Travis me esperava na frente da torre Stark, mexendo em seu celular com cara de tédio.
- achei que não ia chegar nunca - ele revirou os olhos azuis e me deu um tapinha na cabeça.
- ai, quer morrer é? - ele riu - vem, descobri aonde ela trabalha, que horas e que dia, ah ela tem um cachorro e mora sozinha. - ele me olhou assustado e me seguiu para fora do prédio.
- me diz, oque você acha, tipo de me ter por aqui? - ele disse me olhando sério, o encarei e ele me puxou para o lado, quase bati num senhor. - calma aí - ele riu e sacudi a cabeça.
- hãm.... eu acho legal, tipo você é o único normal na minha vida, digo na minha família, Tony é também, mas toda essa coisa de homem de ferro tirou a normalidade dele, você é tipo um irmão que me dá um pouco do mundo normal. - falei sem olhar para ele, para não bater em ninguém, e porque não consigo falar sobre isso e olhar para a pessoa, fico desconfortável.
- você não costuma mentir né. - ele falou e sacudiu a cabeça.
- porque perguntou isso? Se eu odiasse você, ia saber.
- queria saber se pensamos o mesmo um do outro.
- e é?
- de um certo modo, sim - ele piscou e eu derreti por dentro, sorri e parei de andar.
- tá, você bate na porta e eu fico invisível, se perder o controle da situação, eu... eu ajudo no que der, mas não fode - falei e fiquei invisível. Ele ficou uns dez segundos com a mão pronta para bater, empurrei seu braço e ele se assustou e bateu.
- Travis? Como me achou? E oque quer comigo? - uma loira de olhos verdes abriu a porta.
- não bata a porta na minha cara por favor Beca, eu queria explicar oque aconteceu, não aguento mais ficar sem você, me deixa entrar por favor. - ela o encarou por alguns segundos e deu espaço para ele passar, me apressei e fui atrás.
- comece a explicar - ela falou impaciente
- então, como você sabe, Emilie me beijou, mas eu não deixei, não pedi, não insinuei que queria, nem pensaria nisso se eu tinha você, e ela me mandava mensagens o tempo todo e eu só ignorava, ela passou dos limites e eu fui idiota de não desencorajá-la. - ele disse e ela sentou no sofá.
- eu sei, ela veio aqui um tempo depois e eu estava vendo umas fotos no celular dela, quando ela foi no banheiro li as mensagens que ela te mandava.
- que? Porque não me procurou?
- sabe que sou orgulhosa - ela corou de leve e sorriu.
- ah graças a deus, estou perdoado?
- vamos ver - ela o levou para o andar de cima, mas antes fiquei visível e dei um tchauzinho com a mão para que só ele visse.
Fiquei visível no meio de uma multidão que estava na fila da bilheteria do cinema, parei para olhar a hora e vi Katie vindo na minha direção, pensei em correr, me jogar no chão, qualquer coisa mas ela me viu e acenou.
- oque está fazendo aqui?
- ah sabe como é, dando uma volta, indo na casa do meu amigo... - falei qualquer merda.
- para que lado é? - ela perguntou e apontei para onde ela estava indo - então vamos juntas - sorri para ela e continuamos andando. - que amigo mesmo?
- Peter, conhece ele não é? - perguntei inocente
- ah... sim, sim conheço, fui a Julieta dele no teatro de inglês - ela disse toda orgulhosa, abafei o riso com uma tosse.
- oque acontece entre vocês? - ela perguntou do nada depois de um longo silêncio.
- como assim?
- bom, vocês se agarram muito, e pelo que eu sei, não namoram - ela disse e vi suas bochechas atingirem um tom vermelho.
- vou te contar uma puta verdade : nem eu, e acho que nem ele, sabe oque acontece - ela examinou oque eu disse enquanto me olhava e desviou o olhar. - agora quem pergunta sou eu, ouvi dizer, que você estava a fim dele, verdade? - ela virou a cabeça para mim rápido.
- ahn, quem disse isso?
- sabe como é, as notícias voam pelos corredores da escola.
- talvez, mas de qualquer forma, eu superei isso - percebi que estava com as mãos dentro do bolso e pareciam forçar o casaco para baixo, obviamente ficou nervosa - não ficou brava, ficou?
- se eu fosse ficar brava com cada menina que ficou a fim do meu melhor amigo, eu seria uma idiota - falei descontraída.
- espera, você é louca? Como fica só de camiseta nesse frio? - ela me olhou de cima a baixo, eu estava com uma camiseta bem larga curta com asas desenhadas na frente e uma calça jeans clara.
- não sinto frio, nunca ouviu falar isso?
- achei que fosse mentira
- não é, também leio mentes e fico invisível.
- duvído, no que estou pensando agora? - ela me encarou com seus olhos verdes.
- uuuhm danadinha, e esse Peter no pensamento? não é tão legal quanto na vida real sabia? - seu rosto passou de pálido para pegando fogo em dois segundos, eu soltei uma risadinha - não duvide de mim, único conselho que te dou, cheguei, até mais Katie - dei um abraço de leve nela e fui em direção à casa de Peter, não entrei, esperei ela sair do meu campo de visão e fui para minha casa, eu precisava ter certeza que essa vadiazinha estava de olho no Peter.
*Ligação on*
- você sabe que eu durmo a tarde, porque tem que ligar justo nesse horário? - a voz sonolenta de Peter atendeu.
- tá bom, não te conto então.
- pera, já que me acordou fala
- sabe quem encontrou Katie na rua e descobriu uma coisa?
- uhm, não sei, talvez minha tia, ou a Pepper? Tenho certeza que foi ela
- idiota, enfim, ela perguntou uma coisa que levou ela a duvidar que leio mentes, aí ele pediu pra eu provar e sabe o que eu vi?
- não... me diz que nã...
- vocês dando uns amassos na escola - falei e ele ficou em silêncio.
- não precisava me contar.
- foi só pra provar que eu estava certa sobre ela gostar de você.
- meu deus, que menina doida.
- nem me fale, tá com sono ainda?
- preferia perder meu sono com você, mas como não tá aqui...
- preferia é? Sabe do que eu lembrei agora?- atentei ele que suspirou.
- porra vem pra cá
- achei que não ia pedir
*Ligação of*
Nem olhei para ele direito, que já estávamos nos beijando, me prendeu entre o armário e ele, tirei sua blusa e beijei seu abdômen, ele arrancou minha blusa e fez uma trilha de beijos por meu pescoço e peito.
- juro que se ficar marca dessa fez te arrebento - sussurrei em seu ouvido e ele sorriu contra meu pescoço.
- vai ter que me bater então - ele disse e me calou com sua boca macia. Ele coloca minhas pernas em volta de sua cintura e me ergue do chão - Luna....- ele geme baixo e sugo seu pescoço. Ele se deita na cama sobre mim e tira minha calça. Passa a mão por todo meu corpo e eu suspiro alto, o puxo para mim e tiro o resto de sua roupa, ele faz o mesmo comigo - porque você tinha que ser tão linda? É impossível não se apaixonar por você - ele diz enquanto me olha fundo, ergo o corpo e o beijo com carinho, não se trata só de agarração e realização de desejos, por incrível que pareça, eu poderia dizer que o amo, sem ser totalmente mentira.
- ouvi dizer que a segunda vez é sempre melhor - Peter diz enquanto enrola meu cabelo em seus dedos, estávamos deitados, minha cabeça estava em seu peito e eu ouvia seu coração bater.
- acho que podemos nos superar ainda mais - falei enquanto desenhava coisas aleatórias em seu peito malhado.
- temos a vida toda pra tentar - ele disse eu sorri, será que eu vou casar com ele? Eu sou do tipo que casa? Eu conseguiria sustentar uma família sem arruinar tudo? Que mané família, eu nem gosto de criança, se bem que um casal também é uma família, mas a questão é, eu gosto dele há pouco tempo, e seu eu achar outra pessoa? Não queria deixar de ser amiga dele, e aliás é bom ficar com ele, aqui também, agora, e se ele achar outra, uma Katie da vida por exemplo? Não ia querer ver ele nem pintado de ouro.
- Peter
- uhm?
- desde quando você gosta de mim? - ele riu e eu não entendi
- lembra quando fomos patinar no lago congelado do central Park? E você caiu, aí uma pessoa passou com a lâmina em seus dedos e você não chorou até chegarmos na sua casa? Porque queria ser forte na frente dos outros? Desde esse dia
- mas tínhamos só 10 anos - falei baixo
- é eu sei
- mas porque? Eu estava ridícula aquele dia e eu me machuquei, e depois chorei igual uma criancinha.
- pra mim você estava linda, como sempre e eu nunca tinha visto você chorar, tirando o dia que sua mãe morreu, você ficou mais linda ainda aquele dia, então quando eu soube oque era beijar uma garota sem compromisso, fiquei com muitas pra evitar pensar que seríamos sempre só amigos.
- você deve estar feliz pra caralho então
- você não faz ideia, mas e você? - fiquei quieta por um tempo até ele cutucar minha cabeça.
- desculpe, eu estava pensando. Quando você me contou que gostava da Picket. Lembra dela? Fui eu que rasguei o vestido dela no baile, aí ela não poderia ser a rainha do baile, e eu sabia que você ia ser o rei e todo mundo achava vocês fofos juntos, aí ela foi embora e Lauren ganhou no lugar dela.
- porque fez isso?
- porque foi a primeira vez que senti ciúmes de alguém então não consegui evitar, desculpa. - ele riu.
- não se preocupe, lembra quando o Victor chegou com um olho roxo na escola depois daquela festa no ano passado?
- sim, ele não veio atrás de mim até achei estranho, pera aí....
- é isso aí, eu disse pra ele que se contasse pra você que soquei ele, teria mais e que ele não pensasse mais em você. - ele falou e eu caí na risada.
- não acredito que fez isso - falei e beijei seu peito. Ele se arrepiou.
- ele saiu da escola
- não ficou ameaçando ele né? NÃO FEZ ISSO COM TODOS OS QUE EU JÁ FIQUEI NÉ? - me levantei e o encarei, ele riu e abaixou minha cabeça.
- não, mas é que ele estava tocando de mais em você na festa
- ficou olhando?
- até um garota ruiva me beijar, ai eu tinha mais o que fazer e parei de olhar, mas nem quero saber oque aconteceu depois.
- tá louco? Eu não faria isso com ele.
- ainda bem. - ele olhou a hora no celular e dei um pulo.
- meu deus, meu pai deve estar louco atrás de mim - estendi o braço para a mesa e peguei meu celular - 4 chamadas perdidas de Tony esterco - olhei para Peter que riu alto e eu me juntei a ele. - tenho que ir - levantei e senti ele me olhando - gostou é? - dei uma rebolada, me referindo à lingerie.
- prefiro sem, mas assim está legal também - ele falou e se levantou também.
Coloquei minhas roupas de volta, arrumei meu cabelo, me virei para ele e o abracei - da próxima eu fico mais - falei em seu ouvido e passei as unhas de leve por seu pescoço e ele estremeceu.
- acho bom - ele me beijou e fui embora.
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