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História The Avenger - Confusion - História escrita por Hayzell - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Avenger - Confusion


Escrita por: Hayzell

Notas do Autor


Mais um capítulo chatinho para vocês, porém, o próximo já estou planejando pra ter sangue, porrada e tortura do jeito que gostam. Boa leitura!

Capítulo 19 - Confusion


Fanfic / Fanfiction The Avenger - Confusion

Alguém me diga por quê você teve que partir e deixar meu mundo tão frio?

(Michael Jackson – You Are Not Alone)

 

Christian me entregou as chaves da Ferrari e voltei para casa com ela.

Quando a estacionei fiquei admirando o melhor prêmio que já havia ganhado em toda minha vida, é tão lindo quanto as curvas de uma mulher. Sorrio e caminho em direção ao elevador. Me olho no espelho e pareço diferente. Meus cabelos estão bagunçados, a camisa velha que estou usando me dá uma aparência de cansado e os olhos parecem querer saltar para fora de tão grandes que parecem, mas a mudança maior não estava na minha aparência e sim na minha personalidade. Depois que matei Blair fiquei com a mente perturbada e sentia medo de me arrepender, agora com meu último crime me sinto mais leve, posso até dizer que tomei a decisão certa. Matar é um crime que não merece perdão, mas descobri que pode ser minha melhor terapia. A sensação que tive ao esfaquear Jason foi libertadora, consegui aliviar todo o estresse que sentia e ter seu sangue em minhas mãos foi prazeroso, é um sentimento totalmente diferente de tortura, é mais rápido e não preciso ouvir porcaria de ninguém.

Assim que as portas do elevador se abrem, me deparo com Hadley, seus olhos estão vermelhos de uma forma que me mostra que estava chorando, penso em dizer algo, mas nenhum som sai de meus lábios. A olho de cima para baixo e vejo que está com uma mala em mãos, sinto meu coração parar por um segundo.

- Para onde você vai? – Me aproximo, mas ela afasta seu corpo do meu. – Por favor Hadley, não faz isso comigo. – Não me respondeu. A vejo apertar os olhos e entrar no elevador, fico a observando e sinto uma mão em meu ombro, é o senhor Collins. – Por favor, não deixa ela me esquecer.

- É melhor para os dois.

- Eu sei que fiz besteira, mas ela me ama, não é? Por que quer me deixar?

- Hadley só precisa de um tempo, tenho certeza que ainda te ama. – Quero acreditar em suas palavras, mas meu coração me diz que acabou. O vejo entrar no elevador e dizer algo a ela, balança a cabeça e olha em minha direção, foi a última visão que tive antes de se fechar.

Entrei no apartamento desconsolado. Não tenho lágrimas para chorar, minha vontade é de quebrar tudo o que está aqui, nada mais faz sentido. Comprei esse apartamento na intenção de tê-la sempre comigo, mas e agora? O que farei? Não posso perde-la. Queria poder dizer que não me importo, tudo bem que ela vá embora, mas a amo e tudo o que está aqui sempre me trará lembranças dela e de seu sorriso.

Fechei meu punho e soquei a parede com a maior força que pude, logo me joguei no chão e coloquei as mãos sobre a cabeça. Quero chorar e aliviar tudo o que está em meu peito, mas não consigo. A tristeza por perde-la foi tão profunda que não consigo sentir outra coisa a não ser raiva. Sinto ódio de mim mesmo por ter escolhido cometer os erros que estou fazendo, se tornou mais forte que eu. Como desistir de tudo por um amor se eu simplesmente me sinto melhor assim? Estou na corda bamba. Tenho que escolher entre amar ou matar. O que é mais importante para mim? Com certeza Hadley, mas se controlar a sede por sangue que sinto irei enlouquecer.

Me levanto e procuro em todas as gavetas cigarro, não tenho certeza se isso aliviaria, mas preciso relaxar e pensar em uma forma para não perde-la.

 

***

Hadley Collins P.O.V

 

Papai reservou o melhor quarto de hóspedes para que eu pudesse dormir e pensar melhor sobre mim e Justin. Não contei a ele toda a história, só disse que mentiu e nós brigamos. Não poderia contar que ele assaltou um banco ou que nós nos tornamos criminosos, não sei se entenderia.

Ficar dias aqui vendo a vadia da esposa dele não é algo que me agrada, mas quero poder passar um tempo com meu pai. Ele sempre teve os melhores conselhos e sei que me ajudará a entender melhor o que está se passando no meu coração e em minha mente.

Ver a reação de Justin foi algo que me doeu, sua voz saiu fraca e seu rosto me mostrava a tristeza que também estou sentindo. Sei que deve estar com muita raiva ou pensando que deixei de amá-lo, mas não é bem assim. Ele é o amor da minha vida, nunca tive e nem terei alguém igual a ele, é único. Ninguém jamais me tocou da forma que ele toca, é como se me levasse ao paraíso ao mesmo tempo que seu corpo me mostra um pouco de como é o inferno. O jeito que me olha, o seu sorriso, seu carinho ao me beijar.... Não existe ninguém igual. Justin consegue ser bruto e insensível quando comete seus crimes, mas comigo é sempre tão doce, nunca me tratou mal ou me desrespeitou, é um perfeito cavalheiro.

Nós temos um relacionamento maduro e saudável, nunca mentimos um para o outro, sempre fomos abertos em relação a tudo. Sei seus maiores segredos e ele sabe os meus, são motivos que me fazem pensar e repensar várias vezes sobre o motivo de ter me escondido algo como o crime que cometeu. Eu não sou perfeita e não posso exigir que ele seja, mas acho sinceridade uma coisa importante em um relacionamento dessa magnitude, por isso espero que Justin entenda meus motivos, mesmo que agora doa, não terei outra forma de fazê-lo entender, brigas só irão piorar tudo e essa não é a minha real intenção. O quero de qualquer jeito, sendo um assassino, bandido, psicopata, mas quero que a sinceridade continue, não existe nada mais bonito do que ser fiel a alguém que você ama.

Abro a mala de cor rosa que trouxe de casa e procuro nas bordas a foto que tirei do porta-retratos da nossa sala de estar. Me sento na cama e fico a encarando me lembrando daquele dia maravilhoso que tivemos em um fim de semana na casa de seus pais. Seu sorriso me lembra aquele Justin que existia antes da sua prisão, tão puro, tão doce, ele costumava ser bem alegre e fazia piadas com tudo, confesso que me irritava ás vezes, mas agora me faz falta.

Quando cometeu seu primeiro assassinato algo mudou nele, da mesma forma que mudei quando pude me vingar do que Taylor havia feito. Logo que lembro de meu filho outras lembranças vem junto. Costumava pegar essa mesma foto e a admirava acariciando a barriga imaginando Justin ao meu lado e sentia tanta falta dele. Imaginava o que estava passando na prisão e se sentia saudade de mim também. No dia que ele apareceu e me beijou eu não pude negar, precisava daquilo, acho que da mesma forma que preciso agora, mas tenho que ser forte, mesmo que meu coração esteja doendo.

Me deito na cama com a foto em mãos, esperando descansar e na expectativa de poder sonhar com ele.

 

***

Justin Bieber P.O.V

 

1º dia sem Hadley.

Acordo de manhã sentindo fortes dores na cabeça, mal consigo encarar a luz que vem da janela. Me lembro que hoje tem aula e seria uma ótima desculpa para vê-la, mesmo que não fale comigo, ver seu rosto já me deixaria mais feliz. O relógio marca 7:32, estou completamente atrasado.

Levanto-me e vou ao banheiro me preparar.

 

Vesti uma camisa branca com estampa de fotos do Elvis Presley, é a favorita de Hadley. Muitas das vezes em que fizemos amor ela vestia e nós ficávamos no sofá assistindo filmes.

Não pude evitar, assim que entrei no colégio a procurei por todos os lados e como de costume está no corredor olhando algo que está no mural. Me aproximei tentando não fazer barulho e fiquei por trás dela, o que Hadley observa são homenagens a Blair e Jason, há ainda um cartaz sobre o desparecimento de Taylor. Ela parecia ler o que haviam escrito para sua amiga.

- Não sabia que americanos davam tanta importância para suicídio de adolescentes. – Disse e ela pareceu espantada ao ouvir minha voz, se virou e ficamos nos olhando como sempre foi. Nenhuma palavra é dita, mas percebo que sua vontade de me beijar é tão grande quanto a minha. O silêncio prevalece por um tempo até que o sinal toca, tenta se desviar e caminhar até as salas, mas a pego pelo braço fazendo olhar para mim novamente. – Eu sei que está muito chateada comigo e eu entendo seus motivos. Não posso implorar que volte para casa porque seu coração deve estar confuso assim como o meu.... Mas preciso de um sinal, me mostra que ainda se importa e quer que fiquemos juntos ou diga que é hora para eu seguir em frente e esquecer você. Vai ser difícil, só que essa falta de respostas está acabando comigo. – Hadley não disse nada, mas selou seus lábios aos meus, é pouco, porém o suficiente para me indicar que ainda devo lutar por nós. Em seguida, se afasta e eu fico observando seus passos ao mesmo tempo que queria gritar que a amo.

Sinto uma mão em meu ombro fazendo-me olhar para trás. É Jack, ele usa um nariz de palhaço, um avental estampado e maquiagem.

- Começou a trabalhar no circo?

- Haha, engraçado. Comecei a fazer trabalho voluntário em hospitais para alegrar as crianças.

- Elas deviam ter medo de você.

- Cadê sua compaixão? – Não consigo conter uma risada. – Brincadeiras à parte, vim lhe avisar que o diretor Frank quer conversar com você, coisa boa não é.

- Seria um milagre, estou precisando de coisas boas na minha vida.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, deixa para lá. Nos falamos depois. – Dou dois tapas em seu ombro e caminho até a sala do diretor.

Depois de alguns minutos sentado aguardando fui chamado até sua sala. Aquele rosto contente de quem me adorava, agora parece querer me sufocar.

- Estou decepcionado. – Ao ouvir tal frase nada me veio à cabeça sobre qual seria o motivo. – Você se meteu em uma briga com Jason, faltou ás provas ontem.... Me diga, Justin. Como poderei ter certeza que será responsável em relação aos treinos e ao jogo?

- Senhor, me desculpe, tem muita coisa acontecendo, minha mente está atolada, estou muito confuso.

- Você precisa de um foco. Não pode se responsabilizar por muitas coisas, priorize o que é mais importante, assim ajudará os outros e a você mesmo. – O conselho era sobre basquete, mas minha mente me fazia lembrar de Hadley.

- Vou tentar. – Foi só o que consegui dizer enquanto imaginava formas de me resolver com ela.

- Quero ouvir um vou conseguir.

- Eu vou conseguir! – Disse com ênfase o fazendo gargalhar.

- Muito bom. Agora vá para sua sala e tire boas notas. – Estendi minha mão e ele a apertou.

 

Entrei na sala de aula e a professora loira e bem vestida se levantou.

- Estávamos esperando você.

- Estava na sala do diretor resolvendo uns assuntos.

- Jack me avisou. Sente-se, a prova será em dupla, escolha alguém. – Olhei diretamente para Hadley, seus olhos não estão fixos em mim, mas em suas mãos, brinca com os dedos como se estivesse nervosa, sempre o faz quando está. Sei que o que quer é um tempo, então caminhei até a mesa de Jack e ele fez um sinal com a mão me dando passagem.

- Queria fazer com a Hadley, mas...

- Eu entendo. – Disse me interrompendo. Não sei se ela havia contado a ele que brigamos, mas está mais do que óbvio que rola um clima tenso entre nós.

A professora começou a entregar as folhas e meu foco estava em Hadley.

-  Bieber, mantenha os olhos na sua prova. Tem um parceiro exatamente para tirar suas dúvidas.

- Desculpe. – Era mais do que óbvio que minha intenção não era essa, só queria admirá-la enquanto está concentrada, fica tão linda.

 

***

 

2º dia sem Hadley.

Nosso contato hoje durante as aulas foi mais do que limitado. Uma hora ou outra a espionava, mas tentei manter meu foco nos professores.

Minha dor de cabeça voltou novamente e precisei mais uma vez tomar pílulas, Scarlet insistiu para que eu fosse a um médico descobrir o que está acontecendo, mas é como Christian disse: não existe remédio melhor do que o álcool.

Liguei para ela achando que uma companhia feminina iria fazer com que me sentisse melhor, mas ainda acho que falta algo. Nós resolvemos então ir a um bar beber e tentar se distrair, ou talvez seria me distrair.

- Vai com calma. – Christian diz depois de eu tomar meu quinto copo de cerveja.

- Preciso ver o Taylor.

- Não vai conseguir tortura-lo se ficar bêbado. – Afastei a garrafa e olhei em volta.

- Trouxemos você para cá na tentativa de que parasse de pensar na Hadley, mas não ajudou, não é?

- Não quero que me deixe.

- Você parece uma mulher choramingando. – Ignorei o que disse e desviei minha atenção para Scarlet.

- Vai fazer algo hoje? – Ela parece surpresa com minha pergunta.

- Não sei.

- Podíamos passar o resto da tarde juntos.

- Por mim tudo bem. – O sorriso dela me mostra outros interesses. Christian limpa a garganta e desvio a atenção para ele, está com a sobrancelha arqueada.

- Vamos conversar um minutinho. – Nos levantamos e caminhamos até próximo do banheiro masculino. – Você está maluco?

- Qual o problema de passar uma tarde com a Scarlet? Não vou estar traindo a Hadley, só quero uma companhia.

- Ela é uma vadia esperta, nunca fica com um cara sem causar confusão.

- Não irei ficar com ela, sabe muito bem quem eu realmente amo.

- Quem avisa amigo é. – Bufei e me virei voltando até onde estávamos.

 

Hadley Collins P.O.V

 

Assim que termino de estudar resolvo ir até a cozinha procurar algo para comer, mas para meu azar só encontro a esposa de meu pai.

- Seu pai não está. – Revirei os olhos.

- Eu percebi.

- Sente-se aqui querida. – Apesar de não querer a obedeci, me sentei ao seu lado nesse enorme sofá branco.

- Você sabe que temos quase a mesma idade, sim? Então não me chame de querida.

- Hadley, eu sei que você está passando por um momento difícil com seu namorado, mas não precisa descontar em mim, só quero ajuda-la e talvez ser sua amiga. – Cruzei os braços e me apoiei no encosto. – É como você disse, temos quase a mesma idade, sei o que se passa no seu coração.

- Pois para mim parece que você sempre teve a vida que sonhou.

- Não é bem assim, ninguém é feliz por completo, sempre falta alguma coisa.

- O que falta para você?

- Sua amizade. – A expressão em seu rosto me mostrava sinceridade, mas ainda estou com um pé atrás.

- Ok, o que você ia dizer sobre o Justin? – Tentei ignorar sua resposta mesmo que estivesse refletindo sobre isso. A única amiga com quem sempre dividi meus segredos era Blair e ela se tornou a amante do meu namorado provisório, não sei mais se poderei ter outra confidente.

- Não posso dizer muito porque vi os dois juntos poucas vezes, mas sei que o que vocês sentem é o tipo de amor que só acontece uma vez na vida. Não importa no que ele tenha errado, lembre-se de que também é humano, erra e ama você. Jamais deixe que pequenas coisas estraguem isso que vocês têm, é lindo e acredite que invejo você. – Todo o choro que tenho segurado por horas veio à tona agora. Estou chorando como um bebê que precisa de colo. Por mais que doa me garganta admitir isso, mas ela está certa. O amo e sei que jamais poderei ter algo assim com outra pessoa. Justin é a melhor coisa que tenho e ele é único, não existe ninguém melhor. Só ele tem a capacidade de me entender, cuida de mim como se fosse uma joia preciosa que nunca quer perder.... Preciso ouvir o que tem para me dizer.

Limpei minhas lágrimas na camisa e me levantei indo até a porta.

 

Estou em frente a porta de nosso apartamento, minhas mãos tremem e meu coração parece congelado. Coloco a mão na maçaneta e abro a porta devagar tentando não fazer barulho. A primeira visão que tenho me faz querer voltar. Há uma mulher morena sentada no sofá, Justin está sem camisa e parece dormir em seu colo. A vagabunda acaricia seus cabelos e ele parece gostar. Queria gritar e tirá-la de cima dele, mas Justin teve atitude semelhante com Jason e não aprovei, não seria justo fazer o mesmo. Dei alguns passos para trás, fechei a porta e corri para o elevador. A vontade de chorar me domina, então me sento e o faço ali mesmo. Abraço meu corpo com meus braços tentando cobrir meu rosto, mas o som do meu choro é alto, não consigo segurar, ele me substituiu antes mesmo de poder me dar a chance de perdoa-lo.

 

Quando chego em casa pude ver que meu pai já estava lá, mas não paro para conversar, ainda chorando corro para meu quarto querendo ficar sozinha. Tranco a porta e me jogo na cama, cubro meu rosto com o travesseiro tentando abafar o choro, mas nada consegue amenizar a dor que estou sentindo.

Nosso amor é algo que só acontece uma vez na vida, então por que jogou isso fora por causa de qualquer uma? Justin nunca foi assim. Não esperava que passasse semanas chorando, mas me trocar também não passava pela minha cabeça. O conhecendo bem sei que não me trairia se não tivesse motivos, ele deve achar que tive algo com Jason.... Talvez nem se importe mais em manter um relacionamento ou chorar por mim. Sei que a vingança causou mudanças em sua personalidade, essa seria uma das mudanças? Quero vê-lo pela última vez nem que seja para ouvir o que tem a dizer, o beijaria e depois descontaria o tapa mais forte que já dei em toda minha vida. Eu mudei por ele, mas talvez não tenha sido o suficiente para provar o meu amor.

- Hadley, você está bem? – Ouço a voz de meu pai por trás da porta.

- Eu só quero ficar sozinha. – Gritei e o silêncio voltou. O único som que escuto é o de meu choro e da minha mente me perturbando com ideias que talvez possam ser a mais pura realidade.


Notas Finais


DEMOROU, MAS SAIU. Assistam o trailer da fanfic https://www.youtube.com/watch?v=V0IcJc0QsVc


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