"Uma pessoa sem individualidades pode ser um herói?"
Pergunta uma criança de cabelos verdes para um homem alto, loiro e doentiamente magro enguanto estão sozinhos no topo de um prédio.
Para qualquer espectador é audível o desespero na voz da criança.
O loiro suspira e responde.
"Um herói profissional está sempre colocando a própria vida em perigo, então eu não posso dizer que você conseguiria ser um herói sem uma peculiaridade..."
O jovem treme visivelmente e seu olhar desfoca enquanto o loiro fala.
"...mas se você ainda quiser ajudar as pessoas você pode se tornar um policial, não é um trabalho muito reconhecido mas ainda muito importante..."
O loiro começa a andar em direção a porta que leva as escadas.
"...desculpe garoto, mas você tem que ser realista"
E com isso All might, o herói número um deixa Izuku midoriya no topo de um prédio.
Lágrimas escorrem dos olhos de Midoriya.
Izuku Midoriya é um menino normal, normal demais para o mundo atual.
Nesse mundo 80% da população possui alguma peculiaridade, algum tipo de poder especial, que vai de conseguir brilhar como a primeira indivídualidade descoberta a expelir nitroglicerina com as mãos como seu (ex) melhor amigo.
E nesse mundo a maior das profissões era ser um Herói, havia até escolas para isso.
Os herói eram os alicerces da justiça, da bondade e da esperança.
Eles lutavam contra os vilões.
Eles sempre venciam!
E nesse mundo de heróis e vilões superpoderosos.
Izuku midoriya era normal.
Ele era um dos poucos que não tinha uma peculiaridade.
Mas mesmo assim...mesmo com todos os seus amigos e até mesmo seu pai o abandonando, mesmo com todos o agredindo físico e verbalmente, mesmo sendo tratado como escória, como um erro na sociedade.
Mesmo com tudo isso, Izuku ainda queria ser um herói.
Não por glória, não por ganância como muitos.
Mas apenas pelo puro desejo de ajudar os outros.
Izuku seguiu esse sonho desde os quatro anos quando foi diagnosticado como sem peculiaridades mesmo sem ninguém acreditar nele, mesmo com sua mãe não acreditava nele.
"Desculpe Izuku....desculpe" a voz chorosa de sua mãe ainda soava em seus pesadelos.
Mas midoriya ainda mantinha sua fé, principalmente no herói número 1.
Em All might que dizia que todos podiam ser heróis.
Lágrimas caem pelos olhos de Izuku.
O mesmo herói que acabará de destruir suas últimas esperanças.
Apertando a alça de sua mochila e o livro na outra mão o jovem midoriya se move lentamente em direção a beirada do prédio.
Durante este tempo todas as suas dores, todas as suas tristezas passaram por sua mente.
Toda vez vez zombaram de seu sonho.
Toda vez que foi agredido.
Toda vez que ignorado.
Izuku midoriya estava se aproximando da beirada, ele já conseguia ver as pessoas e os carros passando lá em baixo.
O vento cantava em suas orelhas, uma melodia trágica.
A cada passo que dava izuku sentia mais raiva, mais dor, mais tristeza.
Ele só queria acabar com isso.
Ele começou a tirar seus tênis vermelhos.
Lágrimas caiam no chão.
Ele ficou em pé na beirada do prédio e olhou para baixo.
Izuku lembrou das palavras de seu melhor amigo.
'Se você quer tanto ser um herói experimente dar um pulo de cisne do telhado'
Izuku colocou um pé para frente.
No ar.
Mas antes de continuar se lembrou que sua mãe o espera em casa.
Ele se lembrou de seu sorriso, de seu calor.
Ele começou a chorar mais.
"Desculpe mãe...mas eu estou tão cansado..."
E sussurrando estas últimas palavras...
...Izuku midoriya pulou do prédio
Mas.
Com o conhecimento de ninguém havia uma figura vendo todo o monólogo do jovem.
Sentada de pernas cruzadas no ar existia uma figura humanoide esguia com chifres na cabeça, sua figura era de um roxo profundo que parecia sugar a luz.
Este ser não tinha mais qualquer outras característica humana.
Não tinha na em seu rosto, sem boca, sem olhos, nada.
Mas de alguma forma ainda conseguia falar.
"Está criança tem uma alma dolorosamente pura e bondosa...meu irmão teria gostado dele..."
Ele murmura com uma vez que carrega mistério e poder.
"...mas agora meu pegueno interlúdio acabou"
Esta figura e chamada por alguns de Deus das trevas.
Ele é seu irmão são entidades originadas de uma terra de outra dimensão.
Remnant.
Uma terra que ambos deixaram para trás a muito tempo e começaram a explorar o multiverso.
Então o Deus das trevas se levanta e começa a desaparecer aos poucos no ar.
Mas ao ver o menino se jogar do prédio ele para.
Mesmo sem rosto e possível sentir um sorriso malicioso se formando.
"Mas porque não deixar um pequeno presente para o jovem herói?"
O Deus das trevas diz de forma zombateira e de seu braço começa a escorrer um líquido viscoso preto metálico que se assemelha muito a alcatrão.
Ele controlou este líquido até o chão onde o menino iria cair e lá fez uma espécie de pegueno lago.
"Se de alguma forma você sobreviver a isso você vai ter sua tão esperada 'individualidade' e se tornar o herói que você quer ser..."
O Deus das trevas começa a desaparecer mas antes de sumir ela fala mais uma coisa rindo.
"...mas por quanto tempo?"
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No mundo de Renmant as ações do Deus das trevas não passaram desapercebidas.
Não.
Duas pessoas perceberam.
Uma linda porém assustadora e quase antinatural mulher de cabelos brancos ela tinha uma pele tão branca quanto neve, olhos que são um fosso de escuridão com uma pupila vermelha brilhante.
Está mulher se localiza em um grande castelo cercado por criaturas que parecem feitas de pesadelos.
Ela sente a poder do Deus das trevas sendo usado para criar uma quantidade de grimm líquido em algum lugar que ela não conhece.
E em outro lugar bem longe.
Um homem de cabelos de cabelos prateadas desalinhados e olhos castanhos deixa cair sua cabeça de café no chão assustando todos que estavam perto.
-Ozpin?
O homem não responde, ele apenas se levanta e olha pensativamente para a lua quebrada no céu.
Ambos, o homem e a mulher descobriram algo neste momento.
Em algum lugar lá fora que eles não conhecem surgiu um possível novo jogador em seu conflito milenar.
Um jogador que pode ser útil para os dois.
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Enguanto estava em queda livre Izuku começou a se arrepender.
Ele fechou os olhos esperando bater no concreto no chão e tudo acabar.
Mas nunca chegou.
Em vez disso Izuku se sentiu mergulhar em algum líquido viscoso.
E rapidamente abriu os olhos bem a tempo de ver sua visão ser consumida por escuridão.
E então ele começou a se afogar.
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