Pov’s Jorge
Acordei no outro dia com a luz do sol adentrando o meu quarto. Rapidamente procurei um travesseiro por perto e tapei meus olhos, mas um certo ser não me deixo continuar o meu precioso sono.
- Nada disso! Você vai se atrasar e nós precisamos botar o plano em pratica. – Ruggero diz enquanto arrancava as cobertas de mim.
- Que plano!? – Pergunto em um pequeno murmuro – Não me lembro de plano algum.
- Ah não!? – Diz puxando o travesseiro do meu rosto – Esqueceu que você vai pedir a Tini em namoro hoje?
- Eu vou? – Pergunto abrindo um olho – Quando nós decidimos isso mesmo?
- Decidimos isso nessa madrugada. Nós passamos boa parte da madrugada planejando tudo para um pedido de namoro perfeito. – Ruggero indaga enquanto abria as cortinas do quarto.
- Duas perguntas! – Exclamo enquanto levantava a mão.
- Uma já foi. – Diz convicto.
- Idiota! Essa não valeu. – Digo e arremesso o meu travesseiro em sua direção – A primeira pergunta é; nós fizemos tudo isso mesmo? Porque eu não me lembro de nada disso.
- Fizemos sim, os meninos ainda estavam aqui nós ajudando. – Ruggero diz e eu logo me lembro.
- Ata, lembrei. – Digo rindo.
- Qual era a outra pergunta? – Ruggero indaga.
- Você acorda sempre nesse pique todo? – Pergunto me segurando ao máximo para não rir.
- Idiota! Como a Tini consegue te aguentar hein? Porque eu não estou te aguentando não! – Ruggero indaga.
- Ela não resisti aos meus encantos. – Digo sorrindo e adentro o banheiro.
[...]
Estava caminhando pelos corredores a procura da minha pequena. Faltava exatos dez minutos para tocar o timbre e eu ainda não havia há encontrado. Já havia procurado no refeitório, na piscina, na quadra de vôlei e agora só faltava a sala dela.
Estava caminhando tranquilamente quando de repente alguém tapa os meus olhos. Na hora pensei que poderia ser uma daquelas gurias que adoram vir falar comigo, mas depois eu senti um certo perfume bem familiar e as mãos que me cegavam eram bem pequenas e delicadas. Só podia ser uma pessoa...
- Tini! – Digo rindo e logo vejo ela bater o pé.
- Isso não vale, você me viu chegando. – Diz cruzando os braços.
- Não vi nada. – Puxo ela pela cintura – Cadê o outro pedaço dessa sua saia!? – Pergunto meio incomodado com cumprimento da sua saia minúscula.
- Não é culpa minha! – Indaga enquanto leva as mãos pra cima – Esse é o novo uniforme.
- Ox, isso não pode ser um uniforme, não com aquele diretor no comando. – Indago enquanto analisava aquela saia – Vamos voltar para o seu dormitório, você vai usar uma calça.
- Vou nada! Está super calor Jorge, e esse é o uniforme, não posso desrespeitar as regras. – Indaga vitoriosa.
- Tudo bem! – Digo me rendendo – Mas eu vou andar o resto do dia atrás de você, tem muito safado nessa escola.
- Você era um deles, lembra!? – Diz rindo enquanto andavamos abraçados pelo corredor.
- Eu podia até ser, mas eu respeitava a garota dos outros. – Digo convicto – Só dava encima das solteiras.
- Bom, isso eu preciso concorda com você. – Tini diz sorrindo.
- Ah, preciso que você fique pronta hoje anoite, tenho uma surpresa pra você. – Digo virando ela para mim.
- Que tipo de surpresa! – Pergunta curiosa enquanto rodeava seus braços no meu pescoço.
- Se é surpresa eu não posso falar. – Indago e logo vejo a cara de reprovação da Tini – Princesa, acredite em mim, você vai amar a surpresa que eu tenho pra você.
- Espero. – Diz me dando um selinho demorado.
[...]
Horas depois...
Já se passava das nove horas da noite quando eu terminei de me arrumar e sai do meu dormitório com um buque de rosas em mão. Arrumei rapidamente o meu cabelo e fui ao encontro da minha princesa. Assim que cheguei na frente do seu dormitório, dei duas leves batidas na porta e logo a Mercedes atendeu.
- Quem te viu quem te vê, hein Jorge. – Diz me olhando dos pés à cabeça – Foi abduzido por alienígenas!?
- Fui, pelos alienígenas do seu planeta. – Indago sarcástico.
- Idiota! Como a Tini te aguenta? – Pergunta se apoiando no batente da porta.
- Sabe, você é a segunda pessoa que me pergunta isso hoje! – Indago me fingindo de pensativo.
- Que bom! Quer dizer que mais uma pessoa não te atura. – Diz com um sorriso sarcástico em seus lábios.
- Pois! Você e o Ruggero fariam um belo par, já que foi ele que me disse isso. – Digo sorrindo.
- Esse é dos meus, pensa do mesmo jeito. – Mercedez diz rindo.
- Estou pronta! – Tini diz aparecendo na porta.
- Acho que vou começar a contratar seguranças pra você. – Indago enquanto olhava a Tini da cabeça aos pés.
- Exagerado! – Diz balançando a cabeça negativamente.
- Isso é pra você. – Indago enquanto entregava o buque de rosas pra ela.
- Ownt! Obrigada Yoyi! Amei as rosas vermelhas. – Diz sorrindo – Mechi, bota as rosas em um vaso com água, por favor!
- Pode deixar! – indaga enquanto olhava as rosas – Bom passeio pra vocês, e cuida bem da minha amiga em Jorge.
[...]
Os meninos haviam decorado um cantinho do colégio para mim e para a Tini com a ajuda das meninas. Eu nem sabia como o lugar estava decorado ou muito menos o que eles haviam colocado lá, mas confiava neles e sabia que eles nunca me deixariam na mão.
Depois que peguei a Tini em seu dormitório, nós caminhos até o campus da escola em absoluto silencio, apenas ouvindo a respiração um do outro. Quando chegamos perto do nosso cantinho, eu fiquei na frente da Tini e mostrei um lenço pra ela.
- Não! Na-na-ni-na-não! Não Jorge! – Diz dando alguns passos atrás – Eu não suporto esse negócio de vendar os olhos.
- Vai princesa! Se não vendar os olhos não tem surpresa. – Indago enquanto arqueava uma sobrancelha.
- Tudo bem! – Diz se rendendo contra gosto.
Ela se virou de costas pra mim e logo eu tapei seus olhos com o lenço. Assim que terminei de fazer o nó, abracei a Tini por trás e comecei a guia –lá pelo campus. Chegamos na frente do nosso cantinho, me posicionei em sua frente e logo tirei o lenço dos seus olhos.
- Pronta!? – Pergunto sorrindo.
- Claro! – Diz retribuindo o sorriso.
Sai rapidamente da sua frente e logo vi ela abrir a boca em um perfeito O.
- Gostou? – Pergunto.
- Eu amei! Ficou muito lindo Jorge, você não cansa de me surpreender. – Diz me olhando enquanto acariciava a minha bochecha.
- Bom, eu tive uma pequena ajuda do pessoa, mas está valendo. – Digo sorrindo.
[...]
Estávamos deitados encima da tolha vermelha que estava repousada encima da grama verdinha do campus. A Tini estava com a sua cabeça apoiada no meu peito e juntos olhávamos as constelações. Enquanto encarava as estrelas, milhares de pensamentos passaram pela minha cabeça. A algumas semanas atrás eu estava apenas a procura de um rabo de saia, andava pela escola ficando com qualquer guria, sem ligar pros sentimentos de nenhuma, menos os sentimentos da Tini. Ela havia mesmo mudado o meu jeito de pensar, o meu jeito de agir e o meu jeito de encarar as coisas. Ela me mostrou que eu poderia sim me apaixonar novamente e poderia sim confiar novamente em uma garota. E essa garota era com certeza ela, eu não quero outra garota ao meu lado, ou mil e uma garotas, eu quero apenas uma, eu quero apenas a Tini. Quero dividir todos os meus momentos com elas, quero passar por tudo com ela, quero poder confiar em uma parceira novamente, e nada melhor do que ela para me ajudar com isso. Eu estava decidido, hoje mesmo assumiria um relacionamento serio com a Tini.
- Tini! – Indago em um murmuro.
- Oi! – Diz levantando o seu olhar pra mim.
- Posso te fazer uma pergunta? – Pergunto enquanto nós dois nos levantávamos.
- Claro! – Diz me olhando.
- Olha, na verdade eu nem sei por onde começar! – Digo coçando a minha nuca – Tini, você sabe que eu não sou aqueles caras românticos que tem um texto na cabeça apenas para se declarar. Eu não pensei no que falar pra você e muito menos ensaiei o que dizer, mas, tudo que eu quero dizer é que...eu te amo Tini. Eu te amo com todas as minhas forças. Eu nunca pensei que voltaria a dizer essa frase novamente mas, cá estou eu, aqui na sua frente, ajoelhado e sem saber o que falar direito. Você é uma garota fantástica, a garota que eu sempre quis e sempre vou querer por perto. A garota que sempre me faz sorrir e sempre me dá um puxão de orelha quando eu preciso. A algumas semanas atrás eu era conhecido como o pegador dessa escola, mas hoje, hoje eu não estou nem ai pra quem é o maior ou o menor pegador dessa escola, tudo que eu quero saber é de você. A única coisa que me importa dentro dessa escola é você, é você e mais ninguém. Eu juro que estou dando o meu melhor para ser o garoto dos seus sonhos, o garoto cavalheiro e romântico que você merece. Claro que as vezes eu preciso de ajuda como eu precisei agora, mas eu juro que eu vou te fazer feliz princesa. Tudo que eu quero escutar é uma pequena palavra. Uma palavra que vai mudar o sentido de toda a minha vida, a palavra que vai me fazer o garoto mais feliz e realizado desse mundo. Então você, Martina Stoessel, aceitar ser a minha namorada daqui pra frente? Aceita ser a minha garota por um bom tempo? Aceita me deixar te fazer feliz? – Pergunto com um sorriso de orelha a orelha.
- É claro que....SIM. EU ACEITO JORGE, ACEITO SER SUA NAMORADA. – Diz pulando no meu pescoço.
Rapidamente peguei a caixinha que estava no bolso da minha calça, abri a mesma lentamente revelando dois aneis prateados de compromisso. Peguei o anel que estava o nome da Tini e deslizei delicadamente pelo seu dedo, logo ela pegou o meu anel e deslizo o mesmo pelo meu dedo.
Sem dizer nada, apenas selei nossos lábios em um molhado e apaixonante beijo de língua. Abracei fortemente a Tini pela cintura e ela entrelaço seus dedos em minhas madeixas, aprofundando mais ainda o nosso beijo.
- Eu te amo princesa! – Digo assim que me recupero do nosso beijo.
- Eu também te amo Jorge! – Diz e mais uma vez selamos nossos lábios em um beijo de tirar o fôlego.
Continua...
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