-Slash, me passa o litro de whisky. - Disse Axl, com um sorriso no rosto. Havíamos acabado de fumar um baseado e tudo estava perfeitamente bem. Era uma sensação boa estar ali, com meu melhor amigo, sem ter que me preocupar com outras coisas. Estávamos sentados no chão do porão de minha casa. Já fazia um tempo que Axl estava morando em minha casa, já que não tinha outro lugar para ficar.
O entreguei o litro de whisky, ele deu uns bons goles e encostou sua cabeça em meu ombro.
-Acha que vamos conseguir, Slash? - Sua voz era neutra, mas eu sabia que ele estava preocupado com algo. Ele olhava para o chão, como se sua mente estivesse muito distante dali.
-Conseguir o quê? - Perguntei.
-Alcançar o sucesso. Quer dizer... Você sabe, existem milhões de outras bandas como a nossa e todas elas tem o mesmo objetivo: A fama. Acha que nós... - Axl não era exatamente o tipo de cara que demonstrava estar com medo ou inseguro em relação à algo. Se ele estava fazendo isso naquele momento, provavelmente era porque realmente precisava de algum conforto. Ou era só a maconha.
-Errado. Não existe nenhuma outra banda como a nossa, nenhuma delas pode chegar à ter a mesma união que nós temos. E eu aposto que nenhum vocalista de nenhuma delas tem a mesma presença de palco que você, e aposto que nenhuma delas tem sequer a metade da capacidade e talento que nós temos. Não se preocupe com isso, cara, nós vamos conseguir.
-Espero que você esteja certo. - Disse ele.
-Eu sempre estou. - Ele deu uma risada fraca.
-Só tenho medo de não ser bom o suficiente. - Vi sua mão apertar o litro de whisky com mais força. Ele estava nervoso.
-Você é mais do que ''bom o suficiente'', Axl! Você é o cara mais talentoso que eu já conheci, e eu não estou falando isso por que somos amigos e sim porque é verdade. Você é muito bom no que faz. - Ele ergueu sua cabeça e me encarou. Lentamente um sorriso se formou em seus lábios.
-Você também é muito bom no que faz. - Disse ele.
-Eu sou bom em muitas coisas. - Dei o sorriso mais malicioso que era capaz e aguardei um soco na cara, ou no mínimo uma resposta agressiva.
-Mesmo? Mostre-me. - Encarei-o por alguns segundos e prestei atenção em cada traço de seu rosto. Seus traços pareciam ter sido perfeitamente moldados, era incrível. Eu não sabia o que dizer, devido ao fato de que a frase que eu havia dito anteriormente era apenas uma brincadeira sem segundas intenções. Mas ele definitivamente não parecia estar brincando. Tive certeza disso quando direcionou seus olhos para minha boca e a encarou com um certo desejo.
-Você quer mesmo? - Perguntei. Apesar de tudo, não queria forçá-lo à nada.
-Eu quero mais do que qualquer outra coisa. - Eu também queria mais do que qualquer outra coisa, já fazia um bom tempo.
Eu sabia que ele estava um pouco alterado, mas não estava bêbado o suficiente para não ter controle e consciência dos próprios atos. Ele queria aquilo. E eu queria ainda mais.
Então eu percebi que nada precisava ser dito, nenhuma palavra era necessária.
Segurei sua cintura e o puxei lentamente para mais perto. Nossas bocas estavam à milimetros de distância e eu pude perceber que sua respiração estava descompassada, assim como a minha. Era como se até mesmo nossas respirações combinassem. Quando enfim nossas bocas se encontraram, foi como se uma corrente elétrica passasse de um corpo para o outro. Não era um simples beijo. Eu havia acumulado desejo e vontade de tê-lo durante tempo demais, e naquele momento eu pude colocar tudo isso para fora da maneira mais singela e simples possível. Claro que a simplicidade não tornava aquilo algo pior. Pelo contrário: Era perfeito.
Desci minha boca para sua orelha e mordi seu lóbulo suavemente.
-Eu preciso ter você. - Sussurrei. Axl deu uma leve estremecida.
-Você já me tem há muito tempo. - Aquelas palavras me fizeram sentir um misto de alegria com excitação inexplicável.
Então distribuí beijos pelo seu pescoço, o fazendo estremecer. Axl tirou a camiseta em um movimento rápido e a jogou em algum canto do quarto. O beijei calorosamente por um bom tempo, e o ajudei a se deitar. O chão era obviamente desconfortável, mas não achei que ele estivesse se importando, já que não protestou.
Tracei uma linha de beijos rápidos em seu peitoral e barriga, até chegar na borda da calça. Abri sua braguilha.
O olhei, e ele assentiu. Ele queria.
O beijei mais uma vez enquanto minhas mãos trabalhavam em abrir a braguilha de sua calça, e ele tirava os calçados com uma certa calma. Então me livrei de sua calça sem quebrar o beijo. Levei minha mão até seu membro e o massageei por cima da cueca, enquanto ele se livrava de minha calça e cueca rapidamente, como se tivesse pressa. Eu também tinha pressa.
Quebrei o beijo, abri os olhos e o encarei. Seus olhos brilhavam, e um leve sorriso se formou em seus lábios. Aqueles lábios. Tão lindos que eu poderia admirá-los por horas.
Quando pressionei meu corpo contra o seu, e nossas ereções se tocaram mesmo por cima da cueca, pude ouvir um leve gemido escapar da boca de Axl.
Tirei sua cueca rápidamente e percebi que assim como eu, ele já estava dolorosamente duro. Levei minha boca ao seu membro e passei a língua em volta de sua glande, e depois pelo resto.
-Vamos, Slash... Não me torture assim... - Disse ele, entre gemidos abafados. Obedeci. Passei a fazer movimentos de vai e vem com a boca, lentamente, aumentando o ritmo cada vez mais enquanto o ouvia gemer e sentia seu membro pulsar em minha boca. Quando percebi que seu corpo estava estremecendo, e seus gemidos estavam ainda mais roucos, retirei seu membro de minha boca e o encarei.
-Por favor, não pare agora. Por favor. - Ele suplicou, enquanto estremecia de prazer. Não respondi. Senti pena, mas não queria que ele chegasse ao seu ápice tão rápido... Ainda tinhamos muito à fazer. O ruivo pareceu entender.
Aproximei dois dedos de sua boca e ele imediatamente passou sua língua pelos dois dedos. Notei que ele era dono de uma sensualidade tão imensa que chegava a me deixar atordoado. Não era a primeira vez que eu notara aquilo, mas todas as vezes em que eu o fazia, parecia a primeira. E daquela vez era especial.
-Isso pode doer um pouco no começo. - Falei, apreensivo.
-Eu sei. Foda-se, eu confio em você, Slash. - Sorri.
O ajudei à abrir as pernas, com um certo cuidado e então, retirei meus dedos de sua boca e os levei até sua entrada. Pressionei com muita delicadeza e encarei seu rosto que se contorcia de dor enquanto gemidos altos escapavam de sua boca. Mas aos poucos os murmúrios de dor se tornaram gemidos de prazer. Soube que era o suficiente.
Retirei meus dedos e procurei uma posição melhor em cima de Axl. Beijei-o rápidamente e então o penetrei lentamente. Um calor incrível se apossou de meu corpo. Eu estava totalmente alheio ao resto do mundo, apenas o homem à minha frente era importante. Descobri que o som de seus gemidos roucos me trazia ainda mais prazer do que o som de minha guitarra. Aquele som definitivamente era o meu favorito à partir daquele momento.
Levei minha mão até seu pênis e o agarrei. O masturbava cada vez mais rápido, à medida que as estocadas também aumentavam.
Logo senti as unhas de Axl se arrastando pelas minhas costas com muita força, me excitando ainda mais, se é que isso era possível. Nossos corpos se moviam em sicronia perfeita e aquilo era incrivelmente bom. Axl fechou os olhos enquanto chamava pelo meu nome repetidas vezes, com a voz cada vez mais rouca e suplicante.
-Slash!! - Ele chamou meu nome pela última vez antes de chegar ao climáx. Seu rosto parecia ainda mais belo naquele momento. Sua boca estava entreaberta, a sobrancelha arqueada e os olhos fechados. Vê-lo chegando ao climáx fez com que eu chegasse ao meu ápice também.
Deitei-me ao seu lado e minha respiração estava completamente descompassada assim como a de Axl, que deitou sua cabeça em meu ombro. O aconcheguei em meus braços, com muito cuidado e me virei para encará-lo. Ele me encarava e sorria de maneira tão serena que não pude evitar de sorrir também. Então ele suspirou, e sem dizer nenhuma palavra, fechou os olhos. Sua respiração já estava normal e só então eu percebi que ele havia adormecido.
Estava cansado também, portanto, prestei atenção em seu rosto perfeitamente modelado, depositei um beijo em sua testa e sussurrei:
-Eu te amo, Rose. - Então adormeci rapidamente.
*****
Esfreguei os olhos que ardiam devido aos raios de sol que entravam pela janela do porão e me sentei, esticando os braços. Era uma manhã bonita e ensolarada.
Me virei para acordar Axl, mas ele já não estava mais ali. Suas roupas também não. Tudo o que havia ali era uma garrafa de whisky vazia, e sob ela havia um pedaço de papel. Retirei a garrafa de whisky e peguei a folha.
Era um bilhete com a letra de Axl, que dizia:
"Você tem razão. Você é realmente bom em outras coisas também.
Eu também amo você."
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