- Eu nunca tinha visto ele assim! - Diane ria feliz. - Dessa vez ele se superou!
Piper andava devagar pela ponte de acesso para a mansão dos Vause. Um passo em falso e seu belo salto agulha, à levaria para dentro do rio gelado, e além de estragar suas roupas, morreria de hipotermia
- Foi maravilhoso ! - Vovó Annie bateu palmas animada.
O quê havia sido maravilhoso Piper não fazia idéia. Sentia o corpo grudento pelo óleo que estava no corpo de Larry, e precisava urgentemente de um banho.
Queimaria as roupas que estava usando quando chegasse, com toda a certeza.
- Ah não - Diane mudou o tom de voz tão repentinamente, que Piper se voltou para ela. A falsa sogra sacudiu a cabeça triste, olhando algo que Piper não via.
A loira seguiu seu olhar, e quando percebeu, abriu e fechou a boca várias vezes antes de conseguir raciocinar.
Alex, vestia uma camisa cinza colada ao corpo, e calças de moletom, cortava o que parecia ser um tronco de madeira enorme. Ela golpeava com tanta força, que Piper tinha certeza que ela estava imaginando sua cabeça ali.
Mas ela se perdeu no rosto marcado por linhas de expressões duras, e em como aquela camiseta marcavam os seios da morena, por um momento não conseguiu desviar os olhos dos músculos sobressalentes nos braços de Alex todas as vezes que ela descia o machado. O cabelo preto era jogado no rosto, e a cada nova descida a morena balançava a cabeça fazendo com que ele saísse de seu campo de visão.
Piper teve certeza que o mundo estava em câmera lenta.
- Alex! - Diane gritou enquanto ia em direção ao gramado. - Alex querida está tudo bem!?
Alex não pareceu ouvir, e se ouviu ignorou. Continuou à golpear como se sua vida dependesse daquilo.
Piper piscou saindo do transe.
- Que isso? O que ela tá fazendo? - Gaguejou ainda olhando o corpo de Alex.
- Aconteceu alguma coisa - Vovó Annie suspirou. Tocou o braço de Piper - Vem, é melhor deixar ela sozinha.
Mas Piper estava realmente preocupada. Sempre via Alex educada, simpática e tudo aquilo que ela não era. Vê-la destruir uma tora de madeira, com o rosto fechado, apertou seu coração.
O que deveria ter acontecido de tão ruim para alguém, com o coração tão bom quanto o de Alex ficar dessa forma?
Piper ia responder mas se deixou levar para dentro com a vovó Annie.
Diane já estava à sua frente na sala. Parou em frente a tv, enquanto seu marido assistia ao noticiário e acariciava Kevin no colo. Apanhou o controle com raiva e desligou a televisão.
- Peraí, que isso? Eu tô assistindo! - O homem protestou.
Diane bufou.
- Porque a Alex está trabalhando de novo naquela porcaria de canoa?
Ah! Aquilo era uma canoa! Talvez Alex estivesse cortando a madeira para...
- Talvez ela esteja planejando uma fuga. Porquê?
Piper percebendo o sarcasmo na voz do homem se assustou. Era um assunto particular.
- Olha eu tô tão cansada que vou lá pra cima - Sorriu para a falsa sogra - Vou tomar um banho e tirar o óleo de coco do Larry do meu corpo.
- Claro - Ela concordou sorrindo aérea.
- O meu dia foi ótimo, obrigada.
A mais velha assentiu sorrindo e Piper se retirou.
Estava prestes à subir oa degraus quando sua curiosidade apitou.
O quê havia acontecido à Alex?
A morena não diria. Isso ela tinha plena certeza.
Então porque não ouvir?
Devagar, ficou atrás da parede da sala, de onde ainda podia ver o sofá.
- O que você fez? - Diane perguntou fria.
- Eu não fiz nada... Quer dizer, só tive uma conversa franca com ela sobre o futuro que à espera...
- Ah eu sei! - Diane cortou sarcástica. - É uma ótima idéia Lee! Uma ótima idéia! Porque agora ela nunca mais vai voltar para casa! Ela é minha filha! E eu só à vejo à cada três anos por sua causa! Por sua causa!
Piper arregalou os olhos. Ouviu o barulho de unhas batendo no chão e uma bola de pêlos brancas brotou do seu lado.
- Só pode ser brincadeira...
Kevin começou à latir.
- Pra mim já chega! Você vai apoiá-la no casamento com a Piper está ouvindo!?
- Shii! Cala a boca! - Sussurrou para o cachorro que latia freneticamente.
Piper sem outra alternativa, correu para as escadas, despistando Kevin. Torceu para conseguir ouvir a discussão.
Graças às forças do universo, Diane estava aborrecida o suficiente para gritar.
- Olha só, se nós não tomarmos cuidado nós vamos acabar sozinhos nessa casa enorme só você e eu sozinhos, e tudo o que nos irrita. E tomara que elas não decidam nos dar um neto que jamais vamos poder ver! Você vai consertar isso! É sério Lee, conserta isso!
Ouvir sobre bebês foi demais para Piper. Imediatamente subiu para o quarto, jurando se livrar do fazedor de bebês na primeira oportunidade que tivesse.
O som de Metallica, invadiam os fones de Alex. Estava suada, pegajosa e dolorida. Nem sentia o frio do Alasca, sua pele havia se tornado dormente, a adrenalina impulsionada pela raiva do pai ainda corria em suas veias. As mãos doíam, e tinha certeza que uma ou duas bolhas surgiriam ali , mas ao menos estava calma.
Entrou na casa, vislumbrando seus pais na sala com o canto do olho mas nem cogitou chegar perto.
Queria distância de tudo, e sobretudo de Lee.
Subiu os degraus pisando duro, se concentrando no solo de guitarra de The Day That Never Comes, entrou pela porta aberta do quarto, fechando-a com um pouco de violência. Em seguida apanhou uma toalha dentro do guarda-roupas e foi para a varanda.
Pendurou a toalha na balaustrada, e arrancou a camisa velha e suada deixando-a no chão. Fez o mesmo com as calças, sutiã e calcinha. Respirou fundo.
Um dos pontos positivos de morar em uma ilha particular era poder se despir a vontade na varanda de seu quarto sem ninguém para ver ou te encher o saco.
A música reverberava em seu cérebro cansado. Sentia o início de uma dor de cabeça provocada talvez pela exposição do frio, ou pela música alta, mas mesmo assim não desligou. Precisava daquilo, precisava de um pouco de paz.
Enquanto Alex Vause desfrutava de toda a sua glória nua, Piper Chapman desligou o chuveiro ouvindo um barulho no quarto.
- Alex?
Não obteve resposta. Franziu o cenho.
- Alex!? - Dessa vez gritou.
Silêncio.
Talvez estivesse mesmo ficando louca.
Abriu o box, ainda cantando aquela maldita música do bar. Toda vez que à ouvisse se lembraria do horror que foi ver Larry sensualizando para ela.
Estava prestes à pegar a toalha quando notou algo estranho.
Nada de toalha pendurada.
Procurou no armário do banheiro, em cima do box, cogitou até verificar a privada mas nada.
- Cadê a droga da toalha!?
Deu um tapa na testa se repreendendo pela burrice.
Em sua pressa de não ser vista pela falsa sogra, e o desespero de Kevin o perseguidor, ela havia apenas corrido para o banheiro e se trancado lá.
Esquecera a maldita toalha.
Estava sozinha certo? Certo.
Não teria problema correr até a poltrona e pegar a toalha que havia visto mais cedo.
Mas talvez tivesse deixado a porta aberta...
Por precaução, apanhou a minúscula toalha de rosto tampando suas partes baixas, e abriu a porta.
Deu de cara com Kevin.
O cachorro começou à latir.
- Não, não, sai, sai, sai!
Kevin continuava latindo ficando em posição de ataque.
- Olha me desculpa , me deixa pegar a toalha por favor! Eu só quero pegar a droga da toalha!
Ela foi para o lado, e Kevin à imitou. Estava presa, pelada, entre o banheiro e o quarto.
- Me desculpa por deixar a águia pegar você - Choramingou tentando afastar o cachorro com os pés - Perai, me deixa pegar a toalha por favor!
Piper entrou novamente no banheiro. Precisava de algo que afastasse Kevin.
Abriu as gavetas procurando qualquer coisa que causasse medo em um animal. Achou um secador. Ligou na tomada.
Saiu para fora, segurando o secador como uma arma na direção do cachorro.
Kevin resmungou e se afastou.
- Aha! Gostou disso? Gostou? - Sorriu presunçosa . Kevin sentindo o vento quente deitou relaxado esticando a cabeça. Piper bufou.
- É você gosta.
Certo plano B.
Tinha que ter um plano B.
A loira olhou o tapete sorrindo. Empurou com os pés até próximo de Kevin.
- Sobe no tapete vem, isso sobe no tapete.
Kevin se levantou indo em direção à Piper.
- Isso menino bonito, menino bonito..
Rapidamente a loira puxou o tapete para dentro do banheito trancando o cachorro.
- Isso!
Se virou indo em direção ao sofá mas deu de cara com Alex, completamente nua.
Assustada Piper perdeu o equilíbrio caindo em cima de Alex, que caiu no chão.
Apoiou as mãos no peito nu da morena encarando-a
- Ai meu deus! - Gritou.
- Porque você tá pelada!? - Alex berrou.
- Caramba!
- Que porra é essa!?
- Alex não me olha!
- Piper você tá toda molhada!
Alex se desvencilhou da loira rolando no tapete. Piper levantou tentando se tampar.
- Não olha pra mim Alex! Não olha pra mim!
- Eu não to entendendo nada! Porque você ta toda molhada!?
Piper se jogou na cama apanhando uma manta para se cobrir.
- Ah não, o fazedor de bebês não! - Jogou a manta longe pegando um travesseiro. Tampou o corpo.
- Você tá com tudo pra fora tampa isso Alex!
A morena se cobriu com a toalha que havia caído no chão.
- Se explica por favor! - Piper apertava o travesseiro contra o corpo para garantir que nada fosse visto por Alex.
- Eu me explicar!?
- Isso se explica!
- Eu tava lá fora!
- Ah é mesmo!? E você não me ouviu!?
- Eu tava com o fone! Como eu ia te ouvir!? - Respirou fundo tentando se recompor - O que é que você tá fazendo em casa!? Você pulou em cima de mim do nada! Como assim!?
- Eu não queria pular em cima de você! O seu cachorro tava me atacando e daí eu tive que correr e daí eu... - Olhou para os peitos de Alex quase saltando da toalha - Eu..- Seus braços eram tatuados? Como nunca havia visto antes? Talvez por Alex sempre usar social.. - Eu.. - Tinha que parar de gaguejar, porque ela estava gaguejando!? - Eu esbarrei em você!
A morena ergueu uma sobrancelha notando os olhares de Piper.
- Qual o problema entre você e esse cachorro?
- Quer saber!? Vai! Vai tomar banho! Você tá fedendo!
- Ah, teve tempo de me cheirar é? Porque olhar...
- Cala a boca Alex!
- Falou - Ergueu a mão. Virou as costas indo para o banheiro. - Falando nisso tatuagem maneira.
- O quê!?
Piper tocou sua nuca por instinto.
Filha da puta...
Alex abriu a porta e Kevin saiu correndo latindo.
- Aí ta vendo!? Olha aí ele! Ta vendo isso!?
- Ah meu deus que horror, que horror! Quase que ele me matou, já viu o tamanho dos dentes desse monstro !? - A morena retrucou sarcástica.
- Eu não...
Alex bateu a porta do banheiro.
Piper bufou. Socou a cama.
Desgraçada, grossa, gostosa do caralho...
Peraí, gostosa!?
Piper enfiou a cara na cama e gritou.
Estava com raiva dela por esquecer a droga da toalha, de Kevin por perseguí-la, e de Alex por ser irritantemente linda.
- Onde você está se metendo Chapman? - Murmurou com a cara no travesseiro.
Piper apalpou o travesseiro, deitou se revirando um pouco. Ainda era estranho dormir em uma cama que não fosse a sua.
- Que coisa hein - Alex resmungou deitada no chão. - Toda peladinha.
Ouviu o sorriso na voz da morena e pensou em atirar o travesseiro em sua carinha linda mas se controlou. Precisava manter o pouco de dignidade que havia sobrado.
Piper pigarreou.
- Será que dá pra gente não falar sobre isso por favor?
Alex franziu o cenho. Piper Chapman pedindo por favor?
- Tá, eu só falei...
Piper respirou fundo. Se Alex iria provocá-la, ela também iria.
- Então... O que que há entre você e seu pai?
- Eu sinto muito mas, essa pergunta não está no questionário.
- É mesmo? Porque eu pensei que você tinha dito que tínhamos que saber sobre tudo...
- Mas não sobre isso.
- Mas e se o cara perguntar...
- Não sobre isso Piper. Boa noite.
Piper sentiu que havia tocado em uma ferida antiga, e se sentiu mal na hora. Não fazia idéia do que rolava entre Alex e o pai, e o porquê de não se darem bem. Não queria deixá-la magoada, ainda mais depois de presenciar Alex descontando sua raiva hoje. Sua secretária podia ser irritante, mas sempre à aguentou e nunca reclamou. Alex merecia tudo de melhor que a vida poderia proporcionar.
O silêncio estava incômodo, e Piper sentiu que precisava dizer algo. Pigarreou.
- Eu gosto do canal paranormal.
Alex franziu o cenho.
- O quê?
- Você pode rir, haha é tão engraçado ela assiste essa porcaria mas na verdade eu gosto.
Certo, isso Alex não sabia sobre a chefe. Ia responder mas Piper à cortou.
- Eu tive aula de dança - Continuou - No meu sexto ano. O meu primeiro show foi do Rob Base e Dj E-Z Rock.
Agora Alex estava realmente assustada. Porque Piper estava lhe contando essas coisas?
- Eu acho o Brian Dehenny sexy. Não gosto de flores em casa porque elas me lembram enterros. - Fez uma pausa. -Nunca joguei video game. No natal, eu sempre lia "O Morro dos Ventos Uivantes". É o meu livro favorito. Não transo com ninguém há mais de um ano e meio. E... - Respirou fundo. - Eu fui para o banheiro chorar depois que o Joe me chamou de cadela venenosa. Antes de passar na sua sala. É. E a tatuagem dos pássaros? Eu tinha dezesseis anos quando fiz. Quando meus pais morreram.
- Foi besteira. - Continuou sorrindo triste. - E eu tenho certeza de que tem muitas outras coisas, mas isso é tudo o que lembrei de contar agora.
Piper deixou o silêncio cair novamente. Alex nada disse enquanto ouvia sua chefe lhe contar essas pequenas coisas, que provavelmente nunca dissera à ninguém. Achou que conhecia Piper, mas estava enganada. Naquele momento percebeu que ela era um livro aberto, destilando sempre novas informações.
Seu coração se aqueceu.
- Você tá aí? - Perguntou Piper tímida.
- Sim. Eu to aqui só... Só estou digerindo.
O silêncio caiu de novo. Alex queria quebrá-lo, até subir na cama e confortar Piper. Não sabia o que levara ela ser o que era hoje, mas tinha certeza que a chefe não havia sido sempre assim.
- Você não dorme com ninguém há dezoito meses?
Piper riu baixinho.
- Caramba, depois de tudo só registrou isso?
- É que isso é muito tempo...
- É que eu tenho andado um pouquinho ocupada.
- Sei...
Piper respirou fundo.
- Você... Você quer deitar aqui? O chão parece frio..
Alex riu.
- Tá preocupada comigo Chapman?
A loira bufou.
- Claro que não! Só não quero que falte ao trabalho por estar doente quando voltarmos.
- Aham.
- Não vou repetir a proposta.
Alex sorriu. Se levantou, e contornou a cama, deitando ao lado de Piper.
Suas costas agradeceram.
Se virou encarando Piper.
- Quem é... Rob Base e...
- Dj E-Z Rock? - Completou a loira.
- Isso.
- Ah você conhece!
Alex sorriu.
- Não, não conheço.
- Aquela, "It take two to make it thing go right, it take two make me out to the out of sight, tchu ru ru"
- Não? - A loira franziu o cenho.
- Não, eu não conheço.
- Uma pena, eles eram bons - Cruzou a mão sobre a barriga.
Alex riu.
- O que foi?
- Nada - A morena sorriu. - Eu conheço eles, só queria te escutar cantando.
Piper riu batendo em Alex de leve.
- Idiota.
Ambas sorriram.
- Piper?
A loira resmungou. Virou de bruços para encarar Alex, e estacou. Estava à centímetros da morena. Podia sentir a respiração dela em seu rosto, tentou se concentrar nos olhos dela o que considerou ser um erro.
Ela podia contar os cílios de Alex, e foi o que ela fez para tentar parar de tremer.
- Eu não quero que me leve à mal - Murmurou a morena, encarando os olhos muito azuis. - Você é uma mulher muito, muito, linda, e...
O que Alex iria dizer Piper nunca chegou à saber. Ela não pensou, e pela primeira vez agiu por impulso.
Calou Alex com um beijo.
A morena se retesou pela surpresa, mas logo suas mãos agarraram a cintura de Piper trazendo-a para mais perto. As mãos da loira deslizavam pelos fios negros de Alex, seu cérebro estava anestesiado e tinha certeza que ele havia derretido e caído em algum lugar da cama.
Aquele beijo... Piper não conseguia explicar. Tivera uma amostra de como era beijar Alex em sua primeira noite mas isso não se comparava à nada. Elas estavam sozinhas, em um quarto, deitadas na cama. Ela não ligava em como seria estranho encarar a morena pelo amanhecer, ela não ligava mais para o acordo. Ela precisava de Alex Vause.
Sentiu as mãos de Alex puxá-la para mais perto grudando seus corpos, com agilidade a blusa de Piper saiu deixando seu corpo à mostra. Por um segundo recobrou um pouco da sanidade e instintivamente abandonou os cabelos da morena para cobrir o corpo.
Alex franziu o cenho, e olhou-a nos olhos. Piper não conseguia quebrar o contato visual, não conseguia articular uma frase. Delicadamente, Alex afastou sua mão deixando seus seios expostos. Se inclinou ainda devorando os olhos azuis e depositou um beijo em seu mamilo enrijecido.
A loira mordeu os lábios.
- Alex...
Em resposta ao seu suspiro, a morena abocanhou seu seio, chupando devagar, suas mãos voaram para o pequeno shorts de seda deslizando a peça por entre suas pernas. Mãos firmes e ágeis apertaram suas coxas, subindo para seu sexo que pulsava. Logo sua calcinha deslizou com facilidade, e involuntariamente Piper abriu as pernas.
Pôde sentir o sorriso presunçoso ainda em seus seios, e fechou os olhos deixando-se ser tocada depois de tanto tempo.
Os lábios de Alex, desceram por seu abdômen, encontrando seu monte Vênus por onde distribuiu mordidas e beijos. A língua da morena penetrou seu sexo, fazendo Piper se arquear e soltar um gemido alto.
Alex sorriu, enquanto sentia o gosto da loira em sua língua. A parte consciente do seu cérebro tentava puxá-la de volta à realidade: Ela era Piper Chapman. Era sua chefe. E ela à odiava.
Mas essa noite... Sentiu que Piper havia se despido, de uma forma a qual nunca imaginou. Elas estavam de certa formas unidas de corpo e alma. E Alex aproveitaria isso.
Queria Piper.
Queria sentí-la. Precisava sentí-la.
As mãos da loira voaram em seus cabelos, dando puxões enquanto murmurava frases desconexas. Algo dentro de Alex havia explodido, e se empenhou em seu trabalho. Chupou Piper delicamente mas de forma firme, sua língua deslizava ora em seu clitóris ora para dentro da loira. Foderia Piper como ninguém nunca à havia fodido na vida.
Aumentou os movimentos, sentindo a loira contrair as pernas em seu pescoço. Os gemidos aumentaram, e quando à penetrou novamente para sentir seu líquido escorrer, ergueu os olhos e viu a loira apertar o travesseiro contra o rosto.
As pernas caíram moles. O travesseiro foi jogado para o lado, e os olhos azuis novamente se prenderam nos verdes.
Alex subiu colando seus lábios, e deslizando suas línguas. Queria que Piper provasse o seu próprio gosto.
As respirações ofegantes se misturaram, a morena subiu a mão tocando o sexo molhado de Piper. Com agilidade penetrou um dedo até o fundo, ouviu o gemido da loira em seus lábios, e intensificou os movimentos. Em seguida penetrou mais um, continuou metendo até o fundo aumentando o ritmo das estocadas. Uma mão voou para os cabelos de Piper, e quando sentiu a loira se contrair quebrou o beijo e segurou firme em seu pescoço.
- Olha pra mim Piper - A voz rouca sussurou. - Eu quero te ver gozar.
Piper Chapman foi ao céu e voltou, talvez nunca tivesse saído de lá. Estava em um universo paralelo onde tudo o que via e sentia se resumia em Alex. A explosão do orgasmo que sentiu, a fez desfalecer nos braços firmes da morena, com um gemido alto. Não se preocupou de alguém ouvir. Não se preocupou com nada. Ela só queria e precisava de Alex Vause.
Ofegante, se virou para a morena sem saber o que dizer, ou se deveria dizer algo. Estava cansada, mole e com sono.
- Vai ter volta - Murmurou sorrindo de canto. Fechou os olhos satisfeita.
Alex riu baixinho. Sentiu a mão quente em sua testa, descolando os fios de cabelos claros grudadoa pelo suor.
- Durma - Murmuou com a voz rouca, um trejeito de sorriso escapando. - Amanhã resolvemos.
Alex beijou a testa da chefe, e se aconchegou à ela.
Piper pensou em protestar, mas estava tão quente, tão segura...
O cansaço à venceu, e a última coisa que se lembra foi a voz rouca cantando algo baixinho em seus cabelos. Talvez DJ E-Z Rock.
Adormeceu nos braços da morena, enquanto o calor à aquecia.
Talvez Piper Chapman fosse humana afinal.
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