Justin Bieber Point Of View
Uma semana havia passado desde o dia que Violet pediu ao pai para fazer o baile. Eu e os meninos tivemos que nos virar em dez, já que Violet teve a brilhante ideia de organizarmos nos cinco sua festa de aniversário. Pegar coisas não sei na onde, dar opiniões sobre não sei o que, ir com ela provar não sei o que.
Só não estava no geral sendo uma merda porque a companhia dela animava a todos, mas eu definitivamente não nasci para essa viadagem.
E nos nem podíamos negar ajuda, já que além da ideia ter sido nossa, supostamente na vista deles, nós não fazíamos nada no castelo.
Eu e Ryan conseguimos entrar em contato com nossos seguranças, através do celular que funcionava por satélite e com Tyler, um dos nossos poucos capangas de segurança. Passamos toda a situação e requisitamos a presença de dez homens, explicamos a localização, o local, e os nomes falsos que íamos colocar na lista de convidados, e que eles tinham que vir de mascaras e traje de acordo.
Ordenamos que ele segurasse as pontas o máximo que conseguisse com Franklin.
E por hora eles estavam conseguindo.
Caminhei pelos corredores sem pressa enquanto estranhava o local estar tão calmo. Ouvi algumas risadas femininas, franzi as sobrancelhas.
Talvez eu pudesse no final das contas pegar alguma criada, já não estava aguentando tanto tempo sem transar com ninguém.
Virei a esquina e segui as vozes. Parei ates de passar por uma porta que estava encostada, de onde as vozes vinham.
– Eu acho ele lindo! Definitivamente o mais bonito dos quatro. – Sorri de lado já sabendo que elas falavam de mim.
Espiei dentro do quarto e quase soltei um puta que pariu.
Não dava para ver exatamente o que Violet olhava, acredito que fossem vestidos, já que ela estava vestida com um conjunto de lingerie branca rendada e com uma cinta liga da mesma cor.
Caralho, ela era muito gostosa. Tudo nela era fodidamente perfeito.
– O rei nos disse que você tem pensado em fazer o baile de mascaras em preto e branco.
– Sim, é verdade, ele quer porque quer que eu seja a única cor diante de tudo e todos... – Ela respirou bem fundo. – Esse é perfeito.
– Hey Justin, o que você está fazendo aí? – Pulei de susto e acabei empurrando a porta com força. As criadas gritaram e correram para cobrir Violet com um roupão, enquanto a mesma me olhava por cima do ombro de forma ameaçadora.
Eu vou matar Charles.
– Eu... Eu... – Gaguejei e senti Chaz parar atrás de mim tentando entender toda a situação.
– Você! – Ela fechou o cordão do roupão dando um no e caminhou na minha direção com os cabelos completamente soltos.
Ela estava linda daquele jeito.
Eu definitivamente preciso transar para parar com essas merdas de pensamentos.
– Me espere do lado de fora, vamos ter uma conversa muita seria sobre bisbilhotar! – Ela empurrou meu peito e o de Chaz ate fora do cômodo, que parecia ser um enorme estúdio de beleza.
– Você não manda em mim, porra. – Falei tirando sem força a mão dela do meu peito.
– Imagine só como o rei ia ficar feliz em saber que você estava espiando a filha dele se trocar. – Travei o maxilar sabendo que eu não podia ser impulsivo e mandar todo mundo se fuder tão perto do plano.
Ela bateu a porta e grunhi segurando o impulso de pegar a arma e atirar nessa princesinha.
– Cara, você está afim dela? – Chaz franziu as sobrancelhas, o olhei rapidamente pela pergunta nada haver.
– Fumou porra?
– Cara, você está! – Ele arregalou os olhos.
– Não viaja, Charles.
– Por qual outro motivo você não teria ligado o foda-se para ela e tudo? Você segue o plano Justin, mas você sabe que não precisamos do dinheiro, só ia nos deixar mais ricos que sempre estivemos, mas você iria preferir não ter o dinheiro do que obedecer a ordem de uma mulher. – Ele sussurrou como se tivesse descobrido algo supernovo e interessante.
Revirei os olhos e cruzei os braços.
– Eu não estou obedecendo nenhuma mulher, Chaz.
– Você ainda está aqui do lado de fora esperando ela, não está? – Ele deu de ombros. – Cuidado Bieber, eu também gosto dela, como amiga, mas por enquanto o plano vem primeiro. – Ele sorriu de lado e se afastou.
Chaz sempre viaja em umas teorias loucas.
Bufei e me virei para ir embora. Ouvi a porta abrir e me virei de novo, vendo Violet vestida com um vestido rosa bebe que apertava ela nos locais exatos, e uma coroa pequena no alto da sua cabeça, com os cabelos soltos.
Ela estava bonita pra porra.
Com aquela cara que ia me comer vivo no mal sentido ficava mais sexy ainda.
– Você poderia me acompanhar em algumas coisas que eu tenho que resolver? – Ela soltou, me fazendo franzir as sobrancelhas, já que esperava uns dez gritos dela.
– Não sei não... Não to afim de ficar ouvindo você reclam... – Ela revirou os olhos e me puxou pelo braço.
– Você é muito curioso! Quem te deu o direito de me espiar? – Ela perguntou irritada enquanto ainda me puxava. Desvencilhei meu braço e a acompanhei.
– Eu nem sabia que a voz era sua antes, só queria ver se era alguma reunião de criadas que eu poderia participar. – Sorri malicioso e ela me olhou traquina.
– Sempre achei que você puxava para um lado feminino, se quiser posso emprestar uns vestidos meus. – Ela riu fraco e ri debochado.
– Acho que já dei uma amostra do quão feminino eu sou, princesa.
– Você se acha. – Olhei em volta começando a reparar algo suspeito desde que saímos do cômodo onde Violet estava se trocando.
Os corredores estavam vazios, mas vazios no sentido de que não tinham nenhum guarda.
Eu nunca havia visto assim.
Dei um passo me aproximando mais das costas de Violet e olhei em volta, com meus sentidos aguçados.
Eu já havia sentido essa sensação diversas vezes.
De quando estávamos para ser atacados.
– O que foi, Justin? – Ela me olhou preocupada quando viu que eu não havia a respondido, e olhava tudo em volta.
– Fica perto de mim... – Ela viu que eu não brincava nem um pouco e se aproximou, começando a andar mais devagar.
Ouvi passos leves, no corredor que Violet pretendia virar. Segurei seu braço e abri a porta mais próxima, a puxando pra dentro e fechando sem fazer barulho.
Fiz sinal de silencio vendo que havíamos entrado em um armário de casacos.
– Encontrem a princesa, o Chefe quer ela viva. Já o rei, procurem ele e capturem, vivo ou morto. – Violet me olhou com os olhos arregalados e vi o medo passar pelo seu rosto quando falaram do seu pai. Ouvi os passos se distanciando.
– Rebeldes! Justin eu não posso deixar que eles machuquem meu pai! – Ela sussurrou com a voz embargada.
A cara, onde eu fui me meter.
– Violet, eu não posso deixar que eles machuquem você.
Ela se virou para os diversos casacos e começou a procurar algo nos bolsos dos mesmos.
– Merda, não temos nenhuma arma aqui! Precisamos chegar no quarto de armas! – Ela se virou para mim decidida. Respirei fundo e peguei minha arma, no cós de trás da calça. Violet me olhou estranho.
– Por que você anda armado no castelo? – Ela me olhou desconfiada. Revirei os olhos tentando desconversar.
– Vamos. – Claro que eu não ia deixar que ela fosse atrás dos rebeldes com uma arma, mas precisávamos sair dali que era tão desprotegido e ir para um local seguro.
Precisava era encontrar os meninos.
Abri a porta levemente e coloquei a cabeça para fora, não vendo ninguém. Sai do armário e peguei na mão de Violet, a mantendo atrás de mim e com a arma direcionada para minha frente.
Eu não podia deixar nada acontecer a essa garota, se não todos os esforços para o plano dar certo teriam sido em vão.
Caminhei apressado já sabendo para onde deveria levar ela.
A dispensa da cozinha.
Dobramos um corredor e reconheci que a cozinha deveria estar a mais alguns metros. Ouvi gritos de súbito acompanhados de tiros na cozinha.
– TODO MUNDO PRO CHÃO! – Parei de andar sabendo que os rebeldes haviam entrado ali.
– Ah, mas eles não vão machucar ninguém! Não comigo aqui! – Violet se soltou de mim apressada e pegou a arma da minha mão, já que eu estava distraído, e saiu correndo a frente.
– Violet, porra! – Ela correu ate a cozinha e destravou a arma. Corri atrás dela e parei quando vi que dois rebeldes apontavam as armas para ela, enquanto ela apontava para o peito do mais alto.
– Olha só quem veio passear. – O mais alto sorriu debochado. Violet não deu tempo de conversa e acertou com tudo do lado direito do seu peito, oposto ao coração.
Ela não atirava para matar.
Ele gritou. Todos gritaram. Vi o outro rebelde por reflexo apertar o gatilho em direção a Violet, a empurrei junto com meu corpo e caímos no chão.
– Caralho! – Olhei pro meu braço e vi que o tiro passou de raspão, mas foi profundo. Peguei a arma da mão de Violet e olhei por cima do balcão, acertando com tudo a cabeça do outro rebelde.
– Todos vocês, vão para dentro da dispensa agora! – Violet gritou do chão. O chefe da cozinha digitou o código e todos os funcionários começaram a entrar. – Só saiam quando eu vir abrir. – Ela fechou a porta e caminhou na minha direção, me ajudando a levantar.
– Justin! Você está ferido! – Ela arregalou os olhos e pressionou meu machucado, que pingava.
– Não brinca, porra, jura? – Grunhi quando ela apertou. Ela rasgou a barra do vestido e amarrou no meu braço. Fiquei olhando-a apertar e senti ela olhar pro meu rosto. Olhei para ela e franzi as sobrancelhas.
– Obrigada, você salvou a minha vida. –Ela me olhou intenso demais. Assenti desconfortável e desviei o olhar.
– Não podemos dar bobeira, vamos. Você tem que entrar na dispensa. – Apontei a cabeça em direção a porta e ela negou seriamente.
– Não sem meu pai, Justin. Muito menos sem os meninos.
– Você se arriscaria por eles? Você conhece eles a duas semanas, Violet.
– Eu me arriscaria por cada um de vocês. – Ela me olhou daquela forma de novo e desviei o olhar. Bufei.
– Se eu for morto por sua causa eu volto para te matar, porra.
Ela se abaixou e pegou a arma de um dos rebeldes, pegando o cartucho de recarga também.
Violet tirou a coroa do cabelo e colocou sobre a pia, fazendo um enorme coque com seus cabelos, para que eles não atrapalhassem ela.
Ela assentiu e caminhamos um próximo ao outro com cuidado, em direção ao meu quarto e o dos meninos, que era o mais próximo.
Viramos um corredor e levantamos as armas ao mesmo tempo quando nos batemos com os meninos. Violet suspirou aliviada e abraçou eles.
– Graças a Deus vocês estão bem.
– Acredite que os únicos que não vão ficar bem são os filhos das putas que estão fazendo toda essa confusão. – Ryan falou irritado. Os meninos assentiram.
– Precisamos encontrar meu pai.
– Onde estão a porra dos incompetentes dos guardas? – Perguntei sentindo meu sangue ferver.
– Vimos alguns mortos no caminho. – Chris falou, fazendo Violet travar o maxilar.
– Eu vou matar todos eles. – Violet ficou vermelha e a segurei pela cintura quando ela começou a caminhar sem destino.
– Garota, foca em uma coisa. – Ela grunhiu. – Onde você acha que seu pai deve estar?
– A guarda pessoal dele deve tê-lo escondido na sala do trono secreta, é para emergências.
– Por que ele não estaria nos corredores procurando por você? –Chaz perguntou quando começamos a acompanha-la em direção a esse tal lugar.
– Ele estaria pondo a vida dele em risco, e nesse reino, a vida que mais importa é a dele. – Violet respondeu de modo automático. Senti meu sangue ferver e a puxei pelos ombros.
– E você quer arriscar a sua vida pela dele, porra? – A balancei irritado. –Ele não mexe a bunda para procurar pela filha e você quer fazer isso? Eu me recuso a ver você fazendo papel de trouxa, Violet. – Coloquei a arma no cos e tomei a arma dela a pegando desprevenida.
– Perdeu o juízo? Quem você pensa que é para me dizer o que fazer? – Ela foi para cima de mim tentando pegar a arma novamente.
– Violet, para agora!
– Não! VOCÊ NÃO VAI ME IMPEDIR DE SALVAR MEU PAI!
– ELE QUE DEVIA ESTÁ TE SALVANDO PORRA! Que vontade eu tenho de deixar você ser morta tentando ajudar aquele...
– Ele é meu pai!
– Pessoal, agora não é a melhor hora para vocês brigarem... –Ryan tentou intervir.
– Você não vai porra!
– Você não está em posição de mandar em nada aqui, Bieber. Eu vou com arma ou sem arma. – Ela se virou para ir embora na direção que seguia. Grunhi sentindo meu sangue ferver a virei para mim, apertei no ponto específico do seu pescoço por alguns segundos com ela se debatendo e ela caiu inconsciente nos meus braços.
– Vamos logo, porque ela não vai demorar para acordar.
Vi Chaz me olhar estranho, porém ignorei.
Eu e os meninos começamos a caminhar em direção ao nosso quarto, enquanto os meninos davam cobertura para mim e Violet, que estávamos desarmados. A carreguei no colo e entramos no quarto, trancando a porta.
– Ok, eu vou tranca-la no quarto e vamos sair pelos tuneis. Preciso que peguem todas as armas reservas que tivermos aqui. Vamos matar esses porras e acabar com isso.
Antes de colocar Violet sobre a cama ouvi o barulho da maçaneta sendo girada com brutalidade.
– Ei! Esse cômodo está trancado! O Rei ou a princesa devem estar aqui! Chamem todos! – Puta que pariu as coisas não estavam a nosso favor. Abri o túnel e apoiei Violet na parede, fechando a porta logo em seguida.
Peguei minha arma e fiz sinal para os meninos se espalharem e se esconderem.
Apoiei minhas costas na parede ao lado da porta, de modo que quando a abrissem não me vissem.
Assim que todos os meninos assumiram suas posições dois tiros acertaram a maçaneta, fazendo a portar se abrir.
Vi cerca de dez rebeldes entrarem no quarto e começarem a se espalhar rapidamente. Atirei na cabeça de três antes que eles se virassem, Chaz saiu do banheiro e acertou certeiro no peito de dois.
Quando os outros perceberam o que estava acontecendo se viraram para nós tentando reagir, porem Ryan e Chris foram mais rápidos, atirando pelas costas dos outros cinco, que se distraíram comigo e Chaz. Assenti para os meninos pelo bom trabalho.
Fiz sinal para que Ryan verificasse o corredor caso tivessem outros. Que eu acreditava que não tinha.
Andei apressada em direção a porta do túnel e a abri. Observei Violet se balançar para frente e para trás com as mãos no ouvido e com os olhos fechados, enquanto chorava desesperada e ficava repetindo “de novo não”.
Me abaixei na sua frente e toquei no seu ombro.
– Hey... – Ela abriu os olhos assustada e quando me reconheceu jogou os braços ao redor do meu pescoço, enquanto chorava forte. Levantei meus braços assustado.
Olhei por cima do ombro dela os meninos aparecerem na porta e nos olharem confusos por eu estar abraçando alguém e preocupados por ela estar chorando tanto. Fiz um sinal de não com a cabeça e eles saíram sem fazer barulho.
A abracei de volta tentando acalma-la.
– Já acabou, Violet. Todos estão bem.
– Eles a mataram, Justin. – Ela fungou no meu pescoço fazendo eu me arrepiar inconscientemente. – Foi assim que eles a mataram. – Ela afastou o rosto do meu pescoço e me olhou com os olhos marejados enquanto ainda tinha os braços ao redor do meu pescoço. Parecia que o mar dentro dos olhos delas estavam derretendo.
Lembrei da historia que ela contou em como a mãe dela havia a escondido ali no mesmo local enquanto era morta para salva-la.
Tirei minha mão da sua cintura e alisei seu rosto.
– Ninguém mais vai morrer pelas mãos deles, nós não vamos deixar. Eu não vou deixar. – Ela assentiu fraco e me abraçou apertado novamente.
– Obrigada, Justin. Você realmente tem um coração tão bom quanto eu disse que você tinha naquela montanha.
Tentei segurar o peso absurdo da minha consciência e desfiz o abraço. Segurei seu rosto e depositei um beijo demorado na sua testa. Ela sorriu sem mostrar os dentes e limpou as lagrimas.
Me levantei e a ajudei a levantar. Saímos do túnel e fechei a porta, mantendo o braço em volta da cintura de Violet.
E foi ali, quando ela sorriu com os olhos inchados pros meninos e correu para abraça-los como se fossem sua própria família que eu soube que estava gostando daquela garota.
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