* Narrado em Terceira Pessoa *
Em quanto às garotas ensaiavam na parte de fora do Quartel, os irmãos Mikaelsons entraram no escritório, Rebekah e Freya, sentaram em um sofá que havia ali esperando um deles explicar o que estava acontecendo.
— Você acha que são elas? — Klaus perguntou ao irmão olhando duas correntinhas que se completavam.
— Eu tenho certeza irmão... Elas são as irmãs bruxas da visão da Davina, onde nossa querida mãe e tia passam seus poderes para as próprias — Elijah falou convicto, o irmão mais novo foi até a sacada do escritório que dava de frente para a movimentada avenida e suspirou.
— Davina pode estár errada Elijah — Ele não queria acreditar que duas garotas, que nem ao menos sabiam que eram bruxas, iria ser a salvação para a guerra que estava por vir entre as bruxas e os vampiros.
O irmão mais velho se aproximou e disse: — Klaus, Davina nunca errou em uma visão e nós temos os colares para provar, ou você vai dizer que é uma enorme coincidência a Amanda ter um colar que encaixa perfeitamente com a outra metade que temos, que, coincidentemente tem o nome da Milena? —
Klaus derrotado pelos fatos suspirou pesadamente e falou ao irmão: — Okay, você está certo, afinal, nós pesquisamos sobre elas antes de ter certeza... Mas então devemos contar a elas agora mesmo, a guerra não espera e temos que treiná-las — Ele saiu andando até a porta, mas Elijah com sua velocidade de vampiro se locomoveu velozmente ficando na frente de seu irmão e bloqueando a passagem da porta.
— Não devemos contar pra elas ainda Nicklaus, elas não sabem nem que são irmãs, que dirá de serem bruxas... Vamos contar após o baile — O irmão concluiu.
— Não existe baile lembra querido irmão? Isso foi só um jeito de trazê-las para cá! — A verdade é que não teria um baile, os irmãos haviam tramado tudo aquilo só para trazer as bruxinhas para Nova Orleans, afinal, eles precisavam ter a certeza de que o clã de bruxas da cidade não as achariam primeiro.
— Então faremos um — Elijah disse sereno voltando para dentro da sala.
Rebekah ao ouvir a palavra baile se levantou em um pulo do sofá e se colocando no meio dos dois irmãos. — Vamos ter um baile? — Ela perguntou animada.
— Não, não teremos um baile Rebekah — Klaus falou serio, Elijah o olhou serio e cruzou os braços — Não vamos fazer um baile Elijah — Ele encarou o irmão. — Seria perda de tempo — Rebekah fez aquela cara de cachorro sem dono que ninguém resiste e cruzou as mãos em forma de oração, Klaus derrotado pela sua própria irmã concluiu: — Tudo bem, teremos um baile, mas... se algo sair do controle...A culpa vai ser de vocês! — Terminou de falar e saiu dali, deixando-os.
Em quanto isso, na parte de fora do Quartel as garotas discutiam sobre as músicas e a coreografia.
— É sério Amanda, você tem que ensaiar muito mais — Milena já estava perdendo a paciência com a amiga, a morena parava de dois em dois minutos para olhar o celular. — E me da essa porcaria de celular, porque é isso que ta te tirando a concentração! — Mile arrancou o celular de sua mão e o guardou em sua bolsa, a jovem bateu o pé no chão e cruzou os braços, Amanda tinha seus 18 anos, quase 19, mas muita das vezes se comportava como uma criança de 10 anos. — Não adianta fazer birra sua criançona —
— Não sou criançona não o idiota... Quer saber de uma coisa? Eu desisto — a garota falou saindo daí rapidamente sem dar tempo para a ruiva falar algo, Mile suspirou e sentou em uma cadeira que havia ali perto, passou as mãos no rosto e as apoiou em suas pernas.
— Problemas nos bastidores? — A garota deu um pulo e colocou a mão no peito respirando ofegante, ela achava que estava sozinha ali.
— Que susto — Falou tentando se recuperar, Elijah deu um breve sorriso e se sentou ao seu lado — Eu não sei mais o que faço com ela — Milena falou frustrada. — A verdade é que sempre foi assim, Amanda nunca foi boa na dança, mas sim no canto e isso a irrita porque ela quer fazer tudo, eu admiro o esforço dela, mas ela não serve pra isso — Ela deu uma risada fazendo com que o homem ao seu lado risse também.
— Creio que ela ira conseguir, ela tem força de vontade — Elijah disse convicto.
— É mas pra isso é necessário ter mais do que força de vontade Elijah! — Mile falou e o encarou, o mesmo assentiu e olhou para baixo, como se estivesse pensando em algo.
Amanda adentrou o quarto resmungando e se jogou na cama logo em seguida suspirou.
— "Presta atenção, faz direito, para de brincar, leva a sério, faz o passo direito..." Uuuii que raiva — A menina jogou um dos travesseiros n em direção a porta fazendo com que pegasse em um certo ser que passava por ali.
— Au... — Klaus encarou o travesseiro e disse — Até onde eu sei travesseiros não voam — Ele pegou o mesmo e adentrou o quarto, a menina se levantou rapidamente e se amaldiçoou por ter jogado o travesseiro.
— Opa... Foi mal — Ela disse sem graça, ele estendeu o travesseiro em sua direção e a jovem o pegou.
— Posso saber o porquê dessa revolta toda? — O homem perguntou cruzando os braços.
— Milena vê tudo e qualquer defeito no que eu faço, nada ta bom... "Faz isso direito, faz aquilo de novo, isso aqui não ta certo..." Aaahh isso me dá uma raiva — Ela falou entre os dentes.
Klaus deu um riso e chegou mais perto da garota, ele se inclinou um pouco para ficar na altura da mesma e falou com um sorriso no rosto: — Você não serve pra dançar pirralha — Ele bagunçou os cabelos da garota e saiu dali rindo.
— Aaaahhh seu idiota — Ela gritou irritada, correu até a porta e olhou para os dois lados do grande corredor. — Só pra sua infirmação, eu não sou... Ué, onde ele foi? — Ela se perguntou em voz alta, deu de ombros e entrou no quarto de novo.
{...}
*Amanda POV *
" Eu estava em um lugar escuro, me parecia uma floresta, havia uma neblina forte que não me deixava ver ao redor do lugar.
— Amanda — Essa voz, eu conheço essa voz. — Amanda — Apareceu a figura de um homem através da neblina, seu rosto era indecifrável pois a neblina o escondia, mas aqueles olhos, cor do oceano. — Está chegando a hora minha cara — Ele disse um pouco distante de mim.
— Hora do que? — Perguntei me aproximando mas a cada passo que eu dava era um que ele recuava.
— A hora em que toda a verdade lhe será revelada e você terá que escolher um lado... Em breve nos conheceremos pessoalmente — Ele a figura do homem foi sumindo através da neblina."
Acordei assustada, é o mesmo sonho de sempre, dês dos meus cinco anos de idade, olhei para o lado e Mile dormia serenamente, que ótimo perdi o sono! Levantei-me e caminhei pé por pé pra fora da casa, me escorei na sacada do segundo andar e fiquei imaginando quem seria o homem em meu sonho.
— Olhos oceânicos — Falei pra mim mesma, coloquei a mão no peito e procurei minha correntinha, só ai me dei conta de que eu não a tinha achado. — Droga, porque eu vivo perdendo as coisas — Balbuciei para mim mesma.
Alguém balançou a correntinha que eu perdi em minha frente. — Procurando por isso princesa? — Olhe para o lado e avistei Klaus com um sorriso estampado no rosto.
— Como você achou? — Perguntei surpresa pegando a mesma de sua mão.
— Isso eu não vou te contar, o importante é que eu achei... Você estava à procura dela hoje cedo não é mesmo? — Ele se escorou na sacada cruzando os braços.
— Sim — Disse olhando para ela com um sorriso, sei que é só um bem material, mas ela é muito importante pra mim.
— Porque ela é tão importante pra você? — Ele me questionou
— Eu o tenho desde que nasci... Meus pais disseram que quando souberam o nome que iriam colocar em mim eles foram a uma joalheria e compraram essa correntinha e gravaram meu nome nela — Klaus me encarava com uma certa duvida no olhar. — O que foi? — Perguntei sem jeito.
— Nada — Ele descruzou os braços e se virou e entrou. Revirei os olhos com a sua falta de educação.
— Poxa nem um boa noite, mal educado — Balbuciei.
— Boa Noite princesa — Ele gritou de dentro da mansão fazendo com que eu levasse um pequeno susto. Sorri e decidi entrar também, fiz meu caminho até o quarto, entrando no mesmo vejo Milena se revirando na cama, rio e nego com a cabeça, como pode alguém ter um sono tão pesado? Eu não sei.
Me deitei e fechei meus olhos em busca do sono e torcendo pra que eu não tivesse aquele maldito sonho novamente.
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