Ban:On
Quem quer que fosse o desgraçado, o mesmo começou a me sufocar, me puxando para trás. Com o meu corpo, empurrei o mesmo contra a parede e então, pude ouvir o Meliodas, ainda do lado de fora do edifício.
Meliodas: Oh, merda – Adentrei pela janela e então, olhando a cena, peguei na minha faca e ataquei o desconhecido.
Pude ver Meliodas atacar o desgraçado, porém, o mesmo com um dos seus braços livres empurrou-o, fazendo com que o Meliodas atingisse só o seu braço.
Ele parou com o meu sufoco e então, olhando para o Meliodas, pude o ver deitado no chão. E então, pude ouvir o homem atrás de mim.
???: Mas que merda?
Nesse instante, agarrei-o pelo cabelo com um dos meus braços, enquanto o outro segurava o braço que estava em volta do meu pescoço.
Ban: Filho da...
Empurrei a cabeça dele que bateu na parede e então, levantei os eu corpo, atirando o mesmo para o chão, deitado diante de mim. E no mesmo instante, me agachei e comecei a socá-lo em cada parte do corpo.
Distribuía socos desde as suas costelas, até ao seu rosto. E me meio ao ataque, pude ouvir Meliodas atrás de mim.
Meliodas: Ban!
Continuei com os socos, ouvindo agora o desgraçado abaixo de mim, se encolhendo e se protegendo com os braços me pedindo para parar.
???: Espera. Espera!
Meliodas: Ban, para! - Me levantei, com a faca ainda na mão, olhando para a arma apontada para nós. Ban foi parando com os socos e quando me olhou, apontei para o nosso problema – Olha.
Olhando para onde ele apontou, pude ver um outro miúdo, segurando numa arma coma s duas mãos, apontando-a para nós. Meliodas levantou ambas as mãos e eu levantei uma, apontando para ele. Foi então que o ouvi.
???: Deixa-o em paz.
Ban: Calma rapaz – Me levantei e me afastei do corpo, me aproximando do Meliodas – Tem calma contigo – Baixei o meu braço e então, pude ouvir o homem que estava deitado.
???: Está tudo bem – Afirmo, esticando o meu braço, fazendo um gesto para que ele parasse. Olhei para os dois indivíduos e então de novo para ele – Eles não são dos maus. Baixa a arma.
O miúdo, após uns segundos de afirmação, baixou a arma. Já o homem que se encontra no chão, se levantou, reclamando um pouco de dor.
???: Meu, dás com força - Tossi um pouco e então, pude ouvi-lo atrás de mim.
Ban: Bem, eu estava a tentar matar-te – Afirmei, vendo o mesmo se levantar e nos encarar com uma expressão mais relaxada.
???: Ya, eu pensei que também eras um deles –Olhei para o miúdo e apontei para ele – Depois vi o miúdo - Ele o encarou e então prossegui – Se ainda não reparaste, eles não ficam com crianças - Levantei ambos os braços, em seguida baixando-os - Sobrevivência dos mais fortes – Olhei para o miúdo, vendo o mesmo guardar a faca e então me virei para o meu irmão. E no mesmo instante, pude sentir a dor no meu braço, devido ao corte da faca.
???: Estás a sangrar – Aproximei-me dele, vendo o seu braço cheio de sangue.
???: Ah, não é nada – Fiz um gesto com a mão para que ele se aproximasse e então, quando ele o fez, peguei a arma da sua mão e guardei-a na minha cintura.
Eu e o Meliodas encarávamos ambos com algumas dúvidas. Porém, também tenho as minhas incertezas sobre eles. Meu limite de confiança é bem baixo.
Um deles é alto e aparenta ter uns trinta anos. Já o outro é mais baixo, perto de ter a idade do Meliodas. Ambos têm o cabelo ruivo, num tom alaranjado e a cor dos olhos são bem distintas. Os dos mais velho, azuis e o dos mais novo, roxos.
Olhando para o que aparenta ser o mais velho, o mesmo foi na mochila do mais novo e então abriu-a. Foi aí que voltei a ouvi-lo.
???: Sou o Escanor. E ele é o Arthur - Faço as apresentações, indo na mochila, procurar um pouco de faixa para o meu braço - Acho que percebi que te chamas Ban? - Peguei na faixa e fechei a mochila.
Meliodas: Meliodas – Falo sorrindo, me apresentando, colocando a mão no meu peito e depois tirando.
Ban: Quantos são no vosso grupo?
Arthur: Estão todos mortos.
Escanor: Ei – Chamo a atenção do mesmo, enfaixando o meu braço - Não temos a certeza – Continuei enfaixando o meu braço e então encarei-os – Eramos muitos no grupo. Alguém teve a brilhante ideia de entrarmos na cidade – Dei um fecho na ligadura, fazendo a mesma ficar segura – Para procurar, provisões. Aqueles cabrões... - Balancei o braço para testar, em seguida, terminando a explicação - armaram-nos uma emboscada. Separaram-nos. Agora só queremos sair deste lugar de merda.
Meliodas: Podemos ajudar-nos uns aos outros – Afirmo me aproximando deles e então, pude ouvir o Ban.
Ban: Meliodas – Coloquei o meu braço na frente dele, impedindo-o de avançar.
Meliodas: Somos mais fortes se formos mais – Afirmo olhando para ele e vendo mesmo me encarar com os seus olhos vermelhos.
Olhei para ele, vendo uma expressão de suplico para que eu aceitasse a ideia. Foi então que ouvimos de novo o Escanor e com isso, nossos olhares e voltaram para ele.
Escanor: Ele tem razão - Me aproximei um pouco deles – Podemo-nos ajudar – Olhei para ambos e então, falei o que tinha preso na garganta – Temos um esconderijo não muito longe daqui. É mais seguro falarmos lá.
Olhei para ambos e acho que não tenho lá grande escolha em aceitar. Encarei o Meliodas e então, olhando e novo para eles assenti com um movimento de cabeça, em seguida me pronunciando.
Ban: Ok. Levem-nos lá.
Escanor, caminhou até à porta e antes de prosseguir, se virou para nós.
Escanor: Sigam-me.
Aproximei-me dele, passando pela porta e, olhando acima do ombro para trás, pude ver e ouvir a conversa entre os miúdos.
Arthur: Desculpa lá aquela cena da arma.
Meliodas: Não te preocupes, provavelmente fazia o mesmo – Sorri, seguindo tanto o Ban como o Escanor, continuando a nossa conversa – De onde és?
Arthur: De longe, de Hartford.
Meliodas: A sério? Soube que aconteceram coisas más por lá.
Adentrando um corredor, Escanor abriu uma das portas e então passamos pela mesma, adentrando agora o corredor do piso onde nos encontramos.
Escanor: Ya, os militares abandonaram a zona. Foi por isso que saímos. Agora deve estar igual a este sítio.
Virando à direta, seguimos sempre em frente. Aproximando-nos de umas escadas, pude ouvir de novo o Escanor.
Escanor: Temos de ter cuidado. Estamos ao lado de uma área de vigilância.
Chegando ao fim do corredor, viramos à esquerda, nos deparando com as escadas. E então, pude ouvir algo que me deu alguns calafrios.
Escanor: És só tu e o teu filho.
Meliodas: Não somos parentes, somos mais... - Afirmo meio sem graça. E então, pude ouvir o Ban cortar a minha explicação.
Ban: Prometi a alguém que tomava conta dele.
Escanor: Ya, percebo bem isso.
Descendo os degraus, chegamos no piso abaixo. Ambos os ruivos continuaram a descer, porém, decidi ver o que tinha numa porta à nossa frente.
Aproximei-me da mesma e então, agarrando no puxador, tentei abri-la, mas ao que aprece a mesma esse encontra trancada. Sem perder muito tempo peguei numa das facas e quebrei a fechadura, dando assim a abertura da porta.
Meliodas e eu, adentramos o apartamento, procurando por alguma coisa útil. Em cada divisão, encontramos munições ou até algumas ferramentas.
E então, passei por uma porta que era o quarto de alguém. Olhando em volta, pude ver vários cartazes e posters. Aproximei-me da cadeira e pude ver mais uma das revistas de banda desenhada que o Meliodas mencionou.
Ban: Meliodas! Acho que encontrei uma das revistas de banda desenhada que andas a ler – Afirmo pegando na mesma e guardando-a na minha mochila.
Meliodas: Oh, leio isso depois.
Saí do quarto e encontrei-o na sala de estar à minha espera. Visto tudo de cima a baixo, saímos do apartamento, voltando para perto das escadas.
Encontramo-nos de novo com os irmãos que nos esperavam e então, continuamos descendo, prosseguindo caminho.
Chegando ao último andar, passamos pela porta na nossa frente que se encontra aberta. Passando pelo corredor, seguimos Escanor que adentrou uma porta à nossa esquerda. Olhando para mesma, pude ver que era uma loja de brinquedos.
Adentrando o local, pude ver Escanor perto da janela. E no mesmo instante, ouvi um som bem conhecido.
Continua...
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