim raciocinar que seu aniversário de dezenove anos havia chegado, mas quando se lembrou, finalmente levantou seu corpo e abriu um sorriso mais sincero.

— Valeu, meninas... — coçou os olhos e então notou que havia um pequeno cupcake com uma vela acesa em sua frente.

— Faça um pedido, Bear... — disse Moonbyul.

A tomboy fechou seus olhos e pensou em coisas boas na sua cabeça. Mas somente um desejo se evidenciou em sua cabeça.

"Que a minha mãe não me proíba de ter uma moto".

Assoprou a vela com toda a vontade do mundo e recolheu o cupcake em suas mãos, mordendo uma boa parte dele.

— Onde vocês conseguiram? — ela perguntou, se referindo ao doce.

— Eu comprei na confeitaria que tem no Resort. — Moon revelou.

— Essa bagaça tem uma confeitaria? — Seulgi se surpreendeu.

— Sim. Inclusive tem uma floresta, que é onde eu acredito que seja extraído o meu papel de trouxa.

Seulgi riu do comentário de sua irmã, levantando-se de vez daquela cama toda revirada, até parece que havia feito coisinhas durante a noite toda, mas na verdade a Kang é bem espaçosa em seu leito.

Tomou um rápido banho e vestiu uma roupa mais leve, que consistia numa bermuda preta e uma regata com a barra desfiada para dar um charme. Prendeu o cabelo num rabo de cavalo e calçou seus chinelos da Adidas. Antes de sair do banheiro, escovou os dentes e passou uma base no rosto.

Um dia lindo se formava naquele sábado e o que ela mais queria era aproveitar. No momento em que sentiu a brisa invadindo a área revestida de bambu e madeira, uma sensação leve pousou em corpo. O cheiro do orvalho era algo tão bom, que Seulgi poderia passar todo o tempo do mundo observando os detalhes sórdidos da natureza.

Não esqueceu de prender a câmera em volta de seu pescoço, somente para não perder nada da paisagem. Ainda não era o momento de começar as atividades, as quais se iniciaram da segunda feira. Por isso, a Kang buscou relaxar diante daquela natureza maravilhosa.

Olhando em seu relógio de pulso, notou que não passavam das oitos horas. Pelo visto, poucas pessoas haviam pulado da cama naquele sábado. Assim que desceu as escadas do resort, foi para o extenso refeitório, onde encontrou algumas pessoas já tomando o café da manhã. Mais ao canto, percebeu a presença de Yeri junto com Nayeon e Jeongyeon. Resolveu se juntar às garotas do segundo.

— Bom dia! — fez um cafuné na cabeça da Kim e se sentou ao seu lado.

— Hm, a aniversariante do dia enfim chegou! — Nayeon bateu palminhas.

— Como sabe do meu aniversário? — ela estranhou.

— A Jeong quem contou. — a Lim apontou para a namorada.

— Você havia me dito uma vez, tomboy, mas não sabia que era para guardar segredo... — Yoo deu um risinho cínico.

— Isso não importa agora. Veja só o que temos aqui, Seul. — Yeri interrompeu aquele pequeno diálogo, chamando a atenção da mais velha para a pequena torta de limão sobre a mesa. — Vamos fingir que é um bolo e comemorar o seu aniversário!

— Quem sou eu para recusar comida, não é mesmo?

Todos da mesa riram e passaram a degustar de uma fatia daquela deliciosa torta. Conversa vai, conversa vem e assim o tempo passou. A situação novamente estava ficando agradável e a tomboy ficava feliz por isso estar acontecendo.

Era como se um grande peso tivesse sido retirado de suas costas, tanto por sua reconciliação com Moonbyul e Yerim, quanto pelas desculpas de Irene na noite passada. Não poderia receber um presente de aniversário melhor. Seu sorriso era leve e verdadeiro, que expressava sua satisfação para o que acontecia perfeitamente ao seu redor.

Quis dar uma volta pelo resort para conhecê-lo melhor. No caminho, recebeu muitas felicitações, especialmente, de garotas. Algumas apertaram sua mão, outras a abraçaram, também houveram várias que lhes beijaram no rosto. Inclusive a professora Yumi não se esqueceu de seu aniversário e foi dar um parabéns para a mais nova.

— Seulgi, muitas felicidades para você! Espero que seu sorriso fofo continue nos encantando sempre! — a japonesa apertou sua bochecha gentilmente e então saiu.

Isso foi um pouco estranho, pois na maioria das vezes é essa professora quem vive ressaltando sobre seu sorriso. Parece até estar fissurada.

Todavia, não quis focar somente naquilo, pois havia uma paisagem linda lá fora esperando por ela. Desceu os degraus da entrada do resort e passou pelo jardim de orquídeas. Fotografou cada pedaço de solo, bem como as árvores mais exóticas que encontrara antes de se deparar com algo mais à frente.

Sim, havia um lago um pouco antes da entrada para a floresta, o qual era cercado por várias pedras gigantes em volta. Quis se sentar numa delas por um instante, colocando seus pés naquela água cristalina e fria.

A sensação era tão boa, uma das melhores de sua vida. O aroma natural se intensificou ainda mais e Seulgi não viu pretexto melhor para fotografar com sua câmera.

Cada sorriso que dava ao nada era sincero, como se sua experiência estivesse sendo divina, ainda mais no dia de seu aniversário de dezenove anos. Mas tudo ficou ainda mais sentimental quando a Kang começou a ver o rolo de fotos em sua câmera, parando acidentalmente nas antigas.

Especificamente, eram as fotos que havia tirado no dia do trabalho de artes da professora hipster, vulgo Chaeyoung. Rosas, rosas e mais rosas. Depois de um longo tempo vendo rosas, lá estava Irene entre todas aquelas imagens.

A mais linda imagem.

Pensou em revelar aquelas fotos, mas depois de tudo o que aconteceu, ela desistiu da ideia. Porém, nunca teve coragem de apagar aquelas fotografias, pois era inevitável não sorrir olhando para elas.

— Aish... você me faz ficar babando por suas fotos, Irene. Isso é tão injusto. — resmungou para si mesma, rindo no fim de sua frase.

Já estava ficando louca falando sozinha no meio do mato. Mas lá estava Kang Seulgi, comemorando parte de seu aniversário sentada sobre uma pedra e olhando para as fotos que tirou de Irene.

— Continuo me perguntando em como você consegue ser tão linda...

Eis a dúvida que todos querem saber. A beleza de Bae Joohyun é algo genético, a qual puxou de seu pai em conjunto com sua mãe. Uma combinação bastante abençoada e que deu certo, pois Irene arrasa milhares de corações por aí.

Inclusive o de Kang Seulgi. Oops...!

— Ya! Pareço uma louca obsessiva fazendo isso! — quando se deu conta, já haviam se passado dez minutos desde que encontrou as fotos de Bae na memória de sua câmera.

[...]

Durante o café da manhã, Irene deu uma pequena inspecionada no local. Ver a natureza a deixava eufórica, mas não o bastante para querer explorá-la às oito e quinze da manhã. Por isso, resolveu somente tomar um café saudável com o seu grupo de amigas.

Bom, ela na verdade ignorava o assunto criado por Jisoo e Naeun, focando somente em suas unhas recém pintadas. Quando menos percebeu, Solar estava novamente trocando mensagens com Eric Nam, coisa que a fez sentir seu estômago se revirar. Não entendia como aquilo começou, mas só sabia que não fazia sentido algum.

Seu tédio já era evidente. Isso porque Irene estava esperando o momento apropriado para fazer o que havia planejado há um bom tempo. E quando eu digo que é bom tempo, são algumas semanas consideráveis. Ela até pensou em desistir por causa das controvérsias, mas no fim das contas, a Bae se encontrava ansiosa com o que poderia fazer naquele dia em especial, pois guardou a data com carinho em sua memória.

Houve um momento em que ela parou de focar em suas unhas para dar achar que algo que fosse mais importante. No caso, uma nova pessoa quis se integrar naquele grupo.

— E aí, Bae! Dormiu bem? — Wendy estava radiante com o seu entusiasmo. Sentou-se ao lado de Irene sem nem mesmo perguntar se podia. — Espero que sim!

Irene sequer respondeu. Revirou os olhos e tentou fingir que não era com ela. Mas como bem sabe, Son Seungwan não desiste fácil.

— Quer dar umas voltas comigo pela floresta, uh?

— Não. — disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Irene sempre teve uma pele sensível quando se trata de insetos ou plantas que podem pinicá-las. Só de imaginar, já sentia uma certa repugnância.

— Mas por que não? Vai ser legal, lindeza! Vamos lá! — a loira insistia com todas as duas forças.

— Wendy, olha bem pra minha cara! Você acha acha mesmo que eu vou explorar o mato por livre e espontânea vontade?! Eu tenho mais o que fazer! — falou com o seu velho amigo desdém.

A canadense revirou os olhos, mas ainda não desistiu e segurou uma das mãos da patricinha, fazendo um carinho nela.

— Eu prometo que você irá se divertir, princesa...

Princesa? Ela não gostava daquela apelido sendo proferido por outra pessoa. O que Wendy estava fazendo?

— Não me chama de princesa. — ditou firme.

— Ih... deu pra implicar até com os apelidos agora? Que eu saiba, a maioria te chama de princesa, Irene.

— NÃO ME CHAMA DE PRINCESA, PORRA!

Ela se exaltou sem prévio aviso. Sabia que havia exagerado, porém era tarde demais. Agora teria de inventar uma boa desculpa para sua exaltação. Até porque não era normal em plenas oito e meia da manhã alguém já estar implicando com algo tão fútil.

— Calma, Irene... — era Solar quem dizia ao seu lado, notando a mudança repentina de humor da amiga.

— Eu tô calma... me desculpa. — ela passou a mão pelos cabelos e logo percebeu que Wendy a encarava um pouco confusa com o que aconteceu. Para não ficar ainda mais constrangida, a Bae novamente quebrou o silêncio. — Esta bem, eu vou com você.

Seungwan assentiu com a cabeça, mas não estava tão empolgada como antes. Ela ainda estranhava aquela reação da garota. Visto que não tinha por que prolongar o assunto, se levantou de sua banqueta e segurou a mão da Bae para puxá-la até a floresta.

O caminho foi ainda mais silencioso, o que incomodou Irene. Ela não queria que Wendy ficasse calada para aumentar ainda mais seus pensamentos de que ela era uma louca. Queria um assunto, nem que seja fútil, para justamente afastar esses malditos pensamentos.

Ela não deveria ter gritado daquela forma com a canandense. Mas ouvir o apelido lhe trouxe lembranças, lembranças boas, lembranças que ela gostaria de repetir. Mas agora tudo parece estar distante, por isso não gosta que outra pessoa lhe remeta ao passado que ela mesma estragou com o seu orgulho.

Assim que alcançaram os primeiros troncos de árvores, Wendy parou de caminhar e soltou a mão da Bae, passando a encará-la melhor.

— Tá tudo bem com você? — foi a sua primeira pergunta.

— Tá... tá, sim... eu gritei com você porque estava um pouco estressada. Me desculpe.

— Não é só por isso, Bae... — Wendy fez um tom de suspense em sua fala, o que instigou a curiosidade da patricinha. — Eu sei que você fica receosa sobre a minha companhia.

— Wendy, eu...

— Eu ouvi sua conversa com a Solar. — revelou no mesmo minuto. Irene arregalou os olhos, estando surpresa por tais palavras. — Não me senti tão ofendida com a maiorias das coisas que você disse, mas só discordo de um ponto, Irene...

— O que? — ela indagou ainda inerte do momento.

— Que você é só mais uma para minha lista de "garotas com quem eu senti prazer".

— Ah, sobre isso, eu...

— Você não faz ideia do quão está errada, Bae. — sutilmente a Son tocou o rosto da morena, elevando seus olhos naqueles acastanhados, os quais a fitavam. — O fato de eu ter estado com você nesses últimos dias me fez mudar muito a minha postura e a minha visão. Eu realmente quero aprender a te valorizar, mas pelo visto você está buscando alguém que não está nem aí pra você.

— Oi? — ela franziu o cenho.

— Não adianta fingir, Irene. Uma parte de você ainda tem esperanças de que a tomboy ainda te queira. Mas a verdade é que ela gosta de te usar quando as coisas com a namoradinha não vão nada bem. Ontem mesmo elas estavam se falando outra vez. E hoje de novo. Só basta a Yerim dar um pé na bunda daquela garota pra ela vir correndo pra você, como ela fez na sexta feira retrasada.

— Isso não é verdade... — ela desviou o olhar.

— Sim, é verdade, Irene. — segurou o rosto da Bae com as duas mãos, a fazendo fitá-la mais uma vez. — A Seulgi não sabe te valorizar de verdade. Mas eu gostaria que você pudesse me dar essa chance e então eu irei te provar que você merece muito mais. — fez carinho com seus dedos, roçando seu nariz ao dela.

— Wendy... — Irene, por sua vez, suspirou ao sentir a respiração da Son cruzar com a sua. Aquela aproximação já estava se tornando perigosa até demais.

— Eu juro, Bae... que você não irá se arrepender disso... — não disse mais nada, apenas deixou que o momento enfim acontecesse.

Seungwan tocou os lábios de Irene suavemente, sem qualquer indício de desesepero, iniciando aos poucos um movimento lento e envolvente, até que sua língua pedisse passagem, a qual, por incrível que pareça, foi concedida. A canadense dominava aquele beijo e sabia perfeitamente como comandá-lo.

Em sincronia com seus lábios, as mãos de Wendy passearam pelas costas da Bae, até parar em sua bunda, onde ela apertou devagar. Irene arfou com o contato e então sentiu vontade de aprofundar aquele momento. Um calor subia por seu corpo, algo que ela não imaginava que poderia acontecer. Sentir as mãos da canadense em seu corpo até que não era algo ruim, ela estava gostando.

— Beijar você é tão bom, Irene... — Wendy falou contra os lábios da Bae, descendo sua boca por toda a extensão de seu pescoço. Deixou selinhos, chupões e mordidas, sem se importar com a intensidade de seus movimentos. — Se você soubesse há quanto tempo espero por isso...

Irene não dizia nada, apenas arfava com cada contato direto que recebia. Um arrepio maior percorreu por seu corpo no momento em que aquelas mesmas mãos a invadiram por debaixo de sua blusinha, tocando seu abdômen e seus seios cobertos por um sutiã.

— Tô louca para chupar você, princesa...

Droga! Princesa não! Wendy disse aquilo de novo e só fez um estrago maior em sua cabeça. Quero dizer, não era Wendy quem a tocava, pelo menos não na cabeça de Bae Joohyun.

Ouvir aquele apelido lhe remeteu a outra pessoa. Sim, a mesma pessoa. Era justamente aquela pessoa, a pessoa que estava sentada sobre as pedras em volta do lago, a qual tirava várias fotos da paisagem e focava na natureza.

E era para aquela pessoa que Irene olhava no instante em que percebeu sua presença há uns dez metros de distância. A área da floresta onde estava tinha uma visão um tanto periférica do lago. Oh, merda!

— Você quer que eu te chupe? — o olhar de Wendy se tornou ainda mais pervertido quando ela começou a se abaixar, descendo suas mãos pelas laterais do corpo da Bae.

Mas Irene não estava em sua perfeita sã consciência. Quando olhou para a canadense, olhou para a tomboy. E se era a tomboy, tudo o que ela poderia dizer era sim.

Wendy viu aquele olhar como um resposta positiva e não tardou a passear seus dedos pela barra da saia rodada de Irene, brincando com o tecido fino e macio. Então, aqueles dedos caminharam pelas coxas torneadas da garota e foram subindo até finalmente encontrarem sua calcinha.

Não, tomboy, não me provoque.

Mas ela não está te provocando, Bae. Ela continua tirando fotos na beira do lago. Você está delirando!

— Quero muito sentir seu gosto, lindeza...

Isso! Lindeza! Era exatamente assim que Wendy deveria lhe chamar. Aquilo foi o suficiente para que Irene recobrasse sua memória e retirasse as mãos de Wendy de sua calcinha.

— Não. Para com isso!

— Parar? Mas você queria... — ela disse indignada.

— Não quero mais! — ditou.

— Oh, vamos lá, Irene. Isso vai ser bom, eu prometo! — Wendy insistiu em levantar sua saia, mas Irene a empurrou.

— Eu já disse que eu não quero, porra! Você é surda por um acaso? — Irene gritou bem alto, para que o planeta todo ouvisse.

— Ei... tudo bem... — a canadense se levantou do chão. — Me desculpe.

— Uh... — suspirou fundo, um tanto envergonhada pelo que ocorreu.

— Posso ao menos saber o porquê da mudança de ideia tão de repente?

A Bae passou a mão por seus cabelos, já tendo a resposta perfeita em sua mente. Olhou para o lado e lá estava sua resposta, tirando fotos da natureza.

— Eu só... não quero você, Wendy...

— Não me quer? Como assim?

— Eu não sinto atração por você. Se fizéssemos sexo, eu estaria fantasiando com outra pessoa, sinto muito. — Irene resolveu ser sincera, embora as palavras que usou não foram as melhores, mas era basicamente isso que se passava em sua cabeça.

— Seria tão ruim assim transar comigo?

— Por favor, não me pressione com este assunto, ok? Eu não posso te dar uma explicação plausível e nem te pedir para que seja compreensiva. Então, o que posso dizer é "sinto muito, Wendy, mas não vai rolar". — deu dois tapinhas no ombro da canadense e então saiu.

[...]

— E então ela mandou mensagens praquele zé mané do Eric, dizendo que não iria rolar mais nada... — Seulgi escutava mais uma das novidades de sua irmã enquanto terminava de fotografar mais alguns insetos exóticos. — Ela veio conversar comigo, Bear. A gente finalmente se acertou!

— Poxa, Moon, eu fico muito feliz por você! Real!

— Eu também fico feliz por mim, cara! Era tudo o que eu mais queria! Quando você soprou a velinha, eu também tinha feito um pedido e era esse!

Seulgi riu da declaração de Moon. — Pensei que os desejos servissem só para o aniversariante.

— Eu sei... mas deu certo no fim das contas.

— Sinal de que o meu pedido também dará certo. — disse a Kang totalmente otimista.

— Posso saber o que você pediu?

— Não posso revelar... senão ele não se realiza... — ela riu.

— Aish, é verdade! Mas eu espero que não tenha pedido para ver a Irene pelada, maninha. — Moonbyul gargalhou ainda mais alto.

Mas foi nesse momento que a chamada se encerrou, pois a própria Seulgi havia desligado. Odiava quando sua irmã abria a boca para falar asneiras e este é um desses momentos.

Olhou o horário e notou que eram quase nove e dez. Já havia ficado tempo demais naquele lugar, então quis voltar para o quarto e descansar um pouco sua cabeça. Seria um longo dia de aniversário, mas agora o Sol já estava a incomodando demais.

Na volta para o dormitório, novamente ganhou parabéns de pessoas que não a felicitaram ainda. Sorriu em resposta ou acenou com a cabeça. Só estava focada em subir as escadas e ir de encontro com sua cama.

Dando uma última olhada em sua câmera, Seulgi foi girando a sua maçaneta e quando finalmente adentrou em seu quarto, percebeu que aquele era o pior momento de todos para realizar seu objetivo.

— Ah, não, mano... — tapou seus olhos instantaneamente e virou de costas para aquela cena.

Solar no colo de sua irmã, que estava somente de camiseta e calcinha box. Céus, por que sapatão precisa ser tão prática?

— Seul... — Solar tentou argumentar, mas logo ela percebeu que não teria o que dizer num momento daqueles.

Certamente era o karma agindo.

[...]

O dia seguiu tranquilo. Pelo menos para Seulgi, quem até recebeu um novo coro, com mais aluno, cantando feliz aniversário para a sua pessoa. Foi muito emocionante para a tomboy ver que é tão querida por grande parte do colégio.

É certo que existem os gatos pingados que nutrem um certo ódio por ela, como a Wendy, ou Sehun. Mas isso não é algo que vem ao caso.

O importante para Seulgi é ter passado o aniversário com o peito mais leve e tranquilo. Ouvir a voz de sua mamãe por telefone também foi algo que ela almejou e muito. O que estragou seu dia foi justamente aquela bendita cena que não irei citar agora, mas que traumatizou muito a tomboy.

Bom, agora elas estão empatadas nesse quesito pelo menos. Apesar de que a cena que Moonbyul presenciou foi um pouco mais constrangedora.

Já era noite quando Seulgi estava em seu quarto, revendo o rolo da câmera. Se distraiu tanto, que nem percebeu o tempo passar. Se ocupou muito pela tarde ao sair com Yerim pela floresta, onde acabou tirando ainda mais fotos. Ela estava feliz, estava feliz com tudo.

Mas seus pensamentos foram cortados com as batidas na porta de seu dormitório. Notando que nenhuma das meninas se disporam a abrir, ela mesma teve de ir até lá.

— Ué... — estranhou ao não encontrar ninguém no corredor. Então olhou para chão e viu que havia uma sacola olhando para sua cara.

"Para a tomboy"

Era o que estava escrito no papelão. Abriu a sacola e então encontrou um lindo chapéu dentro dela. Era o mesmo estilo de chapéu que ela costuma usar em alguns momentos, só que possuía uma estampa de camuflagem e alguns detalhes que os deixava ainda mais fashion.

Também havia um bilhete ao fundo da sacola. Ela abriu o papel e então sorriu com o que estava escrito.

"Quero use ele para se sentir ainda mais descolada. Vi ele numa loja e tive certeza do quanto combinava com você, tomboy!

Feliz aniversário!

Ps: escute Don't Go Away, do Oasis"

Não queria criar tantas expectativas, mas e se fosse quem ela estava estava pensando? Bom, ela era única pessoa que não havia lhe felicitado até então. Ela também não fazia isso de que essa pessoa se lembrava de seu aniversário.

A curiosidade bateu quando ela foi escutar a recomendação da música, acabando por ler a tradução também.

Então, não vá embora

Diga o que disser

Mas diga que você ficará

Para sempre e mais um dia

Durante o tempo da minha vida

Pois eu preciso de mais tempo

Sim, eu preciso de mais tempo

Só para acertar as coisas

Seu coração se derreteu.


Notas Finais


Quem vocês acham que deu esse presente para a Seulgi, haha?


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