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História The 1995 Kids - Entre carros e regras - História escrita por Dyonutsoo - Spirit Fanfics e Histórias
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História The 1995 Kids - Entre carros e regras


Escrita por: Dyonutsoo

Notas do Autor


Relevem os erros e tenham uma boa leitura, xuxu!
Só tenho uma coisa á dizer antes de lerem: Os capítulos vão começar á ficarem maiores á partir de agora, e eu juro que nem tenho uma média de quantas palavras vão ser por capítulo, mas espero e estou fazendo o póssivel para não ser algo enjoativo e sim divertido para vocês lerem... pois então, BOA LEITURA! ~❤

Capítulo 5 - Entre carros e regras


Fanfic / Fanfiction The 1995 Kids - Entre carros e regras

>BAEKHYUN, 12 DE JULHO, 1995

Baekkie, ainda se lembra do dia em que jogamos umas três partidas de futebol, perto da casa da árvore, na grama, dessa vez, não era artificial como era quando jogávamos nos treinos, era a grama verdinha, a que crescia ali há muito tempo e a que sustentava as raízes da árvore. O nosso time era composto por mim, Sehun e Yixing, e posso dizer com firmeza que não era o melhor time já que o chinês não aguentava dois passos rápidos e já estava ofegante, parando para recuperar o folêgo gasto na corrida contra JongIn debaixo da árvore. Eu estava no gol, Sehun era bom, na verdade muito bom, ele era rápido e ágil, mas perdia para Kyungsoon que sabia como driblar ele como ninguém, ainda mais quando estava com JongIn, ambos eram ótimos para me marcarem um gol. Enquanto isso o Park do outro lado estava encarregado de defender os chutes quase destruidores de Sehun.

No fim, acabamos todos jogados na grama, inclusive Yixing que estava quase todo encharcado de suor, ele não era de correr muito o que fazia Sehun pegar no seu pé, e quase implorando para que ele viesse nos próximos treinos com a gente, mas o chinês disse que isso não era para ele. E eu entendia perfeitamente ele.

Estava olhando para o céu, dessa vez era um azul claro, com as manchas brancas, as nuvens que formavam desenhos e só conseguiriamos os interpretar se prestassemos bastante atenção. Chanyeol se sentou ao meu lado e eu me virei para ele, que passou algum tempo nos olhando com um pequeno sorriso nos lábios, mas eu voltei a olhar para o céu. Decifrar Park Chanyeol era legal, mas não havia nada melhor do que decifrar e desvendar os desenhos nas nuvens. Pareciam mensagens, talvez de anjos, eu não acreditava nesse tipo de coisa mas eu poderia abrir uma excessão para sonhar um pouco. Sabe, Baekkie, espero que agora você ainda esteja sonhando, que sonhe com as outras cartas, que viva sempre cheio de sonhos, porque sem sonhos não somos nada. Os sonhos são impulsos para nos levar longe, e eu quero que a gente vá muito além do que somos capazes.

— Se estiver esperando um sinal no céu eu já vou logo avisando que não funciona. — olhei para Chanyeol sentado ainda á minha frente com o sorriso fraco.

— Só 'tô vendo os desenhos nas nuvens. É irado como ás vezes eles podem formar um cavalo ou um gato. — ele riu.

— Eu quero ver. — Chanyeol, sem noção alguma se jogou ao meu lado e se deitou, as vezes eu me perguntava se ele sabia o que era espaço pessoal quando ele parecia querer colar os nossos corpos de tão perto que ficava. Enquanto ele olhava fixamente para o céu eu o encarava.

Pode parecer loucura, Baek, mas para nós, naquele momento não existia nada além da grama verde debaixo de nós, o céu azulado e as nuvens acima de nós. Nada além de Byun Baekhyun e Park Chanyeol.

— O que você vê? — perguntei ainda o encarando e ele sorriu apontando para o céu.

— Vejo um urso. — eu ri. Porque não conseguia ver o mesmo que ele, nós não tinhamos o mesmo ponto de vista que Park Chanyeol, Baekkie. Na nuvem onde ele via um urso eu via a figura de um lobo correndo.

— Pra mim é um lobo. — foi a vez dele rir e sem avisos me puxar para perto dele, quase para que eu deitasse em cima do seu peito e aquilo fez o meu coração disparar. Ele me manteve por perto e apontou mais uma vez para a mesma nuvem.

— Consegue ver? É um urso. — eu olhei para cima e era como se as nuvens fizessem de propósito já que só assim eu consegui ver o urso. Eu ri e me deitei ao lado dele mais uma vez enquanto ele sorria. — Existem vários pontos de vista, Baek.

Tinhamos que concordar. Chanyeol era sábio e escolhia bem as palavras e talvez para nós, aquela frase não significava nada mas para ele era muito. E não tinhamos que procurar por mais objetos ou figuras, eram os angûlos que tinhamos que procurar.

Eu me sentei e percebi que todos menos Kyungsoon estavam acabados. A Do parecia guardar muita energia já que, de pé ela treinava os truques com a bola de futebol do Sehun. Jongin e Yixing estavam no meio de uma competição de quem conseguia tirar Sehun do sério já que ele estava descansando na grama verde e os dois faziam de tudo inclusive o chutar para o tirar do sério e do lugar, quem sabe. Tudo estava tranquilo e poderia ter continuado assim se os garotos que jogaram ovos na gente não tivessem aparecido por lá. E agora Kyungsoon estava lá, o alvo dos ovos estava lá.

E... eu já mencionei que ela tinha um canivete?

— Ora, ora. O clube das maricas estão executando a primeira atividade em grupo. — um começou, e com a voz conhecida, o Park abriu os olhos e se sentou. Kyungsoon e ele foram até os dois, enquanto nós, os outros os observavam, temendo que fizessem besteira. — Olha se não é a macho-femêa, Então, conta pra gente, por que foi expulsa dessa vez? — a Do bufou antes de dar a resposta.

— Vai se foder.

— O que estão fazendo aqui? Lembro de ter sido bem claro quando mostrei que não eram bem-vindos. — o mais baixo e mais cabeça quente dos dois garotos riu.

— Não somos bem-vindos em um parque público? Fala sério. E, olha, a gente não 'tá aqui pra causar problemas. — A Do soltou um resmungo baixo. Aqueles caras deviam mesmo irritar ela. — Viemos só pra entregar esse folheto. — ele balançou o papel nas mãos e sorriu.

— A competição de grupos e clubes vai começar semana que vem. É tipo uma batalha de bandas, só que ao invés de bandas, os concorrentes são... clubes. — o mais alto explicou.

— Tem várias atividades, podem ver no verso todos os desafios e atividades durante as férias. — ele olhou para Kyungsoon que estava em silêncio. — E antes que pergunte, garotas não são permitidas no futebol, Do. Se quiser participar vai ter que aprender a passar ou cozinhar, ou... costurar, sabe, essas coisas que garotas de verdade fazem. — ela apenas sorriu irônica.

— Sei que tem inveja de mim, Lee, só porque eu posso brincar de boneca sem as pessoas me olharem torto. — o garoto bufou mas antes que fizesse alguma besteira o mais alto o segurou e sorriu.

— Como disse, não viemos pra causar problemas, e se decidirem participar, vamos mostrar como somos melhores que vocês sem a agressividade. E aí sim vão ter problemas em nos enfrentar na batalha. — sorriu mais uma vez e entregou o folheto para Kyungsoon que o pegou e o olhou de maneira séria. — Se forem participar, do outro lado tem o endereço e a data da inscrinção, e- 

— Os vencedores, vão ganhar algum tipo de prêmio? — Chanyeol o interrompeu com uma dúvida que era a mesma que a minha.

— Grana. — o mais baixo voltou a falar. — Os caras que organizam as batalhas são ricos, coordenadores de um acampamento, pergunta pra Kyungsoon, ela deve conhecer eles, não é? — a Do apertou os lábios, era claro que estava se segurando para não usar palavras de baixo calão para se referir aqueles garotos que mais pareciam vermes.

— Vamos esperar por vocês, e daí, vamos destruir um por um, não vão passar nem na primeira fase, boiolas. — sorriu e se virou pronto para ir embora.

— Então, a gente se vê por lá, ou não, maricas perdedoras. — e então ambos foram se afastando, até que estivessem bem longe.

Aquilo tudo foi rídiculo. Aqueles vermes deveriam controlar a boca, e aliás, eles não deviam ter amor á vida, quer dizer, eles foram audaciosos ao dizer aquelas coisas terriveis para uma garota como a Kyungsoon, ela tinha um canivete, e ela irada, não era como as outras garotas, ela não era obrigada a aprender a passar, ou cozinhar e muito menos a costurar só por ser uma garota, eles deviam ter inveja por ela ser tão boa no futebol. E aliás, eles tiveram sorte já que Chanyeol conseguiu se controlar e não ir pra cima deles.

Formamos uma roda em volta da Do só para que conseguisemos ver o folheto entregue pelo garoto engomadinho. Era colorido e parecia algo bem infántil, o que não combinava nas mãos com unhas pintadas de preto da Kyungsoon. Ela bufou assim que terminou de ler todas as regras, instruções e atividades da batalha de clubes.

— Batalha de clubes? Sei não, pra mim isso parece mais uma aramadilha. Nunca ouvi falar disso. — JongIn comentou bem pertinhho da Kyungsoon, tentando ler o folheto ainda na mão dela.

— Eu já estive por lá. Não é furada. — ela abaixou a cabeça e depois a levantou. — Eles vieram atrás de mim, hoje. Ano passado eu estava no clube deles, vencemos a batalha de clubes, na verdade fui eu quem ganhou o maior ponto vencendo o campeonato de futebol. Eles me obrigaram a me vestir de garoto para jogar. — ela sacudiu a cabeça como se tentasse mandar uma lembrança ruim oara bem longe.

— 'Tá tudo bem. — eu a tranquilizei e ela me olhou confusa. — Você disse que no ano passado ganhou pra eles, esse ano você pode ganhar deles. — ela sorriu.

— É, você tem razão, Baek. — Ela se lembrava do meu nome! Do Kyungsoon sabia o meu nome, cara que demais! — Vou provar pra'queles idiotas que eles não são tão bons assim e que sem mim, são uns bostas. — ela voltou a aoerir convencida. — Eu não sei vocês mas eu quero muito participar, a gente podia inscrever o nosso clube, quer dizer, se vocês quiserem... — ela sorriu.

Todos ficaram em silêncios e Chanyeol deu um passo a frente.

— Qual é, gente? Somos um clube, uma equipe e uma família, sei que é cedo pra dizer isso já que ainda não nos conhecemos tão bem assim, mas as atividades em grupo e o trabalho em equipe vão aproximar a gente e disso eu tenho certeza. — ele sorriu vitorioso antes de colocar a mão no centro da roda. — E então? Vamos entrar nessa?

— Eu já 'tô nessa, grandão. — a garota colocou a própria mão sobre a do Park.

— Olha, se o Chanyeol 'tá, eu também 'tô, até porque a gente 'tá junto nessa, irmão.— Sehun foi o terceiro a colocar a mão no centro da roda, em cima da de Kyungsoon que bagunçou os fios negros do Oh enquanto JongIn abria bem os olhos e a boca.

— Se eu aceitar participar e colocar a minha mão aí eu também vou ganhar um agradinho, Soon? — perguntou sorrindo e a Do o olhou sorrindo inocente, tinha a resposta na ponta da língua afiada.

— Não, mas se recusar á participar vai ganhar um soco na barriga. — JongIn engoliu em seco. E foi assim que ele foi o quarto a colocar a mão no centro da roda, em cima da mão de Sehun.

E em menos de cinco segundos todos eles estavam me olhando. Esperando que eu aceitasse também, mas olha, ainda faltava o Yixing, e ainda sim, eu não sabia se participar da tal batalha de clubes era ou não uma boa idéia, e se algo TÉRRIVEL acontecesse? Ah, quem eu quero enganar?! Á mim mesmo, que não é, 'né, Baekkie? Quer dizer, você deve se lembrar de imaginar o quanto se empolgou, o quando imaginou que seria legal se divertir ao lado do clube da casa na árvore o verão todinho nas férias.

— Ei, vocês têm que participar, são do clube também. — Kyungsoon exigiu e eu me encolhi na roda, queria morrer.

— Baekkie, por favor. — ouvi Chanyeol sussurrar ao meu lado. Era como se fosse um pedido desesperador, questão de vida ou morte ou coisa assim.

— Se eu não fizer isso, não me chamo Byun Baekhyun, e aliás, eu gosto de uma boa opurtunidade para mostrar que posso ser melhor. — eu sorri e todos me retribuíram, ainda mais quando eu coloquei a minha mão sobre a de Sehun, no centro da roda.

Era a vez de Yixing que nos olhava um tanto quanto assustado.

— Ah não... — foi a vez dele se encolher.

— Anda logo, Xing, ou eu faço você dormir fora de casa. Eu não quero ficar nessa pose bizarra por mais tempo, anda. — o chinês sacudiu a cabeça negativamente.

— Na-na-ni-na-não. — bateu o pé e se virou de costas para nós.

— Tudo bem, eu e a galera vamos pra lanchonete, sabe, nos conhecer melhor como um clube e uma equipe de verdade, né? E nós vamos comer bastante, — Yixing se remexeu. Sehun estava começando a falar na língua do Zhang. — e eu soube que na lanchonete onde a gente vai, estão dando brinde de miniaturas de dez centímetros do Star Wars, Xing. Ah, 'pera aí, não era aquela que você queria? — o Oh tentou o convencer e foi em menos de cinco segundos, depois de ouvir Sehun que o Zhang se virou e sorriu.

— Eu topo. 


Em uma mesa na lanchonete, naquela tarde, podiam encontrar seis adolescentes por lá. Sentados ao lado da janela, comendo o que podiam pagar, preenchendo a lanchonete quase vazia com as gargalhadas exageradas. Era a lanchonete onde o papai trabalhava, e o nosso lugar favorito depois que fomos lá com o clube. Sehun estava nos contando uma das histórias da vida dele. Aquelas histórias que só se compartilha com pessoas de confiança, aquelas extremamente vergonhosas, quando se tratava dos irmãos ou dos pais, ou no caso do Sehun, da tia maluca dele.

— Vocês não iriam acreditar se eu meio que disesse que apanhei de cabo de vassoura da minha tia depois disso? — não segurei ao soltar uma gargalhada acompanhada dos outros á mesa.

— Foi bem merecido, Sehun. — Jongin comentou tentando parar de rir.

— É verdade. Ninguém mandou você jogar futebol dentro da casa dela. Olha, eu sei e admito ser rebelede as vezes, mas isso já é demais, Sehun. — Kyungsoon riu. — E você, Byun? Falou muito pouco sobre você. — ela se inclinou um pouco e pegou uma batata-frita na mesa e a devorou antes de sorrir.

— E-eu... não sei sobre o que falar. Não tenho histórias engraçadas. Não tem nada de interessante sobre mim. — eu sorri fraco.

— Qual é, Baekkie? Fala pra gente, por que entrou pro time só esse ano? Você é muito bom no futebol. — sorri envergonhado com os elogios de JongIn que virou a garrafa de refrigerante me olhando atento assim como os outros e principalmente Chanyeol.

— Entrei pro time porque meu pai... ele meio que me obrigou. — Yixing riu e eu sorri. — Mas eu aceitei mesmo entrar porque queria provar pro Chanyeol que eu conseguia ser melhor que ele no futebol. — eu olhei de uma forma bem discreta para Chanyeol que estava a minha frente e vi um sorriso se expandir nos lábios do Park, assim como todos pareceram surpresos com a minha história.

— Não me diga que aceitou participar da batalha de clubes pra se mostrar melhor que ele, também. — Kyungsoon disse fazendo Sehun e Yixing rirem e eu voltei a sorrir.

— Não é a intenção, mas sabem como é, o hábito, é claro que vou ser melhor que o Chanyeol. Eu querendo ou não. — eu brinquei e eles riram e vi Chanyeol endireitar a postura na cadeira e me olhar com uma expressão desafiadora.

— Duvido. — todos olharam para o Park.

— Não preciso que me desafia, Park, eu vou ser melhor que você, duvidando ou não. — eu sorri e os outros riram.

E a verdade, Baekkie era que a rivalidade prevalecia, mas bem menos do que antes, e do mesmo jeito ainda queria o Chanyeol perto de mim, de uma forma ou de outra, ainda erámos amigos,  talvez não melhores amigos mas... mesmo com aquelas aceleradas do coração, do nada, e o fato de eu me sentir estranho de uma forma estranha mas, boa quando o assunto era ele, Park Chanyeol, ou quando sorria, eu ainda o queria por perto. Mas ainda achavamos errado. Que tinha algo estranho ali. Mas não tinha, Baek.

— E você tem irmãos? — o chinês, com a boca lotada de sanduíche achou um jeito de me perguntar e eu fiz que sim.

— Eu tenho um irmão mais velho. — Eu vi Chanyeol olhar para mim atento, como se de repente estivesse hipnotizado, sei lá. — Ele não mora aqui, ele foi pra Busan com a minha mãe. — sorri por fim.

— Então... seus pais são divorciados? — eu fiz que sim para a pergunta de Kyungsoon.

— São como os meus. Mas a minha mãe nunca na vida abandonaria aquela casa. Eu daria de tudo pra morar só com o meu pai. Ele é maneiro e me deixa jogar futebol dentro de casa, ele não dá a mínima, mas a minha mãe sempre vê algo errado em tudo que eu faço. — Sehun reclamou.

— Meus pais ainda são casados, mas eu não vejo eles há duas semanas. — olhamos para Yixing que havia acabado com o seu sanduíche e bebericava o refrigerante.

— Por que? — perguntei curioso.

— Vocês têm que me prometer que não vão contar pra ninguém! — nós concordamos com a cabeça quase automaticamente. Todos queriam saber o motivo de Yixing não ver os pais esse tempo todo e ainda morar na casa da árvore da Kyungsoon. E ele estava prestes a contar. — Eu fugi de casa. — os olhos arregalados demonstravam a surpresa em cada um de nós. 

— O que?! Por que? O que houve?— Sehun pareceu bem preocupado.

— Acho que eu não me dava bem com eles. E tem um motivo pra tudo isso, muitos motivos, na verdade. Eu não sei se 'tá na hora certa pra contar pra vocês. É algo bem pessoal. E nem é sobre eu ser quase um amante da action figure do Darth Vader, sério. — todos sorriram mas sabíamos que a dúvida, sobre um Yixing fugitivo e sua familia, ainda estava ali, e não nos deixaria até que ele estivesse totalmente pronto para contar.

Na hora de pagar o papai nos ajudou, e ainda deu um sorvete de brinde para todo mundo, foi constrangedor ganhar um beijo na bochecha do papai bem na frente dos caras e da garota mais maneira do clube, mas eles nem se importaram, e por mais que o meu rosto estivesse ardendo em vermelho, eu não deixei de os seguir até a praça. Yixing estava um pouco emburrado por Sehun ter mentido sobre as action figures em miniatura de brinde por isso o Oh e o Zhang saíram em busca de qualquer coisa que fosse do Star Wars, para acalmar o coração de um fá abalado. Kyungsoon. JongIn e eu estavamos sentados na calçada e Chanyeol estava de pé, encostado em um poste de luz.

Se lembra de como brincavamos quando não tinha fliperama por perto e nem street fighter? Enquanto tomavamos sorvete em silêncio, apontavamos para os carros que passavam, e só existiam duas brincadeiras, tentar adivinhar a marca e o ano do carro, ou escolher uma cor, e ver quantos carros passavam com a cor escolhida, quem tiver mais carros na cor escolhida, ganha. A minha cor era o azul e a do JongIn prata e da Soon era o preto enquanto Chanyeol ainda não havia escolhido uma cor.

— Ali, virando a esquina. — eu olhei para onde ele apontava e eu fiz um bico enquanto Kyungsoon resmungava. Jongin estava nos vencendo. — Olhem! Perto da praça, viram?

— Preto! Bem ali. — Baek, me diga pelo amor de Deus que você tem um carro azul, parecem estar em extinção!

— Ah! Olha, aquele ali 'tá estacionado.— Nini riu e se recusou a marcar o meu como ponto, mas era justo.

— Não vale. Você já contou esse. — eu ri e voltei a esperar por mais carros, um carro vermelho passou mas não era de interesse pra nenhum de nós. Ou quase nenhum.

— Um ponto meu. — Chanyeol se sentou na calçada ao meu lado e sorriu por agora, ter marcado seu primeiro ponto.

— Vai contar só os vermelhos? A nossa cidade é uma porcaria, eu diria que tem uns... três carros vermelhos. — Jongin desanimou Chanyeol que voltou a atenção só para o sorvete. Eu sorri sem ele perceber enquanto o via olhar despreocupado para a rua, mas quando ele voltou o olhar para mim aquela ardência estranha no rosto voltou, ainda mais quando ele sorriu de um jeito diferente, era estranho se, eu meio que disesse que achei Park Chanyeol fofo? Pelo menos naquele momento ele era. Ele aproximou seu rosto do meu e eu só pude arregalar os olhos e me perder mais ainda nos olhos negros tão próximos de mim.

Achei que ele iria me beijar, do jeito que estava se aproximando, me faria morrer, talvez de ansiedade ou coisa assim, talvez ataque cardíaco, lembrando agora, eu lembro de ter ficado com medo de ele ouvir o meu coração bater acelerado.

— Tem sorvete no seu nariz. — ele ainda sorria e eu me encolhi antes de sacudir a cabeça negativamente e passar a mão no meu nariz tentando limpar o sorvete.

— T-também tem em você t-todo. — lambi o meu sorvete depois de mentir. Sim eu estava mesmo irritado com ele, e não sabia explicar exatamente o porquê. — Tem que aprender a tomar sorvete direito, Park. Você parece uma criança de seis anos.

Ouvi a gargalhada bonita e aquilo fez meu coração falhar mais uma vez. As vezes, Chanyeol parece mesmo uma criança de seis anos, temos que concordar, Baek, mas nós sabemos que é isso que faz de Park Chanyeol, Park Chanyeol, o jeito infántil e as vezes até maduro, só nas horas certas. Se eu não tivesse pensado nisso a noite toda quando chegasse em casa, não saberiamos explicar porquê estavamos tão irritados com Chanyeol. Erámos mais infántis que ele, era óbvio, todos ali erámos, apenas crianças mas, bem, eu, você, nós, esperamos por um beijo, Baek. Dá pra acreditar? Um beijo! Um beijo de Park Chanyeol na calçada e com sabor de sorvete de creme.

Você já deve saber como os jovens de mil novecentos e noventa eram. Nós eramos estranhos, não saberia explicar mas agora eu sei. Nós estavamos tão acostumados com as coisas de um jeito que por alguns momentos não queriamos que elas mudassem, e por isso foi tão dificil compreender, Baek, compreender que gostavamos de garotos. E que gostavamos de Park Chanyeol.

— E você tem que crescer mais, se eu pareço uma criança de seis anos você me lembra uma de cinco. — ele voltou a rir e eu cruzei os braços irritado.

— Ora, minha altura nunca foi problema. — ele riu mais uma vez e eu bufei.

— Será que os dois podem parar de brigar e prestar atenção aqui? — Olhamos para Kyungsoon que sorriu. — Valeu. Olha, eu e o JongIn estavamos pensando em ir fazer a inscrição assim que o Yixing e o Sehun voltarem, o que acham?

— Tudo bem. — eu disse e vi Chanyeol concordar com a cabeça.

— Ah, falando nos dois. — viramos e vimos Sehun com Yixing e uma sacola de plástico com as miniaturas do Xing. Sehun e Yixing estavam ofegantes por terem corrido até nós, mas o Zhang era o qua mais parecia cansado entre os dois, mas era claro já que não estava acostumado com as corridas. 

— Yixing, — Sehun chamou o chinês que quase morrendo sufocado o olhou. — Você me deve um rim, por me fazer correr assim e por eu ter gasto toda a minha mesada com isso. — o Zhang sorriu grato antes de se jogar no chão. Pronto para fazer o que ele fazia de melhor, vegetar.


— O que?! Como assim? — Kyungsoon parecia irritada e não era atoa. A mulher que estava encarregada de inscrever os clubes se recusava á nos deixar participar.

— Desculpa, mas são as regras, para participarem como um clube devem ter, no mínimo, dez membros. — Eu suspirei. Só podia ser armação! Um clube não tem que tr um número limitado de membros!

— Regras... — Kyungsoon resmungou algo baixinho antes de se virar para a gente e deixar a mulher á olhando feio lá atrás. — Eu sinto muito. Não vai dar, segundo a baranga ali, não podemos concorrer com menos de dez pessoas no clube. — JongIn pareceu um tanto quanto decepcionado.

— Que pena. — Yixing ia saindo mas Sehun o segurou pela gola da camiseta o impedindo de dar um passo que seja e o fazendo voltar para trás.

— Não gastei tudo que eu tinha pra você simplesmente fugir, não. — Sehun o soltou e olhou para Kyungsoon sério. Bem sério e até olhou para cada um de nós. — A gente tem que fazer isso acontecer, não podemos deixar isso pra lá. Deve ter uma maneira. — eu me afastei deles e fui até a mulher que me olhou feio. Não queria ser incomodada por um bando de crianças idiotas, é claro.

— É... com licença. — eu fiquei tímido. Acontecia quando eu não me sentia bem, quando eu me sentia desconfortável. — Nós não temos dez membros, não tem nada que possa fazer? Nem abrir uma excessãozinha? — eu tentei.

— Claro, que não. Olha, as regras são... simples. Dez ou nada. As inscrições encerram no fim de semana, têm três dias para, sabe, acharem mais alguém. — Chanyeol foi até mim, e ao meu lado ele sorriu á mulher.

— Foi mal. — ela olhou para ele como se fosse uma presa e ela o predador! — Mas, ele quer tentar. Nós queremos, e se fizesse isso ganharia o meu respeito. — ela riu.

— Vai se catar, pirralho. — Chanyeol se inclinou na mesa e a encarou.

— Inscreve a gente nessa droga. Não custa nada burlar uma única regra. Poxa, achei que nós erámos os pirralhos, mas é você quem está obedecendo as regras. — ela olhou para cada um de nós e se inclinou um pouco mais para ficar mais próxima do Park.

Vi ela tirar algo da gaveta embaixo da escrivaninha e por um segundo pensei que chamaria a policia, ligaria para os donos do tal acampamento e nos botaria para correr por conta da persistência de Chanyeol mas ela tirou alguns papéis de lá.

— Qual é o nome do clube? — sorrimos. Chanyeol havia conseguido. Ele era mesmo demais! 

— Sei lá. Clube da casa da árvore? — a mulher riu antes de entregar várias espécies de folhetos, mas que na verdade eram convites, Baek. 

— Vai ter uma festa hoje á noite, são para os clubes que desejam se inscrever, eles vão pra conhecer os adversários e pra ficar por dentro das atividades. — Chanyeol se mantinha atento na mulher assim como nós. — Mas também é frenquentado para quem quer achar um clube, ou no caso de vocês, pra quem quer achar membros. — eu sorri.

Era exatamente o que precisavamos.

— Vejo vocês por lá, se não tiverem dez membros até o fim de semana vou ter que cortar o clube de vocês da lista. — nós não nos esquecemos de a agradecer antes de virar as costas para ir embora. — Ah, e... — eu me virei junto com os outros, e tudo que a moça fez foi colocar o dedo indicador contra os próprios lados, como um pedido de silêncio que nos entendemos e atendemos muito bem com um sorriso.

JongIn correu na frente, super feliz e não demoramos á seguí-lo correndo junto dos outroa. Estavamos mesmo animados. No final só tinhamos que encontrar mais três pessoas legais na festa de hoje á noite, e...

— Caramba! — exclamei parando, o que fez com os outros parassem e me olhassem sem entender nada. — É nossa primeira festa como um clube de verdade, e...

Pois é, Baekkie do futuro, era a nossa primeira festa, e não sabiamos nada sobre festas, sobre como agir, como se enturmar e como abordar as pessoas para participarem do clube. Era térrivel! Eu não saberia dizer á você se foi uma boa idéia ter aceitado aquele convite, se foi uma boa idéia ter ido áquela festa, mas posso afirmar, Baekkie, que viram outras, e que, na nossa primeira festa, nós fariamos, ou melhor, fizemos uma descoberta a mais importante das nossas vidas.

Espero que se lembre do dia que em não conseguimos dormir, não só pensando na festa, ou pensando sobre o quase e bem, sejamos sinceros, esperado beijo de Park Chanyeol, mas porque tinhamos muito o que descobrir ainda. E não se tratava só da festa, não é, Baekkie?


Notas Finais


~continua~

E essa festa hein? Nada a declarar sobre o Chanyeol paquerador badboy só pra conseguir participar.
Acham que eles vão conseguir encontrar mais membros para o clube?
TUDO ISSO NO PRÓXIMO CAPÍTULO DE THE 1995 KIDS!
Parei.

Até o próximo, xuxus ~❤


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