História The heiress of tony stark - Família

Acordei com uma mão mexendo em meus cabelos, abri os olhos e Peter depositou um beijo em minha testa.

- bom dia - falamos em uníssono e sorri para ele

Eu estava com a cabeça apoiada em seu aabdômen nu, passei meus dedos por ele, que se arrepiou, vi marcas roxas por ali. Suspirei e levantei catando minhas roupas espalhadas e me vesti, fui até o banheiro, escovei meus cabelos, quando voltei ele estava deitado ainda, mas vestido agora, fiquei o encarando da porta, quando ele me viu se levantou e afastou meu cabelo do pescoço.

- opa... - ele murmurou.

Peguei meu celular e abri a câmera frontal, tinha mais manchas vermelhas do que eu já tive em toda minha vida...tá exagerei, mas é quase isso.

- sabe que uma das únicas coisas que o extremis não cura, é chupão? Isso me emputece. - falei examinando eles.

- nessas horas você precisa se virar como qualquer outra menina não é? - ele sorriu de lado, segurando minha cintura e vi que ele estava com manchas também.

Saquei meu pó do bolso da blusa que tinha trazido e passei nele que fez cara feia e sacudiu a cabeça.

- quer explicar para May como conseguiu? - sorri maliciosamente para ele.

- passa mais. - bati com a almofada em seu nariz e espalhei por meu pescoço, espero que disfarce um pouco.

Após comermos avisei que precisava ir, ver como os dois estavam e me dirigi até a porta, Peter atrás de mim.

- porque já vai? De verdade, eu te machuquei? - ele disse segurando meu pulso de leve e me puxando para seus braços.

- é verdade - puxei seu pescoço e o beijei.- claro que não, você é maravilhoso em tudo Peter, tudo mesmo - sussurrei em seu ouvido.

- não estamos mais escondendo? - ele apertou mais minha cintura

- sei lá - falei e desci a escada da entrada - tchau Peter - vi seu sorriso, aquele que ilumina seu rosto, que ele está realmente feliz.

Eu resolvi ir andando para casa, o dia estava lindo, o céu azul um sol radiante, mas estava esfriando já, eu não sinto frio como as pessoas normais, mas sinto que está frio, é complicado de explicar. Sempre que ando na rua, não importa a minha idade, as pessoas sempre me olham com os olhos arregalados, acenam, as pessoas que estudam comigo me dão oi, e tenho certeza, pra mostrar aos outros que me conhecem, cheguei ao meu prédio, mas antes de entrar liguei para Lauren.

*Ligação on*

- Lauren preciso de um favor seu - falei assim que ela atendeu

- meu deus, oi, eu estou bem obrigada, então do que você precisa? - ela disse meio ofendida

- desculpa Amorzinho, mas enfim, se alguém perguntar, pode dizer que dormi na sua casa ontem? Poooooor favor - falei manhosa.

- claro, se me contar aonde estava. - ela disse e senti que estava sorrindo.

Tá... - escorreguei pela parede até o chão e sentei, pensei numa mentira besta - fiquei a noite toda com o aranha, lembra dele? Fomos até LA, ele disse que nunca foi lá, então nos levei, e a Pepper voltou ontem então eles vão sentir minha falta só hoje, eu acho - falei do jeito mais sincero possível.

- faz tempo que  você não nos leva passear moça, antes você levava - aposto que ela fez bico agora.

- vocês têm que pedir, não leio mentes, não a de vocês pelo menos - rimos

- minha mãe está me chamando, tchau Lu.

- tchau Lau, e muito obrigada te amo.

- eu sei.

*ligação off*

Entrei no elevador e no trigésimo andar, Steve entrou.

- bom dia capitão - falei sorrindo ironicamente

- bom dia Luna - ele respondeu, a postura rígida, ele estava com uma roupa comum, seus músculos saltando pra fora, cara, ele é velho mas é um gostoso meu deus.

- indo falar com meu pai?

- você deve ler mentes, sempre sabe aonde vamos - ele me olhou de canto.

- pura sorte, mas se eu fosse você, não iria lá falar de assuntos que o deixe irritado, porque a Pepper acabou de voltar e ele parou com a bebedeira e isso é bom - falei gesticulando rápido.

- não é nada que cause conflitos, é mais uma pergunta.

A porta se abriu e passei por ele, meu pai estava sentado no sofá da sala, com um notebook no colo.

- aonde você estava? - ele franziu a testa ao me ver.

- na casa da Lauren, ele me seguiu até aqui, podemos ficar com ele papai? - apontei para Steve e fiz uma carinha de criança. Ele revirou os olhos e riu

Subi até meu quarto para eles poderem conversar. Antes de ir para o meu, fui até o quarto da Pepper e do meu pai. Coloquei a cabeça na soleira da porta e espiei, ela estava sentada na sacada lendo um livro.

- oi, que bom que você voltou, nunca mais faça isso, o Tony é capaz de se matar - falei me sentando na cadeira à sua frente.

- eu sei, nós conversamos sobre isso, não pretendo ir embora mais - ela fechou o livro e sorriu.

- andei pensando, vocês não pretendem ir mais fundo nessa relação? - perguntei escolhendo cada palavra.

- está preocupada se nós vamos nos casar Luna? - ela sorriu serenamente para mim, seus olhos azuis me encarando.

- talvez - murmurei.

- não sei se o Tony um dia vai estar pronto para isso, mas eu não me importo, oque realmente importa é que eu o amo, e ele me ama também.

- nossa - soltei um grande suspiro, não percebi que tinha prendido a respiração. - eu achei que ele ia propor no dia do jantar na sua casa.

- na verdade nós fomos explicar que isso provavelmente não vai acontecer e que nós dois estamos bem com isso,e também que eu tenho mais proteção até do que você, pois você consegue se proteger, eu não, não significa que ele não tente te proteger. - ela explicou, com medo que eu interpretasse mal.

- eu sei, não se preocupe, sempre foi assim e eu prefiro, não gosto de muita gente em cima de mim, sou um pássaro livre Pepper - falei sorrindo e abri os braços. Ela riu da minha cara.

- contamos também do incidente com o extremis, mas que agora estou limpa, graças a você em parte. - ela me lançou um olhar de agradecimento. Quando killian colocou o soro aprimorado do extremis nela, o mais importante para ele não te dominar é ter força na mente, então eu assumi a mente dela, para que os estragos não fossem permanentes, fiquei dois dias em sua mente, lutando contra o soro, por isso ela não está igual a mim, com o extremis no corpo.

- mesmo que não se casem, você é uma boa mãe substituta, e se fugir de novo, eu vou atrás de você, entendeu? - semicerrei os olhos para ela.

- não vou deixar você nunca mais - ela disse e piscou um olho com um sorriso enorme.

Ficamos ali sentadas por um tempo até meu pai aparecer e se juntar a gente.

Ele estava com um pacote de presente nas mãos, deve ser para Pepper, pensei, mas ele entregou para mim olhos desconfiada.

- porque?

- primeiro, é necessário, já cansei de ver você com o outro, e segundo que eu fui até a loja escolher, como agradecimento por não ter deixado eu fazer cagada essa semana. - ele abriu um grande sorriso

Rasguei o pacote, quase chorei de tão lindo, era um "vestido" de patinação para minha próxima competição. Levantei e o abracei, ele me tirou do chão por alguns segundos, faz tempo que ele não me abraçava assim.

- brigada brigada brigada pai - beijei seu rosto todo, ele fica irritado com isso - é lindo, da onde veio esse senso de moda todo?

- eu dei uma pesquisada no seu closet - ele disse me olhando torto

- entrou no meu closet? - perguntei falando devagar

- não, encontrei Chiara na rua, ela me disse que você ia participar do campeonato, aí tive a ideia de comprar para você a roupa de presente e ela ajudou a escolher.

- ah, tá saindo com minhas amigas é? Vai arranjar os seus - falei provocando ele. Os dois riram. Faz tanto tempo que não tínhamos esses momentos em "família", que todos estão felizes, queria poder congelar isso, pensei olhando em volta.

Eu não tinha prestado atenção, mas os dois estavam com roupa de frio, me concentrei na parte humana que restou dentro de mim, e senti uma brisa gelada, estava frio e eu de shorts e camiseta, eles nem pra me falarem alguma coisa, revirei os olhos para mim mesma, logo deve começar a nevar eu espero, diferente da maioria das pessoas, eu adoro a neve, como uma criança, acho que é porque em Malibu, onde morávamos antes de um terrorista explodir nossa linda casa, não nevava então eu nunca acordei com neve cobrindo os carros e aulas suspensas e toda essa coisa que a neve traz com ela, só uma vez nevou lá e nem foi tanto, ou seja, sempre que neva eu fico super feliz. Fui até meu quarto colocar uma roupa de acordo com o clima, sentei na mesa da sacada com meu bloco de desenho e comecei a rabiscar algo, devo ter ficado umas duas horas nisso, pois ouvi muitas musicas, aliás musica é um ótimo jeito de contar o tempo.

- não posso negar, você é muito talentosa – uma voz conhecida disse atrás de mim. Já sabia quem era mas virei para conferir.