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História The Hybrid (Elijah Mikaelson) - Pedido - História escrita por Akanennie - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Hybrid (Elijah Mikaelson) - Pedido


Escrita por: Akanennie

Capítulo 38 - Pedido


O espírito natalino finalmente encontrara seu caminho para o complexo Mikaelson mesmo com todas as adversidades que vinham enfrentando. Todos pareciam mais calmos e felizes, ainda que houvesse a necessidade de recuperar o medalhão das mãos da Strix.

Klaus e Freya terminavam de pendurar os últimos enfeites na enorme árvore de Natal no pátio, próximo à fonte de água. O sofá e poltronas que geralmente ficava mais para o canto foram levados para perto da árvore e um tapete foi estendido ali também, para que Hope pudesse brincar com seus presentes. Pandora e Elijah colocaram todos os presentes que compraram para a menina (antes do fatídico jantar de Ações de Graças) embaixo da árvore de Natal, junto aos dos demais. Klaus estava acomodado em uma das poltronas, tomando um bom vinho na companhia de Freya e Camille. Rebekah, agora livre da maldição, havia desaparecido.

— Espero que ela não esteja aprontando. – comentou Elijah, preocupado.

— Ela sempre está aprontando algo quando não estamos por perto. – debochou Pandora e Elijah riu, concordando com ela.

A chegada do casal Marshall-Kenner deixou Pandora um pouco inquieta, ela gostava de Hope e não tinha nenhum problema com Jackson, mas com Hayley… Ela ainda não conseguia se habituar a ideia de ter a híbrida sempre por perto, mesmo que Hayley quase fosse um membro da família, por Hope. Pandora tinha que se acostumar com isso, não era nada que ela poderia ir contra.

Eles viram Klaus provocando Jackson, com humor quando se levantou de sua poltrona, implicando pelo rapaz ser um lobo. O que era uma verdadeira ambiguidade, já que Klaus era um hibrido lobisomem/vampiro. Claro que por fim ele agradeceu por seu auxílio à Freya, algo que a bruxa também o fez.

— O seu humor está ótimo hoje, Nik… – comentou Rebekah ao entrar no pátio do complexo. Seu olhar provocativo passou do irmão para Camille, a única humana ali corou quando o olhar de todos recaiu sobre ela. – Creio que a terapia esteja funcionando.

Klaus revirou os olhos ao comentário debochado de sua irmã, porém essa atitude atraiu seu olhar para uma enorme bacia de metal com uma fogueira dentro dela. Ele rosnou aborrecido com isso, atraindo a atenção dos demais para onde olhava.

— Nem pensar! – resmungou Klaus, contrariado.

— Sei que não é bem uma fogueira, mas tive que improvisar. – comentou Rebekah, voltando a olhar para os irmãos, animada.

— Ah, não..… Isso não, Rebekah! – reclamou Klaus, manhoso, quase como uma criança birrenta, até fazia careta ao dividir o olhar entre a irmã e a fogueira.

— Deixa de ser chato, Nik! É tradição! – retrucou Rebekah, sem deixar de lado sua animação, indo até o híbrido e o puxando para a fogueira, seguidos pelos demais.

— Uma explicação para os de fora viria a calhar. – comentou Camille, Pandora concordava, olhando curiosa eles.

— Escrevemos nossos pedidos em um pedaço de papel e o queimamos em uma fogueira para dar sorte. – respondeu Klaus, fazendo corpo mole para não se aproximar da fogueira, mas Rebekah era tão teimosa quanto ele e não parou até que estivessem perto do fogo. – Mas é engraçado… nunca desejei ter tantos inimigos e ainda assim os ganhei todo ano.

— Ah, mas que surpresa! Você não foi um bom garoto. – ironizou Elijah antes de tomar um gole de sua bebida, fazendo os demais rirem. Até mesmo Klaus.

Rebekah não queria dar espaço de tempo para que Klaus fugisse daquela tradição naquele ano, já havia até preparado papeis e canetas para todos e distribuiu entre os ali presente. Cada um escreveu seus pedidos e após reforçar o pedido em pensamento, foram um a um jogando os papeis na fogueira.

O pedido de Pandora era simples, mas complicado também. Ela queria momentos calmos e alegres com sua nova família, porém, sendo eles quem eram, mesmo que conseguissem se livrar da ameaça que a Strix e os primeiros das linhagens impunham, ainda teriam mil anos de inimigos a espreita, só esperando uma oportunidade para atacar. Mesmo que soubesse dessa inevitabilidade, Pandora ainda assim fez este desejo e jogou o papel no fogo.

Ela deu um selinho em Elijah, este que também já fizera seu pedido, e se afastou, deixando-o ter o momento dele com Klaus e Rebekah, indo para com os demais. Enquanto via Jackson brincar com Hope, Freya se aproximou de Pandora, a abraçando enquanto a entregava uma taça de vinho.

— Ficar de cara com a morte de te deixou mais afetuosa? – perguntou Pandora, debochada, recebendo um sorriso da cunhada.

— Eu só queria agradecer. – disse Freya, sua expressão realmente dizia quão grata ela estava. – Fui negligente por isso cai. Já você, mesmo sob pressão e sem muito conhecimento do que poderia resultar, salvou minha irmã.

— Não precisa agradecer… – disse Pandora, encabulada.

Ela tomou um gole de seu vinho enquanto olhava dos Marshall-Kenner para os outros três Mikaelson que estavam ainda de frente para a fogueira. No mesmo instante que Pandora olhou para eles, Elijah olhou para ela. Ele deu um sorriso discreto e piscou para ela, a fazendo sorrir e corar antes de voltar a olhar para Freya.

— Mesmo que um tanto estranha, mas vocês são a família que eu sempre quis ter. – acrescentou Pandora, sendo novamente abraçada pela bruxa.

— Você é realmente adorável. – comenta Freya, sorridente. – Agora posso dizer com toda certeza que tenho duas irmãs, mas ainda precisamos oficializar esse seu casamento com Elijah.

— Sabe que isso tudo é só para massagear o ego de vocês, não é? – indagou Pandora, após um suspiro conformado. – Eu já sou casada com Elijah.

— Ah! Mas nem pensar! – exclamou Freya, sua voz até ficara um pouco aguda. Pandora riu da exasperação da cunhada. – Eu não reconheço esse casamento, então não estão casados! – Pandora chegou a abrir a boca para retrucar, mas Freya lhe tampou a boca com uma mão. – Sem discussões! Abusarei do posto de irmã mais velha que você acabou de me dar e exigir meus direitos!

Pandora riu, resignando-se apenas a tomar seu vinho, não tinha como insistir. Uma característica que havia em todos os Mikaelson era a teimosia e não adiantava tentar ir contra, era perda de tempo.

— É melhor se acostumar, querida. – comentou Klaus, aproximando-se delas com os irmãos.

— Ah... As consequências… – ironizou Pandora, Klaus limitou-se a rir enquanto recebia Hope em seus braços.

— Claro que tem seus benefícios também. – comentou Elijah, abraçando a esposa pela cintura e apoiando o queixo no ombro dela.

— E você está arrogantemente falando de si mesmo. – provocou Rebekah, Elijah encolhe os ombros, mas não desfaz o contato com a esposa.

— De quem mais seria? – retrucou Elijah, fazendo os demais rirem.

A troca de presentes fora divertida, mas para Pandora o maior presente que ela pode ganhar não era material. Ela o recebia diariamente por aquele que continuava abraçado a ela, mesmo que agora fosse por apenas um braço em sua cintura. Além de, é claro, aquela família disfuncional.

Eles curtiram a noite como podiam. Comeram, beberam e conversaram sobre muitos assuntos aleatórios. Pandora até teve o próprio ego massageando quando Hope recebeu um lobo de pelúcia que ela havia comprado para a menina e quando tentaram tirar das mãos da criança, ela ficou muito irritada.

Era o poder do natal, aparentemente, trazia aquela calma até mesmo para uma das famílias mais mortais. Porém, tudo tem um fim e ele veio com a aproximação de Rebekah, que ninguém havia notado ter desaparecido, vestida para sair e arrastando consigo uma mala com numa mão e uma caixinha na outra.

— Onde pensa que vai? – perguntou Pandora, surpresa.

— Você acabou de voltar! – exclamou Freya, alarmada, olhando para a irmã.

— Eu adoraria ficar, de verdade! – começou Rebekah, andando até Pandora, com um sorriso compadecido no rosto ao ver a chateação dos demais com sua aparente partida. Ela então se justifica: – Nossos inimigos precisam acreditar que estou bancando a Ariel, é melhor que eu fique afastada por um tempo.

Ao chegar até Pandora, ela largou a mala de lado e abraçou a cunhada com força, recebendo um grunhido esganiçado da morena em resposta em sua tentativa de retribuir.

— Cuide dos meus irmãos por mim, eles precisam muito. – pediu Rebekah ainda abraçada a híbrida. – E não pense que essa confusão toda me fez esquecer do casamento, não escapará mocinha! Estarei longe, mas continuarei planejando a festa.

— Eu não tenho voz nesse assunto, né? – perguntou Pandora quando Rebekah a soltou.

— Não. – respondeu a loira, aos risos e então entregou o pacote para Pandora. – Isso é para você, eu fiz uma saída discreta, mas um homem muito fofo e simpático que estava lá fora pediu para entregar isso para você. Acho melhor dar uma verificada com Freya antes de abrir, mas suspeito que não seja nada de mais. – ela então olhou para Elijah. – Melhor ficar atento, Elijah, a Pan está chamando a atenção dos homens de Nova Orleans.

— Rebekah! – repreendeu Pandora, encabulada, ainda mais diante da expressão enciumada do marido.

— Ai que fofo ele com ciúmes! – alfinetou Rebekah, despreocupada.

A vampira se despediu dos demais, sendo uma despedida mais longa com Hayley e Klaus antes de chamar um táxi para o aeroporto. Aquele não era o final de noite que Pandora desejava, mas após dias tão turbulentos, não poderia esperar mais do que aquilo. Freya ajudou Pandora a investigar o presente do tal ‘homem fofo’ e ao constatarem não ter nenhum feitiço ou maldição nele, Pandora enfim o abriu.

Era um simples colar, parecia meio gasto e de prata. O pingente era pequeno, simples, também de prata no formato das letras S e J. Era como se o admirador de Pandora quisesse competir com Elijah, já que vampiro dera como presente de natal um bracelete prateado com as iniciais dele e da esposa, além de uma flor de lótus.

— Pandora, tem um bilhete. – disse Freya, ao olhar para dentro da caixa e entregou para a cunhada.

— “Sua mãe gostaria que ficasse com isso.” – Pandora leu em voz alta e olhou alarmada para Freya e Elijah. – Não tem assinatura.

— Parece que alguém está apelando para o emocional dela para ganhar uma vantagem. – provocou Hayley, Elijah ficou mais incomodado com aquilo e nem sequer se preocupava em esconder.

— Não fica assim, Eli. – pediu Pandora, chamando o marido com a mão livre. – Pode ter sido alguém que conhecia meus pais, e quis me dar algo deles ao descobrir que estou na cidade.

— Para a segurança dele, eu espero que sim. – respondeu Elijah, ainda aborrecido.

Com o passar das horas a celebração foi se encerrando. Quando Hope deu seu primeiro bocejo, Hayley e Jackson se despediram, levando a menina para casa. Camille e Klaus desapareceram dali e Pandora já imaginava o que poderia estar fazendo, guardaria aquela informação mentalmente para alfinetar Klaus posteriormente. Já Elijah e Freya conversavam na galeria, a expressão melancólica deles denunciava ser sobre o passado que não tiveram, por isso a híbrida decide não interromper.

Pandora deixou que eles conversassem em paz e foi para seu quarto. Ela já estava cansada daquele coturno e tinha certeza que algumas bolhas nasceriam em seus calcanhares. Ao chegar no quarto que dividia com o marido, ela deixou o colar sobre a cômoda que tinha em frente a cama, Pandora trocou suas roupas por um pijama confortável e discreto e se deitou para descansar. Ela ficou ali deitada dividindo sua atenção em seu bracelete e no colar que estava na cômoda numa tentativa de buscar em sua memória quem poderá tê-la mandado aquele colar sem ter que fazer algo que pudesse magoar Elijah, até que Pandora adormecesse.

Contudo, o sono dela não teve muito tempo, pois sentiu uma movimentação no quarto. Após aquelas ultimas semanas, Pandora passou a ter um sono muito leve, principalmente após o ataque que sofrera no cemitério. De súbito ela se sentou e com magia lançou quem quer que estivesse entrando no quarto para longe e o prendendo na parede. Ao notar que seu alvo era Elijah, Pandora arfou surpresa e culpada, liberando o marido de seu feitiço imediatamente, se desculpando incessantemente enquanto ele se aproximava dela.

— Está tudo bem, Pan. – disse Elijah, compreensivo. – Fico até feliz em saber que mesmo dormindo você está atenta. É autopreservação.

— Após tudo o que passamos, será um pouco complicado relaxar, por mais que tenhamos recuperado a Rebekah. – confessou Pandora, aninhando-se para perto do marido quando este se sentou na beirada da cama e a recebeu em seus braços. – Strix, Aurora, Rebekah, as bruxas…

— Me surpreende que elas não tenham a procurado para conversar. – disse Elijah, pensativo. – Mesmo que usassem magia para descobrir a verdade, acabariam por fim descobrindo que você não foi a assassina de sua avó. Provavelmente viriam atrás de Niklaus, mas ao menos você estaria livre da culpa.

— Elas estão fora de controle e sem rumo outra vez. Se o que Marcel disse de Davina ter sido destituída do posto de Regente, então elas estão sem supervisão novamente. – comentou Pandora, fechando os olhos quando recebeu um afago em sua nuca, porem ele parecia aéreo. A híbrida conseguia perceber pelo toque descompassado do marido que Elijah nem sequer a ouvia. – Eli, o que está acontecendo?

— Não há nada. – ele respondeu, evitando o olhar da esposa.

Insatisfeita com a resposta, Pandora o empurrou na cama, sentou-se em seu colo e prendeu seus punhos ao lado do rosto, impedindo Elijah de se livrar de seu toque. O moreno olhava alarmado para a esposa, surpreso com o ataque surpresa. Não era como se estar sob o comando dela não o agradasse, em outra situação talvez aquele tratamento mais brusco o deixaria afoito, mas Elijah sabia que seria pressionado por ela, o rosnado que reverberava na garganta de Pandora o dizia isso.

— Se continuar mentindo para mim, te morderei e não deixarei que Niklaus te cure até que me diga a verdade. – ameaçou Pandora, séria.

— Quando foi que aprendeu a chantagear? – perguntou Elijah, franzindo o cenho.

— Quando me deixou torturar o Tristan. – respondeu Pandora, encolhendo os ombros e encarando Elijah nos olhos.

Elijah respirou fundo, conformado em saber que não poderia esconder aquilo de Pandora. Ficou aliviado de certo modo, pois não gostava de ter segredos para com ela e por fim contou à esposa que recebera uma ligação de Rebekah pedindo ajuda já que a marca reaparecera.

— O quê? Como isso é possível? Ela está estável? Onde a deixou? – questionou Pandora, alarmada, levantando-se do colo do marido para começar a andar de um lado para o outro em frente a cama. – Creio que eu deva ter algo no grimório da vovó ou talvez Freya tenha no dela, eu posso dar um jei-

— Respire, Pandora. – pediu Elijah, surgindo em frente à esposa, forçando-a a parar de andar e falar. – Ela não atacará ninguém, pois mesmo que tenha sido doloroso para eu fazer isso com ela, eu a pus para dormir.

— C-Como assim? – perguntou Pandora, intrigada.

— Usei uma das adagas mágicas que Niklaus costumava usar em nós. – afirmou Elijah, receoso.

— Você o quê? – perguntou Pandora, desacreditada e até mesmo decepcionada.

Pandora não esperava que Elijah fosse fazer aquilo, principalmente após julgar o irmão por tê-los apunhalado tantas vezes. O moreno já imaginava a expressão indignada da esposa, e antes que ela o repreendesse, ele se adiantou:

— Foi ideia da Rebekah, eu não queria fazer isso. – começou Elijah, se aproximando da esposa, apoiando as mãos sobre os ombros dela, escorregando suavemente até chegar nos cotovelos ela. Ele faz uma pequena pressão no antebraço dela para se mover e pudesse chegar às mãos de Pandora sem precisar se inclinar. – Gostei tanto quanto você dessa ideia, mas ela insistiu que assim ela não causaria problemas e ficaria segura até o fim da profecia.

Por mais que Pandora não tivesse gostado da solução encontrada por eles, ela apenas balançou a cabeça em concordância enquanto via Elijah segurar suas mãos e beijar seus dedos enquanto a encarava com um olhar pidão, como se pedisse perdão. Ela deu um beijo sorriso e se empinou na ponta dos pés para dar um selinho nele, recebendo mais um, e mais.

— O que fez com ela? – perguntou Pandora, começando a desfazer o nó da gravata de Elijah.

— A coloquei em um caixão e a escondi. – respondeu Elijah, mantendo suas mãos na cintura de Pandora para a ter perto, recebendo um olhar curioso da esposa. – Não vou te contar. É mais seguro para ambas que você continue na ignorância.

— ‘Tá... – concordou Pandora, derrotada. – Pensei que hoje comemoraríamos uma vitória, além do Natal, mas está mais parecendo uma derrota.

— Eu não vejo assim. – disse Elijah, enquanto deixava-a retirar sua gravata. – Você fez o seu melhor para ajudar Rebekah, não pode se culpar por não ter tido sucesso em um feitiço que você nem mesmo conhe-

— NÃO! – o grito angustiado e sôfrego de Klaus interrompe o discurso de Elijah, preocupando ambos.

Elijah corre na frente para ajudar o irmão, Pandora e Freya chegaram logo em seguida, apenas para encontrar Klaus aos prantos, agarrado ao corpo sem vida de Camille.

— Pandora… Freya... – chamou Klaus, olhando para elas quando chegaram. Seus olhos cobertos por lágrimas e súplica era algo tão atípico seu que deixava Pandora atordoada. – Tragam ela de volta... Por favor... Ressuscitem ela.

Aquele era para ser o melhor natal, mas acabou sendo um dos piores.



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