Girl (girl), you really got me now
You got me so I don't know what I'm doin', yeah
Oh yeah (yeah), you really got me now
Got me so I can't sleep at night
Van Halen
Dimitri's POV
Após finalmente assumir publicamente meu namoro com Rose achei que teríamos alguma paz em nossas vidas, mas isso não durou muito graças à visita do irmão de Lissa. A presença desse André em minha casa me incomodava extremamente. Eu tinha plena confiança em Rose, tanto em seu amor quanto em seu caráter, mas eu não confiava nem um pouco naquele cara. Por mais que a morena afirmasse que ele era como um irmão, eu duvido que o loiro sinta o mesmo. Eles não são irmãos de verdade e que homem em sã consciência não olharia para ela com desejo?
Apesar disso, tive que engolir o meu ciúmes por hora ou acabaria enlouquecendo e me foquei em meu treinamento. Eu finalmente estava conseguindo alcançar o desempenho de antes da lesão e estava sendo ótimo voltar a ativa, mesmo tendo que aturar Ralf. O rapaz era um grande amigo de Jesse e vivia lançando indiretas sobre como o outro havia sido injustiçado e como dão mais valor para alguns jogadores que outros. Será que esse idiota não entendia que o babaca do Jesse não sabia trabalhar em equipe?
Infelizmente, havia mais uns dois ou três jogadores que pareciam compactuar da mesma opinião de Ralf, apesar de nunca terem verbalizado isso. Stan me pediu para ter paciência e apenas ignorar, pois tinha esperanças de substituir alguns deles no draft¹ da próxima temporada e eu segui seu conselho. Além do mais, quase todos estavam na reserva, então não precisava me preocupar com outro episódio como o provocado por Jesse se repetisse em campo.
Na quinta-feira eu passei no médico uma última vez antes do grande jogo de retorno e o fisioterapeuta do time se mostrou realmente surpreso com minha rápida recuperação. Eu reafirmei a ele o quanto Rose fora essencial para isso, desde seus cuidados logo após a lesão até os exercícios extras que ela vinha me passando, e o médico imediatamente quis conhecê-la.
Eu liguei para a morena assim que saí do consultório e ela logo concordou em ir até o CT à tarde. Achava no mínimo justo que ela recebesse o mérito e fosse parabenizada por sua atuação. Minha garota é perfeita.
Logo após o almoço, as cheerleaders resolveram treinar em parte do campo e não pude deixar de me lembrar de outra ocasião em que isso aconteceu. Eu só espero que Rose se mantenha longe desse treino.
- Hey, Belikov – Stan me chamou enquanto eu treinava alguns arremessos com Eddie. – Sua garota está te procurando. Garanta que ela não arrume nenhuma confusão dessa vez.
Eu vi Rose parada à beira do campo. Ela estava linda em um sobretudo de couro, porém não estava sozinha. Por que ela teve que trazer esse panaca? Será que o Dragomir não vai desgrudar dela nem um minuto sequer?
- Oi camarada – ela me cumprimentou com um rápido selinho assim que me aproximei dos dois. – Eu não quis deixar André sozinho em casa, então o chamei pra vir junto. Espero que você não se importe.
- De forma alguma – respondi mecanicamente ao cumprimentar o rapaz que parecia bem interessado em observar as cheerleaders. – Fique a vontade.
- Não tão à vontade – Rose murmurou.
- Obrigado – ele sorriu, ignorando o comentário dela. – Acho que eu vou conversar com as garotas.
- André, deixe as pobres coitadas em paz – Rose revirou os olhos. – Eu sei que você vai acabar iludindo alguém e eu gosto de algumas delas.
- Ótimo – André aumentou seu sorriso. – É só você me falar quais são as que você não gosta.
- Vamos, Rose – eu interrompi aquela conversa absurda. – O fisioterapeuta está esperando.
- Se comporta, André – ela falou por cima do ombro enquanto eu a arrastava para longe daquele imbecil.
- Eu sei me cuidar, florzinha – ele gritou em resposta fazendo meu sangue ferver.
Por que ele tem que chamá-la assim? Será que Rose acreditaria se eu errasse um passe e acertasse no meio da cara dele?
- Você sabe o que o seu médico quer comigo? – a morena questionou conforme andávamos em direção ao centro médico, desviando a minha atenção.
- Acho que o Dr. John apenas quer te parabenizar – dei de ombros. – Eu contei a ele como você vem cuidando de mim desde que me machuquei.
- Espero que você não tenha revelado a ele todos os meus métodos – ela piscou antes de começar a passar a mão por meus braços. – Mas o que eu realmente quero saber é como você pode estar tão tranquilo sem uma bendita blusa enquanto eu estou congelando.
Apesar de no fim de semana anterior termos tido uma anormal onda de calor para a época do ano que elevou a temperatura, os termômetros voltaram a cair.
- Você está exagerando – sorri. – Nem está tão frio, assim...
- Desde quando dez graus não é frio? – ela perguntou se agarrando mais ainda ao meu braço. – Acho que nascer na Sibéria afetou verdadeiramente o seu cérebro, camarada.
- Exagerada – gargalhei, esquecendo todo o meu mal humor por conta do Dragomir ao me desvencilhar dela e passar meu braço por seus ombros, trazendo-a para perto. Ela realmente é o meu escudo antitristeza, como a ouvi falar com Claire.
Nós entramos no centro médico e seguimos até a área de fisioterapia onde fomos recebidos pelo Dr. John.
- Então essa é a garota? – ele questionou ao ver Rose ao meu lado.
- Sim, essa é Rosemarie Mazur – apresentei.
- É um prazer – ele apertou a mão dela sorrindo simpaticamente, indicando as cadeira à frente de sua mesa para que nos sentássemos. – Eu ouvi muito sobre você. Aparentemente você tem ajudado muito o rapaz.
- Ela me curou, doutor – pisquei para a morena, fazendo-a corar.
- Eu só coloquei em prática o que aprendi – Rose se explicou timidamente.
- Você parece ser bastante dedicada e ter um bom conhecimento da área.
- Razoável – ela deu de ombros. – Eu não pude estagiar após a faculdade, mas consegui fazer alguns atendimentos em aula e também estou sempre tentando me manter atualizada.
- Então você não está atuando na área no momento? – ele pareceu espantado.
- Infelizmente não – Rose confirmou um tanto desapontada e me senti alarmado. Por várias vezes enquanto a morena estava cuidando de mim imaginei que ela seria incrível trabalhei em sua área, mas não cogitei que não estivesse feliz trabalhando em minha casa.
- Eu não sei se é de seu interesse, mas estamos sempre abertos a receber estagiários aqui e seria ótimo ter alguém como você – Dr. John propôs.
Espera... O quê?
- Você está falando sério? – ela perguntou animada, me deixando ainda mais apreensivo. Rose esqueceu que já tem um emprego. E a Claire?
- Claro – ele continuou. – Assim que acabar a temporada teremos um longo trabalho de recuperação dos atletas para a próxima e podemos nos organizar pra você começar nesse período. Isso se você tiver interesse.
- É claro que sim – a morena respondeu totalmente animada.
- É claro que não – eu falei junto com ela, recebendo um olhar esquisito da garota e confuso do fisioterapeuta. Ela não podia decidir isso assim.
- Bem, acho melhor vocês dois conversarem a respeito antes de tomar qualquer decisão – Dr. John disse sem graça, antes de estender seu cartão para Rose. – Mas você pode me ligar quando tiver uma resposta.
- Ela já tem um emprego – eu informei me erguendo da cadeira.
- Eu com certeza vou te ligar – Rose me ignorou antes de me acompanhar para fora da sala. Assim que fechei a porta atrás de nós, ela me olhou irritada. – Qual é o seu problema?
- Eu é que pergunto! – exclamei. Ela quer saber qual é o meu problema? – Você esqueceu da Claire? Quem supostamente cuidaria dela?
- Dimitri, eu não vou ser babá pra sempre e você sabe disso. Eu me formei e quero trabalhar na minha área – ela apontou. – Além disso, é ridículo você continuar me pagando pra cuidar da sua filha agora que eu sou a madrasta dela. Eu não posso continuar trabalhando pra você.
Nesse ponto ela tem razão. É estranho pensar que minha namorada é babá da minha filha. Mas o que isso significa? Vou ter que contratar outra pessoa para ficar com Claire? Eu não queria mais nenhuma estranha dentro da minha casa.
- Você não precisa trabalhar. Você pode cuidar da Claire e não vai te faltar nada, nunca – pensei alto, mas me arrependi no mesmo segundo de ter falado aquela grande besteira. O olhar que a morena me lançou não foi nem um pouco agradável.
- Se fosse pra eu ficar dependendo de alguém sem trabalhar, eu teria ficado na Pensilvânia ou teria aceitado a mesada do meu pai – Rose rosnou. – Eu sou plenamente capaz de trabalhar e ganhar o meu próprio dinheiro sem precisar de você.
- Não foi o que...
- Se você pensa que eu vou ser uma dona de casa que vive pra parir filhos seus está muito enganado, Belikov – ela me interrompeu apontando um dedo na minha cara. – Eu tenho a minha carreira e não vou desistir dela nunca. Ainda mais sabendo que em poucos anos Claire vai crescer e não vai precisar de mim. Não foi pra isso que o meu pai me criou, está me ouvindo?
- Rose, eu não...
- Você está sendo um idiota de sequer cogitar essa possibilidade – a morena continuou irritada.
- Você quer me deixar falar? – pedi. – Que droga! Não foi o que eu quis dizer e você não me deixa explicar.
- Então explique – ela cruzou os braços e me olhou de forma desafiadora.
Ao vê-la tão irritada à minha frente eu tive a súbita vontade de rir. Rose ficava incrivelmente linda e sexy quando ficava brava. Mesmo durante nossas brigas, eu nunca fiquei com raiva ou desejei me afastar dela. Ela é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida sem graça.
- Eu só não quero ter que contratar uma desconhecida pra ficar dentro da nossa casa – esclareci. – Estou realmente cansado disso.
- E quem disse que precisamos fazer isso, Dimitri? – Rose revirou os olhos como se eu estivesse sendo ridículo. – Qual é? Claire passa a maior parte do dia na escola. Tenho certeza que nós conseguiríamos nos organizar para trabalhar e cuidar dela. E eu posso tentar conciliar minhas férias com as dela e ela poderia ir pra algum acampamento por umas semanas. Eu sei que a baixinha está louca por isso.
Eu a olhei surpreso. De fato nós poderíamos fazer tudo isso. Rose poderia vir comigo para o CT e deixaríamos a Claire na escola antes. Acho que não precisamos mesmo de uma babá.
- Nós vamos resolver todos os detalhes – ela se aproximou subindo as mãos pelos meus braços, enlaçando meu pescoço em seguida. – O que importa é que somos capazes de fazer isso, você vai ver. Nós vamos cuidar da nossa menina juntos.
Pensei que fosse explodir de tanta felicidade ao ouvi-la falando isso. Ela ama minha filha de verdade. Nós somos uma família perfeita.
- Obrigado – eu disse encostando minha testa na dela, olhando no fundo daqueles olhos castanhos que pareciam conhecer todos os segredos da humanidade. Não conseguia encontrar palavras para descrever a beleza daquele olhar. A única certeza que eu tenho é que nasci para admirá-lo.
- Pelo quê? – Rose perguntou confusa.
- Por ser a mulher mais incrível e linda que eu já conheci – eu lhe dei um pequeno beijo nos lábios. – E de alguma forma que eu realmente não entendo, você me escolheu.
O som da sua risada aqueceu minha alma enquanto eu continuava admirando-a, observando como ela ficava linda ao corar.
- Você está me deixando mal acostumada, Belikov – Rose desviou o olhar. – Fica me falando essas coisas...
- Já te disse que é muito menos do que você merece, minha Roza – roubei mais alguns beijos dela. – Agora vamos antes que o Stan venha me buscar. Eu ainda preciso treinar.
- Ok – ela gargalhou enquanto começávamos a andar. – Eu realmente não quero ter que ouvir um sermão dele.
- Mas eu prometo que mais tarde vou tentar te dar algo mais aproximado daquilo que você merece – sussurrei ao ouvido dela, passando meu braço por sobre seus ombros conforme nos aproximávamos do campo.
- Ah é – a morena mordeu o lábio inferior brevemente em meio a um sorriso. – E o que... Aquela besta quadrada está fazendo?
Ela se soltou de mim de repente quando chegamos à beira do campo, me deixando confuso por um segundo até que a vi seguir até onde André estava. O homem estava inclinado na direção de Mia, falando praticamente ao ouvido da garota.
- Quem é esse cara? – Mason inquiriu ao meu lado enquanto ambos observávamos Rose praticamente arrastar André de perto da loira. – Sério, Belikov, de onde ele surgiu?
- Ele é o cunhado do Eddie. Você deveria conhecer – expliquei ao notar a cara de poucos amigos do ruivo. Rose comentou que ele havia saído com Mia e me perguntei se estava rolando algo mais sério entre eles.
- Esse é o irmão da Jill? – ele perguntou surpreso. – E por que ele está com a Rose?
- Você fala como se fosse algo difícil – ouvi alguém zombar atrás de nós.
- Como é? – rosnei me virando para encarar Ralf que tinha um sorriso estúpido no rosto.
- Você ouviu – ele continuou. – Se olharem bem vão ver que as duas estão caidinhas por aquele cara.
- É bom você calar a droga da boca – Mason rugiu dando um passo a frente e vi que dois dos amigos de Ralf se postaram igualmente próximos a ele.
- Eu ficar quieto ou não, não vai mudar o fato de que as duas não passam de duas vadias baratas que...
Eu não dei chances para ele terminar aquela frase. No mesmo instante fui para cima dele, derrubando-o no chão com um soco e me concentrei em acabar com a raça dele enquanto Mason partiu para cima dos outros dois.
- Dimitri! – ouvi Rose gritar a certa distância. – Você vai se machucar. André, faz alguma coisa!
- O que você espera que eu faça? – o outro perguntou surpreso.
Eu estava concentrado em bater no homem que derrubei, mas pude notar que uma certa confusão se formou à nossa volta. Senti que alguém tentou me tirar de cima do maldito, sem muito sucesso até que algo que ouvi me fez parar.
- Sai de perto dele! – Rose exclamou com sua voz muito próxima a mim e na sequência houve um gemido de dor.
Ela realmente está no meio de toda essa briga?
No mesmo instante esqueci de Ralf e me levantei, localizando-a em pé atrás de mim com um jogador da reserva caído aos seus pés.
- O quê? – a morena deu de ombros quando a olhei enquanto o homem estava encolhido praticamente chorando de dor. – Ele ia bater em você.
- Você tinha que chutar justo essa parte? – Mason perguntou com uma careta e vi que todos haviam parado de brigar no mesmo instante olhando com pena o pobre homem que continuava se contorcendo no chão.
- Bem que Jesse falou que ela é uma vadia louca – Ralf cuspiu, limpando o sangue do canto da boca ao se erguer com dificuldade.
- Lava essa sua boca pra falar com a Rose – rosnei, sendo contido por Mikhail antes que voltasse a bater naquele desgraçado.
- E eu tô cagando pro que aquele monte de estrume pensa a meu respeito – Rose retrucou com desprezo. – A opinião dele vale tanto quanto o seu caráter.
- Foi por sua culpa que ele perdeu a vaga no time – o idiota continuou a argumentar. – Você devia ser proibida de entrar aqui.
- Ele jogou a carreira no lixo porque quis – Stan vociferou surgindo de algum lugar e olhou a balbúrdia a sua volta. Todos os jogadores prontamente abaixaram a cabeça diante do olhar raivoso do treinador – E vocês todos são idiotas por acaso?
- Treinador, nós... – Eddie começou a argumentar.
- Qual é o problema de vocês? Estão agindo como um bando de adolescentes desmiolados – o homem o cortou e vi por minha visão periférica que Rose e André se afastaram discretamente do grupo. – Vocês são profissionais, porra! Eu não me importo se vocês têm diferenças pessoais ou se não gostam uns dos outros. Vocês só têm que se respeitar e jogar como homens. Nós temos um jogo decisivo depois de amanhã e vocês precisam começar a agir como um time ou seremos massacrados. Vocês querem isso?
- Não, senhor – alguns balbuciaram envergonhados e me senti mal por ter sido o pivô de mais um desentendimento no grupo. Tudo bem que tanto Jesse como Ralf haviam passado dos limites, mas eu era o capitão ali, precisava ter dado o exemplo e não o fiz.
- À partir do momento que vocês colocam esse uniforme – ele apontou para o próprio peito onde estava o símbolo do Buccaneers – é melhor mostrarem serviço. Têm que agir como a equipe que somos! Quando vocês cruzam aqueles portões vocês vão começar a agir como os jogadores de um time da NFL que são e não como um monte de lutadores de MMA. Estamos entendidos?
- Sim, senhor – todos falaram.
- Estão todos dispensados por agora, mas amanhã eu quero homens de verdade entrando no meu campo ou nem precisam vir aqui – Stan encerrou, se virando em direção ao seu escritório. – Sarcozy, você vem comigo! Belikov, quero você na minha mesa amanhã no primeiro horário.
Ralf revirou os olhos e seguiu o treinador enquanto os demais se dispersavam e vi Rose abrir caminho até mim.
- O que você estava pensando? – ela parou à minha frente cruzando os braços.
- Rose, o que você estava fazendo no meio de uma briga?
- Tentando evitar que você se machuque antes mesmo de voltar a jogar – Rose explicou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Qual a sua desculpa?
- Eu estava apenas ensinando Ralf a não abrir a boca pra falar de você – eu ainda não acreditava que a pequena havia derrubado um jogador que pesava quase três vezes mais do que ela para me defender.
- Dimitri, eu não preciso que defenda a minha honra – a morena revirou os olhos. – Acho que você viu que sou bem capaz de fazer isso sozinha.
- Com certeza eu vi – fiz uma careta ao me lembrar de seu método de defesa antes de pousar minhas mãos em seus ombros. – Mas me promete que não vai se envolver em outra briga dessas. Você poderia ter se machucado.
- Não fui eu quem saiu daqui chorando – ela cantarolou me fazendo rir.
- Onde está o Dragomir? – questionei ao olhar à nossa volta, notando que estávamos sozinhos ali.
- Enquanto Stan estava discursando, Chelsea veio falar com ele e os dois saíram juntos – Rose deu de ombros.
- Me diz que ela não é comprometida – respirei fundo e fechei os olhos em exasperação. – Você sabe que toda essa confusão aconteceu por causa dele.
- Ela não é. Pelo menos não com nenhum dos jogadores – a morena garantiu antes de passar os braços por meu pescoço, me fazendo olhá-la. – Eu sei que André está dando trabalho, mas tenha só mais um pouquinho de paciência. Eu vou dar um jeito de me livrar dele na semana que vem.
- Só na semana que vem? – gemi.
- Eu prometi a ele que poderia ver o jogo do fim de semana no camarote – ela contou com um pedido de desculpas no olhar. – Mas eu juro que ele não vai mais te incomodar.
- Tudo bem – suspirei e Rose me beijou de forma mais entusiasmada que o local permitia.
- Eu juro que vou te recompensar por sua paciência – ela sussurrou de forma maliciosa ao afastar sua boca da minha.
- É bom mesmo – sorri após morder seu lábio inferior. – Eu estou sendo muito condescendente.
- Então vamos logo embora que eu tenho uma dívida a pagar – ela piscou me estendendo a mão e já senti meu corpo se aquecer ante a expectativa de aproveitar o que ela tinha em mente.
Acho que a estadia do Dragomir não seria tão ruim assim afinal.
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¹ O Draft é um evento anual de recrutamento. Uma vez por ano, os times da NFL tem a oportunidade de selecionar jogadores universitários elegíveis para jogarem profissionalmente. O Draft é o evento que reúne os times para as escolhas desses atletas. É a principal maneira de recrutamento de novos talentos do College para a NFL, onde são selecionados os principais jogadores que se destacam no futebol americano universitário.
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