16 de fevereiro
Acordei com as energias recarregadas e sem sono algum. Agora são oito da manhã, tenho duas horas para estar no escritório do meu advogado.
Tomo um banho relaxante, com direito a lavar o cabelo. Me enrolo em uma toalha e passo do meu quarto para o closet. Escolho um vestido com uma saia lisa e colada e com a blusa solta, e pego uma sandália de salto.
Seco meu cabelo, deixo as pontas enroladas e prendo duas mechas para trás. Não exagero na maquiagem, só no batom vermelho e coloco algumas jóias. Pego uma bolsa e coloco dinheiro, cartão de crédito e meu celular dentro dela.
Agora são 09:45, saio do meu quarto e encontro Judith arrumando as caixas em um canto da sala. Pego a chave da minha Ferrari Califórnia, que estava jogada no sofá junto com várias outras coisas.
— Bom dia Judith. — ela vira assustada — Está devendo? — brinco com ela — Oque está fazendo?
— Bom dia Ally, eu estou arrumando as caixas em um canto da sala para que elas não fiquem espalhadas. — ela vai para a cozinha e eu a sigo — Eu também estou arrumando algumas coisas na sala, você se importa? — eu nego — É que estava tudo bagunçado e você deixa a maioria das coisas jogadas e esquece de pegar elas. — eu coro com o que ela diz.
— Perdoa a minha bagunça, ultimamente eu não tenho tempo nem para descansar. — vou até a geladeira e pego o único iogurte que tinha — Essa semana eu vou estar mais parada, se eu tiver tempo eu arrumo as caixas. — ela me olha desconfiada — Você também vai arrumar, sabe que sem você eu não seria nada nessa casa. — No meio da cozinha tem uma ilha de balcão e em cima dele tem um pote com chiclete de menta, eu pego dois e coloco na minha bolsa. — A geladeira está vazia, então se você sentir fome pode pedir comida. O dinheiro está na caixinha de sempre. — passo por ela — Não sei que horas volto.
— Eu sei que você não vai parar em casa, mas eu ainda aceito a ajuda.
Judith é uma mulher de quarenta anos e tem duas filhas que são fanáticas por mim, veio para os Estados Unidos em busca de uma vida melhor. Ela trabalhava para minha mãe e sempre cuidou de mim, agora ela trabalha para mim. Posso dizer que ela é meu braço direito dentro de casa, ela também é de muita confiança.
Vou para o subterrâneo, entro no meu carro e sigo para o escritório, mas antes passo no posto de gasolina.
Desço do carro e Christian está me esperando na porta.
— Você chegou seis minutos atrasada, mas não precisa de falar nada porque eu sei que parou para abastecer o carro. — ele abre a porta.
— Como? — entro no escritório e ele fecha a porta.
— Paparazzi. — fala simples — Oque vamos resolver hoje? — ele me leva até a sala dele.
— Eu quero entrar com o processo em cima do Monte Lipman, quero que isso se resolva no máximo de duas semanas.
— Não é impossível, mas não vai ser fácil. — ele pega alguns papeis — Como nós temos provas, isso favorecerá para nosso lado. — ele me entrega alguns papéis — Você irá migrar de gravadora?
— Sim, eu irei para a Interscope.
— Mas seu contrato na Republic só acaba em Junho.
— Na audiência você irá pedir que o contrato acabe. — falo simples.
— Irei tentar.
— Tentar? Não mesmo, você vai conseguir! — será que ele não sabe que tentar não está no meu vocabulário? — Eu estarei lá, então como condição irei pedir o fim do contrato e a minha indenização. — ele dá risada
— Não é tão fácil.
— É sim, você que está complicando. Vai por mim, no dia eu vou ganhar esse processo.
— Se você diz. — ele dá ombros — Bom, é só isso?
— Sim, eu só vim aqui para falar isso e que é pra você marcar a audiência. — me levanto da cadeira — Me avise quando você marcar o dia, para que eu não tenha compromissos nessa data. — ele me leva até a porta do escritório — Me avise ainda essa semana e lembre-se, estou te pagando para você conseguir o que eu quero.
— Pode deixar. — ele bate continência e saio do escritório.
Ando pela cidade e decido parar quando acho uma vaga em frente algumas boutiques. Pego minha bolça e desço do carro e aciono o alarme dele.
Entro na Carlo's Bakery e vou direto na vitrine que tem Cannolis, peço quatro para viagem, também peço três cupcakes customizados. Pego a sacola e pago por eles. Adoro tudo que tem aqui, se desse comia todo dia.
Ao sair da confeitaria me deparo com um paparazzi, como eles são rápidos! Finjo que ele não existe e continuo andando.
Rodeo Drive é a avenida mais cara de Los Angeles, apenas nomes de grande peso estão nela. Eu começo entrando pela minha favorita, a Gucci. Não tem como não entrar nessa loja e sair sem uma sacola, que no meu caso foram três. Estava precisando de algumas roupas. Mas a Gucci só foi a primeira de várias que eu vou entrar hoje.
(...)
Acabo de sair da ultima loja e eu estou morrendo de fome. Como eu não conseguiria carregar todas as sacolar eu dei cem dólares para um menino me ajudar. E cá estou eu, voltando para o meu carro cheia de sacolas.
Destravo o meu carro e coloco todas as sacolas no banco de trás, agradeço o menino e dou mais dez dólares para ele. Entro no carro e vou para casa.
Ao chegar em casa interfono para Judith vir até a garagem, a mesma reclama que está com coisa no fogão mas fala que logo chega.
— Pelo visto as compras foram boas! — ela para do meu lado — Não sei como não vai a falência.
— Fala sério, eu estava precisando de fazer compras! — faço drama — Mas como sabe que eu estava fazendo compras?
— Quem está precisando de compras são os armários da sua da cozinha! A questão é: quem não sabe que você estava fazendo compras? — ela dá risada — Está em todos os lugares, principalmente uma foto de um menino segurando suas sacolas. Os títulos das manchetes são os melhores. — ela começa a dar mais risada ainda.
— Meu Deus do céu. — abro a porta de trás do carro e entrego metade das sacolas para ela.
— Ao mínimo trouxe alguma coisa para mim? — ela pergunta esperançosa.
— Nossa, eu nem lembrei. Me desculpe Judith, trago na próxima. — ela faz uma cara de desapontada. Lembro-me que na ultima vez em que comprei bastante coisa, eu tinha me esquecido dela e falei a mesma coisa que hoje. — É Mentira! Eu passei na Louis Vuitton e comprei uma bolsa para você. Só espera chegarmos lá em cima que eu procuro ela nas sacolas.
Ela me ajuda com as sacolas toda sorridente. Pegamos o elevador e ela abre a porta de casa, o apartamento está organizado, limpo e com cheiro de comida.
— O que você fez para comer? — coloco as sacolas em cima do sofá — Eu trouxe algumas coisas para comer.
— Eu fiz macarronada. — ela olha feio para mim — Tire essas sacolas do sofá, eu sou sua empregada e não escrava! — eu arregalo os olhos.
— Eu só coloquei as sacolas aqui para achar a sua. — me explico — Sabe, eu acho que vou gravar um vídeo hoje.
— Olha, eu te aconselho a ir tomar um banho. — ela coloca as sacolas no sofá — Eu arrumei a sala hoje e você já vai fazer bagunça. — ela faz uma cara de sofrida — Mas tudo bem, depois de achar a minha sacola eu levo as outras com você para o seu quarto.
Eu começo a separar algumas sacolas, para achar a que está com comida. Abro algumas para ela ver o que comprei. Depois de achar a sacola dela e a com comida, nós levamos tudo para o meu quarto.
Entro no meu closet e pego um conjunto de Langerie e um moletom gigante. Tomo banho e levo as coisas de filmagem para a sala e levo todas as caixas de recebido para a sala.
— Judith, você pegou os Cannolis?
— Não. — ela aparece na sala — Por quê?
— Porque eu trouxe dois para você. — falo.
— Obrigada, quer que eu traga os seus para cá?
— Sim, por favor. — ligo os cabos na tomada — TRAZ UM PRATO DE MACARRONADA TAMBÉM!
Eu termino de arrumar a câmera e a iluminação. Antes de começar a filmar Judith me traz as coisas de comer.
Vou na câmera e inicio a gravação.
— Oi, oi gente. — eu pego um lança confetes, abro ele e tomo um susto — Meu Deus. — coloco a mão no peito e começo a dar risada — Ok, ok. Quanto tempo, né? Hoje eu vou fazer o tão pedido fan mail. — olho no notebook, que está conectado na câmera, e vejo que estou com confetes no cabelo. — Eu estou com confetes no meu cabelo. — dou risada e começo a tirar eles.
Eu sempre me divirto gravando vídeos e também sempre faço muita bagunça. Pode dar muito trabalho, mas no final vale muito a pena!
— Bom, vamos começar a abrir as caixas e esperar que não venha nada muito inusitado. — os fãs adoram mandar surpresas dentro das caixas.
Eu pego uma caixa de tamanho médio e começo a girar ela tentando achar o remetente, eu não acho e jogo a caixa para trás e ela acaba derrubando alguma coisa. Opa. Eu pego a caixa novamente e coloco o quadro que ela tinha derrubado de volta no lugar.
— Antes de tudo eu quero dizer que eu demorei e que agora será sem promessas, eu não posso prometer algo que não vou cumprir. Então os vídeos sairão bem de repente, sem data e hora marcada. — pego a caixa — Vamos lá. — abro a caixa e dentro tem uma outra caixa — Eu não sei de onde veio, por favor coloquem de onde vem as caixas. — eu dou um grito.
Eu abro a caixa e dentro dela tem várias bolinha e duas caixas, uma pequena e outra grande. Abro a grande primeiro, dentro dela tem uma coruja de pelúcia.
— Que coruja fofa. — abraço ela — Muito obrigada para quem mandou ela.
Pego a caixa menor, dentro dela tem uma caixinha com um bracelete delicado e uma carta, que nela basicamente diz o quanto a menina me ama e que no meu bracelete tem um pingente de chave e o dela de um cadeado em forma de coração. Na carta também diz de onde ela é e o seu nome.
— Muito obrigada pela coruja e pelo bracelete, eu amei eles. Na caixa não tinha seu nome, mas na carta sim. Então muito obrigada Amélie, espero que quando eu for para a França possa te encontrar e abrir o seu coração. — coloco as coisas dela em cima de outro sofá — UAU, isso saiu bem poético.
Pego uma caixa pequena.
— Essa daqui é da Alemanha. — bato palmas — Da Katja. — eu faço uma careta — Não sei se pronunciei certo. — abro a caixa — Temos uma bandeira da Alemanha e uma carta. — eu olho a carta e para a minha surpresa está em alemão — Bom, a carta está em alemão e não não sei alemão. Oque me resta é pedir para algum amigo meu traduzir, assim que eu conseguir alguém para traduzir eu falo o que está escrito. — eu olho para a bandeira — Eu vou autografar a bandeira e te mandar de volta, assim você terá algo meu. — jogo um beijo para a câmera.
Eu abro algumas caixas e todas tinham um bichinho de pelúcia. Eu não fiquei feliz, vou até cortar essa parte do vídeo.
— E tem essa caixa estranha. — peguei uma caixa enorme — Quando eu fui buscar ela foi meio estranho, todos ficaram olhando como se eu fosse uma louca. — olho o remetente — Ela é de Nova Jersey, da Emma? — olho novamente — Eu não sei, a letra é feia. — eu abro a caixa e tem vários confetes dentro dela — Sem brincadeira nenhuma, eu consigo entrar numa boa aqui dentro.
Dentro da caixa tem perucas, óculos, um rolo de papel higiênico de dólar e uma vuvuzela? Eu coloco a peruca, olho para a câmera e faço uma pose. Tiro os confetes de dentro da caixa e entro nela.
— Eu vou morar aqui dentro, é muito confortável. — eu me ajeito dentro da caixa — Eu sou o novo Chaves, só que em versão mulher e com uma caixa e não um barril. — eu me mexo dentro da caixa e acabo caindo para frente.
— Você está bem? — Judith pergunta da cozinha.
— Sim. — saio da caixa.
Vou no notebook e pauso a filmagem, aproveito e arrumo as caixas que estavam espalhadas. Volto a gravação e abro a maioria das caixas, deixando apenas cinco.
Agora eu estou com uma bandana, com uma blusa escrito Fuck me, um par de meias que batem no meu joelho e comendo brigadeiro.
— Adoro quando mandam comida. Sempre que eu pego as caixas eu olho para ver se não tem nenhuma caixa com comida. — eu pego mais uma colher de brigadeiro — Adoro também quando é do Brasil, as comidas de lá são maravilhosas. — pego um saquinho — Meu Deus, são paçocas! — rasgo o saco — Deus abençoe quem me mandou isso. — pego uma paçoca e coloco na boca.
Poderia passar horas e horas falando da comida brasileira, mas infelizmente essa não é a hora. Tenho que terminar de abrir as caixas, para possivelmente virar a noite editando o vídeo.
Meu celular começa a tocar e eu olho para a câmera e tento procurar meu ele no meio daquela bagunça.
— Ótima hora para o meu celular tocar. — tiro algumas caixas do lugar e acho ele — Olha, é a Camila. — me aproximo da câmera e mostro a foto da camila com uma banana no ouvido.
Deslizo meu dedo na tela.
— Oi Camz, tudo bem?
— Oi Ally, eu estou bem e você?
— Ah, eu estou bem. Estou gravando para o canal, quer mandar um oi?
— Quero. — eu aproximo o celular da câmera — Oi gente! Mal espero para aparecer no canal da Ally! — afasto o celular e pauso a gravação.
— Então, o que se passa Camz?
— Nada, eu só tinha ligado para saber se a gente vai sair.
— Verdade! Eu me esqueci. Que dia você vai estar em Los Angeles?
— Pode ser amanhã?
— Você está aqui?
— Sim, cheguei hoje. Estou com o Shawn.
— Hum... E quando você vai embora?
— Depois de amanhã.
— Tudo bem então, amanhã eu passo no seu hotel.
— Que horas?
— Não sei, resolvo na hora! Tchau Camz, até mais.
— Até.
Droga, por que ela falou que estava com o Shawn? Foi muito desnecessário da parte dela.
— Ally? — olho na direção da voz e Kylie está parada a frente a bagunça.
— Kylie? Oque você está fazendo aqui?
— Vim te ver e pelo visto você está gravando. — ela anda no meio da bagunça — Oque é isso? — ela pega o pote de brigadeiro.
— É brigadeiro.
— Bri o que?
— Brigadeiro, um doce de achocolatado do Brasil. — explico para ela — Eu vou voltar a gravar o resto do vídeo.
— Tá. — ela dá ombros. Eu vou no notebook e volto a gravação.
— Falta só duas caixas. — eu ergo minhas mãos em agradecimento – Depois de quatro horas abrindo caixas, mas vamos lá. — pego um caixa — É da Austrália, dá Kora e da Kylie. — olho para a Kylie e dou risada, mas ela está comendo o MEU brigadeiro. — KYLIE. — olho indignada para ela — O MEU brigadeiro! — faço uma expressão de triste — Cara, você pode pegar tudo! Tudo mesmo, menos o meu brigadeiro.
— Você sempre come isso! Volta a abrir a caixa que você ganha mais. — eu olho indignada para ela, com direito de colocar até a mão no peito.
— Voltando. — olho para a câmera — As caixas são da Austrália e eu já tive o enorme prazer de estar lá, mas não foi em um momento bom. Anyways — abro a caixa mas não tiro o que tem de dentro — Não acredito, como vocês me mandam isso? — Kylie vem ver o que é e começa a dar risada.
— Eu não acredito! — ela começa a dar mais risada — Seus fãs são os melhores! — eu continuei com uma cara de indignada — Sua cara está impagável, vou até registrar esse momento. — ela pega o celular dela e começa a gravar e mostra a caixa.
Dentro da caixa tem vários pênis de borracha, eles são pequenos mas são vários. Eu não esperava que tivesse isso dentro da caixa, nunca imaginei que fosse presenciar isso.
— Acho que não precisava de mandar isso. — ela olha para mim — Porque além de ser pequeno, ela tem alguém que supre isso para ela.
— KYLIE! — eu jogo uma caixa nela — Ainda não estamos nessa fase. — falo baixo só para ela entender — Tudo bem, vamos continuar.
Eu coloco aquela caixa no chão e pego a última, que é de um tamanho normal. Eu balanço a caixa e logo percebo, é comida.
— É comida. — olho para a Kylie — Eu não vou fazer compras esse mês!
— Você nunca faz compras! — Kylie fala sarcástica.
— Sai daqui! — aponto para fora do sofá — Cara, você só está me atrapalhando.
— Na verdade eu estou falando verdades. — ela franze a testa em modo de dizer o óbvio — Agora abre essa caixa.
— Eu não consigo acreditar nisso. — eu começo a abrir a caixa — Olha, são cookies e M&M's. — eu coloco a minha mão dentro da caixa e sai uma carta.
— Deixa eu ler a carta. — Kylie pega a carta da minha mão — Para Ally. — ela desdobra a carta — Querida Ally, eu não sei te dizer o quão grata sou por ter você em minha vida, mesmo que não te conheça pessoalmente. Você me salva nos piores momentos, fazendo com que eu esqueça os meus problemas. Como agradecimento eu estou te enviando esse presente, eu sei que não errei porque você ama comida. De sua fã, Elisabeth.
— Que fofa. — coloco a mão no peito — Você realmente acertou, eu amo comida.
— Acho que tem uma foto dela no canto da carta. — Kylie me mostra.
Na carta tem a foto de uma menina em uma cama de hospital. Ela está sorrindo para a foto e está com uma tartaruga da pelúcia no colo.
— Guarda essa carta e a caixa em que ela veio. — entrego a caixa para ela.
— Posso pelo menos comer as coisas que veio nela?
— Depois. — ela sorri e leva a caixa e a carta, e coloca em cima do aparador de espelho. — Bom, o vídeo acaba aqui. Eu quero agradecer pelas coisas que me mandaram, porque eu sei pelo que mais simples que teve, foi de coração. Do mesmo jeito que vocês me mandam coisas, eu quero mandar para vocês eu agradecer vocês de uma forma. Eu sou muito grata por ter vocês em minha vida, eu amo vocês. — beijo minha mão e assopro o beijo para a câmera — Quer falar alguma coisa Kylie?
— Mandem comida, muita comida. Se tiver comida eu apareço em todos os vídeos.
— Não exagera Kylie. — olho feio para ela — Bom é isso. Eu amo vocês, beijos e até o próximo vídeo. — eu pego alguns confetes e jogo em direção a câmera.
Vou no notebook e finalizo o vídeo. Tiro as caixas do sofá, guardo os recebidos sem tanta importância em uma caixa grande e levo para o quarto que uso como escritório, levo também a câmera e os outros equipamentos.
Volto para a sala.
— O que você vai fazer agora? — Kylie levanta do sofá.
— Eu vou editar o vídeo. — sento no sofá e pego o saco de M&M's.
— Sério? Eu estou aqui e você vai editar vídeo?
— Sim, pretendo postar ele amanhã.
— Pede para alguém editar para você ou edita amanhã de manhã!
— Não, eu posso editar ele! E Amanhã de manhã eu vou sair.
— Vai sair com quem?
— Com a Camila. — levanto do sofá e pego os cookies e as outras comidas que veio nas caixas.
— Agora você vive falando com ela, nem lembra de mim. — sinto o drama dela.
— Está com ciúmes? Não fica assim não! Qualquer dia desses eu saio com você. — aperto a bochecha dela — Estou indo pro escritório, você vem? — ela assente. Eu sigo para o escritório.
Quando você começa fazendo vídeos no youtube, você tem que aprender a editar e comigo não foi diferente. Eu sei várias técnicas de edição, da mais simples até a mais complicada.
— Ally eu estou indo embora, amanhã eu arrumo a sala. — Judith aparece na porta.
— Tudo bem, até amanhã Judith. — aceno para ela e ela devolve o aceno. Kylie fica olhando para a porta e depois olha para mim.
— Ela não te chama de Savannah?
— Não, por que?
— Sei lá, por ela ser próxima eu pensei que né...
— Não.
Eu comecei a editar o vídeo, decidi fazer ele bem simples. Não estou no pique para fazer algo complicado. Eu acelerei algumas partes do vídeo, cortei outras e nas falhas eu coloquei em preto e branco. Eu terminei a edição, olhei no relógio e são 20:30.
— Você quer? — Kylie mostra o prato de macarrão.
— Não, eu já comi. — eu levanto e alongo meus braços.
Vou para a cozinha e levo o que sobrou da comida, guardo em vasilhas de vidro e jogo fora as embalagens vazias. Apago a luz da cozinha, da sala e deixo apenas os spots de teto ligados.
— Kylie, você vai dormir aqui? — entro no escritório.
— Não sei. — ela olha para parede — Pensando bem eu vou ir embora, tenho algumas coisas para fazer amanhã de manhã. — ela levanta do sofá.
— Tudo bem. Estou indo para o meu quarto. — vou andando pelo corredor — Vejo você em breve! E não esquece de lavar o prato. — ouço um resmungo vindo dela — TAMBÉM AMO VOCÊ!
Entro no banheiro e escovo meus dentes, entro no quarto e me deito na cama. Fico olhando para um ponto fixo, até que o cansaço me pega e eu durmo.
(...)
Acordo me sentindo relaxada, acho que estava me faltando horas de sono para voltar a me sentir bem. Agora eu estou totalmente bem e sem sono e olheiras.
Olho no relógio e são 08:29, Judith já deve ter chegado. Me levanto, vou ao banheiro e depois volto para o quarto. Pego meu celular e vou para a sala, paro na frente do aparador de espelho e pego a caixa de ontem. Anoto o endereço que está nela e salvo no meu celular.
— Ally? — Judith toca no meu braço, eu olho para o espelho na minha frente e através dele olho para ela. — Eu fiz bolo para o café da manhã. — ela sorri e eu continuo séria — É... o macarrão sobrou, você quer que eu conserve ele? — ela recua um pouco.
— Sim. — olho para a caixa e saio dali, deixando Judith para trás.
Entro na cozinha e pego uma xícara, coloco café e corto um pedaço de bolo. Eu tento comer o mais lento possível, preciso de ter um pouco de calmaria no meu dia a dia e parar com a vida corrida. Algo impossível.
Ouço um bep do meu celular e pego ele na velocidade da luz para ver o que é.
"Olá Ally, venho aqui para te dizer que a audiência foi marcada para amanhã às 14:30. Me desculpe por ter marcado em cima da hora, te vejo no fórum.
De Christian"
Se eu quero matar ele? Lógico que quero! Mas é melhor assim, até porque o quanto mais rápido eu me livrar de Lipman, melhor será a minha vida.
Preciso de avisar Samantha que a audiência foi marcada, ultimamente ela está a parecer minha agente pessoal.
— Alô, Samantha?
— Oi Ally, por que me ligou tão cedo?
— Para te avisar que amanhã e vou ir na audiência.
— Ally, você precisa de uma assistente pessoal. Por que você não pede para a Julie? Ela não é a que você confiou primeiro.
— Eu não tinha pensado nisso. Sim, eu conheci ela primeiro e ela se tornou alguém que posso confiar.
— Então fala com ela, se ela não aceitar tem a Gabbie e a Rose.
— Eu sei, vou resolver isso.
— Quando?
— Não sei, estou confusa.
— Você sempre está confusa! Mas eu estou falando sério, arruma uma assistente. Eu não vou resolver suas coisas todas as vezes e eu não sou paga para isso.
— Eu irei, tchau Samantha.
Desligo a chamada e penso no que ela disse, eu preciso de uma assistente e ela tem que ser Julie.
— Ally? — Judith sentou-se do meu lado.
— Diga.
— Minhas filhas podem vir para cá hoje? — ah não, penso.
— Como assim vir para cá?
— Porque hoje elas não tem a aula do período da tarde.
— Pode. — eu deixo com aquela vontade de gritar que eu não quero as filhas dela na minha casa.
— Obrigada, muito obrigada.
— Mas você sabe, elas só poderão ficar na sala e nada de celulares ou qualquer outra coisa. — me levanto da cadeira e levo a xícara para a pia.
— Muito obrigada, Ally. — dou um sorriso seco para ela e vou para o meu quarto.
Mando uma mensagem para Camila, avisado para ela que estou indo me arrumar.
Após pensar muito, eu decidi que hoje eu quero sair maravilhosa e ao mesmo tempo simples. Entro no meu banheiro e tomo um banho rápido, me enrolo na toalha e entro no closet. Olho nos inúmeros cabides de roupa e não acho nada que me agrade, continuo procurando e vejo um vestido que tem aparência latina e é perfeito.
Vou para o outro lado do meu closet e pego um salto vermelho, abro a porta de senha e pego um anel e meus brincos de argola. Faço uma maquiagem rápida, olho no espelho e me sinto maravilhosa.
Entro na cozinha e pego a chave da minha Mercedes SLC, pego um chiclete e meu celular. Coloco o hotel da Camila na rota do GPS do carro e sigo na direção que é mandada.
Chego na frente do hotel e abaixo o vidro do passageiro, Camila passa pela porta de vidro do hotel e entra no carro.
— Oi Ally, gostei do carro. — ela coloca o cinto.
— Também gostei dele. — faço uma pose de nigga segurando o volante com uma mão, ela ri da minha cara e eu dou partida no carro. — Para onde vamos?
— Você pode me levar em uma loja da Apple?
— Você vai comprar outro celular? — olhei com uma cara de "?" para ela.
— Não, vou comprar um fone porque os meus não estão funcionando.
— Ok, mas no shopping tem uma loja da Apple.
— Eu não quero ir na do shopping. — fiz a minha melhor cara cansada para ela — Por favor!
— Está bem, vamos.
Levei Camila até uma loja da Apple e após ela ter comprado os fones, nós fomos para o Shopping.
— Quando nós voltarmos do shopping, você pode andar com a capota abaixada?
— Sim, eu posso. — eu travo o carro.
— Vamos? — ela fala como se fosse uma criança que acabou de ganhar o maior doce do mundo.
— Vamos! — ela estende a mão dela e eu pego.
Entramos no Shopping e algumas pessoas começaram a olhar para nós, eu já estou até acostumada. Como eu não vou comprar nada, eu sigo a Camila.
— Olha, essa loja é cheia de roupas bonitas e baratas. — Camila para na frente da vitrine de uma loja — Vamos entrar! — ela me puxa para dentro da loja e começa a olhar algumas blusas.
— Gostei dessa! — aponto para a blusa que está na mão esquerda dela.
— Também gostei, vou levar ela. — ela pega a blusa e continua olhando as roupas.
— Você só vai comprar roupa nessa loja? — olhei com uma cara de morta para ela.
— Se tiver outras lojas com roupa barata, não. — ela continua olhando as roupas.
— Vamos em uma Gucci, por favor!
— Eu não tenho dinheiro para ficar gastando com essas roupas caras, comprar roupas caras é só de vez em quando. — faço uma cara de merda para ela.
— Vamos para o caixa! — pego na mão dela e vou puxando ela para o caixa.
— Ei, você está louca? — ela me olha assustada.
— Sempre fui. — coloco as roupas dela em cima do balcão — Agora você vai pagar essas roupas e nós vamos para outra loja!
— Você vai me lavar a falência! — ela pega o cartão de crédito dela e entrega para a vendedora.
— Não mesmo, do jeito que você é mão de vaca! — ela me olha como se fosse me matar e pega as sacolas dela — O que foi? Você é mesmo! — saio da loja junto com ela.
Eu levo ela até a Gucci. No caminho deu para ver alguns fãs, mas nenhum parou para nos pedir foto. Ainda bem, porque ninguém merece!
— Bem vinda ao paraíso! — entro com ela na loja — Pode começar a pegar as peças de roupa. — pego uma jeans e entrego para ela.
— Olha o preço dessa calça! Eu não vou levar ela. — ela tenta me devolver a calça.
— Leva só para provar Mila. — ela fez bico, mas continuou segurando a calça. — Você vai levar várias roupas para provar, mas isso não significa que precisa de levar todas!
— E você acha que é fácil?
— Não.
Continuamos andando pela loja, procurando roupas da antiga coleção. Eu entreguei várias peças de roupa para a Camila, mesmo ela não querendo e ela foi para o provador.
— Ally? — Camila me chama com metade das peças de roupa que estava segurando.
— Cade as outras roupas?
— Algumas ficaram muito largas e outras muito apertadas, aí eu peguei só essas. — ela me mostra as peças.
— Essa blusa você não vai levar! — aponto para uma blusa de estampa florida.
— Por que não?
— Porque se você quiser roupa com estampa florida, você vai na Dolce&Gabbana e não na Gucci! — falo como uma perfeita patricinha de Los Angeles. Aproveito e pego as roupas que ela está segurando.
— Tira essa calça jeans de lavagem clara, eu já tenho uma dessa. — eu retiro a calça que ela falou e tiro mais duas peças.
— Pronto, agora você vai levar roupas bonitas e da moda. — levo as roupas dela para o caixa.
— Depois de hoje, vou ficar um ano sem comprar roupa. — ela faz drama.
— Não se preocupe, isso é um presente meu para você!
— Me levar a falência é o seu presente? — como ela é lerda.
— Não docinho, as roupas são os presentes.
— Ah, tá. — ela prolonga o "Ah" — Obrigada Ally!
— Por nada. — pago pelas roupas e saímos da loja.
Continuamos andando pelo shopping, passamos pela Victoria Secrets, Dolce&Gabbana, Giuseppe Zanotti, Coach, Michael Kors e Versace. Levei ela só em lojas de marca, para dar uma repaginada no guarda roupa dela.
— Você fez compras ontem e olha para você agora, cheia de sacolas! Isso que você nem ia comprar nada. — Camila me olha indignada — Cara isso é uma doença, você precisa de terapia!
— Isso não é doença Camila, eu sempre tiro roupas que não uso e dou embora ou coloco na loja. — fico triste e frustada por ela pensar que eu tenho uma doença.
— Tudo bem Ally, mas você sabe que minha opinião de achar que é uma doença nunca irá mudar. — ela para e me olha — Até que você prove o contrário!
— Ok. — reviro os olhos — Camila. — lembro de uma coisa — Por que você falou que estava com o Shawn? Qual a necessidade disso?
— Eu falei porque ele estava comigo. — ela da um sorriso amarelo.
— Não Camila, não. — respiro fundo — Você falou que estava com ele, porque quer nós dois juntos novamente. — nego para mim mesma em pensar uma coisas dessas — Nós dois não temos volta, o que o Shawn fez não tem perdão.
— Lógico que tem!
— Camila se a gente voltar, vai ser no máximo como amigos! Você tem que entender isso. — ela abaixa a cabeça.
— O Shawn ama você. — ouvir isso me machucou, machucou como nunca antes.
— Camila...
— Ele te ama Ally, volta com ele. — ela sabe que estou frágil — Tenta conversar com ele, quem sabe as coisas não voltem ao normal. — ela sugere.
— Camila você sabe o que realmente aconteceu?
— Sim, o Shawn te xingou. — ela olha pensativa para o teto — Porque ele estava estressado e estava em um momento ruim. — ela olha para mim — Mas ele está arrependido e quer voltar! Mas eu sei que não foi certo ele ter te xingado.
— Quem te falou isso? — ele não teve coragem de falar isso para ela.
— O Shawn. — ele teve.
— Não foi isso o que aconteceu Camila, Shawn te falou algo que é mentira.
— Então o que aconteceu?
— Eu só sei que não irei voltar com ele, não depois de ele não ter te falado a verdade.
— Me fala o que aconteceu!
— Tudo bem. — respiro fundo — Eu e o Shawn nos conhecíamos desde 2015, mas foi em 2016 que eu e ele começamos a ter algo a mais. — começo a me lembrar das coisas — Eu fiz um vídeo com ele de Treat You Better, para promover a música e as visualizações, isso foi depois de eu ter cancelado a minha tour. — lembro do dia em que gravamos o vídeo — Foi aí em que começamos a sair, eu aprofundei meus sentimentos e ele me pediu em namoro, algo atual e sem alianças. — dou risada — Ele dizia ser apaixonado por mim e olha no que chegou, tudo não passava de uma farsa para conseguir fama e visualizações.
— Então ele só namorou você para ter mais sucesso? — ela me olha indignada.
— Sim, mas agora vem a melhor parte. Ele tinha outra namorada, ninguém sabia além dos amigos próximos dele. — olho para ela — Ele namorava duas ao mesmo tempo, ela sabia e eu não.
— Mas Ally, você sabe como o Shawn é. Ele realmente te amou, ele ainda te ama.
— Eu não ligo! — travo meu maxilar — Shawn não é o que as pessoas pensam, ele não é os que as fãs pensam. Shawn Mendes é o perfeito lobo em pele de cordeiro! — dou risada — Mas eu não vou faze tal ato em falar isso para o mundo, eu não teria coragem.
— Ally poderia ser você, na verdade pode ser você. — franzo o cenho — Você nunca sabe.
— Eu já fui assim Camila, mas nunca igual o Shawn. — ela não intende — Eu nunca tive um relacionamento sério, mas eu já fui uma vadia que corria atrás de fama.
— Como assim? — eu dou risada — Ally eu não estou te entendendo. — ela parece estar meio desesperada.
— Antes de eu ser a ovelhinha branca, eu era o lobo mal. — eu e Camila estamos perto de sair do shopping — Ou seja, eu era a vadia má.
— Você não teve coragem. — ela me olha aterrorizada.
— Só sorria. — eu aponto para os paparazzis que estão na frente.
Nós passamos pelos Paparazzis e entramos no meu carro, eu não abaixei a capota como ela tinha pedido mais cedo. Antes de deixar ela no hotel, ela falou algo em um sussurro.
— Lauren nunca gostou de você, dizia que você tinha uma má vibração. — desvio minha atenção das ruas, ela está olhando pela janela.
— Ela falava isso porque sabia que eu tinha atenção de todas as meninas, que quando eu chegava a atenção saia dela e vinha para mim. Eu sempre sou o centro das atenções. — Lauren sempre se achou muito esperta — Ela tem inveja. Eu nem preciso de ir mais a fundo para saber que ela estava contra mim no ano passado, naquele maldito grupo. — eu bato minhas mão no volante.
— Que grupo? — ela não sabe? Então significa que ela não está envolvida nas merdas do ano passado.
— Não queira saber, vai que acontece com você. — isso provavelmente não aconteceria com ela, só no caso de alguns fãs revoltados da banda fazer acontecer.
Eu parei na frente do hotel e ajudei a descer algumas sacolas da Camila, entreguei elas para um segurança do hotel e entrei no carro. Camila agradeceu pelo passeio e pelos presentes.
— Camila. — liguei meu carro e ela olhou para trás — Lembre-se, eu também sou um perfeito lobo em pele de cordeiro! — mandei um beijo para ela e arranquei dali com o carro.
Eu sei que Camila vai tentar se afastar mas eu vou dar um jeito, eu sempre dou um jeito.
Eu não quero ir para casa agora, não quero ter que aguentar as filhas de Judith e eu sinceramente espero que elas não mexam em nada. Então vou para a casa da Kris, lá vai ter comida e eu vou poder ligar para Julie.
Chego na casa da Kris e percebo que não foi um bom partido vir pra cá, as câmeras do reality estão todas espalhadas e sem contar que tem um carro desconhecido aqui.
Entro na casa e algumas câmeras começam a me seguir, vou na cozinha e não acho a Kris, só uma domestica. Volto para a entrada da casa.
— Onde ela está? — pergunto para um dos câmeras e ele aponta para o escritório dela.
Ando até o escritório e bato na porta.
— Kris? — chamo por ela.
— Oi Ally, entre querida. — eu entro e percebo que o Rob está sentado na frente dela.
Eu comprimento o Rob com um toque de mão, dou um abraço na Kris e me sento do lado do Rob.
— Do que estão falando? — pergunto na maior inocência, Kris me olha com uma cara de " e agora? " e Rob coça a cabeça. — E então? Vão ficar com essas caras? — se eles não querem que eu saiba, é só falar!
— Estamos falando da Blac Chyna. — Rob me olha com aquela cara de mongo.
— Ela te traiu? — agora as coisas estão começando a ficar boa.
— Não, só estamos falando dela mesmo. — me engana que eu gosto, Rob.
— Tá bom. — me levanto — Kris eu vou ir lá fora para poder faze uma ligação.
— Pode ir, eu irei continuar aqui. — eu me levanto da cadeira e vou para a área de fora, vou para um lado mais afastado para ficar longe das câmeras.
Procurei o número de Julie e rezei para que continuasse o mesmo.
— Julie?
— Oi, Ally? Tudo bem? O que aconteceu?
— Estou bem, e você? Eu liguei para fazer uma entrevista com você.
— Eu estou bem, estou arrumando a minha mala. Como assim uma entrevista?
— Porque eu preciso de uma pessoa para trabalhar comigo e essa pessoa é você! Mas como assim está arrumando as malas?
— Eu te falei, mas sei que você não lembra. Eu vim morar em Nova York para terminar o meu curso de fotografia e filmagem, agora estou voltando para Los Angeles.
— Meu Deus, isso é perfeito! Você gostaria de ser uma Assistente pessoal?
— Ally, que papo de louco é esse?
— O papo é: eu preciso de uma Assistente pessoal e eu quero que seja você!
— Oi?
— Sim, você vai resolver as coisas, marcar entrevistas, tudo. Samantha falou que não vai fazer mais isso para mim, porque ela não era paga para isso.
— Mas como você chegou em mim?
— Pela própria Samantha, ela falou para eu procurar por você.
— Tudo bem, isso é muito louco, amanhã eu volto para Los Angeles e assim que eu arrumar tudo eu vou na sua casa para conversar melhor. Ok?
— Ok. Então, até amanhã!
— Até!
Desligo a chamada e comemoro, porque sei que ela vai aceitar.
Volto para dentro da casa, mas antes eu passo pela cozinha e pego um pote de salada que tem na geladeira e vou para o escritório.
— Ei, você está comendo a minha salada! — Kris olha chocada para mim, até tirou o óculos.
— Não se preocupe Kris, é apenas salada! — eu enfio uma garfada cheia de salada na minha boca, Rob e Kris começam a dar risada.
Eu fiquei mais um tempo com Kris e depois fui embora, precisava de me preparar psicologicamente para amanhã. Quando eu entrei em casa eu vi as filhas da Judith sentadas no sofá, como não sou burra eu pedi as redes socias delas e disse que eu ia seguir, mas na verdade eu vou ver se elas não postaram nada sobre minhas coisas de quando elas vem em casa.
Aproveitei e postei uma foto minha e da Camila saindo do Shopping, a foto foi tirada por um paparazzi. Camila está acenando para a câmera e eu estou olhando para frente, coloquei "Hot lil mama" e uns emojis de foguinho como legenda. Não quero que a Camila se afaste.
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