História The Punk Stepfather - When a Stranger Calls

POV-Slash

Eu não sei bem como fomos parar naquele quarto de motel, mas sinceramente? Eu não precisava saber. Não quando eu estava tão concentrado em chupar cada pedacinho do pescoço daquela mulher.

Suas pernas estavam presas em minha cintura, enquanto eu prensava seu corpo contra a cama. Suas unhas se prendiam em meus ombros, vez ou outra subiam para arranhar minha nuca, mas logo voltavam ao primeiro lugar. Eu fazia questão de apertar fortemente suas duas coxas grossas, arranhando-as, marcando-as.

— Parece que você não é tão indomável assim. — falei enquanto me afastava do seu pescoço para encará-la.

Esperei por um riso sínico ou uma piada de mal gosto, talvez um tapa, mas tudo que ganhei foi um suspiro e sua mão agarrando minha nuca, puxando-me para um beijo extremamente lento e molhado.

O quarto era espaçoso com vários espelhos, uma cama redonda extremamente grande e luzes negras para iluminação. Havia também uma poltrona de couro branco em frente á uma barra de pole dance e, mais ao fundo, um banheiro com portas de vidro e uma enorme banheira de mármore branco.

Nossas roupas molhadas pela chuva estavam espalhadas pelo carpete do quarto. O contato das nossas peles era quente, fazendo com que eu gemesse toda vez que ela pressionava seus seios contra meu peito. Ela me beijou mais algumas vezes, aproveitando para lamber e morder minha boca, arrancando um pouco de sangue do meu lábio inferior e fazendo com que eu gemesse um pouco alto.

— Merda... — rosnei.

Fechei meus olhos com força e me movi um pouco mais rápido, fazendo com que Anne mordesse seu próprio lábio e se contorcesse. Suas mãos caíram nos lençóis e ela os apertou com força, ondulando seu quadril no mesmo ritmo que eu e curvando suas costas. O calor do seu corpo fazia com que eu tivesse os pensamentos mais sujos e impuros com ela. Tanta coisa que eu queria dizer e fazer com aquela maldita ruiva.

Tanta coisa...

Implorando, gemendo e se contorcendo, exatamente do jeito que eu gostava. Ela fazia isso com maestria. Era incrível. Meus movimentos começaram a ficar mais intensos e rápidos, fazendo com que ambos gemêssemos alto, e com a cama rangesse levemente.

Anne arranhou minhas costas com mais força e empurrou seus quadris com força, empurrando-me e nos virando. Seu corpo ficou sobre o meu, suas coxas espalhadas aos lados da minha, permitindo que eu me afundasse ainda mais dentro dela.   

— Merda, baby... você pega isso tão bem... — eu gemi enquanto percorria suas costas, alisando-a, e descendo até sua cintura.

Seus seios estavam pressionados contra meu peito, fazendo com que meu corpo ficasse ainda mais quente, enquanto ela cavalgava lentamente sobre mim. Seus olhos brilhavam em luxuria e ela mordia o lábio levemente.

— Merda, Anne... — resmunguei, sentindo meu membro deslizar deliciosamente dentro dela. — Assim mesmo, querida...

Abaixei o olhar, afastando levemente nossos corpos, e olhei para nossos corpos ligados. Sua intimidade extremamente úmida e toda esticada ao meu redor, fodendo lentamente comigo. Era uma visão extremamente quente que quase me fez ir até o limite.

Ela fechou os olhos rapidamente, começando a aumentar o ritmo do seu quadril, gemendo alto com isso. Eu sabia que eu estava próximo do meu limite, então aproveitei o momento e apertei sua cintura, virando nossos corpos e prendendo Anne contra a cama. 

— Slash... — ela choramingou, arranhando minhas costas.

Porra!

Aquela garota realmente se transformava no quarto. Tão submissa e tão erótica, nem sequer parecia a psicopata de distintivo. Eu simplesmente não conseguia tirar meus olhos da visão abaixo de mim. Ela deitada... olhos fechados... toda suada e com o rosto corado... se contorcendo e gemendo meu nome.

Aquela mulher estava sendo meu inferno!

— Goza... — suspirei contra seus lábios, mordendo-o levemente. — Vamos, querida... goza pra mim...

Soltei um gemido rouco e senti meu orgasmo encher o preservativo. Estoquei mais algumas vezes, levando ambos além do limite, até finalmente parar e apoiar minha testa contra a curva do pescoço de Anne.

Estávamos ofegantes, completamente exaustos e suados.

— Merda... — resmunguei, sentindo suas unhas percorrerem levemente minhas costas, quase como um carinho.  

Beijei seu ombro e sai de cima dela, jogando meu corpo ao seu lado na cama. Anne soltou um gemido baixinho e se encolheu por entre as cobertas, fechando os olhos e tentando controlar sua respiração. 

******

POV-Anne

Acordei com meu corpo extremamente gelado e completamente arrepiado. Revirei-me rapidamente, encolhendo-me e tentando me aquecer, mas não funcionou.

Eu estava completamente exausta e morrendo de sono, mas não demorou até que a realidade me atingisse e eu acabasse percebendo onde estava.    

Porém, antes que eu pudesse fazer algo, eu senti algo quente se aproximar de mim.

Algo não, mas sim alguém.

Abri meus olhos rapidamente, deparando-me com outro par de olhos que me encaravam com cautela e preguiça. Sua expressão era extremamente cansada e sonolenta, praticamente como eu.

Minha garganta se fechou enquanto eu me situava sobre onde estava, com quem estava e o que eu tinha feito. Parte de mim desejou pegar minha arma e acertar alguma parte do meu corpo, porém, outra parte realmente agradeceu por estar ali.

— Que horas são? — questionei, tentando ignorar meu consciente culpado.

— Quase seis. — ele sussurrou, aproximando-se lentamente de mim na cama. — Durma mais um pouco.

Eu pensei em argumentar contra, mas suas mãos puxaram um lençol de seda para cima de nós dois. O pano estava um pouco gelado e quase não era capaz de me esquentar, o que foi percebido por ele.

Slash se remexeu para a ponta da cama e agarrou sua jaqueta no chão, em seguida voltou a se aproximar de mim e jogou a peça por cima dos meus ombros, cobrindo quase meu tronco inteiro. Fechei os olhos lentamente, sentindo o calor do corpo dele, e admito que parte de mim gostou bastante quando ele me abraçou e me esquentou.

*****

POV-Vicky

O sol californiano foi o que me despertou.

Resmunguei levemente e revirei meu corpo, tentando me situar, e acabei ficando um pouco surpresa quando atingi algo quente embaixo de mim. Abri os olhos rapidamente, tomando cuidado com a claridade, e ergui a cabeça, deparando-me com aquele sorriso extremamente branco e aqueles olhos verdes como esmeraldas.

— Já te disseram que você se mexe demais enquanto dorme? — ele brincou com a voz rouca de sono.

Apesar de tudo, eu acabei rindo.

Axl estava deitado com as costas contra a cabeceira da cama, havia um lençol em sua cintura e ele ainda estava com suas joias ao redor do pescoço, assim como alguns anéis nos dedos. A TV do iate estava ligada em um volume baixo e ele parecia estar acordado há um certo tempo.

— Não. — respondi rapidamente. — Até mesmo por que ninguém nunca foi bom o suficiente para dormir na minha cama e passar a noite comigo.

O sorriso dele aumentou ainda mais.  

— Eu realmente fico feliz em ouvir algo assim. — disse ele e piscou.

— Idiota! — falei, rindo, enquanto ficava sentada na cama e segurava o lençol contra meus seios. — Que horas são?

Ele olhou no seu relógio de pulso.

— Quase nove. — respondeu.

Eu gemi em reprovação.

— Droga. Acho que dormi demais. — resmunguei e me espreguicei levemente.

— Ah, você estava merecendo umas horas de sono. — Axl disse enquanto passava a mão pelo meu ombro, afastando meus cabelos. — Além disso, você está de folga hoje.

— Estou é? — perguntei enquanto erguia as sobrancelhas.

— Sim, senhorita! Até mesmo por que seria bem difícil você conseguir ir trabalhar agora...

Levantei lentamente, sendo acompanhada pelo olhar divertido de Axl, e caminhei para fora do quarto, subindo até o convés enquanto arrastava o lençol comigo. Parte de mim sabia que não devia, mas mesmo assim ficou surpresa quando me deparei com a imensidão azul do mar e a costa de californiana há alguns quilômetros de distância.

Um sorriso divertido surgiu nos meus lábios e acabei rindo.

Axl era maluco.

Não demorou até eu sentir o ruivo me abraçando por trás, deixando um beijo no meu ombro enquanto eu ainda ria.

— Stephanie não gostava muito do mar, então eu dei um jeito de arranjar uma nova garota que realmente gosta. — disse ele, beijando meu pescoço.

Aquelas palavras fizeram com que eu voltasse a realidade e foi como se um balde de água fria caísse sobre minha cabeça. Rapidamente me afastei de Axl e me virei para ele, encarando-o.

— Axl... nós deveríamos ter conversado sobre isso ontem. — falei um pouco receosa.

Axl levantou as sobrancelhas e soltou um suspiro pesado.

— Sim, eu sei, e eu sinto muito, mas eu fiquei com muito medo de te deixar ir embora e você desaparecer de vez. — disse ele, pousando suas mãos na minha cintura. Abri a boca para dizer algo, mas ele me interrompeu. — E antes de você surtar ou se sentir culpada, eu não estou mais com a Stephanie. Eu sei que, apesar de vocês não se darem bem, você não é o tipo de garota que tem tendência a ser a amante e não a oficial.

Um sorriso enorme se formou em seu rosto enquanto eu fiquei boquiaberta.

— Relacionamento? — foi a única coisa que eu perguntei.

— Bem... você vai ter que se acostumar com as mudanças de humor, o estresse, talvez o ciúme e todas aquelas fãs malucas, mas... se você quiser... é exatamente isso que eu quero. — disse ele.

— Bem... digamos que eu já aguento isso há muito tempo. — falei e sorri de canto. — Mas... será que podemos ir com calma? Digo... se você terminou com a Stephanie, logo isso vai cair nos tabloides e seria bem estranho você aparecer comigo de repente.

— Vamos fazer tudo no seu tempo. — disse ele e me puxou para mais perto. — Tudo que você quiser.

Dei um selinho em seus lábios, e sorri.

— Quanto tempo temos nesse iate ainda? — questionei.

Ele riu e agarrou meu corpo, puxando-me para seu colo.

— Todo tempo que você quiser. — disse enquanto caminhava de volta para dentro. — Ele é meu!

Depois disso, eu agradeci aos céus por estarmos no meio do nada e ninguém poder nos ouvir.

******

POV-Slash

Fui acordado por batidas na porta e um breve “você tem vinte minutos para sair”. Demorou alguns segundos até que eu abrisse os olhos e me situasse, lembrando-me de onde eu estava. Rapidamente, arregalei os olhos e olhei ao redor, procurando por...

— Anne? — chamei alto.

Mas não houve resposta.

Sentei-me na cama e passei as mãos pelo rosto, em seguida olhei para o quarto. Apenas minhas roupas estavam no chão, exceto pela minha jaqueta, que estava estendida na poltrona ao lado da cama.

Olhei no relógio em cima do criado-mudo e notei que se passavam das duas da tarde. Minha cabeça estava doendo um pouco, provavelmente pela chuva que eu tomei no dia anterior, mas meu corpo parecia estar um pouco mais relaxado do que nas últimas semanas.

Olhei novamente para a cama, notando os lençóis gelados e desarrumados com um enorme espaço vazio, e soltei um suspiro.

Por algum motivo... a cama vazia doeu mais do que a minha cabeça.

******

POV-Raven

Foi o som do telefone que me despertou.

Tentei ignorar e continuar a dormir, mas parecia ser cedo demais para alguém realmente poder atender ao aparelho. Soltei um bufo de raiva e sentei na cama sem nem abrir os olhos, em seguida acabei atendendo.

— Alô? — falei com a voz de sono.

— Raven? — uma voz rouca respondeu.

— Sim. Quem é? — questionei ainda meio sonolenta.

— Oh querida... sou eu, pequeno corvo. — respondeu a voz, rindo levemente.

Foi então que eu senti meus olhos se arregalarem, enquanto reconhecia aquele apelido. Rapidamente, eu senti meu coração acelerar e minha garganta secar.

— ... papai?