Coloquei uma calça e tirei o moletom que era da minha mãe, abri as portas de vidro que dão para minha sacada e pulei. Eu adoro fazer isso, quando estou quase lá embaixo me levo para outro lugar, avistei as pessoas andando lá na calçada e fui para a Times. Que. Porra. É. Essa? Um raio azul passou por mim, quase acertando minha cara e depois teias voaram na direção oposta à do raio, um braço me puxou para um canto e me virei assustada
- mas oque... - uma luva vermelha tapou minha boca.
- quieta, Loki está aqui - a expressão dele era de pânico
- tá maluco? Loki sumiu! Morreu eu acho - tirei sua mão do meu rosto
- Luna ele é um Deus! Eles não morrem! A gente leu Percy Jackson esqueceu?
- ah é...e oque você quer que eu faça?
- não sei, qualquer coisa que faça ele sumir
- porque está aqui?
- eu estava jogando teias de boa nas pessoas da escola que eu não gosto e, PÁ, ele apareceu dizendo que ia se vingar de todo mundo que não se ajoelhou pra ele, aí eu pensei, vou acabar com esse merda rapidinho, to aqui faz uns dez minutos e nada dele sumir - ele terminou e eu ri
- tá bom Peter, vamos lá "acabar com ele" - imitei sua voz e voltamos para o meio da rua, vários policiais armados estava reunidos junto a seus carros. Avistei Loki e entrei em sua mente, forçando ele a cair, funcionou parcialmente, ele caiu, mas logo levantou e deu um soco na minha boca me fazendo ir para o chão, e encostou aquele cetro maldito em meu peito, espera. Ele não tinha sido destruído? Parei para prestar atenção e ele era diferente, preto parecendo uma varinha gigante do Harry Potter com um cristal azul na ponta. Tesseract? - já tentou isso uma vez, e não é agora que vai conseguir - falei tentando tirar sua mão que prendia meu pescoço no chão
- entre todos os vingadores, você é a que eu mais odeio pirralinha nojenta - ele sibilou e eu acabei rindo
- eu nem te fiz nada seu doido, fumou o que? - ele me olhou confuso e aproveitei para chutar o meio de suas pernas, golpe baixo, mas ele acertou meu rosto.
- vai se arrepender do que fez Stark - ele agarrou meu pescoço e me atirou longe, fiz um campo de força em volta de mim e acabei me batendo em um carro, amassando ele.
- e você vai se arrepender de ter batido em uma moça - ouvi Peter gritar e jogar várias teias por toda a volta de Loki, fazendo com que ele ficasse amarrado, mas ele se soltou rapidamente e jogou Peter contra o carro de um policial.
- opa, acho que seu namoradinho não é tão bom assim - ele disse rindo e meu sangue ferveu, agarrei seu rosto e o queimei o máximo que pude, até ouvir um barulho de tiro acertando o braço dele, olhei para o lado e meu pai, na verdade o homem de ferro, estava alí no ar.
- oque está fazendo aqui Loki? - a voz levemente robótica dele disse.
- vim me vingar oras, você se vingou de Steve e do amigo dele, eu também posso - outro tiro acertou seu rosto e ele limpou o sangue que logo sumiu.
- oque quer em Nova York? - eu estava sentada no chão desajeitadamente, olhando de um para outro, Loki em pé ao meu lado com o cetro apontado para meu pescoço e Tony voando próximo a nós
- continuar oque comecei, logo irei abrir meu portal novamente e libertar um exército maior que os Chitauri.... - um barulho de metal muito alto soou e ele parou de falar, caindo no chão, olhei para ele confusa.
- idiota - Peter murmurou jogando uma tampa de bueiro no chão, e agarrei sua mão, me levantando - você está bem?
- sim eu...
- oque estava pensando Luna? Sair assim do nada e não me avisar? Poderia ter se machucado - a máscara da armadura se abriu revelando um rosto preocupado.
- desculpa, não deu tempo de te chamar, vamos levar ele pra algum lugar? - falei apontando para Loki que estava caído no chão sem se mexer mas com os olhos abertos, isso me lembrou quando Hulk cravou ele no chão da nossa sala de casa.
- sim, leve ele o mais rápido possível para o Ross, junto aos outros criminosos - ele disse se referindo à Sam, Wanda, Scott e Clint, coloquei meu pé em cima do peito dele e aparecemos em uma cela. Um cara estava passando e me olhou assustado, ora para mim ora para Loki
- achei ele por aí, diga ao Ross que fui eu quem o deixei aqui - pisquei para o homem uniformizado e voltei para a Times, alguns repórteres estavam em volta de Peter e de Tony fazendo perguntas, respondemos algumas, até que me encheu as paciências, agarrei a mão dos dois e nos levei para casa - desculpa mas amanhã nós fazemos isso - puxei Peter para a cozinha - senta aí - apontei para o balcão e peguei a caixa de curativos na gaveta - ah quer saber? - o puxei comigo até meu quarto e joguei uma calça para emergências para ele - tira esse uniforme e veste isso - ele acentiu e tirou devagar o traje vermelho, enquanto eu verificava se minhas unhas estavam inteiras, o olhei e estava apenas de cueca, aquele abdômen perfeito me chamando, desviei para seu rosto, que me encarava sorrindo - tá, senta aí que eu vou consertar isso, de novo. - ele sentou e reparei que havia alguma cortes ainda sangrando, limpei e coloquei os curativos, ele deu alguns tapinhas na minha mão mas nem liguei - pronto
- obrigada, eu não ia fazer isso sozinho nem fodendo - me sentei no tapete peludo, juntei os pedaços de algodão - meu rosto ahm...
- ah sim, já cuido dele - sorri e me sentei ao seu lado - vira o rosto pra eu ver oque aquele nojento fez com meu namorado - falei brava e ele sorriu - ah não foi tão ruim assim - coloquei um band-aid e depositei um beijo em seu rosto - pronto.
- obrigada - ele abraçou e Tony entrou furioso
- vai pro lado pirralho - ele disse e sentou no meio de nós, estraga prazer - agora vamos estabelecer umas regrinhas crianças - ele pegou minha mão - NÃO LUTEM SOZINHOS, PODEM MORRER! OQUE TEM NESSAS CABEÇAS? - ele empurrou nossas cabeças para frente e bufei - a primeira vez que falei assim com vocês foi quando você mocinha - ele tocou a ponta do meu nariz - inventou de pular da ponte do Brooklyn, como se isso fosse brincadeira de criança, então por favor não me façam ter essa conversa uma terceira vez com vocês. - ele se levantou em direção à porta e parou em seguida - por mais que eu não queira dizer isso, mas como sou um homem que cultiva a paz, acho melhor ficar por aqui, está cheio de helicópteros e policiais lá fora, se te pegarem você ia ser interrogado até náo aguentar mais, e eu não quero ela fora do meu campo de visão ou da F.R.Y.D.A.Y. - olhei para Peter sorrindo quando Tony saiu do quarto mas logo sua voz voltou - FIQUEM VESTIDOS POR FAVOR - ele gritou do corredor e rimos
- primeira vez que você dorme aqui que meu pai sabe, já é um progresso Peter - ele se jogou para trás e eu fiz o mesmo, ficando os dois deitados encarando meu teto, ele é azul bem claro agora porque desbotou e tem nuvens pintadas, estrelas e planetas, gosto de olhar para elas a noite, antes me davam uma sensação de segurança, no meio da escuridão um céu azul, mas desde o episódio com os vingadores aqui em NY, céu não é uma coisa tão agradável para mim, já que ele quase engoliu meu pai, mas isso passou, agora não tenho nada contra ele.
- fiquei com medo de que ele machucasse você, ou te matasse sei lá - Peter disse e encaixei minha cabeça em seu pescoço. - ainda bem que isso é bem difícil - a porta se abriu e alguém puxou minha perna, me fazendo quase cair.
- TRAVIS - exclamei
- você está bem? Tá inteira? O chifrudo não te machucou né? - ele me olhou por inteira visivelmente preocupado e me abraçou forte - fiquei preocupado quando vi na TV
- eu estou bem Trav, se acalma - tranquilizei ele
- sem querer ser grosso mas... oque ele faz aqui?
- meu pai disse para ele ficar aqui essa noite, por isso vou trancar a porta - sorri e pisquei para ele que fuzilou Peter com os olhos
- eu sei mais do que você imagina, então não machuque ela, porque mesmo sem poderes eu acabo com você - Peter acentiu e Travis foi embora. Fechei a porta e fui para meu closet trocar de roupa. Tirei minha blusa e fiquei me olhando no espelho de corpo inteiro por uns segundos, eu estava muito magra, não sinto necessidade de comer por causa do extremis, como quando sinto vontade, mas não tenho fome como todo mundo.
- ei, dá pra você se vestir? Antes que faça alguma coisa? - Peter disse me olhando. Esqueci que ele estava ali.
- tipo oque? - provoquei ele, que se levantou e veio até mim em passos largos, parando a centímetros do meu rosto - e então? - ele mordeu o lábio inferior e agarrou minhas coxas, me erguendo em seu colo, me beijou com vontade, os dias que ficamos sem nos falar vão ser compensados, suas mãos apertaram minha bunda e suspirei, ele me encostou na parede e sua boca sugou meu pescoço, minhas mãos percorreram seu abdômen sarado, indo para suas costas, minhas unhas se fixaram ali e ele suspirou
- porra Luna... - ele mordeu o lóbulo da minha orelha e recuou
- oque foi? - ele ainda me segurava, pelo jeito estava leve como uma pena. Olhei minhas mãos, ê bosta mesmo, alaranjadas, meu esmalte rosa chiclete dava um toque fofinho. - desculpa, onde foi?
- estou acostumado, e que eu saiba só comigo você fica assim - ele sorriu e me soltou, peguei sua mão nos puxando para minha cama.
- você está cansado e eu também, podemos só dormir? Já venho - peguei uma camiseta comprida, tirei minha calça e voltei para ele, me deitei e ele colou seu corpo no meu - desculpa - murmurei e ele beijou meu pescoço de leve
- pare com isso, eu não me importo, te amo do jeito que você é, amo quando você dá esses deslizes, amo o jeito que você sorri e sua covinha aparece, amo como consegue ser delicada no gelo mas mata vilões sem dó, amo como consegue fazer eu me apaixonar por você todos os dias, amo tudo em você exatamente assim - ele disse e percebi que um lágrima escorria, respirei fundo e ele me virou, para poder olhá-lo nos olhos - estamos entendidos?
- com certeza - emoldurei seu rosto com minhas mãos e o beijei delicadamente, apoiei minha cabeça em seu peito e dormimos assim mesmo.
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