POV's Kim Taehyung
Estava em meu quarto escutando uma música qualquer, quando esculto um estrondo alto vindo do lado de fora da mansão, me fazendo dar um pulo assustado. Sem perder tempo os seguranças do meu irmão invadem meu quarto, ficando em minha volta, na intenção de me proteger.
— Você está bem? Se machucou? — Um deles questiona.
Eu apenas assinto e começo a discar o número de Baekhyun, pronto para ligar para ele, mas sou impedido porque ele me ligou primeiro, e claro que no primeiro toque eu atendi.
— Taehyung, você tem que sair daí agora! — Meu irmão grita do outro lado da linha.
— O que está acontecendo Baek? — Pergunto desesperado, sentindo meus olhos marejarem.
— Taehyung, não é hora de perguntas, apenas faça o que eu disser. — Ele tenta manter a calma ao falar comigo, mas era visivelmente novatavel a irritação na sua voz. — Olha, você vai ir até o seu closet, assim que você chegar lá, sabe aquela porta que fica bem no alto que eu nunca deixei você abrir? Pois bem, você vai abrir ela e procurar um azulejo meio acinzentado, onde tu vai puxar e arrancar uma arma de lá... — Para de falar assim que esculta mais barulhos de tiro, fazendo os seguranças que estavam em volta de mim ficarem atentos. — NÃO DESLIGUE O TELEFONE POR NADA NESSE MUNDO, ESTÁ ME OUVINDO KIM TAEHYUNG?! POR TUDO QUE É MAIS SAGRADO, ME DIZ QUE AQUELES INCOMPETENTES DOS MEUS SEGURANÇAS ESTÃO AÍ COM VOCÊ.
— Sim Baek, eles estão aqui. — Tento manter a calma.
— Taehyung, você já fez o que eu pedi?! — Mais uma vez ele questiona.
— Ainda não, e-
— PORRA TAEHYUNG, VAI LOGO FAZER ESSE CARALHO. — Perde por fim, a paciência.
Tudo bem que eu já deveria ter feito isso, mas precisava me tratar assim? Acho que ele esqueceu que está falado comigo, não com seus empregados.
Mas eu resolvo não contrariar nem discutir, afinal das contas, não era hora para isso.
— Já estou indo inferno! — Murmurei indo em direção ao meu closet, sendo seguido por um dos seguranças, já que os outros ficaram cuidando da porta do quarto.
Quando eu estava prestes a entrar no closet, quatro homens armados entram no quarto, no qual começa um tiroteio no mesmo instante.
— QUE PORRA! — É a única coisa que eu esculto do meu irmão, antes colocarem um pano com um líquido indecifrável por mim, em minha face, fazendo tudo ficar escuro em questão de segundos.
POV's Jeon Jungkook
Assim que Taehyung desmaia, seu celular vai de encontro com o chão, e eu pude reparar que ele estava em uma ligação com o irmão.
— Ah não, não é possível. Acho que eu vou até adicionar esse contato no meu celular e colocar na lista dos favoritos. — Falo pegando o celular do garoto, tendo certeza que o irmão estaria ouvindo. — Como vai Byun?
Eu esculto barulho de algo se quebrando de logo após isso um irmão revoltado finalmente esculta minha voz.
— OLHA AQUI JEON, EU JURO... — Ele faz uma pequena pausa. Acho que eu deixei alguém bravinho. — EU JURO QUE SE VOCÊ RELAR NELE JUNGKOOK, EU FAÇO QUESTÃO DE TE MATAR COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS.
— Aé? Pode ter certeza que eu vou estar te esperando de braços abertos. — Dou risada e desligo o celular do menino, fazendo questão de tirar uma foto do garoto desmaido e mandar para o irmão dele.
— É Taehy, daqui para frente será apenas eu e você novamente... — Digo para o menino desmaiado, que estava nos braços de um de meus seguranças.
— Ei, Jeon, temos que sair logo daqui. Estão dizendo que o Byun já está na cidade e ele está matando todo mundo que ele vê pela frente. Jungkook, o Baekhyun não está com brincadeira. Ele está louco para te matar. — Yoongi me alerta.
— E quem disse que eu estou brincando? Se é guerra que o Baekhyun quer... É guerra que vamos ter. — Falo jogando o celular do menino na cama. — Me dê ele aqui, eu levo ele. — Falo para o segurança, pegando o garoto de seus braços.
E logo o celular do Yoongi toca, indicando que ele havia recebido uma mensagem.
— Jeon Jungkook, a gente tem que sair daqui agora, caralho! Ele já está aqui no bairro porra! — Ele se desespera, descendo a escada na velocidade da luz, creio eu que foi para preparar os carros. E eu faço a mesma coisa que ele, entrando rapidamente no meu carro, assim que eu o vi.
— Meninos, vamos ir em ruas separadas. Eu vou pelo Norte, já Namjoon, Seokjin e Hoseok vão pelo Oeste e Yoongi e Jimin vão pelo Centro. Ah, e mais uma coisa, espero que seus carros estejam abastecidos, pois nós iremos correr como nunca corremos. — Digo pela esculta, seguindo o meu caminho a duzentos e quarenta por hora.
— Jungkook? Tome cuidado, a duas quadras a sua frente tem duas viaturas. — Yoongi, alerta.
Yoongi estava responsável por nos avisar caso algo de errado ou a polícia aparecesse no caminho, já que ele fica monitorando nossos carros pelo GPS de seu computador.
Eu nada digo, apenas viro na primeira rua que eu vi, e corri, até o meu velocímetro bater cento e noventa quilômetros por hora, não deixando de olhar no meu retrovisor um minuto se quer.
— Namjoon, os canas estão atrás de você, caralho. Corre, porra! — Escuto Yoongi gritando na esculta.
— CARALHO YOONGI, MEU OUVIDO NÃO É PINICO NÃO INFERNO! — Grito pra ele, fazendo o mesmo ficar quieto.
— Jungko-
— Eu já disse que é pra ficar quieto Min Yoongi! — Corto sua fala.
Como eu estava em uma rua calma, não precisei ir muito rápido, o que em certo ponto foi bom pra mim. Todavia, como nem tudo é um mar de rosas, logo sinto um impacto na parte traseira do meu carro e vejo que uma BMW havia batido no mesmo. Mas não era qualquer pessoa que estava dirigindo o carro, e sim Park Chanyeol, braço direito de Byun Baekhyun.
— Por quê caralhos você não me avisou que esse filho da puta estava na minha cola?! — Volto a acelerar, enquanto xingava e amaldiçoava Min Yoongi e toda a sua geração.
— Porquê será? — Diz irônico. — Sai logo daí ou você não vai mais conseguir fugir do bairro. Ha apenas uma rua que não está cercada por eles. Espero que você tenha balas reservas, porque vai por mim, você vai precisar. — É a única coisa que eu escuto, antes de fazer questão de desligar minha esculta.
Ninguém merece um bando de filho da puta correndo atrás de você e ainda tendo que aturar o humor maravilhoso dos meus "queridos amigos".
Chanyeol aumentou a velocidade de seu carro também, porém ainda não conseguiu me alcançar, me dando alguns minutos de vantagem contra isso. Perfeito.
Eu olho atentamente cada rua e pude ver que haviam gente disfarçada, quase irreconhecíveis; em todas as que eu passei.
Sem perder tempo, eu viro única rua, na qual ainda não estava impossibilitada de passar, entrando direto na pista principal de Busan, sendo seguido por Chanyeol.
— Porra, cara insistente do caralho, mano. — Reclamo revirando meus olhos. Isso não é nada que eu não possa resolver.
Começo a ultrapassar vários carros, até mesmo o da polícia eu cheguei a passar, iniciando infelizmente mais uma perseguição.
— Era só que me faltava. — Falo ao ver Joshua, no comando da viatura.
Digamos que ele é o policial que desde que eu entrei nesse mund do tráfico tenta me incriminar. O engraçado é que mesmo agora eu sendo o maior traficante de toda Busan, ele ainda não conseguiu provas que eu trabalho nesse ramo, já que meus infiltrados na polícia sempre a pagavam elas.
— Bem, acho que vou ter que partir para o modo antigo... — Murmuro pegando minha arma no banco do carona.
Nesse meio termo eu aproveitei e dei uma olhada no garoto que estava deitado no banco de trás do carro, dormindo feito pedra. Ótimo.
Eu destravo a arma e abro o vidro ao meu lado, mirando no penel da frente do carro de Joshua com uma mão, enquanto segurava o volante com a outra.
— Tchau, tchau, Joshua, até a próxima. — Digo para mim mesmo e puxo o gatilho, acertando em cheio o penel dele, fazendo ele perder o controle do carro e bater em Chanyeol, que estava logo atrás de si.
É como diz o ditado "É como matar dois coelhos em uma cajadada só".
— É belezinha, hora de ir pra casa. — Olho para o menino – que começou a se mexer – pelo retrovisor. — Bosta, o efeito está passando. — Digo por fim, indo o mais rápido que dava.
(...)
— POR QUE CARALHOS VOCÊS AMARRARAM ELE? — Grito impaciente com os incompetentes dos meus homens, ou seja, os filhos da puta dos meus seguranças.
— Jungkook, ele estava querendo fugir e...
— Você me chamou de que? — Dou um passo em sua direção, sério. Eu simplismente não tolero que alguém, sem ser meus amigos ou algum familiar meu me chame pelo meu nome. — Para você ou é Chefe ou Senhor Jeon. Nunca mais, está me ouvindo, nunca mais, pense, ou melhor, sonhe em me chamar pelo meu nome novamente, caso contrário é daqui direto para o inferno. — Falo indo por fim desamarrar o pulso do garoto, no qual estava roxo com a força do aperto. — Vou ser breve Kim, me responda o que eu perguntar e quem sabe eu não pense em te deixar viver para contar estória. — Sorrio na direção dele, que revira seus olhos pra mim. Uau, ele tem coragem.
— Você acha mesmo que eu vou abrir minha preciosa boca, apenas para responder essas suas perguntas estúpidas? Gente, como você é iludido. — Se faz de durão, mas tanto eu, como ele, sabemos que isso não passa de uma encenação.
Isso vai ser divertido. Mau vejo a hora de ver essa pose de marrento sumir ao saber das coisas que irá passar na minha mão.
É, parece que vamos ter um longo caminho pela frente...
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