POV's Jeon Jungkook
— Ok, eu vou falar só uma vez e quero que prestem atenção porque eu não vou repetir. — Falo olhando as dez pessoas que estavam paradas em minha frente. — Mesmo sendo novatos não podem cometer uma falha, caso contrário eu faço questão de mandar vocês pro saco. — Analiso bem o rosto de cada um que estava presente no escritório, vendo uma mistura de receio e nervosismo em cada um deles. — É o seguinte... — Paro de falar ao escutar batidas na porta, e logo ela é aberta por Taehyung.
— Pode continuar. — Falou caminhando até minha mesa, sentando na cadeira atrás dela enquanto bebia algo.
Faço assim como pedido, ignorando o fato dele estar ali, instruindo os novatos o que eles deviam fazer.
— Muito bem, espero que todos tenham entendido, porque se fizeram algo que eu disser pra não fazer, não exitarei em matar vocês. — Digo por fim, vendo eles concordarem.
Ouço a risada de Taehyung ecoar pelo escritório da boate, fazendo todos olhar pra ele. Ele balançava a cabeça negativamente enquanto olhava na direção dos novatos, me deixando ainda mais confuso.
— Não acho que eles tem qualificação pra ser contratados por você. — Ficou sério, olhando pra mim. — Da pra ver o pavor nos olhos deles e convenhamos que eles são seriam nem um terço do que deveriam ser na sua equipe. — Ergue as sobrancelhas, arrastando a grande cadeira para perto da mesa, colocando os cotovelos apoiados nela, enquanto suas mãos davam apoio ao seu queixo. — Aquele ali por exemplo; É baixo, físico não muito bom e além de tudo é medroso. — Apontou para o ultimo da esquerda.
— O Jimin também é baixo e é um dos meus melhores. — Ergui uma sobrancelha. — Para poderem começar a trabalhar, eles passarão por um processo para melhorar o físico e o desempenho psicológico, sem contar que ficarão sobre vigia durante três meses. É que essa parte eu expliquei antes de você chegar. — Sorrio em sua direção. — Mas isso foi uma ótima observação sua. — Pisco em sua direção, vendo ele abrir um sorriso assim como eu.
— Você também é novato? — Um deles questiona, fazendo Taehyung olhar em sua direção e negar. — Seu físico também não parece ser de alguém que trabalha nesse ramo. — Sorriu sacana, fazendo Taehyung revirar os olhos.
— Meu físico pode até não ser qualificado pra alguém que trabalha aqui, mas eu posso derrubar qualquer um facilmente. — Deu de ombros, e logo olhou pra mim. — Se bem que eu não preciso disso, os cães do meu irmão não saem do meu pé de qualquer maneira. — Falou me fazendo rir.
As vezes era até engraçado de ver ele tentando dar uma escapada aqui ou ali dos seguranças do irmão, mas quando ele menos esperava eles já estavam no seu pé novamente. Taehyung bufava e gritava para eles pararem de segui-lo, mas eles somente o ignoravam, ai ele apelava pra mim. Como eu sou um ótimo namorado, mandava aqueles merdinhas irem embora e colocava os meus atrás dele, afinal, os meus são os melhores.
— Então você é irmão do Senhor Jeon? — Um deles ousou perguntar.
Ta legal, não era eu quem deveria estar fazendo as perguntas aqui?
— Não, ele não é meu irmão. — Respondi antes de Taehyung. — O Byun é o irmão dele. — Digo por fim, fazendo com que alguns arregalassem os olhos surpresos. — Bem, espero que tenham entendido tudo que eu disse, porque se eu descobrir que vocês ousaram me desobedecer, vai ser um prazer dar um tiro em cada um de vocês. — Sorrio.
— Nossa amor pra que ser tão agressivo? — Taehyung fez cara de bravo, me fazendo bufar.
— Ta legal, um tiro não, mas vai levar uma bela surra! — Reviro os olhos.
— Amor... — Taehyung repreendeu-me novamente.
Porra Taehyung!
— Vai levar uma bronca. — Falo sério, vendo algum deles rirem.
Não briguei porque se eu estivesse no lugar deles também iria rir. Um chefe que é um puto de um pau mandado, onde já se viu?
— Bem, é só isso. Agora vou pedir para Seokjin levar vocês até o galpão e lá vocês vão ficar em observação. Quero que deem o celular de vocês na minha mão e se precisarem ligar pra entrar em contato com alguém de fora, vamos entregar novos celulares, mas todos eles estarão grampeados, e se ousarem fazer alguma graça, já sabem né? — Olho de maneira disfarçada para Taehyung, indicando que eu não ia apenas "dialogar" com eles. — Vamos, podem sair, o segurança que esta na porta irá levá-los até Seokjin. — Aponto a porta, e assim eles fizeram, saindo um por um. — O que você estava bebendo? — Pergunto.
Pra falar a verdade, eu estava com vontade de fazer essa pergunta desde a hora que ele entrou na sala segurando aquele copo preto, mas não o fiz por causa dos novatos que estavam ali a pouco.
— Ah, isso? — Pegou o copo em cima da mesa. — Vodka, quer? — Ofereceu o copo, me fazendo ficar desesperado.
— Kim Taehyung, por tudo que é mais sagrado, diz que você está tirando uma com a minha cara... — Fecho os olhos com força, tentando não ficar bravo.
Logo a risada dele ecoou pelo escritório e então abri os olhos, vendo um sorriso quadrado em seu rosto. Ah, como eu amo esse sorriso!
— Estou brincando Jungkook. É suco de uva. — Mostrou e então eu pude ver a cor dentro do copo.
Realmente...
— Quero provar. — Aproxima-me de si, segurando em sua cintura.
Taehyung ergue o copo em minha direção e eu faço careta, pegando-o de sua mão, colocando em cima da mesa. Vejo o rosto do Kim ficar confuso me fazendo sorrir.
Sem mais delongas, puxo sua cintura para mais perto, fazendo com que ele viesse para frente, roçando meus lábios nos seus, porém não o beijei, apenas permaneci naquela posição. Taehyung vendo que eu não iria continuar, segurou minha nuca e me trouxe mais perto de si, selando nossos lábios por fim. De início não havia língua, mas isso durou apenas alguns segundos. Passei minha língua por seus lábios, fazendo-o dar passagem para ela entrar em sua boca no mesmo instante, e logo pude sentir o gosto de uva vindo dela.
No começo o beijo estava lento, mas logo começou a esquentar quando o Kim levou uma de suas mãos até meu abdômen, adentrando minha blusa para arranhar o local; o que ocasionou um suspiro meu entre o beijo. Desci uma das mãos até sua nádega direita, apertando-a com força, enquanto puxava-o para mais perto no mesmo ato, fazendo um pequeno atrito entre nossos membros – infelizmente – cobertos.
— Amor... — Sussurrou separando um pouco nossos lábios.
Ignorei seu chamado, começando a distribuir beijos por sua mandíbula, indo em direção ao seu pescoço, onde passei a deixar alguns chupões e mordidas, sentindo ele puxar meus cabelos, arfando a cada beijo depositado ali.
— Jungkook, preciso que você dessa lá embaixo agora... — Namjoon entrou no cômodo com tudo, fazendo com que eu me separasse do Kim. — Ou deixa pra depois. — Falou envergonhado.
Ah, Namjoon seu pau no cú...
— Caralho Namjoon! — Taehyung esbraveja, surpreendendo-me.
Geralmente esse papel ficava pra mim.
Ignoro esse fato, pegando na mão de Taehyung, levando-o para fora do meu escritório, descendo as escadas enquanto seguia Nam. Obviamente minha vontade de jogar ele de lá estava enorme, mas se fizesse isso meus filhos iam crescer sem pai, porque Seokjin iria me matar.
— Tae, espera aqui um minutinho, eu já volto. — Deixo-o na área VIP, vendo que tinha apenas algumas pessoas ali. — Não sai daqui. — Viro-me de costas para si, descendo um pouco mais as escadas, avistando dois seguranças meus parados ali. — Fiquem de olho no Taehyung, se alguma coisa acontecer com ele eu arranco a cabeça de vocês fora.
POV's Kim Taehyung
Assim que Jungkook saiu da área VIP, senti meu estômago embrulhar ao olhar pro lado ver as poucas pessoas que estavam ali usando cigarro de maconha. O cheiro daquilo me deixava mal.
— Hey, poderiam por favor ir fumar em outro lugar? — Pergunto a um grupo de jovens, fazendo eles me olharem estranho.
— Não? — Uma garota me olhou como se fosse a resposta mais óbvia do mundo. — Meu amor, se você está incomodado fique a vontade para sair. — Apontou a saída da área VIP, onde havia um segurança do Jeon prestes a vir na nossa direção, mas eu neguei com a cabeça, impedindo-o.
Suspirei fundo e caminhei até ela, vendo-a levar o cigarro de maconha até a boca e tragar, prendendo por alguns segundos antes de soltar a fumaça na minha direção.
Céus, como eu odeio esse cheiro.
— Eu pedi educadamente para sairem daqui porque esse cheiro não está me fazendo bem, mas que vocês não querem colaborarem, serei obrigado a expulsa-los daqui. — Falei calmamente, parando na frente da garota, fazendo seus amigos ficarem em alerta e se levantarem, ficando em volta dela.
Reviro os olhos, vendo que – infelizmente – os olhos do Dj parou exatamente onde estávamos, e este jogo fez questão de parar a música antes de começar a falar.
— Hey vocês aí! — Ele apontou na direção de onde estávamos, fazendo todos que estavam presentes na parte da pista olhassem na nossa direção. — Estão incomodando você Taehyung? — Mark questionou, me fazendo assentir. — Sabem o que acontecem quando mexem com o garoto do Jeon? — Deu uma risada falsa, ficando sério novamente em questão de segundo. — Caiam fora. A partir de hoje vocês não pisam o pé nessa boate. — Disse por fim, voltando a colocar música.
Sorri na direção do grupo de adolescentes, vendo a indignação exposta na cara deles, porém ignorei isso, e logo três seguranças com uma cara nada boa se aproximarem. Logo os jovens foram tirados da boate, e eu finalmente pude me sentar, observando a pista de dança. As pessoas dançavam e pulavam animadamente no ritmo da música eletrônica que tocava, sorrindo umas pras outras ou até mesmo sozinhas. Elas de fato pareciam estar se divertindo.
Involuntariamente solto um sorriso, lembrando do dia em que eu estava dançando com Jimin, fazendo ciúmes em Jungkook. Céus, a cara dele era a melhor. Nada iria superar aquela cena.
— Do que está rindo, hum? — Uma voz rouca sussurra em meu ouvindo, me fazendo levar um susto. — Ta assustado amor? — Seus braços envolveram minha cintura e sua cabeça repousou em meu ombro. — Me desculpa por não ter te dado muita atenção. — Deu um beijo em meu pescoço. — Me disseram que um bando de adolescentes estavam implicando contigo, é verdade? — Me virou de frente pra si, olhando nos meus olhos.
— É sim, mas não se preocupe, está tudo bem, Mark deu um jeito nisso. — Sorri, roubando-lhe um selinho. — E sobre você não ter me dado muita atenção; não tem problema, eu já sabia que iria ser assim. Você veio a trabalho, não pra de divertir.
— Ah, nem me fale... — Fechou os olhos, exausto. — Podemos ir pra casa? Tenho uns assuntos pra resolver mas antes tenho que te deixar em casa.
Sem dizer mais nenhuma palavra, grudo na mão de Jungkook, puxando-o na direção da saída da área VIP, descendo as escadas. Passamos pela pista de dança e logo saímos da boate, indo em direção ao carro do Jeon. Entramos no carro e logo Jungkook deu partida, arrancando arrancando seu Porsche de lá.
— Amor? — Chamo-o acanhado, vendo que ele estava prestando atenção no trânsito. — Podemos passar em um lugar antes? — Brinco com meus dedos, com vergonha. — Estou com vontade de comer uma coisa...
(...)
— Credo Taehyung, eu não acredito que você tá comendo isso. — Jungkook fez cara de nojo, entrando na cozinha de casa.
— Ta uma delicia, quer? — Ofereço, dando mais uma mordida.
O que eu estava comendo? Bolo de chocolate com mostarda e bacon.
— Eu passo. — Fez careta, caminhando até a geladeira, tirando uma jarra de suco de laranja de lá. — Quer? — Ofereceu, pegando um copo, despejando o líquido lá dentro.
Foi a minha vez de fazer careta.
— Eu passo. — Dou mais uma mordida na mistura – incrivelmente deliciosa – que eu havia feito. — Hwang está acordado? — Pergunto, vendo ele assentir. — E Sully? — Ele nega.
— Tae, como eu tinha te avisado lá na boate, eu vou ter que ir resolver uns assuntos inacabados ok? — Vem em minha direção, me dando um beijo na testa. — Acho que eu já fui bonzinho demais com umas pessoas, ta na hora de eu mostrar quem é que realmente manda aqui. — Sorri de ladinho.
— Vai e arrasa. — Brinco, vendo ele rir. — Tchau amor. — Beijo sua bochecha, vendo ela ficar toda manchada de mostarda e alguns farelos de bolo, tirando uma careta dele.
— E eu lá sou homem de receber beijos na bochecha Taehyung? — Arqueou uma sobrancelha. — Vamos, me de um beijo descente. — Falou sério, mas logo olhou para o que estava em minhas mãos. — Ah, quer saber? Acho que só um beijo na bochecha dá. — Apressou em me dar um beijo na testa e ir em direção a saída da cozinha. — Qualquer coisa me liga ok? — Fala me fazendo concorda enquanto mordia mais uma vez o bolo.
Jungkook uma careta e saiu da cozinha, alguns minutos depois pude ouvir o barulho do seu carro sendo arrancado da garagem e alguns murmúrios ao lado de fora, então presumi que era os seguranças conversando. Terminei de comer e corte uma fatia de bolo de chocolate, colocando-a em um prato. Saio da cozinha indo em direção a escada, subindo-a devagar, indo em direção ao quarto de Hwang, adentrando o local com cuidado pra não derrubar o pra em minhas mãos.
Assim que meu filho me viu, jogou seu celular de qualquer jeito na cama e veio correndo em minha direção, me abraçando apertado.
— Papai, eu senti saudade. — Olhou em minha direção, sem me soltar. — O papai deixou Hwang pra trás e eu pensei que você não gostava mais de mim. — Fez biquinho, e pude ver seus olhos começarem a encher de lágrimas, coisa que cortou meu coração em mil pedaços.
— Amor, o papai nunca vai fazer isso, ok? — Falo sentindo meus olhos quererem marejar.
Merda de hormônios.
— Vamos sentar na cama? Papai trouxe bolo pra você. — Ergui o prato e ele logo me soltou.
Ele pegou na barra da minha camisa e me puxou até sua cama, se sentando nela e me puxando para sentar ao seu lado.
— Papai, eu cuidei da Sully enquanto você não chegava, sabia? — Mudou completamente o assunto de antes, apontando para o berço onde a bebe estava dormindo tranquilamente. — Acordou e esticou os bracinhos pra eu pegar ela. — Ele colocou a mão na boca. — Mas papai disse que Hwang não pode fazer isso, então eu não peguei, mas ela começou a chorar. — Ele fez biquinho. — Só que a titia Moonbyul rapidinho e deu mamadeira pra ela. — Sorriu ao falar dela, fazendo com que eu sentisse uma dorzinha no peito.
Talvez, só talvez eu esteja com uma pontinha de ciúmes do meu filho com a babá.
— É mesmo? — Sorri pra ele, vendo ele assentir.
— A titia é bem legal, ela me ajudou a fazer isso... — Se levantou de cama, indo até a uma cômoda que havia em seu quarto, abrindo a primeira gaveta e tirando um cartaz – que estava dobrado dentro da gaveta – de lá, trazendo até mim. — Ó, esse é o papai Kook. — Apontou para um homem cheio de desenhos aleatórios espalhados pelo corpo, então presumi ser suas tatuagens. — Esse aqui sou eu. — Apontou para uma criança baixinha, que se parecia muito com o Jeon, só que em versão miniatura e sem as tatuagens. — Essa aqui é a Sully. — Apontou para uma criança muito pequena que estava nós braços de uma mulher. — Essa é a tia Moonbyul. — Apontou para a mulher, me fazendo morder a bochecha com força ao ver que o desenho havia terminado por ali.
— Onde está o papai Tae, amor? — Sinto meu peito doer ao não me ver na ilustração.
— Ah papai... — Ele ficou sem graça, coçando a nuca. — Não deu tempo de terminar ainda. A gente começou a brincar de guerrinha de travesseiro e acabei me distraindo. — Abaixou a cabeça. — Ficou sem graça novamente.
— Ta tudo bem meu amor. — Sorrio, tentando não demonstrar que fiquei abalado com aquilo. — Bem, podemos desenhar o papai agora, o que acha? — Sugiro, vendo ele assentir e ir pegar seu estojo.
Ignoro a dor que se instalou em meu peito, tentando convencer a mim mesmo que aquilo não significava nada. Hwang me ama assim como eu o amo.
— Bebê, papai pode te perguntar uma coisa? — Pergunto vendo ele se aproximar. Ele assente. — Você ama o papai, não é?
— Mais que tudo nesse mundo papai. — Ele me abraçou. — Desculpa não ter te colocado no desenho. Eu sei que você tá triste papai. Desculpa o Hwang. — Me apertou mais contra si, fungando baixinho. — Desculpa...
— Ta tudo bem amor. — Afago seus cabelos. — Vamos, agora enquanto você come esse bolo delicioso que o papai trouxe pra você, eu vou ir fazendo o desenho, ok? — Me afasto, vendo esse concordar com a cabeça, pegando o prato e se sentando um pouco afastado para que o farelo do bolo não caísse no desenho.
(...)
— Uau, esse é o mais lindo de todos! — Ele abriu a boca ao olhar na folha, me fazendo sorrir orgulhoso de nós dois.
Realmente ficou muito lindo.
— Sabe o que falta para ele ficar ainda mais bonito? — Pergunto ainda sorrindo. Ele nega. — Ataque de cosquinha! — Começo a fazer cosquinha em si, fazendo ele cair deitado na cama, rindo alto, o que ocasionou em Sully acordando e dois seguranças entrando no quarto feito loucos pensando que algo tinha acontecido.
— Senhor Kim, ta tudo bem por aqui? — Perguntam em uníssono, me fazendo concordar.
— Está sim, não se preocupem. — Sorrio fraco, levantando da cama indo pegar Sully no colo. — Só estava brincando com Hwang, nada demais. — Informo, vendo eles assentirem e se retirarem do quarto.
Olho para Hwang que prendia a risada, mas assim que viu meu rosto começou a rir novamente.
— Eles me dão medo. — Comentou, me fazendo rir.
— Não se esqueça que é você quem manda neles, não o contrário ok? — Ergo uma sobrancelha, vendo ele concordar. — Quer tomar leite meu amor? — Pergunto olhando para a bebê, que agora já não chorava mais, apenas estava encarando o irmão. — Filho, vamos lá com o papai na cozinha preparar uma mamadeira pra ela.
Enquanto passávamos pela sala de estar, pude ver Moonbyul sentada em uma cadeira, porém ignorei sua presença e vi que Hwang fez o mesmo, pois estava concentrado apenas em mim e na irmã. Sorri com isso, entrando na cozinha para poder preparar o mamá da bebê.
— Precisa de ajuda senhor Kim? — A baba entrou na cozinha, andando em minha direção.
— Pra falar a verdade sim. Poderia fazer a mamadeira da Sully? — Tento ser educado e não demonstrar o meu desinteresse pela presença dela ali. A garota assente, indo pegar a mamadeira e o leite. — Bem, enquanto isso eu, Hwang e Sully vamos estar na sala de jogos ok? — Aviso, vendo ela concordar. — Junseo? — Chamo um dos seguranças que estava parado na porta da cozinha. — Fique de olho nela. Se ela pensar em fazer alguma gracinha já sabe. — Olho de canto para Moonbyul, saindo da cozinha com meus filhos.
— Papai, você não gosta da titia Moonbyul, não é? — Hwang que estava em silêncio até então se pronunciou.
Ah...
— Filho, não é isso... — Tento achar palavras para explicar, porém não acho.
— Ah papai, tá tudo bem. Ela falou que não gosta de você. — Comentou baixinho, me fazendo arquear uma sobrancelha.
Como é que é?
— Como? — Paro de andar, virando em sua direção.
Hwang tinha um pequeno sorriso nos lábios, como se tivesse fazendo algo errado.
— Ela falou. — Deu de ombros. — Mas Hwang brigou com ela por ter falo que não gosta do papai Tae, ai ela pediu desculpa. — Falou orgulhoso de si mesmo. — Hwang protegeu papai Tae. Queria que o papai Kook tivesse aqui pra eu contar isso para ele. — Fez um pequeno bico nos lábios.
Céus, meu bebê é tão precioso.
— Obrigado por ter me protegido meu amor. — Sorrio pra si.
Sully que observava a cena com atenção também soltou um sorriso banguelo, fazendo meu coração se aquecer. Sem pensar duas vezes segui um pouco a bebê em meu colo, deixando um beijo em sua bochecha, fazendo ela sorrir ainda mais.
— Você gosta dos beijos do papai meu amor? — Dou mais um beijo. — O papai te ama, meu anjo. — Volto a andar até a sala de jogos com ela nos braços, sendo seguido por Hwang.
— Papai, a Sully e eu somos seus filhos de coração, não somos? — Hwang perguntou assim que entramos na sala de jogos, me fazendo concordar no mesmo instante. — Mas quem são as nossas mães de barriga? — Ele brinca com os dedos. — É que a titia falou que era impossível eu ter nascido da sua barriga porque você é homem... — Murmurou cabisbaixo.
Okay, ela passou dos limites!
— Meu amor, coloca a mão na barriga do papai. — Peço e assim ele faz. — O que você sente? — Ponho minha mão em cima da sua.
— Nada papai... — Mordeu a bochecha.
— Agora coloca a mão aqui. — Levo sua mão até meu peito, em cima do meu coração. — Sente ele batendo? — Perguntei, vendo ele assentir. — Pois bem, ele bate por você e pelos seus irmãos. E isso é o que importa filho. Eu posso até não ser seu papai de sangue ou até mesmo da Sully... — Olho para pequena em meus braços, sentindo meus olhos arderem. — Mas saiba que meu coração vai bater sempre por vocês. — Beijo sua testa.
Céus, não ha palavras para descrever o tamanho do meu amor por eles. Acho que eu não seria nada nesse mundo sem meus filhos.
— Ah, mais é claro que eu posso engravidar! Seu ou sua irmãzinha pode confirmar isso quando nascer. — Coloquei suas mãos em minha barriga novamente. — Agora sente com o coração. — Peço.
Hwang fecha seus olhos e respira fundo, concentrando-se na minha barriga, mas em questão de segundos ele arregala os olhos e abre a boca para gritar, mas o grito não sai.
— P-Papai...
— Você sentiu? — Pergunto sorrindo.
Ele concorda com a cabeça várias vezes, saindo correndo até uma cama elástica que havia ali, começando a pular.
— Ele de mexeu! Ele se mexeu!
POV's Jeon Jungkook
— Seu desgraçado! — Desfiro um soco em seu rosto, vendo a cadeira na qual ele estava amarrado vacilar para o lado. — Quem te mandou aqui? — Mais uma vez bato em seu rosto, vendo ele cuspir sangue. — Responde filho da puta! — Seguro em seu rosto com força, obrigando-o a me olhar, vendo ele sorrir com os dentes cobertos de sangue.
— Eu só vim dar um aviso a vocês. — Riu sem humor. — Sabe a cocaína que está guardada no seu galpão? — Um sorriso brincou em seu lábios.
Como ele sabia?
— Pois bem, a polícia também sabe disso. E aconselho vocês tirarem isso logo de lá. O tempo ta passando... Tic tac. — Imitou barulho de relógio, me deixando ainda mais irritado.
— Seu-
— Jungkook, o Jackson ligou. — Yoongi entrou com tudo no cômodo, com seu celular em mãos. — Os canas estão vindo atrás de nós.
Merda!
— Ah, espero que tenha gostado do presente do seu querido papai. — O homem em minha frente debochou, e isso foi sua última fala, pois sem mais delongas tirei minha arma da cintura, mirando em seu peito e dando dois tiros lá.
— Limpem isso. — Ordeno a três seguranças que estavam junto a mim.
Pego o celular de Yoongi de sua mão, ouvindo meu irmão protestar, mas ignoro esse fato, ligando para Jackson novamente, vendo ele atender no mesmo toque.
— Como? — É a única coisa que pergunto, sentindo um ódio enorme me consumir.
— Foi uma denuncia anônima. — Respondeu. — Eles estão indo até o galpão, acho melhor vocês tirarem tudo de lá agora.
— Me mantenha informado. — E assim desligo, devolvendo o celular para Yoongi.
Ando até um grupo de seguranças, vendo que estavam todos atoa, sem fazer completamente nada, e isso fez meu sangue ferver ainda mais.
— Seus bando de filhos da puta, vocês querem levar um tiro no cú?! — Pergunto irritado, dando um soco na mesa que havia no meio do galpão onde estavamos. — Acho melhor começarem a trabalhar agora ou não medirei esforços em acabar com vocês. — Começo a andar em direção a saída, ouvindo meu irmão bufar atrás de mim. — Isso vale para você também Min Yoongi. — Disse sério, me virando para trás.
Yoongi apenas riu em deboche, erguendo o celular em mãos e me mostrando a tela. Ele estava hackeando os sinaleiros da cidade, atrasando ainda mais os policiais.
— Você devia esfriar a cabeça. — Falou tão sério quanto eu. — Você de cabeça quente só faz merda Jungkook. — Revirou os olhos.
— Me respeita porra, quer morrer? — Esbravejo, pronto para partir para cima dele.
Yoongi começou a rir sem humor, negando com a cabeça.
— Acha mesmo que essa porra toda está doendo só em você? Ele é meu pai também Jungkook. Acha que eu não estou morrendo de ódio por saber que ele está tentando matar meu irmãozinho? A única coisa que me sobrou nessa porra de vida inútil? Acha mesmo que não ta doendo? Caralho Jeon, acorda porra! Eu sou um Min, mas não se esqueça que tem o caralho do sangue Jeon correndo nas minhas veias quanto tem nas suas. Então não venha querer da uma de nervoso pra cima de mim. Você não tem noção de como eu estou me sentindo no meio dessa história! Do quanto eu estou confuso com tudo isso. — Ele suspirou. — Então a única coisa que eu te peço e que você coloque a desgraça da bunda dentro desse carro e vai até o galpão resolver isso antes que eles cheguem lá, mas vai esfriando a cabeça durante o caminho, porque se eu descobrir que você chegou lá nervoso, eu é quem vou te quebrar na porrada! — Ameaçou, me empurrando até meu carro.
Sem querer discutir mais sobre esse assunto, entro no carro sem nem olhar para meu irmão, dando partida e o arrancando do galpão. Sei que estou errado em fazer isso, mas é como Yoongi disse, eu preciso de um tempo para esfriar a cabeça, ou coisa boa não vai acontecer. Principalmente agora que eu sei quem é o autor de tudo isso.
— É papai, você que me aguarde, pois o que é teu tá guardado. E pode ter certeza de uma coisa...
Eu não serei nada bonzinho contigo.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.