Outra vez Regina trancava a porta de sua cabana por período indeterminado, por causa da Fera, que agora não era mais uma fera. Ela aceitou o pedido de acompanhar Emma de volta para o castelo e recebeu um beijo na bochecha depois disso. Então, suspirou, e resolveu que antes de saírem deveria ajustar as roupas da princesa no corpo que, agora era menor.
Fez o melhor que conseguiu e agora, do lado de fora da casa trancada, observava a garota ajoelhada no chão, que com o braço estendido murmurava algo para o esquilo que passou tanto tempo chamando de amigo. Ela enfiou a mão no bolso e tirou pedaços quebrados de nozes.
— Vamos lá, ainda sou eu — ela implorou. O bichinho se aproximou com cuidado, meio desconfiado, para cheirar o que estava na mão da loira. Depois encheu a boca e subiu pelo braço dela, reconhecendo qualquer coisa familiar.
— Isso aí, seja um bom esquilo. — A princesa falou e se levantou, caminhando na direção da mulher que a esperava.
— Acho que ele reconheceu o cheiro de cachorro molhado que você ainda tem — Regina apontou.
Emma apenas franziu as sobrancelhas, agora com o esquilo empertigado em seu ombro, traquinando um jeito de se embolar no cabelo loiro. Ela havia se recusado a ir embora sem ele, e não iria brigar se ele a reconheceu pelo cheiro de cachorro, que não achava que tinha, ou não. — Podemos ir agora — foi o que falou.
Regina concordou com a cabeça, e seguiram caminho. O castelo era longe, mas não tão longe, caminhando chegariam ao fim do dia. Depois de um período caminhando, Emma começou a murmurar, logo o murmuro virou uma música.
— Have faith in your dreams and someday your rainbow will come smiling through.*
— Você inventou isso?
— Não, é de uma amiga.
Então, os passarinhos que costumavam seguir a fera por onde ela andava, saíram de sabe-se lá onde estavam. Satisfeitos em pousar no ombro da garota loira.
— Princesa, é claro — Regina bufou. — Como eu sou idiota — ela concluiu em voz alta, ganhando um olhar curioso da outra.
— Todas as musiquinhas que você cantarolava, a frescura com florzinhas, bichinhos e pintura, ser um bicho que não existe... É claro que você é filha da sua mãe, claro que tinha que ser uma princesa enfeitiçada.
— Eu não sou fresca — a princesa se defendeu.
Com isso, ela apenas conseguiu um olhar de canto da morena, que achava ela um pouquinho fresca sim, mesmo quando era uma fera. — Eu não reclamei — ela resolveu responder, afinal.
Emma lhe concedeu um sorrisinho, antes de inesperadamente agarrar-lhe a mão. Regina nunca teve o costume de fazer planos para seu futuro, mas ter que levar uma princesa de volta para um castelo, andando de mãos dadas com ela no meio da floresta, nunca passou por sua cabeça. Mas até então, levar uma fera para casa também nunca havia passado por sua cabeça, até acontecer. A sensação era também, inesperadamente boa.
Entretanto, havia algo sobre o calor da mão da outra na sua que a deixava terrivelmente inquieta, de uma forma que ela não sabia explicar, mas ela esperava que a palma de sua própria não começasse a suar, só porque não queria que a princesa a soltasse. Ela nem percebeu quando a princesa voltou a cantarolar para poder implicar com ela.
E assim, elas continuaram, até o chão de terra da floresta ser substituído pela estrada de pedras que dava para o castelo. A loira deu alguns passos, que se transformaram em saltinhos quando sentiu o chão quente. Oras, a fera não usava sapatos, então a garota estava descalça quando a maldição foi quebrada, Regina tinha um único par de botas, e por mais indelicada que pudesse parecer, não os tirou para oferecer à princesa, que não reclamou de andar descalça até se deparar com o chão de pedra escaldado pelo sol.
✩༄﹏﹏༄✩
Não era incomum que príncipes carregassem suas princesas nos braços, após as acordar com um beijo de amor verdadeiro ou qualquer coisa do tipo.
— Eu sabia que você era romântica — Regina ouviu ser sussurrado em seu ouvido. Enquanto subia pela estrada com a princesa em suas costas, as mãos da loira abraçavam seus ombros, e os braços de Regina passavam pela parte de trás das pernas da garota, a segurando para não cair.
Ela não era um príncipe, além disso, não conseguia andar por uma estrada inteira carregando alguém no colo, mas talvez desse certo com alguém em suas costas. Coisa que não achou exatamente romântica, talvez um pouco humilhante, mas era melhor que deixar Emma queimando os pés até chegar em casa.
Quando chegaram em frente ao castelo, uma construção enorme, os portões estavam escancarados. Regina soltou Emma, e ao pisarem no pátio foram abordadas por um guarda.
— Vocês não podem... — A frase não chegou ao fim, o homem parou de falar ao agarrar o ombro da loira e ser invadido por reconhecimento. — A Princesa está aqui! — Ele gritou tão alto que fez com a que a jovem fizesse uma careta. — Avisem a Rainha!
O lugar estava um caos, e o homem parecia não saber o que fazer, até decidir que seria melhor a levar para dentro. — Venha, venha, é melhor que entre — ele pediu. Regina teria sido ignorada, também sem saber o que fazer, se a loira não tivesse a agarrado pela mão outra vez para que andasse com ela. Guardas andavam pelos lados, correndo para entrar em posição, Emma percebeu que alguns ainda corriam, se preparando para partida. Até pisarem no salão principal, onde se deparam com Branca correndo em suas direções.
— Emma!
Regina se afastou um pouco para o lado quando Emma soltou sua mão, sendo abraçada tão forte que Mills pensou que a Rainha partiria a filha no meio. Quando o abraço foi quebrado a mulher segurou o rosto da filha entre as mãos. — Você está bem?
— Sim — a loira respondeu, já um pouquinho desesperada. Enfim, ajeitou a postura. — Mãe, essa é a Regina — apresentou a morena —, ela é... ela me salvou e me trouxe para casa.
A Rainha então percebeu a mulher em roupas de couro que acompanhava a filha. — Regina... É um prazer
A jovem abaixou a cabeça em uma espécie de mesura, mas não se ajoelhou, então sentiu os braços da Rainha em volta de si, em um abraço que felizmente foi menos apertado do que Emma havia ganhado. A morena comprimiu os lábios enquanto era abraçada, até ser libertada e tentar parecer o mais normal possível, o que significou ficar parada e em silêncio.
— É uma honra — ela resolveu falar, para se sentir menos constrangida.
A Rainha apenas sorriu. — Não tenho como agradecer o suficiente por ter acompanhado Emma até aqui — disse. Sem pensar muito em qualquer que fosse o significado de "salvar". — Mas irei pedir que arrumem aposentos para você, podemos discutir depois que descansarem... Devem estar cansadas. — A mulher bateu palminhas, e mal perceberam quando as empregadas já as acompanhavam na subida das escadas do castelo. — Seu pai saiu para procurar por você — Branca avisou Emma, que foi empurrada para um quarto, ao lado de um para onde Regina era igualmente direcionada.
✩༄﹏﹏༄✩
— Elas precisam de um banho — Branca avisou para as empregadas. — Deem um jeito nisso, as arrumem para o jantar, e se certifiquem de que está tudo bem com Emma.
Eles estavam felizes, claro, no quarto da Princesa havia uma incessante movimentação das trabalhadoras, que andavam de um lado para outro, escolhendo vestidos, preparando coisas para lhe arrumar os cabelos, enquanto isso a garota esperava pelo banho, já acostumada com a rotina daquilo. Os passarinhos escaparam temporariamente pela janela e o esquilo se enfiou debaixo dos lençóis da cama macia.
Enquanto isso, no quarto ao lado Regina recebia atenção semelhante, mas ela não estava nem um pouco acostumada.
— Pode tirar suas roupas, senhorita. — Uma das empregadas falou, enquanto outra procurava no guarda-roupa por roupas que fossem agradar à garota.
— Como? — A morena perguntou incrédula.
— Tirar suas roupas para o banho.
— E vocês não vão sair?
— Iremos ajudar.
— Eu não preciso de ajuda para tomar banho.
— Mas a Rainha ordenou que...
— Senhora, eu garanto que consigo — ela respondeu, levando a mulher pelos ombros até a porta. — Saia também — ela pediu para a outra mulher, que havia acabado de deixar roupas em cima da cama, e que saiu a contragosto. Depois disso fechou a porta, teria trancado se tivesse a chave.
O quarto era algo que ela nunca havia visto igual, era maior que sua própria casa, com piso de mármore e detalhes que ela nem sabia o que era. Sozinha, ela bufou, encarando a bacia cheia de água, e começou a se despir para tomar o próprio banho, se deixando afundar na água aquecida. Quando terminou, vestiu as novas roupas deixadas para ela. E sentou-se na beira da cama até ouvir uma batida na porta.
— Podemos entrar?
— Sim.
E as empregadas entraram para se livrarem da água usada, arrumarem o cabelo da garota e certificar de que ela estaria pronta para o jantar.
✩༄﹏﹏༄✩
Emma entrou nos aposentos da mãe, fechando a porta e encostando as costas contra ela por alguns segundos, antes de dar passos para frente. — Podemos conversar?
— Claro. — A rainha estendeu a mão para as cadeiras estofadas, ao canto do cômodo, e seguiu para lá, servindo-se do que Emma acreditou ser água, em uma taça de prata. A princesa sentou-se de frente para Branca e começou sem rodeios.
— Eu a amo — soltou de uma vez. — Quero dizer, Regina, amo ela, e é com ela que quero ficar. Se não aceitar, me deserde da família, pode pedir que me amaldiçoem uma outra vez e eu volto com ela para a floresta, volto a ser um monstro vivendo em baixo de sua cama, só para poder vê-la todos os dias. Prefiro isso a passar os dias sem ela, apenas peço que permita que fiquemos juntas.
O silêncio permaneceu por alguns segundos. — Uau... Como você é dramática. — A rainha bebericou da taça e os dedos madrepérola tamborilam no braço da cadeira. — Consegue ser pior que seu pai e eu quando éramos jovens. Enfim, se é isso que quer.
Emma quase engasgou. — É só isso que vai falar?
— Não vou pedir que transformem minha filha em um monstro — ela completou. — Não vou mentir, acreditávamos que iria se casar com um príncipe de outro reino ou se apaixonar por um cavalheiro, mas não vou impedir que se case com ela, se a ama. Mas ainda quero que siga a tradição e que ela peça a sua mão em casamento ao seu pai.
A princesa se sentiu mais calma, ainda assim perguntou. — Acha que ele vai aceitar?
A rainha sorriu. — Acho que pode deixar para descobrir isso depois — respondeu. — Quer me contar o que aconteceu?
— Ela me encontrou em uma armadilha e me soltou, deixou que eu ficasse na casa dela e cuidou de mim, mãe. — Emma suspirou. — Ela cuidou de mim quando eu era um monstro — disse em um mais baixo. Pensando na mulher que foi a única capaz de amar um monstro, e de colocar uma criatura desconhecida dentro de casa, achava que Regina era, acima de tudo, corajosa por isso. — Teve coragem de me abrigar quando ninguém mais teria.
Entretanto, a Rainha sentia-se culpada, afinal, ela havia concordado em liberar a caçada da fera. — Machucaram você?
— Só um pouco, eu já estou bem.
— O que aconteceu? — A Rainha insistiu.
— Caçadores com flechas, em sua maioria — ela resmungou —, e uma armadilha para ursos.
— Eu sinto tanto, querida. — Branca se aproximou para apertar a mão da filha. Com Emma ali e com as memórias de volta, as medidas seriam tomadas para o fim da busca da criatura, mas a Rainha sentia-se terrivelmente mal com o acontecido.
— Está tudo bem — a garota respondeu.
— Certo, agora vá descansar.
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A princesa não foi exatamente descansar, depois da conversa com a mãe ela correu para o quarto onde sabia que Regina estava e abriu a porta em um rompante, recebendo um olhar assustado da morena que estava sozinha e fazendo nada.
— Você me abandonou aqui — ela reclamou.
— Eu estava me arrumando — a loira respondeu sendo analisada ao falar isso. Ela usava um vestido claro que marcava sua cintura, e o cabelo apesar de solto possuía uma pequena parte presa, duas tranças que se encontravam na parte de trás da cabeça. Então, ao achar que Regina estava a olhando demais, ela se virou para encarar o espelho, deixando um sorriso escapar.
— Não vai me dizer que agora vai se tornar um narciso — Regina implicou.
— Não — ela riu —, só estou feliz, porque agora posso fazer isso. — Ela se aproximou, apesar da insegurança, e enlaçou a cintura da mulher que havia se levantado, deixando que os lábios se colassem. O beijo se iniciou lento, movido pela curiosidade de jovens que acabavam de descobrir o que era se perder em outro alguém, até tornar-se urgente e cheio de desejo. As jovens só separaram quando lhes faltou o ar, Emma tinha as bochechas vermelhas quando confessou — Amo você.
Regina demorou a conseguir pensar outra vez. Quando a fera desapareceu na frente de seus olhos foi como perder uma amiga que amava, e ela temeu sentir saudades, mesmo que Emma estivesse lá, havia o medo de que a garota fosse alguém completamente diferente, e ela era alguém diferente. Mas não completamente diferente, com exceção da aparência, ela tinha os mesmos gostos e um comportamento parecido, mas com a memória de uma garota criada como princesa, que não era arrogante por isso. — Também amo você — ela respondeu.
— Você vai ficar? — Emma perguntou. — Contei para minha mãe sobre a gente.
Regina sentiu como se todo o sangue tivesse abandonado seu corpo. — E o que ela falou?
— Para você pedir minha mão em casamento para meu pai.
Regina sentiu como se todo ar fosse abandonar seus pulmões. — Ela quer que ele me mate?
— Ah, não seja dramática, pense positivo — disse para a morena que estava pálida. E só então reparou nas roupas que ela usava, soltando um risinho.
— O que foi?
— Suas roupas, parecem que te vestiram assim de propósito.
A morena usava uma calça preta de couro, botas e a grossa camisa preta possuía duas fileiras de botões dourados, o cabelo estava amarrado por uma fita. Ela franziu o cenho. — Não ria de mim.
— Eu não estou rindo de você — ela se corrigiu —, você está linda.
Regina resmungou e deixou a Princesa se aconchegar contra seu corpo, antes de perguntar baixinho. — Por que precisa que te ajudem a tomar banho?
Os olhos verdes se ergueram para ela. — Hmm? — A loira questionou.
— Não conseguem fazer isso sem ajuda? — A dúvida era sincera, apesar da indignação da morena.
— Sim... É só um costume, acho — Emma respondeu, franzindo o cenho.
— Como ricos são esquisitos — Regina concluiu.
— Você ficou com vergonha? — Emma riu, fazendo Regina revirar os olhos. E a porta se abriu outra vez, por uma das serviçais do castelo, fazendo as garotas se separarem de um jeito constrangido.
— O jantar está sendo servido — a mulher avisou.
— Obrigada — a Princesa respondeu. Se encaminhando para seguir a mulher até o salão de refeições, acompanhada por Regina.
Aparentemente o jantar seria algo particular naquela noite, não havia tempo suficiente para prepararem uma festa pelo retorno de Emma, e talvez fosse melhor deixar o reencontro apenas entre a família. Ao chegar no salão Emma recebeu um abraço do pai e um beijo no topo da cabeça, o homem já havia conversado com a esposa e parecia aliviado.
— Querida — ele falou, ainda entre os cabelos da filha. — Como você está?
— Bem — ela sussurrou.
Quando o pai a soltou, ele cumprimentou a garota que a acompanhava. — Regina — ele estendeu a mão, demonstrando que realmente já havia conversado com a esposa.
— Senhor — ela respondeu, pegando a mão do homem.
— Pode me chamar de David, é um prazer.
A jovem concordou com a cabeça e sentaram-se à mesa, o jantar foi servido, e ao lado de Emma, Regina tentava imitar tudo que a princesa fazia. Apenas os quatros estavam presentes e a maioria das perguntas era direcionada para Regina ou para Emma, demonstraram grande curiosidade sobre a vida morena, de onde era, quem eram seus pais e como vivia.
Sem família e vivendo sozinha, não tinha tanto para contar, mas respondeu do melhor jeito que conseguiu. Contou como sobrevivia, deixando de fora os pequenos furtos que cometeu no passado, apesar que, tecnicamente Emma pegara algumas coisas por aí enquanto era a Fera. A Rainha e o Rei não pareceram decepcionados, nem demonstraram nenhuma opinião negativa com relação a jovem. Poderiam dizer que o jantar foi calmo, contaram como passaram os dias na cabana da floresta, até terminarem o jantar e serem dispensadas, caso quisessem ir descansar.
✩༄﹏﹏༄✩
Regina foi convidada para ficar no castelo, no quarto ao lado do de Emma. Apesar da conversa com a filha, a Rainha não comentou nada sobre o relacionamento das duas. E após se retirarem do salão a loira agarrou a mão de Regina, a puxando para o próprio quarto.
— Quer se casar comigo? — Ela perguntou em voz baixa.
Mills achou que a garota estava ficando louca. Claro, ela se lembrava da breve conversa sobre a pedir a mão da Princesa em casamento, só não esperava que fosse receber uma pergunta assim tão cedo. — Acho que sim — ela gaguejou.
— Acha? — A loira lhe deu um tapa no braço.
— Ai, ai. Eu quero, mas agora?
— Não, agora não — Emma murmurou. — Mas pode fazer o pedido agora.
— Como? — Ela perguntou ainda assustada.
— Com a boca... Meus pais devem estar na biblioteca, pode falar com eles lá.
Regina se calou, ela queria se casar com a loira, apesar de achar que princesas se casavam muito rápido. Mas também tinha medo de ser atirada pela janela ao tentar falar com o pai da garota. — A biblioteca fica em qual andar?
— Segundo, eu posso ir com você até lá. — Emma respondeu, pensando que Regina só queria saber o caminho, enquanto isso, Regina imaginava que uma queda do segundo andar era bem ruim.
— O que eu posso falar?
— Ah, seja criativa — a Princesa respondeu, e puxou a mão da morena outra vez, a levando de novo pelo corredor. E Regina se deixou ser guiada pelo castelo outra vez, tentando criar qualquer discurso rápido que pudesse usar.
De repente estavam na porta da biblioteca, Emma deu um beijo na bochecha da morena. — Para dar sorte — e bateu na porta.
Foi David quem abriu a porta, estava na companhia de Branca, que permaneceu sentada em uma das cadeiras estofadas.
— Querida, precisam de algo?
— Sim, podemos entrar para conversar — Emma respondeu.
O Rei deu espaço para elas entrarem. — Claro.
Emma deu uma olhadinha para Regina, que estava em pé em frente ao Rei, a jovem parecia ter congelado.
— Majestade — a morena falou, tomando coragem. — Passei os últimos dias com Emma... E hhm, foram os melhores dias que eu já tive. Eu não tenho muito a oferecer, mas eu amo sua filha — ela abaixou a voz — Permite que ela se case comigo?
O Rei ficou sério — Eu não posso responder isso — falou depois de pensar por alguns segundos. — Emma — ele chamou —, é isso que você quer?
A garota o olhou com receio — Sim.
— Então, vocês têm minha bênção.
— Sério? — A loira perguntou.
— Sim — respondeu o Rei, apertando o ombro da filha. — Conversamos mais sobre isso depois.
A Princesa se balançou sobre os calcanhares e deu um passo para atrás. — Obrigada — ela soprou. — Vamos deixar vocês conversando. — E puxou Regina pela manga da camisa, que só teve tempo de deixar um — Obrigada — escapar, antes de estar no corredor outra vez.
— É para dormir em seu quarto — Emma ouviu o aviso da mãe antes de fechar a porta.
A morena ainda se sentia extasiada e assustada enquanto andava de volta para o quarto, ela estava feliz, mas tudo ainda parecia um pouco irreal. Ela olhou para a garota radiante ao seu lado. — Como está se sentindo?
— Muitíssimo bem — Emma respondeu, sorrindo. — E a senhorita?
— Muitíssimo bem — ela respondeu, no mesmo tom de voz da Princesa.
E pararam nas portas dos quartos. — Boa noite, noiva — Emma murmurou, antes de, por uma segunda vez dar um beijo na morena e entrar para o quarto.
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