Elizabeth Morgenthau
— Tem certeza que é hoje? — perguntei, apertando os lençóis contra meu corpo. Eu não queria ir visitar minha família. Na verdade, meu pai sim, minha mãe e minha irmã não.
— Sim, levanta, amor – pediu o moreno, puxando o lençol.
— Eu não quero ir, está muito cedo! — resmungou, pegando o lençol de volta.
— Se você não vir por bem, vai ser por mal! – Ele me pegou no colo e andou até o banheiro, enquanto eu esperneava feito uma louca e lhe dava tapas. Zayn me colocou no chão quando já estávamos dentro do banheiro e trancou a porta, se escorando na mesma e me olhou com um sorrisinho vitorioso.
— Você é muito chato! – rosnei, tirando a roupa.
— Você que é uma preguiçosa!
Revirei os olhos e entrei no Box. Liguei o chuveiro no gelado para ver se me despertava. Não via necessidade de acordar tão cedo, eu poderia ainda está dormindo!
Olhei o Zayn, o mesmo mordia os lábios, enquanto seu olhar vagava pelo meu corpo molhado.
— Vai ficar aí me olhando? Cadê a privacidade nessa casa? — Arqueei uma sobrancelha.
— Não tem nada aí que eu já não tenha visto – Ele revirou os olhos.
— Mas isso quer dizer que você pode ficar me olhando tomar banho, isso é constrangedor! – cruzei os braços, fazendo bico.
Zayn gargalhou, e percebi que ele estava tirando a roupa. Franzi o cenho.
— Ei, o que você pensa que está fazendo? – questionei, tentando fechar a porta do Box, mas Zayn foi mais rápido. O moreno me empurrou contra a parede, colando nossos corpos, gemi fraquinho quando nossas intimidades se chocaram.
— Eu vou gritar. Será que não se pode ter privacidade nessa casa? – perguntei, fingindo indignação. Meu lindo moreno sorriu ainda vagando suas íris douradas pelo meu corpo.
Eu sabia o poder que tinha sobre ele, e me aproveitava daquilo. Adorava o ver excitado por minha causa.
Abaixei meu olhar lentamente e percebi que Zayn, acariciava o membro lentamente. Senti sua língua quente em contato com o lóbulo de minha orelha, gemi baixinho. Ele lambeu calmamente, até a base de meu pescoço.
Escorreguei minhas mãos pelo seu peito molhado, suas tatuagens, o deixava ainda mais sexy. Abaixei mais minhas mãos até chegar ao seu membro já ereto, apertei carinhosamente, fazendo ambos gemerem.
— Hmm... Você já está tão duro... – gemi, aproximando nossos rostos.
— Você me deixa louco, Lizie. – ele selou nossos lábios.
...
Havíamos acabado de chegar ao aeroporto de NY, já era de tarde. A viagem foi bastante longa. Sentia meu estômago se retorcer só de pensar em voltar a minha antiga casa.
Meu noivo e eu, pegamos um táxi. Durante toda a viagem, ficamos calados, olhando a janela. Eu estava muito nervosa, não sabia qual seria a reação da minha mãe e sinceramente estava com medo. Fazia muitos anos que eu não a via, só me comunicava por mensagens nos aniversários. Ela nunca entendeu porque eu fui embora e eu também nunca quis contar. Eu era a ovelha negra da família.
— Chegamos! – anunciou o motorista.
Respirei fundo algumas vezes antes de sair do táxi. Olhei a enorme casa a minha frente. Meu coração batia rapidamente em meu peito, minhas mãos suavam e minhas pernas tremiam. Voltar aquela casa depois de todos aqueles anos, era aterrorizante.
Zayn sorriu em conforto e entrelaçou nossos dedos. Sorri de volta e forcei minhas pernas a andar até a porta da casa. Quando chegamos, meu corpo paralisou, eu queria fugir, mas não podia. Adentrei a casa, ela não havia mudado praticamente nada em todos aqueles anos, continuava como eu lembrava.
No sofá estavam sentadas minha mãe, Katherine e uma menina loira que eu identifiquei sendo a Aurora, filha da minha irmã e do Justin. Andei em direção as elas, assim que minha mãe me viu, parecia que sua expressão estava em choque. Fazia anos que eu sempre dizia que iria visitar, porém eu nunca ia de verdade, então provavelmente ela não acreditou que dessa vez eu realmente iria. Ela andou até mim e abraçou-me fortemente. Fiquei surpresa, mas correspondi ao abraço.
— Eu não consigo acreditar que você realmente veio – sussurrou com a voz falha.
— Eu... Eu estava com saudades – Me afastei lentamente dela. Minha querida irmã também veio me abraçar. Encolhi-me um pouco, mas também correspondi ao abraço.
— Que saudade, Lizie! – informou, afastando-se de mim. Agradeci mentalmente por ela ter se afastado.
Olhei o Zayn e ele sorria tímido. Apresentei-o a minha mãe e irmã, elas foram super simpáticas com ele. Inclusive, mamãe elogiou sua beleza. Eu tinha bom gosto.
Minha atenção foi diretamente a menina loira que me olhava dos pés a cabeça. Ela era simplesmente linda. Fiquei impressionada com a semelhança entre nós duas. Como a sua mãe era minha irmã gêmea, era óbvio que ela pareceria comigo, mas ainda assim, fiquei um pouco surpresa. Ela era uma mistura perfeita dos pais, os olhos e a boca da mãe, e o cabelo e o nariz do pai.
— Lizie, essa aqui é a Aurora, minha filha. – disse katie.
— Oi, linda. – sorri sincera. A menina sorriu timidamente.
— Oi – sussurrou a garotinha.
Sorri e olhei para minha mãe, que conversava alegremente com Zayn. Não sabia se ficava feliz ou triste por eles estarem se entendendo.
— Cadê meu pai? – perguntei a minha mãe.
— Ele já está chegando – informou Katie e a minha vontade foi de dizer: Eu não perguntei a você!
— Ele está pescando com o papai – murmurou Aurora. Engoli em seco. Eu sabia que Katie havia se casado com ele, mas eu não esperava o ver, na verdade estava rezando para não o ver.
— Ele nunca perde a mania – Pensei alto, sentando-me no sofá.
— Você sabe, seu pai adora pescar, desde que você e Katie eram pequenas. – sorriu mamãe.
Enquanto esperávamos meu pai, conversávamos sobre Zayn e eu, sobre como nos conhecemos e há quanto tempo estávamos juntos. Katie não falava muita coisa, ela só prestava atenção e sorria de vez em quando. Ela parecia triste, não sabia ao certo, mas era a primeira vez que a via daquela maneira.
— Filha? – perguntou uma voz grave. Sorri e virei-me.
Meu pai estava na porta sorrindo em minha direção. Levantei-me e corri até o mesmo, dando-lhe um abraço apertado. Sentia tanta falta dele. Papai retribuiu o abraço. Meu coração encheu-se de alegria novamente. Eu o amava tanto que chegava a sufocar, passar todos aqueles anos longe dele foi uma das piores coisas que já passei. Eu queria voltar, mas toda vez que pensava em ter que encarar Katie e Justin, minha vontade de voltar sumia.
— Você não sabe o quanto eu senti sua falta, menina! — sussurrou em meu ouvido. Ao ouvir ele falar aquilo, me senti mal por ter ido morar na França. — Você está linda!
— Eu também senti muito a sua falta... Me desculpa – pedi, apertando-o mais contra meu corpo. Sentia as lágrimas escaparem de meus olhos.
— Você não tem porque se desculpar, você foi viver sua vida, foi ser feliz, não é mesmo? – perguntou, afastando-se de mim. — Eu te amo, Elizabeth. – Ele sorriu.
— Não mais que eu, Ethan. – beijei sua bochecha e olhei o Castiel que nos olhava com um sorriso. — Pai esse aqui é o meu noivo, Zayn. Zayn esse aqui é o meu pai, o homem da minha vida.
— Então o senhor é o famoso Ethan Morgenthau de quem Lizie tanto fala? – meu noivo estendeu a mão e papai apertou.
— Então ela fala bastante de mim? — papai sorriu e o moreno assentiu.
— Que estranho – Soltei sem querer.
— O que é estranho? — papai perguntou.
— Os dois homens mais importantes da minha vida estão juntos, eu não achei que vocês iriam se conhecer nem tão cedo – murmurei, fazendo uma careta. Todos riram e eu apenas revirei os olhos.
— Olá, Elizabeth! — Uma voz rouca adentrou meus ouvidos. Gelei ao perceber de quem era aquela voz.
Virei-me lentamente e meus olhos se encontraram a aquelas íris carameladas que um dia me fizeram suspirar bastante. O loiro sorria radiante. Ele não havia mudado quase nada, só parecia mais maduro, mas continuava muito bonito.
— Oi Justin, quanto tempo... Zayn, esse aqui é o marido da minha irmã, marido da minha irmã esse aqui é o Zayn, meu noivo. — Apresentei-os.
— Prazer, sou o Justin Bieber – Ele sorriu.
— O prazer é meu — meu noivo sorriu de volta.
Depois de ter o desprazer de encontrar o Justin, nós sentamos no sofá e ficamos conversando. Me sentei ao lado do meu pai, ficamos abraçados. Estava adorando ficar daquela maneira com ele, fazia eu em sentir segura e lembrar de quando eu era criança.
Quando já estava ficando um pouco tarde, decidimos dormir, a viagem foi bastante cansativa. Mamãe nos levou ao meu antigo quarto. Ele estava exatamente ao que me lembrava. Meus pais não mudaram nada nele.
— Eu e seu pai decidimos não tocar em nada. Esse quarto era como uma lembrança que tínhamos de você. A cada aniversário vínhamos aqui para lembrarmo-nos de você. Os anos que você passou sem nos dar noticia foram os piores anos da minha vida.. Você não sabe o quanto foi angustiante para mim... – Mamãe disse com a voz embargada por causa do choro.
— Me desculpa... Me desculpa, por favor... Você não sabe o quanto foi difícil deixar vocês, eu amo muito você mãe, amo demais, nunca duvide do meu amor por você, mas eu precisava ir embora, eu não aguentava mais ficar aqui, eu precisava viver a minha vida – sussurrei, abraçando-a.
— Eu não entendo, porque você precisava ir? Eu nunca entendi o porquê – perguntou, acariciando meu cabelo.
— Mãe, eu não quero falar nisso, por favor. – pedi, quebrando o abraço.
— Tudo bem, boa noite. – disse mamãe tristemente e saiu do quarto.
Adentrei ao quarto e me sentei na cama, Zayn fez o mesmo. Ele parecia imerso em pensamentos, sua expressão era indecifrável.
— O que foi?
— Sou eu que não entendo... — sussurrou o moreno, encarando-me.
— Não entende o quê? — Arqueei uma sobrancelha.
— Tantas coisas, Lizie... Por que você fugiu de casa? Porque você não queria visitar seus pais? Vamos casar, eu preciso saber da sua vida, você não me conta nada sobre seu passado, eu me sinto um estranho perto de você. — ele explodiu.
— Amor, por favor, não me pede isso – implorei.
— Elizabeth, por favor, digo eu.
Mordi os lábios com força. Eu não poderia mentir para Zayn, ele seria meu futuro marido, e eu queria que nossa relação fosse sincera, não tivesse nenhuma mentira, mas como eu queria aquilo, se eu não falava a verdade a ele?
— Você promete que nada vai mudar entre nós? – pedi, segurando sua mão com força.
— Prometo.
Contei a ele o motivo de ter viajado, porque não gostava de falar naquilo, lhe contei tudo. Quando terminei de contar, ele estava sério. Fiquei com medo de ele mudar comigo, mas eu precisava falar a verdade, afinal odiava mentir para ele.
— Obrigado.
— Pelo que? – Franzi o cenho.
— Por contar... Agora eu não posso mais duvidar do seu amor por mim. Eu te amo, Elizabeth.
— Não duvide. Eu te amo muito. Você me fez esquecer meu passado, você é tudo para mim – Acariciei seu rosto.
— Te fiz esquecer o Justin... – sussurrou secamente.
— Amor, eu não sinto mais nada pelo Justin. Já se passaram oito anos, é você que eu amo, é você que eu quero comigo pelo resto da minha vida. Nos três anos que eu passei com você, você me mostrou o que é o verdadeiro amor, Justin foi apenas um amor de adolescência – Abracei-o fortemente.
— Por isso que você não gosta da sua irmã? Porque ela o roubou de você?
— Não... Não é por isso. Ela sempre quis ser melhor que eu. Eu não tenho nada contra ela, mas também não tenho nada a favor. — expliquei. — Estou me sentido tão mais leve por ter te falado tudo, eu te amo.
— Eu te amo, obrigado por ter entrado na minha vida e por não mentir para mim. – Selou nossos lábios rapidamente. — Agora vamos dormir.
Assenti e me deitei ao lado dele. Juntei nossos corpos e tentei dormir. Eu queria dormir, mas era bastante difícil, quando a única coisa que conseguia pensar era como ia passar um fim de semana na mesma casa que Justin Bieber.
To be continued...
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