handporn.net
História The Devil - (3) Entre Sombra E Asas - História escrita por Las_Vega - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. The Devil >
  3. (3) Entre Sombra E Asas

História The Devil - (3) Entre Sombra E Asas


Escrita por: Las_Vega

Notas do Autor


Mais um capítulo, por favor perdoem qualquer erro.

Aproveitem a leitura ❤️🫶

Capítulo 4 - (3) Entre Sombra E Asas


Fanfic / Fanfiction The Devil - (3) Entre Sombra E Asas

"A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida." - Machado de Assis



Lucerys estava perplexo diante do que deveria ser o inferno ou submundo; seus olhos cor de mel refletiam choque. Contrariando suas expectativas, o lugar não era o cenário sombrio e miserável que sua mente havia pintado, repleto de gritos e torturas. Surpreendentemente, tudo parecia incrivelmente normal, reminiscente da era vitoriana, semelhante ao bar que frequentara antes de sua vida virar de cabeça para baixo.


O jovem Velaryon sentiu-se desconfortável com os olhares curiosos voltados para ele, como se fosse uma atração no circo dos horrores. No entanto, o demônio de cabelos prateados fez um gesto para que o moreno o seguisse, e Lucerys não hesitou.


Caminharam por cerca de dez minutos até chegarem a um castelo de aparência luxuosa, enraizado na estética vitoriana e histórica que permeava aquele lugar peculiar. Ao adentrarem, Lucerys foi envolvido por um agradável aroma de canela e lavanda que impregnava o ambiente.


O cenário exibia uma beleza deslumbrante, repleto de elementos artísticos renascentistas que conferiam um charme elegante ao ambiente. Lucerys, porém, encontrava-se maravilhado pela imobilidade do lugar, uma visão que antes só conhecera por meio de livros e filmes.


— Espero que aprecie este local, pois a partir de hoje, será parte integrante dele — pronunciou o demônio.


Divergindo das suas expectativas, o moreno expressou:


— É totalmente diferente do que imaginava. No entanto, se não me resta outra alternativa, cabe apenas aceitar esta nova fase da minha vida — proferiu com seriedade.


O demônio apenas balançou a cabeça, exibindo um sorriso sutil nos lábios, quase imperceptível. Ele estava certo de que a presença do temperamento explosivo de Lucerys adicionaria vivacidade ao local.


— Vamos às regras da minha morada — disse o albino. — Todo o espaço estará à sua disposição, exceto pela ala leste do castelo. Este local é estritamente proibido — advertiu, sua voz ecoando ameaçadora, fazendo Lucerys engolir em seco.


— Apenas você reside aqui? — indagou o cacheado, movido pela curiosidade.


— Não! Existem alguns demônios de nível inferior que são meus servos — respondeu o demônio. Com um simples estalar de dedos, fez surgir diante de si dois homens e uma mulher, todos curvando-se reverentemente. — Estes são Licon, Belmonte e Azariel — apresentou.


Lucerys lançou um olhar rápido aos demônios pelo canto dos olhos, observando cada detalhe. Licon, um homem negro, destacava-se pela estatura elevada, cabelos escuros e olhos azuis cintilantes. Belmonte exibia a aparência de um homem asiático, com olhos negros penetrantes, pele clara e cabelos curtos e lisos. Enquanto isso, Azariel, uma mulher ruiva imponente, ostentava uma estatura considerável, seus olhos tão laranjas quanto seus cabelos flamejantes, contrastando com sua pele bronzeada. Cada um dos demônios emanava uma essência única, contribuindo para a atmosfera intrigante ao redor de Lucerys.


—Azariel, Licon e Belmonte — proclamou o demônio, sua voz ecoando na sala. — A partir deste momento, o jovem chamado Lucerys Velaryon se une a esta casa. Tratem-no com respeito e ofereçam a assistência necessária quando preciso — instruiu, e todos os demônios, que antes se curvavam, apenas concordaram. Com um estalar de dedos, desapareceram rapidamente da sala.


Lucerys encontrava-se cada vez mais envolvido pela intriga desse lugar peculiar. Embora nunca tenha sido uma pessoa religiosa, tudo aquilo parecia um sonho lúcido, bizarro demais para ser real. No entanto, residir no submundo talvez não fosse uma ideia tão ruim afinal; ali, ele poderia desvendar mistérios que sempre assombraram sua mente.


—Agora que você conheceu meus servos, eu lhe mostrarei seu quarto a partir de hoje — anunciou o platinado. Lucerys seguiu o homem até o andar de cima, onde o ambiente, ao contrário do andar anterior, era mais silencioso e escuro, como se as coisas ali não ousassem fazer ruídos.


Adentraram um quarto luxuoso, ainda mantendo a estética vitoriana, com cores azuis e vermelhas predominantes. Lucerys, mais uma vez, não conseguiu conter a expressão de admiração diante da estrutura imponente do lugar.


—Lindo... — sussurrou o moreno, fascinado.


—Estes são seus aposentos — anunciou o demônio. — Tudo aqui pertence a você; sinta-se à vontade — explicou.


—Obrigado... — murmurou Lucerys com uma voz hesitante. — No entanto, algo tem me incomodado desde que cheguei agora — revelou.


—Diga-me.


—Você não me disse seu nome — o cacheado falou meio acanhado. — Preciso chamá-lo de alguma coisa, certo? — sorriu nervoso.


—Me chame de Aemond — respondeu o platinado. — Este nome é mais fácil para os humanos pronunciarem. E mais uma coisa: a marca em seu abdômen, não a mostre para ninguém; ela é a validação de nosso contrato — disse por fim, virando as costas.


[...]


A noite devorara o sol, deixando apenas a imponente lua Nova e as estrelas a cintilar no céu brilhante. Lucerys Velaryon explorava cada recanto de seus novos aposentos, manifestando sua eterna curiosidade. O ambiente exalava um agradável perfume de canela e lavanda, como se o próprio castelo possuísse uma fragrância única e dominante.


O cachos do Velaryon dirigiu-se ao banheiro, onde uma banheira repleta de água quente o aguardava. Despiu-se e mergulhou naquela água acolhedora, permitindo que cada músculo relaxasse enquanto desfrutava cuidadosamente daquele breve momento de paz.


Ao emergir do banho, envolto em um roupão negro de seda que se assemelhava a plumas em seu corpo, Lucerys deparou-se com Azariel, imóvel como uma estátua no canto do quarto, com uma expressão nada amigável. Ignorando a tensão, o moreno seguiu em direção a ela para indagar sobre suas intenções.


— Posso ajudar em alguma coisa? — disse, com uma hesitação perceptível.


— Vim ajudá-lo a se vestir; nosso mestre o aguarda para o jantar no andar de baixo — a voz dela era calma e serena, quase como uma melodia ao falar, mas carregava consigo uma áurea de passividade agressiva, mantendo Lucerys em alerta.


Com a sinistra assistência do demônio Azariel, Lucerys meticulosamente vestiu-se com um impecável terno preto, exibindo cortes sofisticados e adornado com joias deslumbrantes que realçavam a beleza de seu corpo esculpido. O jovem deslocou-se com graciosidade até o espelho, contemplando sua transformação em um verdadeiro ícone do estilo gótico vitoriano.


Azariel, com seu semblante malévolo, simplesmente virou-se e abandonou o recinto, deixando o moreno entregue à sua própria presença. Não tardou para que Lucerys descesse, em passos calculados, pelas sombras do corredor, dirigindo-se silenciosamente à majestosa sala de jantar, onde Aemond aguardava sua chegada.


Aemond estava elegantemente vestido em um impecável terno branco, seus longos cabelos prateados presos em um rabo de cavalo bonito e sofisticado. Sentado diante de um piano antigo, seus dedos ágeis dedilhavam notas harmoniosas, enquanto o aroma marcante de tabaco pairava no ar, acompanhado por um charuto aceso ao lado de um cinzeiro de cristal próximo a ele, uma cena não surpreendente para Lucerys.


— As roupas desta década realmente lhe caíram muito bem, Lucerys — comentou Aemond, sem desviar o olhar do piano.


— Obrigado... — respondeu o moreno, com as bochechas coradas — Mas os créditos são totalmente para Azariel. Ela fez todo o trabalho, embora eu ache que ela não tenha gostado muito de mim — sorriu.


— Não se preocupe, é apenas o jeito dela — disse Aemond, finalizando a música e finalmente olhando para o moreno — Ela é um tanto territorial, assim como todos nós, na verdade — acrescentou.


Conduzindo Lucerys até o centro da mesa, Aemond sentou-se ao seu lado, enquanto Licon e Belmonte começavam a servir o jantar. A comida estava especialmente deliciosa, o ambiente agradável, e a conversa fluía perfeitamente.


Após o término do jantar, Aemond guiou o moreno até seu quarto antes de partir. Lucerys despiu-se das roupas da noite, tomou mais um banho e deitou-se em sua cama, iluminada pela suave luz da lua Nova.


Enquanto o moreno se entregava ao sono, um ressoar misterioso de asas o despertou abruptamente. A janela, que outrora permanecia cerrada, agora oscilava sob o ímpeto do vento forte lá fora, criando uma atmosfera de inquietação.


Lucerys, tomado pelo alarme, ergueu-se e examinou os cantos do quarto, deparando-se subitamente com uma figura excêntrica, uma quimérica entidade com asas imponentes, que repousava serenamente em sua janela.


—Então, você é o novo brinquedinho do meu querido irmão — proferiu a criatura com uma voz calma e melódica, instilando uma tensão curiosa.


Lucerys, apesar de perceber que a presença não exalava perigo iminente, encontrava-se temeroso diante da cena intrigante que se desdobrava.


A criatura deslizou da janela, revelando sua baixa estatura, ainda assim, um pouco mais alta que o moreno. Elevou os braços em um bocejo gracioso, enquanto suas asas desapareciam em uma dança fugaz. Avançou na direção de Lucerys, colocando-se frente a frente com o atônito moreno.


—Olha só, você é muito bonito mesmo, até me lembra alguém — brindou com um sorriso amigável e descontraído, intensificando a atmosfera.


—Quem é você? — indagou o moreno, temeroso, cobrindo-se instintivamente com o lençol, ampliando a tensão.


—O arcanjo Miguel — anunciou a criatura, acomodando-se ao lado do cacheado na cama — Mas não aprecio esse nome. Me chame de Aegon, que tal? — sugeriu, sorrindo — E é mais elegante, não acha?


O moreno engoliu em seco, perplexo diante da presença inusitada de um arcanjo em seu quarto naquela hora da noite. 


— O que um ser celestial como você faz em um lugar assim? — questionou de maneira direta.


— Na verdade, só queria te conhecer — respondeu o arcanjo com um sorriso encantador.


Diferentemente de Aemond, o arcanjo exibia cabelos prateados adornados por cachos que fluíam até a nuca. Vestindo apenas uma jardineira com desenhos vibrantes e sem camisa por baixo, seus pés descalços tocavam o chão enquanto seus olhos violetas, mais escuros que os de Aemond, emanavam mistério.


— Receba este presente — estendeu-lhe um pirulito retirado do bolso da jardineira. — A vida aqui pode se tornar amarga; desfrute de um pouco de doçura — disse, levantando-se da cama e saltando pela janela. Velaryon rapidamente se aproximou da janela, mas o arcanjo havia desaparecido como se nunca estivesse lá.



Notas Finais


Obrigado a todos que leram, não esqueçam de comentar


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...