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História The Mental and The Joplins - Reunião (Eddie) - História escrita por melrichu - Spirit Fanfics e Histórias
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História The Mental and The Joplins - Reunião (Eddie)


Escrita por: melrichu

Capítulo 4 - Reunião (Eddie)


Dustin me guiou na estrada até uma cabana velha detonada e por um instante tive medo de tudo aquilo ser um plano para me executarem. Definitivamente seria um ótimo cativeiro se cobrissem o enorme buraco no teto e as janelas quebradas, pois ficava no meio de nada, uns 800 metros da rodovia.

Quando adentremos, a poeira era tanta que era possível vê-la pairando no ar sobre o reflexo do sol que entrava por feixes e buracos nas paredes. Parecia que uma chuva de meteoros havia caído só ali. Em uns cantos estavam alguns móveis quebrados e caídos, algumas latinhas de cerveja e até umas camisinhas usadas no chão, o que me deu ânsia. Uma hora em um motel nem estava tão caro, pelo amor de deus.

No meio do que deduzi ser uma sala, estavam Mike Wheeler, Lucas Sinclair e sua ex, a ruiva que eu não lembrava o nome e sempre recusava meus convites para o Hellfire. Ela parecia bem desconfortável ao lado de Lucas. Evitava contado visual e aproximação a todo custo, enquanto o garoto a encarava procurando qualquer migalha de atenção.

‒ Muito bem, espero que não tenha sido um alarme falso. ‒ Mike quebra o silêncio.

‒ Se Eddie estiver falando a verdade... ‒ Dustin me olhou.

‒ Por que eu mentiria sobre uma coisa dessas?

‒ Dá para agilizar? ‒ A ruiva interrompe, de braços cruzados e com o peso do copo apoiado sobre uma perna, enquanto a outra tremia incessantemente.

‒ Bem... ‒ passeio o olhar em todos presentes no local antes de começar a contar o acontecimento mais insano da minha vida. ‒ Ontem eu vi algo muito estranho acontecendo na casa da Lissa Collie, a menina nova que entrou na minha classe recentemente. Eu estava... bem... ‒ Tento achar um jeito eufemista de dizer “Subi em seu telhado para vê-la dormir” ‒ Sabe, eu tenho a observado durante uns dias, vocês devem imaginar porquê. ‒ Me pego sorrindo, as bochechas queimando.

Todos ao meu redor me olham com a maior cara de tédio.

‒ Lissa? Não achei que ela fizesse muito o seu tipo. ‒ Mike torce o nariz.

‒ Pois é, eu também não achava. Mas não se trata só disso...

‒ Vocês vieram aqui pra falar de namoradinhos? ‒ A ruiva revirou os olhos. ‒ Sinceramente, meninas, não sou boa com conselhos amorosos.

‒ Max, não é só isso. ‒ Dustin avisa antes que ela virasse as costas para ir embora.

‒ Enfim... Ela se mudou recentemente pra casa de uma senhora que mora em frente ao meu trailer. Você, Max, deve ter visto um caminhão de mudanças outro dia. Nós somos vizinhos. ‒ Ela pensa por uns instantes e depois assente. ‒ E eu só estava curioso, sabe? Passei a observa-la. E no meio de uma dessas observações, algo parecendo cipó verde agarrou meu braço e me puxou. Quando vi ela estava apontando uma arma para mim.

‒ Primeiramente, que observação foi essa pra ela querer atirar em você? ‒ Max indaga ‒ Você é algum tipo de stalker?

‒ Não! Claro que não! E isso não é o que mais importa agora, não é Dustin?

Dustin me olhou com malícia. Ele sabia exatamente que tipo de observação se tratava, mas jurou manter isso em segredo. Já bastava toda a reputação que eu já tinha por coisas que nem fazia, como adorar Satã e ser líder de um culto.

‒ Pois é. Eu chamei vocês aqui porque acho que Lissa pode ser igual a Onze.

‒ Onze? ‒ Pergunto.

‒ É uma longa história. Não sei se você está preparado para saber. Mas mesmo assim, tem que prometer manter segredo.

‒ Sim. Isso é um segredo de estado, Eddie. Podem nos matar se souberem que essa informação foi vazada. ‒ Mike alerta.

‒ Parem de suspense. É uma planta exótica trazida ilegalmente, não é?

‒ Haha, antes fosse. ‒ Max ironiza.

‒ Onze é uma garota que foi encontrada na floresta por nós fugida do Laboratório de Hawkins. Lá eles faziam testes com crianças para que elas desenvolvessem habilidades, como poderes. A On, como preferimos chamar, pode mexer qualquer coisa com a mente e achar pessoas onde quer elas estejam acessando a mente delas.

Encarei todos ao redor. Aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto.

‒ Ela se mudou para a Califórnia depois da tragédia do Shopping. ‒ Mike diz um pouco tristonho.

‒ Vocês só podem estar de sacanagem com a minha cara, seus idiotas. Vocês estão dizendo que Lissa tem superpoderes e usou a mente para mover as plantas?

‒ Eu disse que ele não estaria preparado. ‒ Dustin se volta para Mike. ‒ Mas achamos que sim. Por acaso você já reparou em alguma tatuagem no pulso dela? Nariz sangrando? Desmaios?

Me recordei do bracelete de prata que a garota usava religiosamente todos os dias.

‒ Ela usa um adorno no pulso esquerdo... ‒ Balanço minha cabeça, olhando para o chão.

‒ E o nariz? Ele costuma sangrar quando a pessoa usa os poderes. ‒ Diz a ruiva.

‒ Não, nunca reparei em nada disso, gente. ‒ Me exalto, perdendo a paciência com toda aquela viagem. ‒ Isso aqui não é um jogo de RPG. Tô falando pra vocês algo que aconteceu de fato comigo. Eu vi e não tava chapado!

Todos me olharam aflitos. Ou eles atuavam muito bem ou realmente alguma coisa do que estavam falando fazia sentido.

‒ Eddie. ‒ Dustin pousa a mão em meu ombro. ‒ Você já ouviu falar que Hawkins é amaldiçoada? ‒ Assento com a cabeça. ‒ Bom, isso é... meio que verdade. Coisas estranhas acontecem por aqui. E tudo começou com alguns testes em crianças que o laboratório realizava.

‒ E o que isso tem a ver com a cidade ser amaldiçoada? ‒ Coço minha cabeça. Não sei por que ainda continuo dando corda para essa conversa.

‒ Onze teve poder o bastante para abrir um portal para outro mundo e...

‒ Muito bem, já chega! Você me trouxe aqui à toa, Dustin. Eu deveria te expulsar do grupo.

‒ Por favor, não, mestre! ‒ Ele se ajoelha dramaticamente na minha frente. ‒ Você precisa acreditar na gente!

‒ Eu também não acreditava no começo. ‒ Max falou, se aproximando. ‒ Mas perdi meu irmão, Billy, por conta dessas coisas, monstros, que começaram a surgir na cidade depois que o portal foi aberto. Vi tudo com os meus próprios olhos.

‒ Eu não brincaria com essas coisas se fosse você, Max. ‒ Aviso. Como alguém poderia tornar a morte do próprio irmão em um conto de fadas que terminou mal?

‒ Por que eu brincaria com algo assim? ‒ Ela segura o outro braço, encarando o chão novamente.

Um clima pesado se instaurou no ambiente. Max realmente não parecia ser o tipo de gente que inventaria coisas. Mas nada daquilo fazia o menor sentido para mim.

‒ Seria bom você tentar se aproximar dela, talvez convida-la para o Hellfire. ‒ Mike sugere.

‒ Ela não parece estar muito aberta a amizades. ‒ Rio ao lembrar de todas as formas de repressão que sofri ao tentar socializar com a garota.

‒ Usa seu charme. ‒ Dustin cutuca meu braço, sorrindo.

Embora estivesse o garoto estivesse me zoando, comecei a pensar em todas as formas possíveis de cativar Lissa para que pudesse descobrir alguma coisa dela.

‒ Muito bem, acho que já deu disso aqui, não é? E Dustin, você vai voltar a pé. ‒ Saio em disparada em direção a saída, deixando o garoto aos berros para trás e algumas risadas.



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