História The Originals: The New Claire - 13- Just deals, a Dead Beast and ... Love again

Pov's Amalia Claire

Após aquela pequena conversa com o Henrik, fiquei em meu apartamento comendo pipoca enquanto assistia algum filme na televisão. Eu estava entediada então decidi praticar alguns feitiços novos para passar um pouco o tempo. Acordo com uma brecha de sol em meu rosto já com um leve pressentimento que hoje eu não iria me estressar mas né...nunca se sabe.

Ouço um barulho de celular e vou até a minha mesinha pegar o mesmo, li o nome dele no aparelho e reviro os olhos. Logo essas horas? Santo Deus ! Aperto o botão para atender a chamada e deixei ali em cima para eu falar enquanto troco de roupa.

Henrik— Quero mais um favor seu.

Eu— Depende, por que só liga pra mim quando precisa ? E sua família ? Também tem bruxos e aliás você é um deles. Que coincidência, não acha ?

Henrik— Sabe que ninguém pode chegar a onde chega em magia, vai me ajudar ou não?

Eu— Depende...o que eu ganho?

Henrik— O que quiser...

Eu— Quero que caçe minha irmã , preciso completar minha missão.

Henrik— Ok...preciso que traga Hayley de volta, meu irmão está em tormento.

Desligo o telefone ao ouvir o que o mesmo queria , suspiro levemente já podendo ouvir um barulho lá embaixo. Desço as escadas calmamente já vendo meu irmão sentado com um pote de sorvete em mãos, reviro os olhos pensando em ser alguém pior.

O mesmo ergueu um papel em mãos , percebi que poderia ser a descrição do feitiço que eu precisava e na hora em que fui pegar....o mesmo desviou o papel já me olhando fixamente, o que ele queria ? Cruzei os braços esperando que falasse o que queria e porque fez isso. Ele se levantou colocando o pote sobre a mesinha e andou até mim com o papel.

— O que foi?

— Por que está fazendo favores para eles ? Você sabe que não deve nada.— ele diz me olhando fixamente e cruzou os braços .

— São apenas acordos , não são favores. E o que você tem a ver com isso, irmão?

— O que eu tenho a ver ? Henrik está te usando no momento pois sabe que você ainda nutre algum tipo de sentimento por ele.— diz calmamente enquanto observava minha reação, suspiro um pouco entediada sobre sempre ser aquele mesmo assunto. Já amei ele , e daí?

— Você sabe que só me importo com você , sempre me importei com você.

— Você se importava com o Klaus, se importava com O...— ele iria pronunciar aquele nome mas não deixei, não queria ouvir.

— Não diga esse nome...

Digo quebrando um abajur ao lado do mesmo com telecinese, eu fiquei irritada ao ver que ele iria falar aquele nome. Depois de tanto tempo sem ouvir ele.

— Você mudou depois que ela foi para Alexia. Você se importava com Olívia se não... não iria a proteger. Amava o Klaus como se nada mais fosse relevante , você era uma pessoa totalmente amável.— ele continuou dizendo já tocando em meus braços com carinho, Anthony sabia como manipular até às pessoas mais difíceis de se convencer , com seu olhar.

— O que posso fazer? Acha que sou assim por que eu quero? A vida me tornou assim , Amora me tornou assim e você sabe.

Ele não falou mais nada, não tinha mais nada para dizer sobre o assunto pois sabe que eu tenho razão. Suspiro levemente tentando me manter calma e estendo a mão como se tivesse pedindo o feitiço para o mesmo, ele me deu com certo receio. Por que ele não concordava com tais atitudes "bondosas" minhas ?

Respiro fundo já saindo de casa e deixando meu irmão lá , ele iria entender o que estou fazendo. Ou pelo menos tentar entender. Não sei o que ele pensa que sou ou o que devo ser, não sou mais como antes e nem quero . Comecei a andar pela rua do bar Rosseau's, já indo em direção ao Bayou que era um pouco longinho.

Fiquei caminhando calmamente enquanto reparava algumas pessoas me encarando e sussurrando entre elas sobre mim. Sei que não sou boazinha mas não sou tão má assim , suspiro levemente já entrando na floresta após um curto período de tempo. Tudo estava calmo naquele pântano, até chegava a assustar em certos momentos mas eu não sentia medo. Não mais.

Depois de um tempinho, acabei chegando na onde as cinzas da loba estavam enterradas, além de a trazer de volta...ela voltaria como híbrida já que eu iria conseguir reverter o que a vadia da Greta fez. Desenterrei uma caixinha na onde se encontrava a árvore em homenagem a Hayley, e abri a mesma já derrubando suas cinzas no gramado.

Não seria um feitiço complexo, a natureza iria me ajudar já que seus ossos já não existiam mais. Suspiro levemente fazendo um movimento em círculos já de olhos fechados recitando o feitiço lentamente e várias vezes para que funcione . Aos poucos eu percebia a terra se mexendo , ela estava molhada já emergindo pele humana aos poucos.

Continuei recitando o feitiço de ressurreição natural podendo ver os dedos da loba aparecendo aos poucos , e logo seu rosto que estava sujo pela terra. A mesma acordou em um suspiro ao perceber que estava coberta por terra molhada de seu lugar natal, olhei a mesma que estava confusa com o que estava acontecendo porém olhou seus próprios dedos, não acreditando que seria verdade.

A mesma se levantou já começando a limpar a terra de seu corpo e de seu cabelo. Olhava para a mesma atentamente, ela parecia até mesmo uma boneca e era por isso que Elijah era tão fascinado nela. Dei algumas roupas para a mesma que havia trazido em uma bolsa que estava ao meu lado, ela as vestiu rapidamente enquanto percorria o olhar sobre todo o pantano. Não acreditando que seria verdade sobre estar de volta.

— Quem é você ?— perguntou já vestida e me encarando fixamente, um olhar de agradecimento.

— Agora não faz importância , vá para a mansão. Pediram para mim a trazer e assim fiz , seu nobre estava surtando sem sua presença então fiz uma caridade...olha que não sou nem um pouco caridosa.

A mesma me olhou mais confusa ainda sobre o que eu estava falando mas deu de ombros e saiu andando em direção a cidade, para ser mais específica, para a mansão.

Suspiro levemente olhando para os lados e guardando a página do grimório de meu irmão na bolsa, não me importando se iria amassar ou não. Logo começo a andar em direção ao meu apartamento, já cumpri minha parte do acordo.

Pov's Narradora

Após a garota cumprir sua parte do acordo, ela voltou para o seu apartamento em que seu irmão estava hospedado. Os dois estavam se acostumando a viverem juntos novamente após tanto tempo, a cidade estava calma hoje. Por enquanto. New Orleans calma não era um bom sinal, e todos sabiam disso.

Marcel andava pelas ruas tranquilamente já decidido do que iria fazer, iria matar aquela garota que ameaçava o seu reinado. Que iria roubar sua preciosa coroa, ele sentia ódio e só queria que ela pagasse por suas atrocidades contra o próprio.

Até que foi barrado por uma barreira encantada, ergueu uma sobrancelha não entendendo o que estava acontecendo e tentou sair. Uma tentativa falha de saída , até que percorreu seu olhar por todo aquele beco escuro que não havia ninguém e quando voltou a olhar para frente, viu ela ali, parada.

— O que faz aqui?— o mesmo perguntou olhando a mesma com certa raiva , seus olhos já estavam com as veias saltitando.

— Ficaria surpreso se eu dissesse que senti sua falta ?— ela rebateu sem medo, ela nunca sentiu medo de criaturas da noite.

— Considerando a vadia que é , bem difícil sentir falta de alguém .— comentou com um sorriso de lado, em um tom totalmente sarcástico.

— É , você tem razão. Não faz meu estilo sentir saudades , presumo que iria executar uma pessoa.

— Como tem tanta certeza de que iria fazer isso?— cruzou os braços enquanto olhava aquela mulher que foi a destruição de seu criador, Klaus. Ele sentia muita raiva dela , mais do que qualquer um daquela cidade por a mesma saber como o matar sem rodeios e ameaças inválidas.

— Mesmo bloqueando sua mente , eu consigo entrar até nos lugares mais complexos da sua cabeça. Ingenuidade a sua pensar que eu não iria conseguir.

Aquela mulher era fria e calculista, sabia tudo antes de tudo e sempre estava 5 passos a frente de seus inimigos. Ela era inteligente. Marcel olhava a bruxa com tanta raiva dentro de si , que já estava rugindo para a mesma. Iria a matar. Ou pelo menos tentar a matar. E ela iria amar ver ele tentando pois sabe que o próprio, não tem uma chance de sequer.

Até que a mesma abriu sua jaqueta já tirando algo de dentro, uma estaca de espinhos venenosos. A estaca que botava fim em uma besta mal criada, e ele sabia o que aquilo significava. Sua morte. A mesma sorriu ao sentir o medo dele em poucos segundos, aquilo a deixou feliz pois gostava de saber que a pessoa estava amedrontada. Alimentava ainda mais o seu ego, ela era sim, uma vadia mal amada.

— Então é isso? Vai me matar?

— Não...eu vou te fazer sofrer um pouquinho já que tenho uma fraqueza para você.— ela diz entre um sorriso maldoso, pegou algo de seu bolso da calça e assoprou no mesmo , sua pele começou a se petrificar aos poucos. Ele gritou de dor.

— O que é isso?

— Cinzas vulcânicas com verbena. Uma ótima criação para as bestas , não acha ? Eu criei o veneno...— ela dizia sorrindo enquanto via o mesmo no chão , agonizando de dor. Em poucos segundos a mesma já estava em sua frente e enfiou a estaca espinheira em seu peito. Ele deu um último suspiro de dor ao perceber que não tinha saída, ela foi mais rápida, mais sábia.

Hollow sorriu com a vitória momentânea, ela estava orgulhosa de matar um homem que poderia contribuir em sua destruição. Dificultou mais um pouco para a família original que ainda seria perturbada. Não iria parar por ali, iria aprontar mais ainda para ver até onde todos iriam chegar com seus poderes. Principalmente, a nova geração da família.

Ela ficou vendo o corpo de Marcel queimando no chão, com um sorriso sádico em seu rosto. Ela cumpriu uma de suas tarefas, agora só faltava algumas para que ela estivesse totalmente em paz. Inadu saiu andando calmamente com as mãos em seus bolsos sem preocupação alguma em quem havia visto seu homicídio. Aproveitou para pensar um pouco sobre o que iria aprontar com a cidade e se iria mesmo aprontar.

[...]

Todos estavam conversando na sala da mansão Mikaelson, Rebekah falava sobre algumas vantagens de ser mãe humana e como sua vida estava sendo um pouco pacífica. Klaus apenas observava a conversa e sentia falta de seu irmão que estava cada vez mais distante.

A porta da sala se abriu um pouco forte já avisando que alguém havia chegado, todos olharam para a entrada já esperando que fosse algum inimigo da família. Klaus se levantou juntamente de seu irmão do meio, Kol porém ficaram boquiabertos com o que viram.

Hayley estava olhando os dois fixamente com um pequeno sorriso no rosto, colocou uma mexa de cabelo atrás da orelha esperando que a chamassem para dentro. Hope se levantou lentamente vendo a figura maternal de sua mãe um tanto surpresa, seus olhos estariam lacrimejando por conta da falta que sentia da morena dos olhos verdes.

Ela correu até sua mãe já abraçando a mesma fortemente como se nunca mais fosse a soltar, como se fosse parte dela. As duas se olharam para um momento com ambos sorrisos no rosto. De felicidade. Hayley entrou na sala onde todos a olhavam, fechou os olhos por breves segundos já se sentindo novamente em casa e em paz.

— Como você voltou?— a esperança da família perguntou enquanto limpava as lágrimas dos olhos.

— Eu não sei...acordei em terra já com uma mulher com o cabelo escuro na minha frente , uma bruxa.— ela respondeu calmamente e um pouco confusa sobre quem Amalia seria , Klaus murmurou o nome de seu antigo amor já sabendo que foi ela quem fez isso. Mas por que ?

Hayley olhou todo aquele cômodo procurando por ele , ela sabia que teria de ter uma conversa pessoal com o nobre da família. Ele estava perturbado. Culpado. E ela queria tirar o peso disso das costas dele , queria o fazer se sentir melhor.

Rebekah sussurrou em seu ouvido que o mesmo estaria em seu quarto, ainda chateado com o que há já acontecido anos atrás. Ele estava com remorso por algo que ele não fez , suspirou levemente e começou a subir as escadas da casa que imaginou nunca mais pisar. Andou pelos corredores escuros da parte de cima , com o dedo escorregando pela parede até chegar na porta que almejava. Encarou aquele quarto no qual fazia um tempo que não entrava , girou a maçaneta lentamente para tentar uma surpresa.

Abriu a porta lentamente vendo seu amor sentado em frente a uma mesa , lendo uma carta que supostamente era dela. O mesmo olhou para frente reconhecendo aquela presença, aquele cheiro tão dócil que sentia tanta falta. Ela ficou ali na porta olhando Elijah como se fosse algum quadro

exposto no museu, uma obra de arte talvez. Sorriu de forma gentil já vendo que ele sabia que de certa forma era ela.

— Hayley...— murmurou ainda de costas com um sorriso no rosto, e se virou para olhar a figura que tanto amava.

— Elijah...— ela murmurou de volta enquanto olhava ele , sabia de angústia por todo esse tempo que esteve fora.

O mesmo saiu dali já indo até a morena que esperava ele , rapidamente colocou as mãos em seu rosto já acreditando que ela estava ali. Que estava viva. Aproximou seu rosto do da mesma e sem pensar duas vezes, a beijou intensamente. Hayley retribuiu seu beijo colocando as mãos em seus cabelos negros , os bagunçando. Se encostaram na parede para prosseguir tal beijo, aquele momento era surreal para os dois que imaginaram nunca mais se verem. Ou talvez , em uma outra vida.

Encerram o beijo com um curto selinho já se olhando novamente, Elijah estava feliz com a volta da sua pequena loba que não via a tanto tempo. Os dois ficaram se olhando por um bom tempo enquanto acariciavam ambas mãos , não queriam mais se soltar.

— Não acredito que seja mesmo real.— sussurrou entre seus lábios um tanto feliz porém ainda "culpado".

— Eu sou real, agora é real. Eu disse que iria cobrar uma última dança.— ela diz sorrindo enquanto olhava nos olhos negros daquele homem que pertencia todo o seu amor e afeto.