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História The girl next to me - Minha bruxinha - História escrita por Karinadracaena - Spirit Fanfics e Histórias
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História The girl next to me - Minha bruxinha


Escrita por: Karinadracaena

Notas do Autor


Pois é eu demorei, mas eu voltei!!! O porquê de eu ter demorado é humilhante e eu me desculpo ,mas a tia aqui faz RPG do face como Bakugo e tá foda gente! É muito comentário para responder! Sem mais delongas o capítulo de hoje.

Capítulo 3 - Minha bruxinha


Fanfic / Fanfiction The girl next to me - Minha bruxinha

Capítulo III : Minha bruxinha


31 de outubro, 9:30.
Okutama Mountains

Uraraka acordou no dia seguinte já exibindo um lindo sorriso no rosto e ele só aumentou ainda mais quando ela se virou para o lado e viu o loiro deitado no outro saco de dormir totalmente largado. Ela já o achava fofo antes ,mas agora ele estava ainda mais fofinho enquanto dormia. A garota se sentou e levou uma das mãos até o rosto dele ,sorrindo igual uma boba quando ele segurou em sua mão e sorriu de leve.

- Deus, você é tão fofinho quando está dormindo que dá até um pouco de pena de fazer isso com você, mas é Halloween. - Ela sorriu de orelha a orelha, puxando a mão do rosto dele e lhe dando um rápido beijo na bochecha antes de se virar para sua mochila 

Existia uma coisa que Uraraka não costumava contar para ninguém ,mas que Bakugo já tinha notado muito bem. A morena amava provocar o rapaz e não existia dia mais legal para fazer isso do que o Halloween. Ela amava feriados! Amava se fantasiar e colocar roupas bonitas ou engraçadas e o Halloween era o seu feriado favorito. Ela mexeu na mochila e tirou o que queria ,a máscara de lobisomem que ela sabia que iria assustar o rapaz. Acabou rindo baixinho com aquilo, mexendo no plástico da máscara antes de prender o cabelo e colocá-la. 

- Desculpinha Bakugo-kun. - Ela se posicionou ao lado dele ,se sentando em cima de seus pés e sorrindo por dentro da máscara. Ela tocou de leve o braço dele, o sacudindo um pouco.

- Me deixa dormir mais cinco minutos Uraraka. - Ele afastou a mão dela e se virou para o outro lado, se abraçando ao travesseiro. Uraraka não resistiu aquela fofura e precisou pegar o celular para tirar uma foto e preparar a câmera para filma-lo. Ela o sacudiu um pouco mais ,ouvindo o loiro estalar a língua e se virar bem lentamente para ela. - Mas que porra você quer? Me deixa dor...- Os olhos do loiro se arregalaram e todo o sangue saiu de seu rosto, o deixando tão branco quanto papel. 

Em um pulo ele saiu do saco de dormir e apontou as mãos para o que considerava ser um monstro que tinha entrado em sua barraca. Sua primeira atitude foi olhar ao redor para procurar a morena e quando não a achou olhou para o bicho com uma raiva sem igual. Na sua cabeça o monstro tinha devorado sua garota, era isso que o medo excessivo fazia, tirava boa parte da sua racionalidade. Quando os olhos vermelhos pouravam no mostro as sombrancelhas do loiro se franziram, estranhando o porquê daquele mostro estar usando as roupas da garota. A raiva aumentou ainda mais quando notou que na verdade não era um monstro e sim a garota. A menina caiu na gargalhada, se jogando para trás e chorando de tanto rir. 

- Uraraka...- Ele rosnou baixinho antes de pular em cima dela e arrancar aquela máscara a força. - Sua vadia! - Os braços de Bakugo flanquearam o rosto dela e a pequena sentiu o peso do loiro em sua barriga, o rapaz tinha sentado nela e seu rosto estava muito próximo ao dela. Uraraka corou de leve ,mas não desviou o olhar dos olhos vermelhos hipnóticos ,não conseguia. - Que ideia de merda foi essa de tentar me assustar? - Só agora o rapaz notou o celular nas mãos da menina e sua fúria aumentou ainda mais. - Você não estava filmando estava? - A garota desviou os olhos ,corando mais. - Me dá essa merda agora! - Bakugo esticou a mão, tentando pegar o celular dela, mas a movimentação brusca tirou a garota de seu transe.

- Não! - Ela colocou a mão no rosto dele ,o afastando um pouco do aparelho. - É o meu precioso video de Halloween! 

- Foda-se o seu vídeo! Me dá essa merda agora! - Ele novamente tentou agarrar ela, sem muito sucesso. - Porra Uraraka! - A menina foi esperta e usou uma tática infalível para deixar o rapaz calado. Ela segurou o rosto dele com as duas mãos, o olhando com os brilhando de diversão ,mas com as sombrancelhas franzidas de raiva.  - O que você vai...- Ele não conseguiu completar a frase, foi interrompido pelos lábios macios e suaves da garota.

Durante poucos segundos seus olhos se arregalaram, suas mãos esquentaram e todo o seu corpo tremeu de leve, mas no segundo que sentiu o cheiro doce e delicado dela lhe invadindo as narinas com delicadeza, seu corpo relaxou. Ele fechou os olhos e a abraçou com delicadeza, retribuindo o selinho antes de tentar aprofundar o beijo. Ela abriu os lábios para que o toque se tornasse mais intenso e levou as mãos delicadas até a nuca dele o puxando para mais perto, colando mais seu corpo pequeno ao corpo quente do rapaz. Mas o inesperado aconteceu e o rapaz acabou rindo de leve. Uraraka se afastou um pouco dele ,vendo o sorriso que ela adorava.

- Seus dedos...- Ele riu mais, pegando as mãos dela e as segurando em frente ao próprio rosto. - Ah, então é isso. Você tem almofadas nos dedos, como os gatos. 

- Você nunca tinha notado? - Ele negou com a cabeça, fazendo um dedo dela tocar seus lábios de leve. As bochechas da garota se avermelharam ,o coração acelerando mais só por estar sentindo o colar dos lábios de Bakugo em um lugar tão sensível. - Po-Por que está fa-fazendo isso? 

- Eu gosto de gatos ,mas as patas deles não são muito limpas então eu não posso fazer isso. - Ele esfregou as pontas dos dedos dela com os seus. Os dedos de Bakugo eram um pouco ásperos ,mas ela gostava daquela sensação, gostava tanto que precisou morder o lábio para não soltar nenhum som contragedor. - Tão macias.

- Ba-Bakugo-kun... pa-para por favor...- Os rubis de Katsuki se focaram no rosto dela e ele não pode evitar o sorriso presunçoso de aparecer quando viu o rosto vermelho dela. 

- Parar? Mas você parece estar gostando. - Ele era diabólico, sabia disso, e gostava mais do que qualquer coisa de deixar aquela menina constrangida. Os olhos castanhos se arregalaram ao sentir algo quente ,úmido e macio e passando nas almofadas dos seus dedos. O loiro estava lambendo aquela parte tão sensível e fazendo ela sentir um calor estranho.

- Para! - Gritou histérica, o afastando com o pé. O rapaz se afastou, se sentando na frente dela e a olhando desconfiado. Ela segurava a blusa na altura do peito e graças ao clima frio do inverno o loiro conseguia ver claramente a fumaça saindo da boca dela. 

- Hey, foi mal. Eu exagerei. - Agora foi Bakugo que ficou espantando, seus olhos se arregalaram um pouco e suas bochechas coraram. A menina tinha, literalmente, se jogado nele, agarrando sua blusa e a apertando um pouco. - Uraraka, você tá bem? - A menina estava tremendo de leve ,respirando pesado e tão vermelha quando um tomate.

- N-Não tô...a culpa é sua...me-meu coração...ele parece que vai saltar pra fo-fora... eu me si-sinto tão quente...

- Quente? - Ah não, ela não poderia estar, poderia? Só por que ele brincou com os dedos dela? Não ,não ,não ,aquilo poderia dar muito errado! - U-Uraraka o que mais você tá sentindo? 

- Eu...eu sinto um troço molhado... lá embaixo. - É, ela eatava excitada. - E também....- A menina levantou o rosto, olhando diretamente nos olhos vermelhos de Bakugo com um olhar de desejo inacreditável. - Eu tô com uma vontade muito grande de te beijar. - O rapaz engoliu em seco, mas não teve muito tempo pra pensar antes da castanhos o puxar para um beijo necessitado. Ela enfiou a língua na sua boca e acabou arranhando sua nuca no processo, mas ele não reclamou um segundo, apenas retribuiu o beijo com o mesmo fervor, sentindo as mãos esquentando gradualmente. - Bakugo...- Ela sussurrou em meio ao beijo e ele só respondeu com um rápido "Hm" - O que...o que eu tô sentindo? Por que eu...tô assim? 

O loiro respirou fundo, a afastando um pouco e colando sua testa na dela. Merda, não queria ter que explicar justamente para a menina por quem ele tinha quase certeza que estava apaixonado o que era ficar excitado. O rapaz deu um simples beijo na testa dela antes de a empurrar para que ela se deitasse no saco de dormir. Ele precisava tirar uma casquinha, se mataria se não fizesse pelo menos um gemido sair da boca dela. Ele segurou os pulsos dela em cima da cabeça com uma mão e colocou uma perna de cada lado dela. 

- Você vai me dizer se gosta ou não e se quiser que eu pare é só mandar. - A menina concordou com a cabeça, corando em vários tons de vermelho quando o loiro levou a mão livre até sua cintura e a apertou de leve. - Você já se tocou antes Uraraka? 

- To-Tocar? 

- É, para sentir prazer. - Ela negou com a cabeça e o sorriso brincalhão do loiro só aumentou. - Ótimo ,então eu vou te dar algo muito doce para você provar. - Doce... por que aquela palavra ficou roando na cabeça da castanha? O que era importante e envolvia doces? 

"Doces...doces...DOCES OU TRAVESSURAS!" Na mesma hora a morena jogou o loiro para o lado, trocando as posições e se sentando na barriga dele. De início os olhos de Bakugo se arregalaram de surpresa, mas depois o sorriso presunçoso apareceu em seus lábios. A menina apoiou as mãos no peito dele na mesma hora que o loiro segurou em seus quadris. E que quadris. Bakugo tinha quinze anos, é claro que já tinha se aventurado a passar pela chave de segurança do computador de casa e entrado em sites nada descentes, também já tinha ousado a passar a mão no corpo das garotas que davam molhe para ele ,mas Uraraka estava em outro nível! Aqueles quadris tinham a medida perfeita para ele, nem exagerados e nem pequenos demais, assim como todo o corpo dela. Bom, tirando as coxas e o bumbum, esses pareciam ser levemente maiores e mais torneados do que o resto do corpo dela, mesmo que continuassem tendo um ar delicado devido ao tamanho um pouquinho a cima da média, um deleite para olhos e mãos. Uma pena que não conseguiu tocar nelas antes de ser sacudido como uma boneca de pano pela menor.

- Hoje é Halloween! - Seus ouvidos zumbiram com o grito fino dela 

- Eu sei porra! A gente começou essa merda por causa disso! - o rapaz franziu as sobrancelhas ao ver a carinha dela, os olhos brilhando ansiosos com alguma coisa. Os lábios dela se contorciam, querendo falar algo, e as mãos torciam a blusa dele. - Fala logo porra. O que você quer? - Ela hesitou mais um pouco antes de abrir a boca. 

- Quero que você venha pegar doces comigo quando anoitecer. 

- Que?! Nem pensar! Isso é coisa de criança Uraraka! - A menina suspirou, saindo de cima dele e se sentando ao seu lado, abraçando os joelhos. Aquilo fez o peito dele doer um pouco, não gostava nem um pouco de deixar aquela menina triste. - Hey, vêm cá. - Ele passou o braço pelos ombros dela e fez encostar a cabeça em seu peito. - A gente pode fazer outra coisa juntos, podemos ir ver um filme de terror ou ir a alguma festa de Halloween, o que você quiser. 

- Eu quero recolher doces. - O rapaz estalou a língua, apertando um pouco o ombro dela. - Eu ia com meus pais todos os anos e acabei me acostumando.

- Vai com eles e depois a gente faz algo mais divertido. 

- Eu não posso. Bakugo eu não sou da cidade. - O rapaz arqueou uma sobrancelha e ela resolveu continuar para ele explicasse. - Eu ia ter que me mudar para a cidade por causa da u.a. e como meu colégio foi destruído e eu precisaria ir para outra filial meus pais decidiram que era melhor eu vir sozinha e me habituar um pouco a cidade, mas eles não vieram e nem vão vir. Eu vou ficar aqui até o baile, depois eu vou pra casa dos meus pais para pegar algumas móveis mais pesados e todo o resto. Eu só volto quando as aulas começarem. - O loiro arregalou os olhos com aquilo. Ele iria ficar muito tempo longe dela! Não poderia sentir o cheiro doce dela ,nem ouvir sua voz, nem sentir a pele sedosa dela. Pior! Ela poderia esquecer dos beijos dele e se apaixonar por outro! Ah, não, ele não deixaria isso acontecer, ele iria fazer a menina se divertir tanto durante aqueles quase dois meses que ela iria rolar na cama com vontade de vê-lo enquanto estivesse na casa dos pais.

- Eu vou pegar doces com você. 


                                    ��️����️


31 de outubro, 17:40
Casa dos Bakugos

- Katsuki! O que você tá fazendo jogando tudo pra fora do armário ?! - Aquela voz estridente era bem conhecida , principalmente quando estava gritando, como agora.

- CALA A BOCA VELHOTA! EU TÔ PROCURANDO UMA COISA IMPORTANTE CARALHO! - O loiro gritou ainda mais alto, recebendo uma chinelada na cabeça como punição. Ele trincou os dentes, não tinha tempo para discutir ,Uraraka estaria ali a qualquer minuto e ele ainda nem tinha achado sua fantasia. 

- O que você está procurando ,filho? - Aquele tom mais manso mas com o timbre grosso era de outra pessoa bem diferente. 

Seu pai era o mais calmo de todos ali e se o cabelo preto do mais velho não fosse igualmente espetado o loiro duvidaria se aquele homem realmente era seu pai, na verdade ele ainda duvidava. A outra coisa que Masaru e Katsuki tinham de igual, e que o mais novo dizia que era mentira, era que os dois eram muito inteligentes. O pai de Katsuki era quem ganhava mais naquela casa, até porque ninguém gostava de contratar uma pessoa explosiva como Mitsuki. Eram poucos os que conseguiam conviver com a loira e o filho ainda acreditava que o pai só estava com ela por ser submisso demais.

 Katsuki bufou ,tacando mais um sapato qualquer para trás e olhando para o pai com aquela cara emburrada de sempre, o moreno simplesmente sorriu para ele ,ajeitando os óculos.

- Uma fantasia de Halloween. - Katsuki respondeu simplesmente, se virando novamente para o armário e voltando a tacar as coisas para trás. 

- Uma garota? - O mais novo não precisou responder, as orelhas vermelhas dele estavam bem visíveis. 

- Cala a boca. 

- Eu tenho uma fantasia de lobisomem se você quiser, deve servir em você, era de quando eu era mais jovem. - Aquilo foi estranho, o moreno nunca tinha visto o filho sorrir daquela maneira tão contente e o brilho feliz nos olhos era algo que ele só conseguiu ver quando o loiro era criança.

- Valeu velhote. - O loiro se levantou as pressas e correu para pegar a fantasia no quarto dos pais antes que a garota chegasse. Os olhos vermelhos de mitsuki o seguiram durante todo o trajeto.

- Katsuki, você vai para algum lugar? - A mulher perguntou enquanto se sentava na própria cama e via o filho esticando o casaco verde escuro da fantasia. 

- Vou. - Ele respondeu simplesmente, pegando as garras falsas, as orelhas e todo o resto da roupa. Era incrível como até mesmo as antigas calças de seu pai cabiam perfeitamente nele. 

- Posso saber para onde? - O rapaz juntou todas as coisas e se levantou, rumando para o banheiro dos pais mesmo.

- Festejar o Halloween. - O rapaz entrou no banheiro na mesma hora que o pai chegou no quarto. Masaru e Mitsuki ficaram alguns segundos se olhando antes de falarem qualquer coisa.

- Você notou que ele tá estranho também? - A loira perguntou e o marido concordou com a cabeça.

- Ele ficou vermelho Mit. Quantas vezes você viu o Katsuki ficar vermelho? 

- Ele o que?! Ele nunca ficou vermelho antes! Masaru será que ele tá sobre o efeito de alguma individualidade estranha? 

- Eu não...- O mais velho foi interrompido quando a campainha tocou.

- Eu atendo! - O mais novo da família saiu disparando do banheiro ,os cabelos ainda pingando, com apenas uma bota e enquanto botava as algemas nos pulsos. Os pais arregalaram os olhos ao verem aquilo, seguindo o loiro que tentava correr escada a baixo ao mesmo tempo que colocava a outra bota.

- Vamos lá! - A loira sacudiu o marido pelos ombros antes de o puxar escada a baixo. Graças aos deuses ela teve a chance de ver o rapaz parando em frente ao espelho para pentear o cabelo antes de abrir a porta. - Será que é a pessoa que ativou sua individualidade no meu filho? 

- Mitsuki, silêncio. - os dois se esconderam atrás da escada e quando viram a pequena menina vestida de bruxa sorriram de leve, talvez não tivesse sido uma individualidade afinal. 

- Você tá...- Katsuki começou ,mas antes que pudesse falar qualquer coisa a morena deu uma rodadinha ,fazendo a saia dela levantar um pouco e deixando um loiro completamente vermelho.

- Você ficou vermelho, isso quer dizer que eu estou linda! - Ela riu ,cutucando a bochecha dele antes de se afastar quando o loiro ameaçou morde-la.

- Quieta. Vamos. - A menina riu mais ainda, pegando os dois baldinhos em forma de abóbora e dando um para o loiro. - Isso é tão infantil. - O loiro revirou os olhos, pegando o baldinho com uma mão e colocando a outra no bolso.

- Não reclame. - A morena caminhou na frente dele, os passos ainda mais delicados do que normalmente graças ao salto baixo, a bunda rebolando enquanto ela andava. Os olhos carmesim se perderam na cara caminhar ,naquele rebolado natural daqueles quadris indecentes que o levava a loucura. Ele precisou até mesmo limpar um pouco da baba que escorreu pelo canto da sua boca antes de apressar o passo para ficar perto dela. 

- Você viu isso? - A loira mais velha sacudiu o marido quando viu o filho babando pela castanha. - Você viu o que eu vi?! 

- Pois é Mitsuki, parece que não foi uma individualidade que enfeitiçou o nosso garoto.


                                     ��⭐��


31 de outubro, 22:30
Rua principal. 

 

- Bom, eu acho que está na hora de irmos para a casa. - A morena sorriu, se sentando na calçada e balançando o balde em formato de abóbora repleto de doces. - Juntamos muitos doces para a nossa idade não é? - O sorriso radiante que ela deu fez as bochechas do loiro queimarem. 

- É , É, mas a grande parte foi por causa dessa rua roupa curta. Não acha que tá descoberta demais para a porra do inverno? Tá frio pra caralho aqui! - O rapaz se sentou ao lado dela ,vendo as pequenas tremidas que ela dava. 

- Eu tô ótima! É melhor irmos pra casa né? - Ela tremeu mais um pouco, se aproximando mais do loiro sem nem notar.

- Tch, mas nem pensar. Eu vivi o seu Halloween de criança, agora você vai viver o meu Halloween de terror. - O loiro a puxou para bem mais perto, passando um braço pelos ombros dela e a fazendo entrar parcialmente em seu casaco. - Pode roubar meu calor. - Uraraka sentiu um leve calor nas bochechas, mas não hesitou um segundo em abraçar a cintura de Katsuki e colar bem os corpos, ele era tão quentinho que ela até mesmo gostaria de passar aquela noite com ele.

- O que está planejando? - O loiro tirou um papel do bolso cheio de balas, juntamente com um caramelo de flor de sal que tinham ganhado. - Eu quero esse doce. 

- Quer é? - Ele sorriu zombeiro, colocando o doce entre os caninos pontiagudos. - Então vem pegar. - A menina abriu um sorriso gentil e delicado, mas ele foi bem diferente do beijo.

Desde aquela manhã todos os beijos que tinham trocado eram mais necessitados e sem um pingo de hesitação. Uraraka não perdeu tempo e invadiu a boca dele com a língua ,segurando o rosto dele com as duas mãos. A língua morna dela percorreu toda a sua boca e quando finalmente encontrou o que procurava começaram uma pequena guerra ,um tentando manter a posse e o outro tentando rouba-la. O loiro acabou perdendo novamente quando a menina apelou e chupou seu lábio inferior, as pernas dele ficaram moles e seus mãos subiram varios graus, o que a agradou a menina que tinha os ombros envolvidos pelo braço forte do garoto. Uraraka se afastou com um sorriso vitorioso ,aquele beijo tinha sido o melhor doce da sua noite, doce e quente, perfeito! 

- Então...o que vamos fazer, Darling. - Ela sorriu de um jeito único para o loiro ofegante, um sorriso brincalhão e perverso ao mesmo tempo, como se fosse um pequeno demônio brincalhão dentro dela.

- Você vai ver, minha bruxinha.  


                                        ��️��️��️


31 de outubro, 23:00
Centro da cidade

 

- Bakugo, eu não tô gostando daqui. - A garota tremeu, se agarrando a cintura do loiro com todas as suas forças.

Sim, ela amava o Halloween, mas detestava coisas aterrorizantes! Gostava dos doces, das fantasias até mesmo dos sustos fracos que os adultos tentavam dar nas crianças, mas odiava com todas as forças as casas assombradas que as pessoas criavam naquela época do ano. O Japão costumava ser craque em terror , principalmente quando envolvia fantasmas, e ela podia jurar de pés juntos que aquele prédio abandonado, coberto de faixas da polícia de afaste-se e com luzes vermelhas na entrada iria estar repleto de fantasmas. 

- Relaxa, não é como se alguém fosse te machucar de verdade. Se você quiser eu te levo pra casa depois. 

- Me levar pra casa?! Bakugo eu vou infartar se eu tentar dormir sozinha depois disso! - Aquilo era um convite? Não, ele só podia estar equivocado. 

- Tch, para de ser medrosa caralho. Eu já disse que vou te proteger. - O coração dela bateu mais rápido com aquilo e suas bochechas coraram. Sua mente não consegui focar em mais nada além daquela frase, contanto que não mal notou o loiro abraçando sua cintura e dando dedo do meio para a câmera ,só agiu no automático e fez uma pose também. Só notou no que tinha se metido de verdade quando já estava dentro do prédio e o loiro lhe deu uma lanterna. 

Ela tentou correr para fora, mas o loiro segurou na gola da sua roupa e a puxou para cada vez mais fundo naquele corredor escuro. Seu sangue sumiu totalmente do rosto e a cada grito de alguma garota que tinha entrado antes ou chaqualhar de correntes ou até mesmo quando o loiro a cutucava ,ela se agarrava mais a ele. Para Bakugo aquilo estava sendo um deleite e tanto para os olhos e ouvidos! Uraraka sempre o zoava, sempre o assustava, sempre ria da cara dele e agora ele estava descontando tudo. Ele poderia ficar ali o dia inteiro, mas quando os caras fantasiados de monstros começaram a aparecer e ele notou que sua garota estava mais pálida do que o normal achou que era hora de parar com a brincadeira. Ochaco mal conseguia andar direito devido ao tremelique nas pernas, ela dava um passo para perder o equilíbrio e recuar dois, parecia que ia cair dura no chão no próximo susto e o loiro não deixaria isso acontecer. 

Antes de virar no próximo corredor ele a pegou no colo como se fosse uma princesa, ela era leve para ele e ver as bochechas dela voltando ao rosa habitual fez o esforço valer a pena. Ele a apertou mais contra si conforme avançava naquele labirinto de salas ensanguentadas e monstros, mas estava começando a ficar de saco cheio quando o décimo rapaz vestido de Jason saiu de dentro de uma parede e fez a castanha gritar. Faltava mais duas curvas e aquele inferno acabaria, mas quando mais um serial killer pulou para fora de um caixão a paciência de Katsuki se esgotou e antes que o homem pudesse gritar ele apontou uma das mãos para ele, a palma brilhando e saindo fumaça.

- Se fizer ela gritar eu te mato seu filho da puta. - O tom rude e afiado do loiro fez o cara recuar e assim os dois puderam terminar o percurso sem que a garota soltasse mais nenhum grito sequer. 

- Meu herói! - Ela sorriu toda alegre, se abraçando ao pescoço dele e mexendo as perninhas. Bakugo durante um segundo chegou a questionar o seu sonho de infância enquanto suas bochechas coraram e as borboletas em seu estômago se chocavam com força contra as suas paredes internas. Foda-se ser o herói número um do mundo! Estaria plenamente feliz se conseguisse ser o número um dela. 


                                         ��️♥️��️


01 de novembro, 00:25
Apartamento da Uraraka.

 

- Está entregue ,como prometido. - O loiro finalmente soltou a mão dela ,a colocando no bolso assim como a outra. 

Ele tinha percorrido até todo o caminho até o outro lado da cidade só para levar a garota até em casa. Conversaram bobagens durante todo o caminho para distrair Uraraka do medo que sentia ,mas não deu muito certo já que a garota voltou a tremer no segundo em que o loiro soltou sua mão. O rapaz pegou um dos baldes de abóbora cheios de doces e já estava se virando para começar mais uma longa caminhada quando sentiu seu pulso se agarrando por uma mão fria. Ele se virou devagar, vendo a sua pequena tremendo e vermelha. 

- Fi-Fica...eu tô com medo...eu preciso...de você...- Ela não precisou falar mais nada. Foi como se os olhos brilhantes dela estivessem jogando um feitiço no loiro e na mesma hora ele entrou as pressas na casa dela e a abraçou apertado. Ele fechou a porta com um chute e rumou em direção ao minúsculo sofá da casa dela, uma casa bem pequena para falar a verdade. 

Ele faria tudo para ela naquele momento, era capaz de ler histórias para dormir ou até mesmo ficar cantando canções de ninar para ela durante toda a madrugada. Felizmente o pedido da garota foi muito mais simples. Depois de um bom banho e de colocar as roupas do pai que ela tinha trazido sem querer, os dois se sentaram no sofá e começaram a ver a série mais engraçada  do Netflix, Santa Clarita diet. A menina se acomodou nos braços dele e ele enterrou o nariz nos cabelos dela, sentido o cheiro delicado lhe preencher a alma. Dormiram assim, curtindo o calor e o cheiro uma do outro, uma das mãos se juntando ao do companheiro e as expressões calmas e alegres. Uma pena que não poderiam ter um ao outro assim para sempre e o tic-tac do relógio encurtada cada vez mais o seu tempo juntos.



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