Assim que o relógio despertou exatamente as seis horas da manhã, eu já me encontrava levantando tendo que acordar a velha rabugenta que era Shiroyama Yuu quando acordava. Se ele já era insuportável quando estava acordado imagina quando acordava, parecia que seu mal humor triplicava. O que pode-se concluir que seu mal humor era na verdade de um velho largado as traças em um asilo, o qual único que o suportava era seu amigo e colega de quarto; no caso eu.
- Vamos Aoi, temos muito o que fazer. - Sai calmamente do quarto o qual eu e Aoi dividiremos durante essas investigações.
- Saco... inferno... - Shiroyama me acompanhava resmungando, coçando os olhos que insistiam em fechar pelo sono que ainda habitava o corpo do moreno.
Caminhar com Aoi reclamando sem parar era um castigo, ele não parou um minuto sequer de abrir a boca para praguejar algo. Mesmo que ele diga que tem 22 anos posso facilmente dizer que ele tem é 87 anos. Cara chato.
Quando paramos ao Hall daquele grande hotel ele se calou rapidamente, visto que o loiro pernil estava ali, arrumando a mesa para o café dos hóspedes. O rapaz Takashima é simplesmente encantador, mas não era comprador ao seu irmão baixinho com aqueles lábios róseos... ok essa não é a hora certa para ter esses tipos de pensamentos obscenos sobre o cara que eu devo ser babá.
- Você está encarando ele demais, Shiroyama. - provoquei. O que é um dia sem as famosas alfinetadas de Suzuki Akira?
- Estou fazendo meu trabalho, ao contrário de você. - Shiroyama 1 X Suzuki 0.
Ele está certo, mas o que eu poderia fazer? Sair por aí procurando um ser humano de baixa estatura como se chama um cão? "Vem cá Matsumoto, vem cá pra sua babá". Estava fora de questão eu fazer isso, ir procura-lo não é uma boa. Melhor espera-lo aqui, assim não levanto suspeitas...
Shiroyama sorriu de canto quando percebeu que eu não me mexeria dali, aínda sorrindo levou a mão até minha cabeça baguçando meus cabelos. E eu estendi a língua, como fazíamos quando crianças; Aoi bagunçava meus cabelos e eu lhe atirava a língua. Ele ainda me via como uma criança barrenta como eu era quando menor, mesmo agora ele, de alguma forma, ainda via aquela criança em mim. Não conseguia deixar de sorrir com isso, quando a cabeleira castanha surgiu em meu campo de visão tratei de tomar uma posição mais séria, culta.
O baixinho andava de forma graciosa sobre o tapete vermelho aveludado do local, parecia até mesmo um top model de grande capas de revistas da atualidade. Sua calças de couro marcavam suas coxas arredondadas, a camisa branca em de gola em "V" larga sobre o tronco, tudo nele soava perfeição. De alguma forma sentia que por trás de toda essa surperiodade ele escondia algo, algo tão forte e perturbador que o fazia ser assim; Frio e calculista.
Ele de longe não era parecido com seu irmão, que sorria de forma fácil e solta, ele parece guardar tudo pra si mesmo, se manter inativo com suas emoção.
Suas atitudes me fazem lembrar aquele adolescente frágil e guardo para si mesmo, com medo do mundo, medo do que ele é capaz de fazer se estiver de guarda baixa. Com se fosse lhe esfaquear pelas costas a qualquer momento, sem motivos. Sem dó. Sem piedade. Sem remorsos.
Senti o peito infrlar com essas emoções e os músculos inrregecerem, tensos. Parecia que um bolo dessas emoções não mais sentidas havia se formando em minha garganta. Meu olhar que antes pairava sobre Matsumoto se tornou vago, nublado e perdido em algum ponto. Poderia estar focado nele, mas a realidade é que eu não o via ali, enxergava ali o nada; branco e desfocado.
- Akira tudo bem? - sua mão foi até meu ombro, apertando a região me tirando dos meus devaneios.
Pisquei algumas vezes antes de olhar para Aoi que possuía um olhar preocupado sobre mim. Ainda um pouco atordoado sorri leve para ele, que ainda apertava meu ombro.
- Está tudo bem, por que não estaria? - forcei mais um pouco o sorriso, para então desmancha-lo e olhar mais uma vez para frente onde o homem baixinho caminhava se aproximando mais.
Respirei fundo mais uma vez, ajeitando minha postura novamente. Seus passos cessaram quando faltava menos de cinco metros de distância entre nós, ele tirou o óculos que cobria uma boa metade de suas bochechas redondas. Seus olhos me mediram antes de seguir para Shiroyama que havia sido chamado por senhor coxas, vulgo Kouyou, para ajudá-lo na preparação de algo.
- Matsumoto-San. - me curvei em sinal de respeito, vendo o mesmo repetir o ato.
- Me siga Suzuki-san. - ele voltou andar com sua elegância descomunal e, eu como um bom empregado o segui.
O corredor pelo qual passávamos não era diferente dos cômodos daquele local, as paredes eram no mesmo tom de vermelho vivido e com quadros erotismos e algo relacionado ao misticismo estavam pendurados. O mesmo era estreito, porém bem organizada, com alguns criandos mudos dispostos com abajures e algumas luminárias com desenhos em negro.
Quando paramos ao final do corredor, o pequeno abriu a porta de madeira simples, perece que essa porta era a única coisa simples deste grande hotel. O fundo do local era um jardim com rosas vermelhas e outras diversidades de rosas as quais eu não sabia o nome, a grama era extremamente verde, havia árvores de sakuras que iriam florescer daqui alguns meses e longos varais estavam dispostos com alguns lençóis brancos dando ao local um ar de serenidade e calmaria.
- Eu já volto, vou pegar o cesto. - assim ele se distanciou, entrando dentro de um chalé consideravelmente pequeno.
Fiquei durante um tempo observando distraído o belo jardim e sua calmaria. Era tanto quanto surreal um local assim neste hotel, a imagem do "Flecha do cúpido" se quebraria facilmente com esse lugar. Pouco mais distante consigo ver uma pequena plantação de verduras, temperos e hortaliças. Deve pertencer ao irmão do baixinho, Takashima.
Respirei um pouco mais fundo fechando meus olhos, sentido a brisa pura do lugar. Pode parecer meio idiota, talvez muito idiota, mas esse jardim transparecia inocência. Um sonho inocente e distante de alguém, que sonhava com um lugar assim; pleno e calmo.
-Suzuki.... - abri meus olhos vagarosamente, me deparando com a cena do pequeno Takanori com calças moletom solta em suas pernas - mas que não deixava de marcar as coxas redondinhas -, uma camisa cinza e em seus pés - onde haviam coturnos - um par de All Star inteiramente branco de cano curto. Ele seria um anjo se não fosse pelo seu olhar coberto com uma máquiagem escura e um olhar inexpressivo - ... me ajude a estender os lençóis que faltam.
Começamos a estender os lençóis um a um, fazendo uma grande fileira de lençóis brancos. Pode ser só coisa da minha cabeça, mas parecia que serenidade ficaria ali, perpétua. Quando fui tomar o último lençol do cesto, nossas mãos se encontraram, roçando meus dedos aos dele. Recuei minha mão da sua, largando o lençol em um movimento brusco impensado. Takanori pela primeiro vez expressou algo em seus olhos, eles demonstravam surpresa. Mesmo que de leve, mostrava sua surpresa por minha reação.
- Desculpe.
- Isso acontece, não precisa se desculpar. - sorriu leve.
Eu me via fascinado no sorriso bonito do pequeno, era tão bonito quanto ele. Céus, eu sinto que o vi em algum momento da minha vida, mesmo não tendo o visto uma única vez em minha existência. Aquele face combinava com sigo e, não aquele que ele transparece para todos.
Aquele momento dele estando com um sorriso de desfez, quando os gritos altos foram ouvidos vindo de dentro do hotel.
- Droga Kouyou! - o lenço foi largado sobre o chão de qualquer jeito.
Ele passou como um raio para dentro do hotel, aquele momento de calmaria havia se findado. Mas por um instante vi que sua ires inexpressivas tinham um brilho, mas ele nunca permaneceria ali.
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