handporn.net
História The Hybrid (Elijah Mikaelson) - Captura - História escrita por Akanennie - Spirit Fanfics e Histórias
  1. Spirit Fanfics >
  2. The Hybrid (Elijah Mikaelson) >
  3. Captura

História The Hybrid (Elijah Mikaelson) - Captura


Escrita por: Akanennie

Capítulo 42 - Captura


Pandora achava o cúmulo da arrogância Klaus usar seus dons para impelir todos os policiais da cidade para acharem Aurora. Ele era a merda do híbrido original, conhecia a vampira há eras, devia se pôr a caçá-la ao invés de ficar sentado em seu trono aguardando que um vassalo compelido levasse a ruiva até ele. O que Klaus esperava? Que Aurora puramente fosse submissa ao ser afrontada por simples humanos? Pandora duvidava que isso sucederia e por causa disso se pôs em ação.

Se a magia que era sua maior congregada desde que descobriu seus dons não estava ajudando, então usaria o dom que pouco usou... seu lado lupino. 

Pandora procurou Elijah de modo a avisá-lo que sairia em sua caçada por Aurora de Martel e o achou no estúdio de Klaus, apartando uma discussão entre o irmão e a Freya. A híbrida revirou os olhos enquanto se beirava e suspirou ao se meter ao lado de Elijah.

— O que houve? – perguntou Pandora ao marido, vendo Freya e Klaus emburrados enquanto iam cada um para um lado diferente do cômodo como duas crianças malcriadas colocadas de castigo.

— Freya está frustrada por não conseguir encontrar Aurora, Niklaus está irritado porque ela e a polícia não têm sucesso nas buscas. – respondeu Elijah, claramente esgotado.

— Precisa de um resgate? – indagou ela, com humor na voz, vendo o moreno sorrir grato.

— Infelizmente não tenho um vestido de seda para essa ocasião, mas creio que minha gravata sirva por enquanto. – zombou Elijah, Pandora riu e segurou-lhe a mão mais próxima.

— Está tudo bem, princeso! Prefiro você de terno do que de vestido. – respondeu a morena, entre risos.

— Ah! Tenha dó! Vão para o quarto! Que nojo! – reclamou Klaus, sentado num canto e encarando os dois com asco.

— Cuide do seu complexo de superioridade, Niklaus, que cuido do meu relacionamento. – retrucou Elijah, sério outra vez. O híbrido rosnou para eles, voltando a desviar o olhar, enfadado.

— Não se preocupe, lobinho! Procurarei por sua ex-namorada desmiolada. – acrescentou Pandora, ganhando a atenção de Klaus e Freya. – Enquanto você banca o rei, eu vou à caça.

Elijah apenas olhou entre os irmãos e a esposa antes de sair com ela. O vampiro recolheu o celular antes de enfim sair do complexo com Pandora. Ambos seguiram a pé pelas ruas e desde então a híbrida pôs-se a farejar por aquele cheiro de lavanda e sangue que ficou marcado em sua memória desde o jantar de Ações de Graças.

Em todo o caminho, eles estiveram e locais que provavelmente a ruiva esteve recentemente. O caminho levava para fora da cidade em direção ao pântano, a conclusão lógica era de que Aurora se escondeu lá.

Pandora estava tão concentrada nas buscas que pouco deu atenção aos demais cheiros ao seu redor, por isso não viu quando LeBlanc se aproximou, impiedosa, só por estarem passando por um território majoritariamente bruxo. Ela os atacou, sem nem pensar duas vezes. Usou um feitiço de propulsão para lançar a híbrida longe e em Elijah o mesmo feitiço de sufocamento por sangue que usou em Pandora no cemitério.

O vampiro nem sequer teve tempo de reagir e logo começou a se engasgar com o próprio sangue que lhe subiu pela garganta o fez vomitar e tossir. Pandora logo reagiu, usando sua magia, e um feitiço aprendido com Freya, para fazer a bruxa adormecer.

LeBlanc, assim que foi atingida, revirou os olhos antes de cair adormecida no chão. Elijah ofegava enquanto limpava o próprio sangue da boca com o lenço que carregava sempre no bolso de seu paletó enquanto Pandora observava Angélica adormecida.

— Isso já está indo longe demais. – disse Elijah, já de fôlego recuperado e olhando para sua agressora adormecida.

— Não temos tempo para lidar com as bruxas agora. – disse Pandora, aborrecida e olhando para Elijah. – No entanto, se Angélica for encontrada assim, sem explicação do que houve, teremos mais um alfinete nos pés.

— Concordo. – ponderou Elijah. 

Ele não queria deixar Pandora sozinha na busca por Aurora, mas desta vez teria que confiar inteiramente em suas habilidades, era sua obrigação como marido, afinal de contas. Sendo assim, Elijah indicou que a híbrida continuasse com a busca enquanto ele levaria a bruxa de volta para suas iguais, explicaria o que houve e voltaria para casa em seguida para se trocar. Ficaria atento aos movimentos dela com a ajuda de Freya, mas ocultou essa informação da esposa.

— Tenha cuidado. – pediu Elijah, dando um selinho em Pandora antes de se abaixar para pegar Angélica no colo. 

A híbrida seguiu com o plano, porém sem a companhia de Elijah. Desta vez o caminho parecia dar em algum lugar, pois a morena percebia estar saindo do centro da cidade e indo para a floresta perto do pântano. 

Já passava das três da tarde quando ela encontrou uma cabana velha de madeira com apenas uma SUV preta estacionada na trilha de terra. A cada passo para mais perto o cheiro ficava mais forte, além de ouvir a movimentação agitada no interior da residência.

Quando abriu a porta de entrada, devagar para não chamar a atenção, Pandora pôde ver Aurora sentada sobre um homem grande e robusto enquanto sugava seu sangue. Talvez seja pela sua concentração em sugar o líquido ferroso que ela não percebeu a aproximação de Pandora.

Aurora a notou apenas segundos depois, quando já satisfeita, afastando-se do homem com os lábios sujos. Pandora a encarava, séria, recostada na moldura de madeira com os braços cruzados em frente ao corpo.

— Como me encontrou? – indagou Aurora, saltando para o chão e depois rasgou a manga da camisa do homem para limpar sua boca. 

— Esse seu perfume de lavanda e sangue é único, sabe?! Distinto entre qualquer odor. – comentou Pandora, sarcástica e com um sorriso irônico no rosto. – Tive que vir perguntar se é manipulação personalizada ou se compra assim de alguma loja.

— Olha só, mas que graça. – disse a vampira, áspera e com um tom humorado de voz, ainda que sua expressão dissesse seu real estado de espírito. – Ela acredita que consegue me intimidar, chega a ser adorável.

— Quem disse que vim para isso? – disse Pandora, olhando para o homem morto sobre a mesa.

Meses atrás, ela estaria enojada, com o estômago revirado em uma necessidade absurda de vomitar e sentindo pena do destino cruel do pobre inocente. No entanto, tudo o que ela passou até hoje a fez perder esta sensibilidade empática, continuava sentindo pena do infeliz desafortunado, mas seu estômago já não revirava mais.

— Duvido que tenha sido ele. – comentou Pandora, Aurora fez uma careta em desdém ao olhar para o homem atrás de si.

— Não tente atrapalhar meus planos, não funcionará. – apontou Aurora, seus olhos se voltaram vidrados para a híbrida, Pandora continuava onde estava, sequer se abalou com as promessas maldosas e silenciosas que vinham da ruiva. – Tente qualquer coisa e arranco seu coração para dar de presente ao Elijah.

— É, creio que ele prefere mesmo meu coração onde está. – comentou Pandora, desencontrando da moldura. – Mas não estou aqui para te enfrentar, sequer pretendo te impedir. 

Era uma mentira óbvia, Pandora imaginava que Aurora não acreditaria, mas ao menos teria uma atenção diferente da que recebia naquele momento. 

— Eu não sou idiota, lobinha. – afirmou Aurora, estreitando o olhar que oscilou entre o normal e o negro. 

— Está bem, se não quer saber onde está seu irmão, fique em sua busca eterna. – comentou Pandora, fingindo em dar meia volta e ir embora, mas foi interrompida por Aurora que surgiu a sua frente. A híbrida precisou travar o maxilar com força para conter o sorriso que queria se formar em seu rosto ao vê-la acreditar no que falava.

— Está querendo me enganar? – indagou Aurora, irritada e cutucando o ombro de Pandora com o indicador em vezes de mais o suficiente para incomodar a morena mais do que aquela ação normalmente já faz. – Sei exatamente onde está Tristan! Não vai me ludibriar assim tão fácil.

— Ah, sim, claro… – ponderou Pandora, revirando os olhos. – O Grande Tristan de Martel está no fundo do oceano, fazendo companhia à Rebekah e aos peixes… Porque é bem óbvio que Niklaus e Elijah pagariam na mesma moeda o que fez com a irmã...

O tom irônico de Pandora fez a ruiva franzir as sobrancelhas em confusão. A morena sentiu até pena daquela surpreendente inocência da vampira em acreditar nesse rumor falso que Klaus inventou para tentar atrair Aurora até o complexo. O fato de a ruiva ter sobrevivido tanto tempo com certeza se deve a intervenção de Tristan, pois se ela dependesse unicamente de sua própria inteligência, teria morrido por definitivo há séculos.

— Acreditou mesmo nessa mentira descabida? – indagou Pandora, erguendo uma sobrancelha, penalizada.

— Porque não? Nik sempre cumpre com sua palavra quando o assunto é tortura. – respondeu Aurora, ainda confusa, mas visivelmente mais irritada. – Ele faria tal coisa para me atingir por eu mandar a irmãzinha dele dar oi para o Nemo.

— É, ele tem mesmo esse perfil. – concordou Pandora, encolhendo os ombros. – Contudo, te garanto que Tristan não está no fundo do mar. Na verdade, ele está em um lugar bem seco.

— E quer me fazer crer de que você sabe onde ele está e me levará até ele? – perguntou Aurora, extremamente desconfiada.

— Sei exatamente onde Tristan foi escondido, querida. – disse Pandora com um meio sorriso no rosto. 

— Porque me ajudaria? – perguntou Aurora, um pouco menos desconfiada e Pandora nota uma breve rendição da vampira por sua expressão corporal.

Patético, pensou Pandora.

— Você é esposa do Elijah, uma Mikaelson. – apontou Aurora, encarando Pandora nos olhos em busca de algo que denunciasse sua mentira. A morena teve que apelar pelo lado mais sombrio de seu cérebro, seria sua última cartada.

— Por que eu só sofri desde que os conheci, perdi toda minha família e minha própria espécie me rejeita. Me cansei disso e mesmo eu sendo uma híbrida, sei que não consigo enfrentá-los sozinha. – disse Pandora, séria e encarando a vampira de volta. – Minha vida já era uma merda antes, agora só piorou... Quero me libertar… 

Não era uma mentira completa, Pandora experienciou vários sentimentos díspares desde que se juntou a Elijah, bons e ruins. Sofreu como uma condenada por perder sua avó e ver seu pai morrer, mas também conheceu o amor e amizade, carinho e fraternidade que nunca antes deles supôs que teria. Então não os trairia, eles eram mesmo sua família agora, mas Aurora não precisava saber disso. 

— Hm… Ao menos você tem essa vantagem… não tem uma ligação de sangue que pode te matar se atentar contra eles. – disse Aurora, pensativa. – Poderia simplesmente ir embora…

— Ah, e deixar Niklaus livre após ter decapitado minha avó? Com certeza. – disse Pandora, jocosa e desgostosa. Esse comentário pareceu persuadir Aurora. A vampira deu um meio sorriso maquiavélico. 

— Então o faremos pagar por seus atos vilanescos. – afirmou Aurora, confiante antes de virar as costas em direção a SUV, Pandora apenas sorriu vitoriosa e seguiu a vampira.

Durante o trajeto Pandora se escapou de todas as perguntas de Aurora a respeito da localização de Tristan. A hibrida não era burra, não daria aquela informação de graça para em seguida ser assassinada. Ela aprendera bem como lidar com pessoas manipuladoras, Klaus era sempre muito persuasivo e era imperativo ter maleabilidade para não cair em sua lábia. Não voltaria a ser enganada como já fora antes, muito menos por uma vampira metida a esperta, quando, na verdade, era a única a ser enganada ali.  

— Eles tentaram me atacar quando entrarmos. – comentou Aurora, assim que estacionou o carro alguns metros próximos da entrada do complexo.

— Sim, mas não terão o que querem. – respondeu Pandora, tirando o cinto de segurança e saiu do carro, atitude imitada por Aurora. 

A vampira continuava desconfiada, tanto que deixou que Pandora guiasse o caminho ao invés de perguntar e seguir na frente sozinha como normalmente faria. Ambas estavam a meio caminho da entrada do calabouço onde Tristan estava preso quando Niklaus aparece na galeria, descendo a escada pomposo como sempre. 

— Olha quem resolveu dar as caras. – disse Klaus, atrevido e com o nariz aprumado enquanto afrontava Aurora. Em seguida ele olhou para Pandora e sorriu malicioso. – Seu faro é mais apurado do que eu esperava, lobinha. 

— Você me subestima demais. – comentou Pandora, olhando para Aurora e indicou que a vampira passasse por ela, o que despertou a confiança de Klaus. 

Ela não tinha como o convencer de que era tudo encenação. Aurora precisava acreditar estar falado a verdade até que o momento certo de revelar suas intenções tivessem um impacto maior. Porém, com a intervenção do híbrido Pandora não teria tanto sucesso. 

— Virou a casaca?! – indagou Klaus, indignado enquanto montava guarda, rosnando baixo para a cunhada. 

Pandora apenas sorriu em zombaria e piscou para ele, na esperança de que Klaus entendesse, mas o hibrido estava tão tomado pela insegurança de sempre ser traído que não notou. Ela suspirou, revirou os olhos e antes que Klaus iniciasse seu discurso de como não deixaria ambas resgatarem Tristan, Pandora o quebrou o pescoço com magia e ele caiu desacordado no chão. 

— Passar por isso é muito desagradável – comentou Aurora, olhando para Klaus adormecido no chão e alisou suavemente o próprio pescoço. –, mas tem certa gratificação em ver alguém que feriu seus sentimentos passar por algo semelhante. 

— Imagino que seja. – comentou Pandora, não muito interessada e indicando o caminho para Aurora. – Nunca tive o desprazer de ter o pescoço quebrado e nem quero.

Pandora afastou o quadro de Niklaus que tampava a entrada do calabouço, a ruiva logo seguiu na frente, parecia confiar mais em Pandora após vê-la atacar Klaus daquele jeito. Era obvio que ele acordaria em algumas horas, mas aparentemente a ruiva se contentava com pouco, pois sua real intenção era apenas resgatar o irmão.

Diferente da vampira, Pandora não estava com qualquer pressa em ver Tristan. Ela seguiu normalmente pelo corredor por onde Aurora passou às pressas e a cada passo que dava podia ouvir uma breve discussão sobre a lealdade de Pandora entre ela e Elijah, que aparentemente ficou de guarda. Ele não acreditava no que a ruiva apontava e quando sua esposa surgiu caminhando calmamente para dentro do calabouço, Aurora sorriu vitoriosa e cruzou os braços em frente ao corpo, arqueando a sobrancelha como quem diz “Eu te disse”. A híbrida piscou para o marido assim que o viu, ele estreitou o olhar e o breve chiar teatral que Elijah soltou informou-a que ele havia captado a mensagem subliminar. 

Ela sabia que Aurora não viu sua ação, pois estava de costas para si, mas Tristan vira e tentou alertar a irmã, mesmo que estivesse muito mais fraco desde a última vez que o viu. Ele começou a gemer e tentar se soltar, mas obviamente não teve sucesso pela falta que sua língua fazia. 

— Tenha calma, meu irmão, o tiraremos daqui. – pediu Aurora, carinhosa, mas logo fora surpreendida por Pandora que lhe quebrou o pescoço com magia. 

— Não, não vamos. – disse Pandora, olhando para a ruiva caída no chão e depois olhou para Tristan. – Preparado por esse evento em família? É sempre bom ter essas experiências, não acha?

O vampiro tentava gritar e se debatia na cadeira até que também teve o pescoço quebrado. Ela suspirou e girou um pouco o pescoço para aliviar a tensão acumulada ali.

— Você é mesmo surpreendente. – apontou Elijah, analisando a esposa atentamente.

— Só fiz o que seu irmão já deveria ter feito há muito tempo, mas a arrogância e o orgulho não deixavam. – comentou Pandora, após um grunhido e um suspiro pelo que fez. 

Elijah se aproximou e a abraçou pela cintura, dando-a um beijo na têmpora ao qual fizera Pandora relaxar em seus braços, porem sentiu falta do ronronar que ela sempre soltava com esse contato e não teve. 

— Você está bem? – perguntou ele, apesar de já saber a resposta. 

— Poderia estar melhor. – confessou Pandora, com o tom de voz sério, talvez um pouco tristonho. 

— Logo tudo melhorará. – comentou Elijah, dando mais um beijo em Pandora, desta vez em seu ombro e antes de soltá-la. – Estique as pernas um pouco para descansar, eu vou prendê-la antes que acorde. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...