Thainá
- HALLI! THAINÁ! PUXEM A CORDA! - Amanda gritou com todo o fôlego que ainda lhe restava e assim, caiu no chão sem forças.
Corri até a corda pendurada na árvore com toda a energia que me restava. "Vamos Thainá! Você consegue!" Eu falava para mim mesma.
O veneno daquela cobra estava se espalhando pelo meu corpo. Meus movimentos ficavam mais lentos. Minha distância até aquela corda era pouca. Falta pouco.
E assim, dei um grande sauto até aquela maldita corda. Minha visão estava escurecendo. Mas eu precisava puxar!
Flashback daquela manhã:
Sono, apenas isso que sinto, aquele ônibus estava demorando demais para chegar em Los Angeles. Eu a 5 horas atrás estava tão animada que nem conseguia dormir. Mas, algo aconteceu na estrada até Los Angeles e então teremos que passar um dia em Kingman, nunca tinha ido até lá, mas Halli disse que era um ótimo local para passar as férias, ela disse que a alguns anos, custava vir para Kingman com sua mãe, elas sempre ficavam perto do lago do Madves Park, era um ótimo local para ver o pôr do sol. Queria entender por que Ares ficou com a mãe de Halli, do jeito que Halli fala da mãe, parece a pessoa mais dócil e calma do mundo. Não entendo por que Halli abandonou ela.
Amanda estava animada para ir a biblioteca de Kingman , dizem que é uma das bibliotecas mas famosas do mundo. Eu e ela, marcamos uma saída turística para lá, mas Halli disse que nem quer chegar perto daquela biblioteca, mas não adianta, vamos dar um jeito de levarmos ela lá.
Olhei para a janela de vidro com um sorriso cansado, meus olhos estavam quase se fechando e eu não enxergava mais nada. Olhei para Halli ao meu lado para me certificar que estava acordada, ou pelo menos viva, pois a algumas horas ela não falava mais nada. Halli se encontrava com os olhos fechados, balançando a cabeça num ritmo lento, ela estava escutando música.
Olhei mais adiante e vi Amanda lendo um livro com os olhos caindo lágrimas.
- Por que você morreu, sua retardada? - ela falava sozinha toda vermelha por causa do choro.
Soltei uma risada fraca, Amanda era uma irmã para mim, ela me lembrava muito Malcon por não suportar que o personagem principal morra. Muitas pessoas olhavam para ela e cochichavam, como se ela fosse uma louca. O lado bom de Mandy é que ela não se preocupava com o que os outros pensavam, pelo menos não agora. Depois de exclarecer o assunto da morte da Filha de Hécate, percebi que Amanda sempre sofria em silêncio e não falava para ninguém duas dores emocionais. Admiro muito ela.
Depois de me certificar que as duas estavam vivas, ajeitei o travesseiro em minhas costas, eu já estava preparada para fechar os olhas quando.
BUM!
O ônibus começa a rodopiar para fora da pista, gritei desesperada apertando o meu acento para não sair do lugar, as malas começavam a cair em nossas cabeças enquanto o ônibus caia morro a baixo, fechei meus olhos com força, esperando o impacto com o chão. Eu sentia que iria morrer.
Quando o ônibus bateu no chão, com um estrondo insurdecedor, os gritos foram amenizando, e logo aquele ônibus cheio de vida a alguns minutos,não era mais o mesmo.
Olhei assustada para meu lado, Halli estava com os olhos arregalados olhando para seu lado, segui o lugar que ela estava olhando, fiquei apavorada, Amanda estava em baixo de destroços desmaiada.
-AMANDA! - gritei seu nome, me mexi para sair do meu lugar, senti uma dor aguda em minha perna, vi vários cacos de vidro sobre meu colo cortando minha pele.
-Você está bem Thainá? – Halli perguntou ao meu lado. Preocupada.
--Sim, só estou meio tonta, você tá legal? - perguntei analisando sua situação. Acho que Halli foi a que mais deu sorte, tinha apenas alguns arranhões no rosto e uma mala sobre suas pernas. - Tá doendo?
-- O que?... À sim, só um pouco, não se preocupe. - ela deu um meio sorriso - Acho que você percebeu né? Esse acidente não foi um acidente, deve ter sido um...
-MONSTRO! - eu gritei olhando para fora do ônibus onde uma serpente gigante que vinha eu nossa direção. - VAMOS! TEMOS QUE SALVAR AMANDA – me levantei bruscamente ignorando a dor e o sangue que saia do meu corpo e corri até Amanda.
-VOCÊ SABE QUE TAMBÉM TEMOS QUE NOS SAVAR NÉ? ! - Halli gritou me ajudando a levantar Amanda e tira-lá dali.
-- VAMOS! - gritei para nós que nós saíssemos dali.
Saimos do ônibus correndo, era mais seguro para aqueles que sobreviveram que nós saíssemos de perto deles.
Olhei para trás e vi que a serpente se aproximava, "Eu vou morrer!" falava para mim mesma, Amanda não era muito pesada, mas o problema é que a serpente era rápida, enquanto corri vi várias coisas rastejando em meus pés à cada passo, olhei para o chão e encontrei um mar de cobras.
Senti uma dor aguda em meu pé esquerdo, eu fui picada! Dei um gemido de dor.
- AÍ! - Amanda gritou acordando de seu desmaio, provavelmente foi picada -O que tá acontecendo, por que estão correndo?
-- OLHE PARA BAIXO E PARA TRÁS QUE VOCÊ ENTENDERÁ - Halli gritou para Amanda.
Amanda olhou para baixo e viu:
-PAI NOSSO, SENHOR DA PIROCA O QUE É ISSO? -ela gritou e depois olhou para trás -CORRE MAIS RÁPIDO SUAS MULAS QUE AQUELE BICHO TÁ ALCANÇANDO!
Eu e Halli soltamos uma gargalhada. Como ela conseguia nos fazer sorrir numa situação dessas? Ou eu era muito retardada que ri por tudo (que eu sou ) ou tô meio dãdi da cabeça.
Nós estávamos quase chagando na floresta, eu estava cada ver mais cansada, pelo menos Amanda agora corria junto. Senti outra picada no meu pé, outra na minha canela e outra no joelho. Soltei um grito, vi que as meninas também estavam sendo picadas.
Quando passamos pelo emaranhados de árvores, vimos que a floresta era escura, continuamos a correr ouvindo árvores sendo arrancadas pela serpente.
--VOCÊS SABEM O QUE É AQUELA COISA?- perguntei para as duas.
-- É PÍTON! A SERPENTE QUE APOLO MATOU NA ANTIGUIDADE, MAS NÃO SEI POR QUE ELA VOLTOU DO TÁRTARO, ELA DEVIA FICAR APRISIONADA A ETERNIDADE NAS PROFUNDEZAS DO TÁRTARO, MAS ELA VOLTOU ENTÃO ALGUMA COISA ESTÁ ACONTECENDO. - Amanda gritou, queria saber como aquela garota tem fôlego mesmo estando correndo de uma cobra gigante, acho que o instinto sabichona fala mais alto.
-EU SÓ QUERIA SABER O QUE ERA, NÃO A WIKIPÉDIA DELA! - gritei para ela, fazendo a mesma rir.
-É O INSTINTO FALANDO MAIS ALTO! - gritou sorrindo.
- ALI! - gritou Halli apontando para uma caverna- É PEQUENA DEMAIS PARA PÍTON ENTRAR E FORTE DEMAIS PARA ELA DESTRUIR .
Olhei para a caverna que Halli falava, era perfeita para se esconder por algum tempo de repente senti minhas pernas ficarem bambas e minha visão escurecer.
"Várias folhas caiam da gruta, uma leve brisa espalhava ela, as pedras brilhantes nas paredes de pedra eram lindas, no centro da gruta, uma árvore imensa se estendia, galhos grandes e grossos efeitavam ela, com folhas num verde cristalino,era a mais linda árvore que eu vi, mas percebi que havia um corte nela, que escorria sua seiva.
"Use isso"
Falava uma voz feminina em minha cabeça .
"Use isso para matar Píton"
De repente a cena mudou e vi uma serpente gigante coberta por um líquido branco, que endurecia em seu couro "
Acordei num pulo e percebi que estava num lugar escuro sendo observada por Halli.
--Está melhor?- ela perguntou preocupada
-Sim,o que houve? - perguntei mesmo sabendo da resposta.
- Simplismente desmaiou com uma cobra gigante te perseguindo até a morte, nada que tenho que se preocupar. - ela sorriu
-Nossa, me sinto aliviada -falei irônica
De repente Amanda chega perto de nós duas.
--Que bom que acordou! O que aconteceu? - perguntou ela curiosa
-Tive uma visão. - respondi
--E você não pode nos falar né? -ela perguntou sorrindo.
--Nop, mas pelo menos sei o que temos que fazer para matar o bicho lá fora. -Falei -Estamos na caverna né?
-Sim , por que?-Amanda perguntou
- Ótimo, temos que ir mais a fundo da caverna -respondi me levantando.
- Certo.-Halli falou.
Caminhamos tranquilamente, mesmo ouvidos estrondos de pedras fora da caverna, aquela cobra ainda estava lá, e em breve teríamos que lutar, essa idéia me assombrava, se era mesmo a Píton da história, teríamos problemas, se até Apolo, um dos 12 deuses maiores, teve problemas em matar ela, imagina três semideusas mal treinadas?
Senti uma dor aguda em meu peito, sensações estranhas passavam em meu corpo, até que senti que Halli e Amanda estavam me encarando.
- O que foi? - perguntei
- Seus... Seus olhos estão... Roxos...- Amanda falou surpreendida
- Que? -perguntei assustada
-Seus olhos estão em um roxo cintilante, muito estranho, mas bonito. - elá respondeu sorrindo.
Retribui o sorriso e continuamos caminhando. Como a vida é engraçada, quando fugi do acampamento nunca pensei que iria passar por isso, aconteceram tantas coisas na minha vida nesses últimos 5 meses, claro que nos primeiros 3 meses eu fiquei como parceira do Nico, e depois conheci as melhores amigas que eu poderia querer. Não estou menosprezando Nico e tudo o que tivemos, sinceramente não sei o que nós tivemos, amizade ou... outra coisa.
Acordei de meus devaneios quando vi a mesma cena, folhas caindo por uma leve brisa, as paredes cheias de pedras brilhantes, uma árvore gigantesca que se encontrava no meio da gruta, com um corte pequeno com seiva branca pingando.
- É aqui. -Eu disse para as meninas.
- Que lugar é esse?- perguntou Halli.
- Eu acho... Acho que me lembro de uma história parecida, Leví era um camponês sádico do campo, ele mesmo se machucava para que a dor se espalhasse em seu corpo, Apolo, como deus da cura, não gostava do que Leví fazia com ele mesmo, assim, apareceu para ele indignado com tal desperdício de vida. Leví endureceu com a presença do deus,e com tais palavras Apolo disse "Desperdiças a vida com desperdiças a água, vós tem saúde e família e machucas a si mesmo, endureceste diante de minha presença, e com tal ato te transformarei numa árvore que viverá para sempre, mas terá um pequeno corte em seu tronco que doerá a eternidade, teu sangue virará seiva, que qualquer coisa que toque virarás pedra" e assim, Apolo transformou Leví nesta árvore, nesse mesmo local. - falei olhando a árvore.
- Como... Como você sabe desta história? - Amanda perguntou.
- Não sei, acho que li em algum lugar, nada de especial -dei um sorriso - Agora temos que arranjar um jeito de tirar uma grande quantidade de seiva daquela árvore, acho que teremos que aumentar o corte para a infelicidade de Leví, mas estou sem arma nenhuma, por incrível que pareça eu deixei na minha mala no ônibus e não tenho o necessário para lutar.
- Você é idiota ou o que? Que semideus em sã consciência colocaria suas armas numa mala? - perguntou incrédula Amanda.
Levantei a mão sorrindo sapeca para ela, que somente revirou os olhos e pegou sua adaga.
- Certo, trate e arrumar uma arma logo e um lugar para colocar a seiva, você tem um plano?
- Sim, eu estava pensando em fazer uma emboscada para a serpente, com um buraco no chão e em cima ,alguma coisa que segura -se a seiva. -Falei indo em direção a árvore e tirando uma folha.
- Precisamos de algum pano para segurar a seiva e algumas cordas para puxar e largar a seiva em cima da serpente. - Halli falou olhando para o teto.
- Que tal isso? -mostro a folha para elas.
As duas me olharam como se eu fosse louca ou doente mental.
- Você tá brincando né Thainá?- Amanda me perguntou olhando incrédula para mim.
- Não - falei séria.
Coloquei a folha no chão e coloque uma de minhas mãos em cima, de repente a folga ficou cada vez maior e mais brilhante, até parecer uma grande lona de barraca.
- Acho que isso está bom né? - perguntei sorrindo.
Elas apenas acentiram vindo em minha direção.
- Para as cordas, podemos usar os ramos grossos da árvore. - falou Amada -Mas demorarà muito tempo para cavarmos um buraco.
- Minha mãe é a deusa da terra, acho que o buraco fica comigo tá? - falei para ela sorrindo
Ela acentiu.
- Certo, eu e Amanda tiramos a seiva e catamos uns ramos, enquanto você cava o buraco tá? -Halli falou puxando a grande folha para mais perto do corte da árvore.
Eu acenti e caminhei para mais longe da árvore, pensei no lugar exato onde a serpente poderia cair e optei para o lado direito da árvore, onde tinha mais galhos para segurar a seiva em cima do buraco.
Agachei-me na terra úmida e coloque a mão nela. "Buracos, pense em buracos Thainá!" Falava para mim mesma. Nunca tinha feito isso, não sabia que Demeter tinha esse poder, mas vale a pena tentar.
Focalizei um buraco grande com mais de 17 metros, era o mínimo que aquela serpente média. Quando percebi, o chão nos meus pés estava caindo. Levantei rapidamente e corri para longe de onde estava.
Olhei orgulhosa para o buraco que fiz,ele era grande e fundo, estava perfeito para matarmos aquela maldita serpente. Corri até onde Halli e Amanda estavam tirando a seiva da árvore.
- Como esta o trabalho? - perguntei a elas sorrindo.
- Estamos quase terminando, já pequei os ramospara fazer as cordas,agora só falta arrumasse um jeito de colocar isso já em cima. - disse Halli.
- Hum... Acho que vamos ter que escalar a árvore, não vai ser um problema, me lembro quando eu,Travis e Connor estávamos em nosso esconderijo no alto de uma árvore, bem parecida com essa. - falei com um sorriso triste.
- Agora não né Thainá! Depois você explica essa história por que agora estamos prestes a encarar a morte!- Halli falou rolando os olhos.
Percebi que era muito frágil em relação ao passado no Acampamento Meio Sangue. E isso deveria enjoar Amanda e Halli, por isso resolvi não tocar no assunto.
-Thainá, você tem que arrumar uma arma, vamos lutar contra Píton e você não pode estar desarmada. - lembrou Amanda.
- Aé , quase esqueci, obrigada por me lembrar. - lancei um sorriso para ela. E corri para longe.
Dessa vez vou fazer algo mais prático para mim, uma foice! Lembro-me que estou em perícia 5 na foice, mas não sei se me lembro bem de como fazer,recentemente uso apenas espada, e acho que desaprendi a como manejar bem uma foice.
Comecei a cria-la, pansei em cada detalhe que ela iria ser, minha cabeça começou a doer e minhas pernas fraquejar, era esse o efeito que magia demais fazia comigo, mas não quero desmaio ou cair de exaustão, a primeira vez que fiz foi torturante, agora tenho que peno menos me material em pé quando terminar.
Senti a terra em meus pés começar a mecher e algo brotar. Abri meus olhos e olhei para minha criação, era uma flor gigante com as pétalas ainda para dentro, assim como a primeira vez que dei o presente para Nico.
Toquei a flor e de lá vi uma pulseira . Pera aí! Uma pulseira ? Mas por que diabos uma pulseira? Peguei o objeto na mão indignada, ela era de prata, com pequenas safiras em volta. Havia um nome em grego antigo.
-Alexis.- falei em voz alta, de repente a pulseira virou uma foice de bronze celestial, com a cabo de prata com detalhes azuis. Meus olhos começaram a brilhar, era perfeita, seu peso, se equilíbrio, sua altura. Simplismente perfeito.
- Que lindo Thay! - falou Amada analisando a foice em minha mão. -Belo nome aliás, Alexis em grego antigo significa " ajudante " ou "defensora " combina muito bem com ela.
-Sim, ela é perfeita. - falei encantada.
- Bom. Prepare-se, eu e Halli já armamos a armadilha, agora só falta Píton vir até nós. -ela falou preocupada - O problema é como.
- Vocês não perceberam que podemos tirar algumas rochas do lugar? Talvez Píton venha nos pagar. - falei olhando para a entrada da caverna
- Ou poderíamos abrir o teto! - Amanda falou como sé fosse a idéia mais óbvia do planeta.
Coloquei minha mão sobre sua testa.
- Amanda, você tá bem? Não tá com febre ou sentindo dor em algum lugar? - perguntei analisando ela.
- Tô legal idiota, e tira a mão dai!- ela falou irritada olhando tirando minha mão de sua testa. - Eu tô falando é que fizéssemos Píton ficar brava e assim destruir o teto.
- Mas como? - perguntei sem entender
- Simplismente matando sua espécie. - ela deu um sorriso - Vou buscar umas contas e já volto.
- O que sua doida, como assim? - perguntei para ela, mas já estava longe de mim.
Ela só pode estar ficando louca, só pode.
Andei até onde Halli estava, olhando para o buraco.
-- Acha que vai dar certo?- ela perguntou ainda olhando para o buraco.
--Temos que pensar positivo né? - falei dando um sorriso.
-Sim...- ela suspirou – A propósito, sua foice é muito bonita.
--Valeu, ela se chama Alexis. - falei
-Hum...- murmurou depois não disse mais nada.
De repente Amada chega com duas cobras na mão segurando a cabeça.
- Hey meninas, vamos logo com isso. - disse Amanda me entregando uma cobra - Essa é um Cascavel. Ela é mortalmente perigosa.
--E POR QUE TÁ DANDO PRA MIM! DA PRA HALLI ESSE BICHO QUE EU NÃO QUERO MORRER.- gritei para ela que apenas sorriu.
--Eu no quero também morrer, é com você Thainá -disse Halli pegando a foice de minha mão e me entregando uma adaga. - Mata ela.
-Com o maior prazer...AÍ! - grito, percebo que fui picada no momento distração. - QUE PORRA DE AZAR QUE EU TENHO! - arrumei a adaga em minha mão e tirei fora a cabeça da Cascavel.
Assim um forte estrondo no teto é ouvido, Píton deve estar enfurecida.
--Você ta bem Thainá? – Amanda perguntou
--Só preciso de Ambrósia. - disse meia tonta, tomando a foice da mão de Halli, pegado o pedaço para emergências de Ambrósia.
Amanda pegou sua adaga e também tirou a cabeça da cobra.O estrondo ficou cada vez mais forte e percebi que o plano estava dando certo.
- Certo, a hora é agora meninas, Thainá, você fica atrás para puxar a corda, Halli , eu e você vamos ser as iscas, eu a número 1 e você a número 2, eu a atraio para perto do buraco e você faz ela cair no buraco. Se tudo der certo, sairemos vivas.- ela falou nos abraçando.
Fui para meu lugar do plano e olhei para cima, as rochas começaram a ceder , Píton pulou lá de cima e pousou furiosa na gruta, suas presas estavam a mostra e seu rabo estava espichado.
- EI CARA DE RATO! AQUI! Amanda gritou para a serpente.
Ela começou a correr até o buraco, mas a serpente era rápida e usou seu rabo para fazer Amanda tropessar e cair, Halli correu até ela com a espada em mãos e começou a defender Amanda que se levantava da queda.
Hali era incrivelmente experiente na espada, seus gospes era rápido e violentos, Amanda pegou sua espada e assim as duas tentaram ferir a cobra. Mas Píton era muito maior que elas e então não conseguiam passar de fazer simples cortes em seu rabo. Píton esguichava veneno para todos os lados, mas Amanda e Halli tinham bons reflexos e conseguiam desviar do veneno mortal.
Halli começou a correr em direção ao buraco, junto com Amanda, elas eram uma boa dupla, não me admira terem sobrevivido sobrevivido todo esse tempo juntas. Halli estava quase conseguindo fazer com que Píton caísse no buraco quando a mesma tenta embocanhar seu ombro, mas com um reflexo sobrenatural, ela desvia, mesmo que tenha tido alguns arranhões.
Senti meu corpo ficar fraco, acho que Ambrósia não estava caindo bem contra o veneno da Cascavel, me apoiei em minha foice sentindo dor em todo o meu corpo, minha respiração estava fraca , eu não conseguia sentir mais nada.
Ouvi um barulho alto vindo do buraco. Vi que Píton havia caído, mas percebi que não iria ficar muito tempo ali, o buraco não era fundo o suficiente.
Final do flashback
- HALLI! THAINÁ! PUXEM A CORDA! - Amanda gritou com todo o fôlego que ainda lhe restava e assim, caiu no chão sem forças.
Corri até a corda pendurada na árvore com toda a energia que me restava. "Vamos Thainá! Você consegue!" Eu falava para mim mesma.
O veneno daquela cobra estava se espalhando pelo meu corpo. Meus movimentos ficavam mais lentos. Minha distância até aquela corda era pouca. Falta pouco.
E assim, dei um grande sauto até aquela maldita corda. Minha visão estava escurecendo. Mas eu precisava puxar!
Senti algo sobre minhas mãos e puxei com força, é o fim, vou morrer aqui, mas pelo menos salvei Amanda e Halli, só de saber isso me trazia um grande alívio, Nico, nunca vou te esquecer.... É assim me entreguei a escuridão infinita.
[...]
Senti algo molhado em minha barriga, algo estava me chupando, será que Tanatos está sugando minha alma pela barriga? Tentei abrir os olhos ,masnão conseguia ,eu estava muito caçada.
- Ela vai ficar bem ?- perguntou preocupada, provavelmente Amanda.
- Sim, eu já suguei o veneno, pode ficar tranquila. - falou uma voz masculina, pera aí! MASCULINA?
- Ah que bom, estava com mal precentimento, muito obrigado. - respondeu ela
- Não há de que. – disse novamente a voz masculina
Não dá para aguentar, eu tenho que ver quem estava ali. Minha curiosidade era tanta que vencia meu caçaço.
Tentei abrir os olhos lentamente, e percebi dois olhos azuis me fitando.
- Quem... Quem é você? – perguntei fracamente.
- Sou Christian, Christian Ortiz, Filho de Hermes.
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