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História The Lights Are Still Shining - Vamos ser mais perversos! - História escrita por tropicaiana - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Lights Are Still Shining - Vamos ser mais perversos!


Escrita por: tropicaiana

Notas do Autor


Aí gente, voltei rs
Obrigada por todos os comentários e mensagens, fizeram fotos, fizeram playlist... Aaaa, eu amo vocês ❤
Olha eu não sei como vocês imaginam o Axl, não sei se eu consigo passar bem a minha visão sobre ele e se vocês conseguem visualizar bem direitinho a forma com que eu faço, mas é importante, nesse e nos próximos capítulos vocês vão perceber, que alguns traços no jeito dele são essências p todos os acontecimentos rsrs
Acho que ele é uma grande mistura de Jack Sparrow com Damon Salvatore, John Bender e Tony Stark rsrs
Eu to vendo que vocês tão shippando um casal aí e olha... me mantenham sempre informada kkkkk
Esse capítulo precisa muito de música e eu vou deixar o link da playlist da fanfic que a Nic fez nas notas finais p vcs se deliciarem enquanto lêem.
Espero que gostem, beijos ❤

Capítulo 35 - Vamos ser mais perversos!


Fanfic / Fanfiction The Lights Are Still Shining - Vamos ser mais perversos!

Point of View: Mila

—Eles só estão se divertindo... Achei que você já estava acostumada com essa vida.

—Se divertindo? — Ela perfurou meus olhos. Izzy apenas arqueou as sobrancelhas no meio de nós duas como se tivesse de desviar dos raios. —Da para enxergar os pés das meninas de baixo da mesa! Isso se faz... No quarto! Slash e Axl são uns idiotas mesmo!

O que se podia ver de onde estávamos era apenas os rostos sorridentes de dois homens que estavam ganhando aquilo que nem mesmo precisaram pedir. Não era a coisa mais admirável à determinados olhos, não era a coisa mais confortável de se ver e por isso eu não mantinha o olhar, mas eu seguia na linha de pensamento que me dizia sobre viver o rock n' roll e aceitá-lo da forma com que se manifestava e era exatamente isso que eu estava fazendo, vendo a alguns metros na frente Axl Rose e Slash recebendo boquetes embaixo da mesa sem surtar.

—Hmm. Por mim tudo bem. — falei.

Ela bufou.

—Eu vou pegar algo para beber.

Janet saiu apressada mirando com a cabeça apenas o caminho que tinha de fazer até o bar, como se não pudesse visualizar a cena devassa e se tratando do amor que ela demonstrava sentir por Axl, então sim, melhor que não visse.

—Ela não gosta de mim, né?

—Ela vai gostar menos ainda quando descobrir que o amor dela é apaixonado por você. Hmm, e que você é por ele também.

—Quem disse que sou apaixonada por ele? — exclamei virando o corpo rapidamente de frente para Izzy. —E ele por mim? Ei! Nós nem sequer nos suportamos.

—Ah, claro! Você acha que tá falando com quem? Eu conheço vocês dois.

—Só para te informar, eu até transei com o... Am... Slash.

Ele deu um salto batendo o copo na mesa com muita força, eu podia jurar que ele iria cuspir todo o líquido que estava dentro de sua boca, mas se controlou e agora olhava perplexo para mim.

—Quer me explicar?!

—Não sei. Ele é um cara legal, tudo bem?

—Eu sei, ele é meu amigo há muitos anos. Sabe de quem mais ele é amigo? Do Axl!

—E o que eu tenho a ver com o Axl?

Ele desviou o olhar de mim e mirou algo imaginário na sua frente, passeando os olhos escuros pelas dançarinas que se esbaldavam na pequena pista de dança improvisada no bar do hotel. Suspirou, negou com a cabeça e então deu mais uma alfineta dura no meu rosto.

—Quando eu disse "Não cai no papo do Axl" eu quis dizer "Não cai no papo do Axl" e não "Transa com o amigo dele"!

—O que eu e Slash fizemos não tem coisa nenhuma a ver com isso, Izzy.

—Ah, vai me dizer que vocês estão vivendo uma história de amor agora?

—Não! De jeito nenhum! Mas eu não fiz apenas por fazer. Ele é legal, é gentil, diferente de uns e outros. Com ele a conversa flui, ele responde minhas perguntas sem me deixar embaraçada fazendo outras, ele não me provoca, ele consegue relaxar curtindo o momento e me trata bem. É natural. Sem ódio, sem rancor, sem jogos.

—Você tá se ouvindo? Você tá apontando as qualidades do Slash a partir dos defeitos do Axl.

—Que? Não!

—É, a Janet faz isso também, comigo, só que ao contrário. — Seus olhinhos murcharam de um segundo para o outro, até mesmo seus lábios se recolheram em uma expressão fechada, parecia sincero mas ainda assim muito misterioso.

—Isso te entristece? Quero dizer, como assim? O que ela faz e o que isso tem a ver com você?

—Oh, não. Eu me expressei mal. Na verdade eu... — Izzy começou a se explicar mas nesse exato momento eu comecei a levar alguns acontecimentos anteriores em consideração, os quais eu ainda não tinha parado para analisar. De repente tudo que ele disse não fez mais sentido para mim, eu sabia que era mentira.

—Aquele dia no hotel... Eu encontrei ela na escada, no seu corredor. Ela não estava com Axl, claro que não. Ela estava com você! Ó meu Deus, Jeffrey! O que diabos vocês dois têm?

—Shhhh. — Ele trouxe os dedos até os meus lábios. —Nada, nós não temos nada, infelizmente.

—Eu não acredito que você gosta dessa patricinha metida!

—Você gosta do cara que ela gosta, que também é um metido!

—Eu não gosto dele!

—Melanie, não abre a boca sobre isso, pra ninguém!

—Sobre o que? — aquela voz seca e baixa murmurou, parando em nossa frente enquanto levava uma das mãos na calça sobre o membro como se quisesse garantir que eu fosse olhar e lembrar do que ele estava fazendo minutos antes.

—A conversa é entre A e B.

—Meu Deus, quanta educação! Vamos começar de novo? — Axl abriu um sorriso iluminado e se aproximou um pouco mais estendendo a mão para mim. —Quer dançar comigo?

—Acha mesmo que eu vou me esfregar em você que nem essas mulheres?

—Não, na verdade vai começar a tocar uma balada agora e nós podemos dançar abraçadinhos. Essa é irrecusável, não acha?

O riso baixinho de Izzy me fez sorrir levemente, Axl aproveitou a brecha para me puxar e levantar da cadeira.

—Vai esperando. — esbravejei tirando suas mãos de mim.

—Oh ruindade... Tudo bem, já que me descartou, vou nessa, até mais, minha moreninha. — Axl virou as costas para sair. Era tão esperto e sagaz. Até mesmo seus gestos se mostravam ágeis, tudo com o intuito de brincar, e como era sarcástico...

—Espera. — exclamei. Ele virou em um salto como se já esperasse por isso, é claro que esperava. Arriscava e acertava na mosca, toda noite. —Onde você vai?

—Pra ganhar satisfações basta namorar comigo, você quem sabe.

Eu revirei os olhos. Ele sorriu como se aceitasse aquele segundo de trégua que o branco dos meus olhos pedia.

—Vou no bar.

—Certo. Vou com você.

Ele sorriu como se dissesse "Eu sabia" e logo estendeu-me a mão. Eu peguei rapidamente retribuindo o sorriso, queria mesmo me divertir. Em um piscar de olhos nós dois corríamos no meio de gargalhadas em direção ao bar. Ele me puxava, abrindo caminho no meio de todas aquelas pessoas e eu me deixava levar segurando com a outra mão seu blazer pelas costas.


***

—Cala essa boca, Axl! — eu exclamei mas tudo pareceu menos intimidador por causa da minha risada.

Ele apertou a minha bochecha com os dedos e sorriu próximo ao meu rosto, eu senti o forte cheiro de vodca em seus lábios e foi tão bom que eu acabei apoiando minha cabeça em seu ombro.

—Eu só falei a verdade. — ele murmurou levando o copo na boca.

Eu não conseguia parar de rir nem mesmo por um segundo para beber mais um gole da bebida e já estávamos nessa há tempos, os dois, perdidos em gargalhadas.

—Mas eu nunca fiquei com Izzy quando fazíamos isso.

—Eu acredito. — Ele sorriu. —Eu sempre quis entrar nessa brincadeira mas vocês dois nunca me convidaram.

—Você sempre estava ocupado demais com alguma vadia, Axl.

—Agora eu não estou, é um bom momento, não?

Axl piscou. Seu sorrisinho safado e de uma doçura perigosa me fez sentir mesmo vontade de topar a brincadeira. Eu suspirei tentando parar de rir, levei o copo até os lábios e bebi um gole enquanto olhava para frente, sentindo seu olhar me fitar de canto.

—E por que você quer?

—Escolher uma menina, ficar loucos e depois praticar tudo que sabemos fazer me parece um bom jeito de acabar essa noite. Não é porque não nos suportamos que não podemos formar uma grande dupla, não concorda, criança?

—Dupla para o mal? Eu disse! Você que fica me despertando essa garota levada.

—Eu não desperto nada. — murmurou ele colocando o copo na boca. —Você é assim, essa é a sua essência. Sinto te informar mas você é igualzinha a mim. Arrogante, geniosa, lunática, narcisista, ardilosa, mal-humorada, inconsequente e foda.

Eu pressionei os músculos da face como se me mostrasse ironicamente surpresa com o que ele acabava de falar, jogando uma pequena dose de sarcasmo. Por mais que um tentasse culpar o outro e quisesse, como uma forma de aliviar a pressão na consciência, se mostrar pessoas exemplares, os melhores momentos eram sempre aqueles que os dois acabavam admitindo que eram maldosos e ainda de forma dissimulada, como o que acontecia.

—E você me odeia por ser assim, me culpa. — eu falei segurando os olhos com os seus.

—Você também. Você me odeia. Mas cá pra nós, essa história nunca foi sobre dois exemplos de pessoas.

Ouvindo ele falar assim eu começava a entender o que Izzy dissera mais cedo. Com Slash era leve, adorável. A apaixonante e sexy história de um vagabundo sem modos e de uma filha de papai ingrata e fina que se davam bem e podiam contar um com o outro. Com Axl era movida por provocações. A detestável e excitante história de dois imbecis, um delinquente elegante, depravado e sagaz e da mesma filha de papai rebelde, que neste caso ainda carregava ódio, que traziam uma trajetória de jogos. Mas a questão não era qual seria a melhor. Primeiro porque uma delas se destruiria antes mesmo de acontecer e segundo porque eu nem considerava a possibilidade de tentar mudá-la de rumo, apesar de sim, sentir um enorme desejo carnal pelo ruivo.

—Por que você não vai atrás da sua loirinha, Axl? Com ela é tudo mais fácil, sem maldade.

—Oi? Eu não quero um amor, Mackenzie, não estou te propondo isso. Você está maluca? — debochou. —O que eu fiz foi te convidar para ser a minha parceira no crime.

Ele estendeu uma das mãos para mim chamando meus olhos e minha completa atenção. Só Axl tinha tamanho poder de despertar minhas travessuras, eu podia reafirmar. Em certo momento usava isso para me fazer sentir culpa e em outro usava para me fazer sentir bem. O maluco era ele!

—Vamos, criança. — insistiu, docemente. —Eu já aproveito e te ensino um pouco e além disso, eu estou muito curioso para saber quem você é agora.

Eu já estava muito corajosa. Estava feito. Coloquei minha mão sobre a sua e imediatamente dois sorrisos se estamparam em nossos rostos.

—Certo. Escolhe alguém.

Eu apontei para exatamente quem eu queria. Axl me olhou surpreso.

—Oi? Você sabe que se escolher ela o brinquedo será você.

—Por que você acha isso? Por que vocês dois tem mais malandragem?

—Sim!? — Ele falou como se fosse óbvio. —Ela é uma stripper, Mackenzie.

—E daí? Mais um ótimo motivo. Eu sou curiosa. Vamos ser mais perversos.


Point of View: Axl

Melanie e Adriana pareciam melhores amigas. A gatinha manhosa era ainda mais curiosa do que perversa, talvez isso que a fizesse ter malícia, era assim que ela aprendia a maldade, não tinha medo de se misturar com a sujeira que, tanto a Sunset Strip quanto qualquer lugar que nós estávamos, oferecia. Mackenzie dançava com Adriana e, mesmo que eu achasse completamente desnecessário considerando seu dom para fazer naturalmente, a stripper ensinava e guiava a cintura da moreninha para que rebolasse em sintonia com o blues que tocava. Altamente embriagada, chapada e com uma sensualidade e tendência para a maldade de nascença, Melanie ficava ainda mais linda quando colada na garrafa de bebida e sua franjinha dissimulada completava a cena sexy que me fazia querer beber todo o uísque. Eu trouxe Adriana para a viagem na intenção de reaproximá-la de Steven, isso era o mínimo que eu poderia fazer para me desculpar, mas aproveitar um pouquinho com ela não teria problemas, teria? O sorriso iluminado de Melanie enquanto conversava com Smith me convenceu que não. Era isso. Se alguém viesse me acusar de alguma coisa minha resposta seria que eu só queria ver as duas gatinhas alegres.

—O que vocês acham de subirmos? — perguntei.

Mackenzie se debruçou sobre meus ombros e sorriu como uma menina mimada para nós dois, isso só poderia ser um sim. Nós partimos pelo corredor a procura do elevador, a menininha veneno ia na frente, com uma atrapalhação sexy de quem estava mesmo se divertindo. Seu rosto continuava fazendo, porém com uma intensidade que eu ainda não tinha visto, a mistura entre a inocência e a maldade e por mais que eu já tivesse ouvido de Kate que Mackenzie era foda, eu ainda não tinha visto nada disso, dessa forma, com os próprios olhos e meu corpo ardia de ansiedade por chegar no quarto e ver ela agir como tanto falava. A única vez que eu tive oportunidade há mais de oito anos nós éramos dois adolescentes, ela totalmente inexperiente e eu completamente apaixonado e incapaz de colocá-la na minha linha, mas agora, tanto tempo depois, com uma Melanie nitidamente mais perversa e com minhas práticas aperfeiçoadas eu só desejava descobrir como tudo seria.

Adriana interrompeu meus pensamentos se aproximando do meu ouvido disfarçadamente.

—Nós vamos transar?

Eu sorri.

—Vamos apenas nos divertir.

—Eu estou ouvindo... — murmurou ela andando de costas com o rosto de frente para nós, esperta. —Você não gosta de brincar, Adriana? Axl e os meninos demoraram para perceber quem eu de fato sou e acho que você também ainda não entendeu. — Eu tive que sorrir, foi inevitável. Melanie falava como quem queria intimidar mas estava tão engraçada, eu adorava isso... —Tudo bem... Eu mostro no quarto, você vai adorar os joguinhos.

Ela virou-se de costas rapidamente fazendo a ponta dos cabelos voarem, dando de ombros, mostrando que estava certa no que falava e no que queria fazer. Eu sorri e quando percebi já mordia o canto da boca. Adriana sorriu comigo, surpresa mas bastante animada. A noite dava sinais de que seria incrível. Mackenzie não gostava de parecer ingênua, talvez porque realmente não era ou porque não queria ser, mas de fato isso a incomodava e era nítido, mais um ponto fraco para que eu pudesse desfrutar. É hora de jogar.

Nós entramos no quarto e eu providenciei imediatamente uma música para que embalasse o momento. A única iluminação era um pequeno raio de luz que surgia na fresta da janela e o dividia entre escuro, o lado da cama, e humildemente iluminado com a lua, o lado em que Melanie puxava a cadeira do pequeno balcão e colocava Adriana sentada. Manhosa, eu nem questionei, queria deixar que ela comandasse com Adriana no primeiro momento porque queria ver quem a burguesinha era, e aí sim, depois, a faria entrar nos meus modos.

Melanie tomou a garrafa das minhas mãos e virou em sua própria boca sem tirar os olhos brilhantes de mim, regada à bebida. Seus olhos me convidaram para sua própria brincadeira, sem medo, com malandragem suficiente para conquistar tudo o que desejava e ela parecia desejar tudo em uma mesma noite. Não importava se recebia olhares surpresos e encantados, Mackenzie mexia a cintura como cigana, como se estivesse em seu próprio mundo ou como se pretendesse nos enfeitiçar, e conseguia. Ela puxou Adriana pelo braços levando-a para perto de seu corpo, no mesmo movimento ao som da música. As duas rebolavam lentamente enquanto mergulhavam em álcool, seus corpos metade iluminados e metade impossíveis de enxergar pareciam fazer mágica. Melanie estava fazendo sua festinha particular na minha suíte.

—Vai ficar só olhando, Axl?

—Pelo que conheço você não é só de olhar. — Adriana sorriu fazendo a moreninha sorrir também, como duas amiguinhas com o objetivo de desconcertar.

Melanie virou-se de costas, me prendi em sua bunda inteiramente visível sob a luz fazendo movimentos sinuosos enquanto sua mão mexia na franja. Adriana se aproximou de mim tirando meu blazer de forma sensual, como sabia muito bem fazer, seus dedos passeavam por mim, me envolvendo por trás, rebolando e descendo pelas minhas pernas. Melanie por sua vez me fitava de longe, mulher com marra de menina, charmosa, pedindo com o brilho dos olhos para que eu desse uma razão para que ela se entregasse, uma razão para ficar indecente, intimidava, se garantia, me olhando na espreita.

Eu caminhei guiado pelo corpo da Adriana e com o olhar fixo na menininha problema. Quando enfim pude parar de frente para seu rosto e tentar descobrir naquele universo o que ela pretendia, recebi a ardência de seus olhos que nem piscavam como se fossem me hipnotizar, eu retribui, eu também trazia perigo no olhar e ela teria de perceber. Mackenzie simplesmente começou a rir, sua risada doce e baixinha ecoou pelo quarto, fugindo lentamente do meu alcance. Foi quando ela puxou Adriana pelos braços colocando-a na cadeira.

—Vamos jogar!

—Jogar? — ela gargalhou. —Mostra seus brinquedinhos para ela, Axl.

Melanie me fitou rapidamente.

—Todos falam tanto disso... Eu quero ver.

Esse não era meu objetivo, eu queria mostrar quando ela finalmente se entregasse para mim e isso não estava com cara de acontecer essa noite. Por mais curiosa e travessa que fosse, Mackenzie não era o tipo de garota que gostava de ser controlada e tudo teria que ser trabalhado muito bem. Mas seus olhos não saiam de cima de mim, os grandes olhos embriagados pedindo por doce, eu ia dar pelo menos um pouquinho.

—Certo.

Eu peguei em seus dedos e a levei até a frente da cama onde uma das minhas malas estava jogada, abri lentamente ansiando ver sua reação ao mesmo tempo que hesitava concluir o ato. Quais seriam seus pensamentos? Assim que a mala se abriu e o interior dela se fez visível aos nossos olhos o olhar de Melanie se arregalou e seus lábios se afastaram sutilmente, ela olhou para mim, mirou novamente a mala e então meu olhar, revezando como se tentasse entender o motivo dos objetos e o que eles significavam. Seus dedos então começaram um passeio curioso e delicado por cima dos objetos. Ela tocou as bandanas enfileiradas uma ao lado da outra, algumas que eu usava no cabelo e outras apenas guardadas porque eu sempre acabava precisando usar nas garotas. Seus olhos pesquisavam, investigavam a mala. Tocou a venda segurando entre os dedos e largou novamente levando as mãos na algema e no chicote macio de camurça. Suas bochechas avermelharam e seus olhos me fitaram rapidamente, surpresos.

—Você...

—Calma. — pedi, levando o dedo em seus lábios. —Isso você só vai entender quando eu mostrar.

Ela sorriu dissimulada.

—Então não vou entender.

Eu aproveitei que minha mão já estava em seu rosto e o envolvi trazendo com força até o meu. Melanie se retorceu lançando-me um olhar irado.

—Você gosta de me provocar e depois me aceita... É questão de tempo.

Senti uma de suas mãos empurrando meu peito para trás quando vi a outra subir com a venda entre os dedos. Mackenzie me deixou sem uma palavra e se dirigiu até a cadeira onde Adriana se enchia de uísque. Eu não pensei que ela fosse se interessar mas lá estava suas mãos delicadas e certeiras cobrindo os olhos de Smith com a venda preta enfeitada com veludo nas laterais.

—É assim? — perguntou abrindo um sorriso tão metido que me fez sorrir de canto.

Mackenzie começou a dançar, mexendo a cintura com sensualidade. Eu podia me deixar enganar mas seus olhos brilhantes e convidativos eram claramente uma tentativa de me fazer cair, ela nem disfarçava que estava provocando, o sorriso manhoso a entregava.

—Me mostra o que fazer, Sr. Rose. — Ela imitou sua irmã ao me chamar e logo sua cabeça balançou se perdendo em uma gargalhada muda sem perder a pose sexy.

Eu me aproximei virando a bebida na boca de adriana enquanto sua cabeça se escorava na encosta, lambuzando com o líquido enquanto ela mexia a língua como quem fazia uma dança. Melanie continuava rebolando sutilmente do meu lado, eu olhei em seu rosto de forma constante, meus dedos envolveram sua cintura a ajudando a rebolar, seus olhinhos fechados me animavam mas sua expressão não me dava muita esperança. O rosto da menininha veneno tirava toda a minha concentração, ela sorria e cantava a música baixinho, bebendo longos goles de sua garrafa.

Encorajei-me, decidido a ir até a maior causa do meu tesão. Ela não me esperou parada no lugar mas iniciou uma volta pela cadeira. Devagar, eu também não me apressei. Passo por passos seguindo seu sarandeio, vendo sua cintura balançar, sua bochecha crescer por sorrisos bobos e minhas mãos pedindo por um toque. Ela virou de frente para mim, andando de costas, manhosa e cínica como sempre, sorrindo e esticando uma das mãos para me alcançar. Eu não hesitei, levei rapidamente a minha para pegar na sua. Foi quando em um movimento brusco, fugindo e jogando, Melanie se esquivou e acabou tropeçando na cadeira, caindo assim no colo de Smith.

—Você não tem problema com isso, tem? — perguntou Mackenzie, passando a ponta dos dedos pelo rosto da gatinha, formando um biquinho metido nos lábios.

—Problema com o que?

Quase que de imediato os lábios da patricinha tocaram os da stripper, como se naquele beijo Melanie quisesse sentir a maldade e a experiência que ela tinha. Eu não tinha dúvidas de que essa era apenas mais uma vez de muitas em que a moreninha brincava dentro de um quarto, mas por algum motivo parecia único. Não querendo deixar meu ego falar por mim mas se todas as outras vezes ela só tivesse se divertido com playboys essa com certeza seria a melhor das noites e eu começava a imaginar o que eu e Adriana poderíamos fazê-la sentir. O beijo parou quando ela quis beber um gole de vodka. Mais vontade eu sentia de ter um beijo seu.

—Essa sua amiga é doida, Axl. — exclamou Adriana tirando a venda.

Melanie gargalhou, levantou, rebolou como se não se importasse com mais nada que não ela mesma e a sua própria diversão. Isso era o mais excitante, ela não ligava e mesmo assim dava sinais do que queria e como eu queria dar tudo...

Mackenzie caminhou até a minha mala novamente, eu apenas parei para observar seus movimentos. Ela começou a pegar minhas bandanas, uma de cada vez guardando nas mãos. Seu sorriso me intrigava. Ela envolveu um dos tecidos por trás do pescoço e deixou as pontas soltas e aquilo parecia pedir desesperadamente para que eu amarrasse.

—Larga isso, no lugar.

Ela gargalhou, passou outra pelo rosto, acariciando suas próprias maçãs faciais e levando então até os lábios onde mordeu e me causou um arrepio intenso.

—Largar por quê? Me deixa brincar. — Manhosa...

Ela jogou as bandanas para cima espalhando-as por todo lugar, não se importava com o meu pedido, mais, parecia fazer propositalmente com a intenção de me contrariar. Os tecidos caíram pelo chão, pela cama, ela estava zombando.

—Me ensina a brincar assim. — Eu não podia levar a sério considerando seu semblante venéfico e sorriso metido.

Mackenzie levou novamente as mãos na mala procurando por alguma outra coisa, vasculhando, eu não podia deixar. Me aproximei puxando seus braços para que parasse os movimentos curiosos com as mãos, ela me fitou de forma ardente, piscando várias vezes como se tentasse achar a sequência de piscadela certa para me fazer cair. Ela sabia jogar e não estava medindo esforços.

—O que foi, Axl? — Cínica, olhos embriagados e lábios cheios.

Ela se atirou para trás, contra o chão, despreocupada com o possível tombo, sabia que eu a seguraria trazendo-a para mais perto de mim e era isso que queria, certamente. Eu o fiz. A moreninha sorriu com a cabeça para trás, corpo pendurado e esticado sobre meus braços, pescoço inteiramente visível e uma manha absurda.

—Você quer me provocar... Mas, criança, esse jogo é difícil, você vai se perder.

—Jogo? Provocar? Jamais... — Ela riu, quente. Eu teria ódio se não tivesse tesão. —Você que quer brincar comigo, quer usar tudo isso comigo, não quer? Eu sei que você quer.

Eu fiz um carinho em seu rosto passando os dedos pelos fios de cabelo e pela bochecha rosada, foi tão forte que seus lábios umedeceram recebendo o carinho da própria língua. Ela fechou os olhinhos com uma sombra de sorriso ardiloso no rosto e um coração acelerado.

—Eu até podia cair na sua... — sussurrei ao seu ouvido. —Mas eu já te convidei muitas vezes e você nunca aceitou, por medo, medo de cair na minha. Então, criança, pode parar. 

Seu lábios se emburraram, o mau humor brotou em sua face e seu rosto se fechou. Eu sorri. Ela virou as costas, parou e logo virou para mim novamente.

—Senta, Axl. Na cadeira, é a sua vez. — disse ela.

Eu gargalhei.

—O que te faz pensar que eu faria isso?

—Eu to mandando.

—Quer dar ordem e nem sabe obedecer...

—Senta, Axl. Acho que você ainda não entendeu quem eu sou. Senta. Eu vou mostrar o que sei fazer.


Notas Finais


https://open.spotify.com/user/2256rbrvutnny2bbzqaioqmby/playlist/5GydsSjDuFEWERnJmIisPB?si=XELq4MzhTN-01xxv5t8sfQ

Aaaaaa parei aqui me perdoem mas vocês não perdem por esperar
Não sei se vocês curtiram esse momento 😶 por isso quero que deixem tudinho aqui nos coments.
A pergunta da vez é: gostam da melanie/mila assim? ksnsjsj


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